– Ei Z, está aqui! – ele disse chegando com uma sacola cheia;

Ah, é hoje...

– Minha boca está salivando. – digo e ele ri;

– Eca. – ele ri mais ainda e eu reviro os olhos;

– Vai me enganar de novo ou vai me dar comida mesmo?

– Hoje eu vou lhe dar comida sim. – ele diz rindo;

– Ah, então ook! – sorriu e ele me desamarra;

– Olha, eu só pude pegar alguns doces. – ele diz e se senta no chão;

Faço o mesmo que ele;

– Então...? Como você a conheceu? – pergunto como se não estivesse interessado, mas eu estava muito curioso para saber a resposta, fofoqueiro? Nem sou!

– Na escola! – ele diz sem muito caso;

Na escola?

– Na escola? Como? Quando?

– Calma, uma pergunta de cada vez. – ele ri e eu fico meio sem graça;

– Eu a vi, sentada no banco aonde você almoça com o Sullivan, achei ela bonita e fui falar com ela. – credo! Desculpe Arin, mas você tem muito mau gosto para mulheres;

Espera? Eu já namorei ela, então eu também tenho mau gosto, nhã...

– Então...? – fiz um gesto para que continuasse;

– Você é bem curioso, não?!

– Nem... – dou de ombros e ele revira os olhos;

– Bem, eu fui até ela, e ela quase rosnou para mim, disse que não queria companhia. – coitado. – Mas eu insisti e ela perguntou se eu conhecia você!

– Continue...

– Bem, eu disse que eu já tinha lhe visto de longe, então ela disse para eu me aproximar de você, e então ela se aproximaria de mim, no outro dia eu vi os garotos batendo em você e fui lhe ajudar então me lembrei dela, no dia seguinte falei tudo o que aconteceu no dia anterior e ela falou que queria se vingar de você!

– Mas... Por quê?

– Eu não sei, ela não quis dizer! – ele disse um pouco triste. – Depois ela me apresentou o informante dela; ele sempre dizia tudo que estava acontecendo com você e assim, ela ficava muito bem informada, se brincar ela lhe conhece melhor do que você mesmo. – ele ri e continuo serio, eu não duvido dessa mulher não. – Bem, no principio eu não quis ajudar, mas então minha mãe ficou realmente doente, e ela me ajudou muito e disse que com sua vingança conseguiríamos muito dinheiro, e então... Eu aceitei.

– Então o papo da sua mãe doente era verdade?

– Sim...

–Ah, desculpe eu desconfiar, é que foi meio que um choque descobrir que foi você que me deu uma pancada e me arrastou ate aqui... Falando nisso, como conseguiu? Você não é um dos tipos... Fortes!

Sorriu sem graça e ele me olha serio;

– Você também não é do tipo... Magro!

Ook; ofendeu!

– Desculpe Senhor Fortão.

– Tudo bem, Senhor Magreza!

Rimos e depois tossimos por causa dos doces;

– Mas é serio Arin, como conseguiu?

– Não fui eu, foi o... Informante! – percebi ele ficar um pouco tenso. – Nossa, olha a hora, ele já deve estar chegando, Z, volta para a cadeira, rápido!

– Mas eu não terminei de comer.

– Por favor!

– Ook!

Volto a sentar na cadeira e ele me amarra outra vez, ook, isso já esta ficando cansativo;

– Já vou indo, até amanhã. – ele diz pegando os doces do chão;

– Espera, quando eu vou sair daqui?

– O mais prevê possível. – ele sorri e sai do quarto;

Deus, obrigado!