Para Quê Se Importar ? escrita por Shittx


Capítulo 1
One-Shot.


Notas iniciais do capítulo

Não me acusem de Plágio. Eu postei essa Fic no Anime Spirit.
Aproveitem~



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Ace estava petrificado, enquanto fitava a imensidão de destruição a sua frente, mas infelizmente o que, ele... Um pecador poderia fazer?

Sentar e esperar para o que viria a seguir. Ele não poderia fazer absolutamente nada... Acorrentado a grossas e firmes corrente, sem poder fazer nenhum tipo de movimento... O que ele poderia fazer? 

Observava seu irmão correndo por entre mortos, se defendendo de espadas, chutando e socando, gritando... Por quê? Para salvar um mero humano que poderia morrer daqui a alguns anos? Perda de tempo. Eles eram piratas, piratas lutam; piratas correm perigo, piratas morrem... Piratas são a escória da humanidade. 

E o que Luffy faria aqui na guerra dos melhores? Ele era um pirralho que mal tinha saído das fraldas... Ele ainda não conhecia muitas coisas sobre piratas, mas mesmo assim ele continuava gritando por ele... Gritando para salvar a vida dele. Continuava fazendo coisas impossíveis, mas Ace sabia... Nada era impossível para o garoto que se tornaria o rei dos piratas. Sempre correndo, ultrapassando limites... Sendo sempre o mesmo Luffy; um menino surpreendente. 

Ace curvou-se contra a grande plataforma e começou a lembrar-se de alguns momentos de sua infância... Ah como ele queria poder vive-la novamente, mas infelizmente era impossível. Sua morte já estava escrita desde o momento que pisou naquele barco e partiu em direção ao mar. Deus sabe o que faz; Deus o fez escolher esse caminho perigoso... Deus é o grande culpado de tudo. Ele que irá o matar daqui a alguns minutos, Deus que irá matá-lo. 
Ele fitou o céu acima de si e suspirou, sussurrando em sua mente:

Pelo menos me deixe proteger aquele idiota antes de me matar! – Sussurrou em sua própria mente. 

Ele fitou novamente o caos abaixo de si. Novas lágrimas começavam a se formar no canto de seus olhos. Ele curvou-se novamente, grudou sua testa ao chão de madeira e gritou... Gritou com tudo o que tinha. 

Ouviu seu irmão gritar. Levantou a cabeça rapidamente e teve um vislumbre do colete amarelo, a bermuda vermelha e a boca incrivelmente grande. As lágrimas que antes tinham sido contidas, agora escorriam livremente pelo seu rosto, que agora esboçava um pequeno sorriso melancólico. 
Luffy vá embora... Era o que sua mente gritava insanamente. Vá embora, vá embora, vá embora. 

- Vá embora! – Ace sussurrou. 

Sua boca repentinamente ficou seca, ele sentiu outro nó se formar na sua garganta... Por que diabos não o matavam logo? Por quanto tempo ele teria que ver toda essas destruição e mortes, sendo causadas em prol dele? Por quanto tempo ainda? Quanto antes sua vida escorrer por entre seus dedos, quanto antes Deus tirar-lhe um de seus bens mais preciosos, o quanto antes seu sofrimento acabar... Melhor seria!

Mas, infelizmente Deus não estava a favor dele. Deus queria vê-lo sofrer, por qualquer sofrimento que ele tivesse causado. Qualquer morte que ele tenha causado... Para logo depois ele tirar sua vida.

Ele sofria; sentia seu coração apertar a cada passo que seu irmão dava; cada soco que seu irmão levava; a cada morte que era causada; a cada minuto que se passava; a cada respiração que só era mais um caminho para sua execução; a cada tosse de seu pai de consideração... Edward Newgate - o temível Barba Branca – dava; a cada tintilar de espadas, e a cada grito.
Observou seu avô que tinha um semblante calmo, mas que por dentro encontrava-se, se remoendo de tristeza. Um de seus netos estava pronto para ser executado e outro estava lutando contra tudo e todos, por causa do neto que já tinha aceitado a própria morte. 

E Ace sabia o que seu avô sentia nesse momento. 

Tudo o que Ace queria naquele momento é acabar com o sofrimento e mortes, de todos ali; mas, infelizmente ele não poderia fazer nada... Afinal estava acorrentado.

- Porque todos estão aqui? Porque não podem simplesmente aceitar que eu já estou morto? – Gritou.

- Porque você não está! – Luffy gritou enquanto terminava de subir a rampa de concreto que tinha sido feita, por um dos companheiros do mesmo.
Ace ergueu a cabeça e pode ver o olhar determinado de Luffy. Olhou para o chão e pode ver o seu avô – Vice-almirante da marinha, Monkey D. Garp – Sentado no chão com um pequeno sorriso. 

Ace imediatamente soube que Luffy tinha lutado contra seu avô, e tinha o derrotado... Mas, na verdade Garp tinha deixado seu neto vencê-lo. Garp ainda tinha esperanças que Luffy poderia salvar Ace. 

Sentiu-se ser libertado das correntes que o prenderam àquela plataforma, das correntes que o acorrentaram; das correntes que o impedirão de proteger seus amigos. 

- Vamos! – Luffy sussurrou esticando a mão para Ace poder pegar. 

Ace fitou a mão de seu irmão e logo depois fitou o rosto do mesmo, encontrando um enorme sorriso, um sorriso característico de Luffy. 
Ace ia pegar a mão do mesmo, quando de repente a plataforma de execução foi destruída, fazendo-os cair em direção ao chão. 

- Luffy! – Ace chamou. – Você cuida dos da frente. – Falou ele virando-se de costas para o irmão.

- Claro! – Luffy sorriu amplamente. – Trate de acabar com todos.

- Com quem você pensa que está falando, idiota? – Ace gritou enquanto realizava um ataque 
em direção aos seus inimigos. 

Luffy gargalhou, enquanto atingia um e outro com seus socos. 

- Vamos! – Luffy gritou, enquanto ia abrindo caminho por entre os soldados da marinha. 

- Luffy! - Ace gritou enquanto mandava um ataque em direção a um dos soldados que tentavam atacar Luffy. 

Luffy fitou Ace por alguns instantes, mas de repente seus olhos se arregalaram.

- Cuidado!

Ace vendo a reação de seu irmão se virou e teve um vislumbre de algo vermelho vindo em sua direção. Suas mãos se levantaram rapidamente, e usou seu fogo para se proteger. 
Mas, infelizmente o fogo só pode protegê-lo um pouco. Ace foi lançado alguns metros adiante, com alguns ferimentos no corpo. 

- Portgas D. Ace... Onde pensa que vai? – Almirante Akainu perguntou.

Luffy grunhiu para o Almirante, enquanto o mesmo caminhava em direção ao seu irmão deitado no chão com algumas queimaduras sobre o corpo. 

- Sai daí! – Luffy sussurrou perigosamente. – Saia de perto dele! – Luffy começou a correr em 
direção ao almirante.

- Pare! – Ace gritou. – Eu cuido disso, Luffy! – Falou ele levantando-se do chão com um pouco de dificuldade. 

- Mas... – Luffy viu o olhar no rosto de seu irmão e logo se calou. 

- Então, não pretende mais fugir? – Almirante Akainu perguntou. – Até agora pouco você planejava fugir... Acertei?

- Jimbei, leve Luffy daqui! – Ace sussurrou.

Jimbei, que estava - perto o bastante para ouvir o sussurro de Ace - lutando com os soldados da marinha virou-se para Ace e perguntou:

- E você? – Jimbei o fitou atordoado. – Você não está plane...

- Sim, estou! – Ace respondeu decidido.

- Ace, pense bem... Seu irmão não irá ficar feliz! 

Ace sorriu. 

Jimbei entendeu de imediato. Sua boca se abriu novamente para contestar com a decisão do moreno, mas parou quando Ace começou a falar:

- Sei que os almirantes virão atrás de nós sê todos fugirmos... Por isso ficarei aqui junto com o pai, e tentarei o máximo impedi-los. – Ace estava fitando intensamente Luffy que o estava o fitando de volta com uma expressão confusa. – Luffy tem um sonho, Jimbei... Eu quero que ele realize esse sonho. –Mesmo eu não estando lá. – Completou mentalmente. – Por isso junto com meu capitão eu ficarei aqui.

Jimbei acenou positivamente e sussurrou:

- Foi ótimo conhecê-lo! – Jimbei correu até Luffy. 

- Vou te levar de volta, Portgas. Você irá ser executado e logo depois irá ser seu irmão. – Almirante Akainu falou enquanto mandava sua lava em direção à Ace. 

Ace em resposta mandou seu fogo para confrontar a lava de Akainu. Assim que as duas substâncias se chocaram ouve uma explosão e Ace foi mandado longe novamente; agora com mais ferimentos do que tinha antes. 

- Você vê Portgas? Todos vieram aqui para tentar salvar uma pessoa patética. – Almirante Akainu falou enquanto caminhava até ele. – Seria mais fácil, se eles só se mantivessem quietos. – Almirante Akainu desviou à atenção de Ace, e observou o garoto do chapéu de palha que corria em sua direção, com os olhos queimando em fúria. – Seu irmão é tão patético, quanto você! 

Ace tentou gritar para Luffy parar, mas sua voz não conseguia sair. Ele olhou de esguelha para seu irmão que vinha correndo em sua direção. 

Pare Luffy! Pare! Pare! Pare! – Ele gritava mentalmente. – Pare, por favor!

Ele viu como seu irmão chegava cada vez mais perto. Viu como Almirante Akainu estava parado só esperando pelo garoto de borracha. 

- Desgraçado! – Luffy gritou e fechou a mão em punho para poder acertar Akainu, mas foi segurado por Jimbei. – Jimbei me solta!

Jimbei nada respondeu, continuou calado fitando Ace que o olhava agradecido. 

Luffy gritava e esperneava para Jimbei soltá-lo, até que o mesmo o soltou. Luffy caiu de joelhos no chão e viu Jimbei, que agora lutava contra vários soldados da marinha. 

- Que tal eu lhe dar um último presente, Portgas? 

Ace o fitou com os olhos arregalados, ele sabia o que Almirante Akainu iria fazer. Olhou rapidamente para seu irmão ajoelhado no chão, e depois para Almirante Akainu que corria na direção de seu irmão.

-Deus, por favor... Deixe-me protegê-lo. – Sussurrou. 

Luffy fitava paralisado Almirante Akainu, que corria em sua direção com os punhos envoltos em lava. Fechou os olhos esperando a dor latejante que viria a seguir... Mas, nada aconteceu. 
Ele arriscou abrir os olhos, mas quando os abriu sentiu seu coração apertar e um nó se formar em sua garganta. 

- A... – Luffy franziu as sobrancelhas. – Ce.

Ace tinha um pequeno sorriso na face, mas Luffy pode ver... Os olhos de Ace transmitiam dor. Muita dor. 

Almirante Akainu retirou o punho do peito de Ace, e andou alguns passos para trás. Ace caiu de joelhos em frente à Luffy, e o mesmo o pegou. 

- Ace? – Luffy chamou. 

O rapaz moreno não respondeu. Luffy pode sentir os movimentos enfraquecidos da respiração do mesmo. 

- Ace! – Luffy chamou com um tom de voz urgente. 

Luffy tirou as mãos das costas de Ace, para trazê-las para os ombros do mesmo... Mas, ele se arrependeu de fazer isso. Suas mãos estavam manchadas; manchadas de sangue... Sangue de seu irmão. 

- Luffy! – Sussurrou. – Quero que me faça um favor.

Atrás deles podiam se ouvir as vozes de seus companheiros gritando por Ace. 

- Quero que você os agradeça por terem me aturado por todo esse tempo. Nunca tive um motivo para viver, mas todos eles se tornaram meu motivo. Quero que você peça desculpas a eles, por qualquer coisa que eu tenha causado, principalmente por essa guerra... Se não fosse por mim... Ninguém estaria morto. Eu fui fraco, eu me deixei capturar... Agora eu só queria que todos me perdoassem. Fale pro JIji que eu agradeço por ele ter me acolhido, por ter me dado um lar, uma família... Por ter me dado você como irmão. Luffy me desculpe não poderei cumprir a promessa que lhe fiz. - Ace parou e respirou pesadamente. – Mas, não me arrependo de nada que fiz, principalmente não me arrependo de ter entrado na frente daquele soco. Você tem um sonho Luffy... Trate de cumpri-lo. 

Depois dessas ultimas palavras, Luffy não sentiu mais a respiração de Ace. 

- Ace? – Luffy chamou, mas não obteve resposta alguma. - Ace! – Luffy gritou, mas novamente não obteve resposta alguma. 

Luffy sabia o que tinha acontecido, mas ele não queria aceitar. Ele chamou por Ace mais algumas vezes, e então desistiu. 

Seu irmão estava morto. Ele deixou o corpo de Ace cair em direção ao chão, enquanto encarava suas mãos manchadas de sangue. 

Por quê? Por quê? Depois de tudo o que fizemos... Tudo o que eu fiz, por quê? – Ele deixou as lágrimas escorrerem livremente pelo seu rosto. 

Ele ouviu os sons de gritos, os sons de choros, os canhões... Mas nenhum desses sons era tão angustiante quanto ouvir o som de seu coração batendo em um ritmo acelerado e os gritos estridentes de sua alma. 

Luffy só ficou sentado lá, com lágrimas jorrando sem parar de seus olhos e a dor latejante no peito. 

Ele não percebeu o tempo passar, mas sentiu quando foi agarrado por algo, mas ele não se importava mais com nada. 
Para que se importar? – Sussurrou em sua mente. – Tudo o que eu fiz foi em vão, ele morreu afinal. 

Ele sentiu dor em seu peito, e ele sabia que não era seu coração. Sabia que algo tinha acontecido, mas não se importava. 

Então ele só ficou ali, sem saber a onde estava indo; sem saber se algo tinha acontecido.

Mas, para que?

Ele não se importava mais.


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Notas finais do capítulo

Mandem Reviews para mim *--*



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