Wont You Help Me? escrita por gaabimalavolta


Capítulo 1
I




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– CLAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAIRE - berrou minha mãe em uma segunda-feira longa e tediosa do andar de baixo quase perdendo suas cordas vocais.

– O que aconteceu? - perguntei assustada com tanto escândalo assim que cheguei no corrimão da longa escada.

– Vai logo se arrumar, temos um jantar na casa da Pattie hoje, esqueceu?! Anda logo! - ordenou minha mãe.

– Ok,ok - disse bufando.

Retornei ao meu quarto e fui em busca de alguma roupa que me agradaria antes de tomar um longo banho relaxante. Após alguns minutos de busca, avistei minha saia cós alta azul celeste com detalhes em branco,vermelho e um tom parecido com pastel, uma blusa branca lisa com uma delicada gola V e para completar peguei uma sapatilha vermelha. Separei um par de brincos e uma pulseira prata. Fui ao banheiro, liguei o chuveiro em uma temperatura morna e me despi para mais um banho. Me desliguei do mundo pelo menos por alguns instantes.

Narrador POV

Claire nasceu na pequena cidade de Stratford,Canadá, onde viveu até seus cinco anos. Após dois anos da morte de seu pai, sua mãe, Jane Cassidy, recebeu uma proposta maravilhosa de trabalho, que melhoraria totalmente a situação das duas naquele momento. Assim, as duas deixaram Canadá e se mudaram para Detroit, Michigan. Depois de 12 anos, Jane com uma vida estável decidiu retornar para Stratford. Claire, com 17 anos agora, estava super feliz, pois iria encontrar suas velhas amigas e retornar ao seu antigo colégio, assim como Jane que também estava ansiosa para reencontrar sua amiga de infância, Pattie. Grades surpresas foram reservadas para ela ao retornar para sua cidade natal. Claire não sabia, mas teve grandes chances de encontrar Justin novamente, assim como ele,mas o destino teimou em separá-los o quanto pode. Todas as chances começaram na segunda-feira. 

O despertador tocou quando o pequeno relógio sob a cômoda ao lado de sua cama marcava sete horas da manhã. Claire levantou um pouco sonolenta, esfregando os olhos com dificuldade de se acostumar com a claridade que invadia seu quarto. A garota foi em direção ao banheiro e fez sua higiene matinal após um relaxante banho. Vestiu um vestido florido com mangas um pouco a cima dos cotovelos e com um laço na cintura, colocou um colar e um par de brincos delicado com uma sapatilha azul marinho. Soltou seus longos cachos castanhos e desceu para tomar seu café da manhã. Tomou um copo de suco de laranja e comeu duas torradas .Despediu-se de sua mãe e foi para escola a pé, já que seu colégio ficava apenas alguns quarteirões de sua casa.

Chegando em frente do Stratford Northwestern High School, Claire avistou uma garota ao longe baixa com seu cabelo liso levemente cacheado nas pontas capaz de dar inveja em qualquer um. Convicta que era sua amiga de infância, Torry, a garota então, resolveu fazer uma pequena surpresa.  Fazia algum tempo que as duas não se viam, porém as duas não perderam amizade quando Claire deixou sua pequena cidade. Torry não deixou de passar algumas semanas de férias na casa da amiga em Detroit, relembrando os velhos tempos. Porém havia dois anos que as duas não se viam pessoalmente,mas Torry não havia mudado nada fisicamente. Por isso, a amiga a reconheceu rapidamente. Claire caminhou em direção a Torry, apesar de atrair olhares de todas as partes por ser a novata,mas a garota não se importou. Calmamente encostou as mãos nos olhos da amiga e fez a tradicional pergunta:

– Adivinha quem é? - disse Claire com um sorriso no rosto passando entusiasmo em sua doce voz.

Torry assustada se virou imediatamente, mas ao ver que as mãos que esteve em seus olhos minutos antes era de sua amiga, pulou nos braços de Claire partindo para um longo abraço.

Enquanto a garota abraçava Torry fortemente, Justin passou por trás de Claire  em direção à roda que se formava com seus amigos logo adiante. Claire sufocada pelo abraço da amiga, logo o partiu e olhou em todas as direções relembrando de todos os momentos que viveu naquele pacata escola, que devido ao tempo, se tornou somente High School. Além disso, a menina notou um garoto loiro caminhando em direção a um grupo que deveria ser seus amigos, mas quando o garoto iria olhar em sua direção, Torry a chamou e acabou distraindo-a. Quando a garota voltou seu olhar no mesmo grupo, o garoto estava de costas novamente. Eles não se viram.

Claire se despediu da amiga, pois precisava ir a secretaria pegar seu novo horário de aulas e os documentos que os professores teriam que assinar. Claire não ficou nada feliz em saber que sua primeira aula seria de matemática, logo a matéria que mais detestava, mas resolveu chegar mais cedo em sua sala, não queria atrair mais olhares. Assim, a garota sentou na segunda carteira disposta a prestar atenção e se esforçar, coisa que não fazia a muito tempo. Após alguns minutos, a sala já estava quase completa com exceção de alguns, é claro. A garota tinha esquecido de desligar seu celular e uma detenção era a última coisa que Claire desejava, logo no primeiro dia de aula. Então a garota se virou para pegar seu celular e desligá-lo, nesse instante Justin passou por ela sem ambos se notarem. O menino se sentou na última carteira da mesma fileira. O destino teimava em separá-los, ambos não se viam. Na troca de aula, antes de sair, Claire deixou seu estojo cair e quando a garota agachou para pegá-lo, o garoto passou, deixando a sala. E mais uma vez, os dois não se viram.

As duas aulas seguintes passaram e o sinal tocou indicando o intervalo. Claire saiu da sua aula de química aliviada, deu graças a Deus por ter acabado sua tortura. A garota foi em direção ao refeitório em busca de Torry. Chegando em seu destino, Claire viu Torry acenando freneticamente em sua direção e retribui com apenas um aceno discreto e tímido. Após ter enfrentando uma grande fila, Claire caminhou sorridente em direção a mesa da amiga e a mesma se sentou de frente para Torry para conversarem melhor. Justin chegou no refeitório e fez a mesma coisa que estava habituado: ir pra fila, pegar seu lanche e sentar com seus amigos. Caminhou lentamente, pois adorava ver as meninas babando por ele. Justin não era tão popular, apesar de fazer parte do time de basquete. O garoto não era rico como a minoria naquela escola, mas também não passava necessidades. Sua vida era confortável. Além disso, Justin não tinha cabeça e nem vocação pra ser parte daquele grupo e não deixaria seus amigos de lado só por status. 

Chegando à mesa em que seus amigos estavam, Justin se sentou ao lado de Chaz e na frente de Ryan, que por sua vez, estava ao lado de Nolan. Claire estava a poucos centímetros de Justin, pois estava sentada de costas para ele.Mas, os dois não se viram novamente. Parecia que ambos estavam conectados, mas ao mesmo tão distantes. Quando a garota virava sua cabeça para esquerda, Justin estava com sua visão direcionada para direita e quando ele estava olhando para a esquerda, Claire estava direcionada para direita. O destino não queria definitivamente os dois juntos. Ambos não se viam de forma alguma, apenas de costas.

Claire deixou a mesa em que se encontrava, pois precisava deixar sua bolsa em seu armário já que sua próxima aula era de Educação Física. Torry a acompanhou até o armário cento e vinte e dois, cujo este era o seu. A menina precisava pegar seu livro de História e deixar o de Biologia. Assim, Claire se despediu e continuou seu percurso até seu armário. A garota deixou sua bolsa como queria, mas graças ao seu jeito desastrado, deixou alguns de seus livros caírem no chão. Após reclamar, a garota agachou e pegou um por um. Retornou para sua posição inicial e organizou seus livros novamente em seu armário. Justin passou por trás de Claire apressado, já que sua aula iria começar em poucos minutos. Claire só pode ver Justin de costas após ter fechado seu armário, mas não ligou. A garota foi ao vestiário, trocou de roupa e foi para quadrada rezando todas as orações que tinha em mente para que nenhum desastre acontecesse.

Claire esperou na arquibancada para saber em qual time estava e para seu azar, as meninas iriam jogar vôlei enquanto os meninos jogavam basquete. Claire não era fã de esportes. Ao contrário de Justin que jogava todas as modalidades e muito bem. O garoto também estava nesta aula, mas em outra quadra com os meninos. O professor formou dois times de basquete e eles começaram a arremessar bolas no cesto para aquecerem antes da partida. Cada time estava em um garrafão. Justin, Ryan, Chaz e Nolan estavam no mesmo time. O professor cujo era o seu treinador apostava em um excelente time com os quatro garotos, então teimava em colocá-los juntos. A aula começou e Claire continuava rezando, temendo um  desastre. Enquanto Justin, que estava na quadra ao lado, se aquecia. 

Eles estavam na mesma aula,mas não se viram, apesar de ter uma chance. Justin jogou uma bola em Chaz de brincadeira, mas ele desviou e acabou acertando em cheio a barriga de Nolan que com raiva correu atrás de Justin pela quadra. Quando o garoto jogou a bola em Justin, o mesmo desviou. A bola passou pelas garotas e caiu perto da arquibancada. Claire viu a bola e foi pegá-la, mas a garota levou uma bolada na cabeça antes, graças a sua distração. A garota caiu com a mão em seu rosto, logo quando Justin que ainda estava reclamando por ter que pegar a bola do outro lado da quadra passou. O garoto não conseguiu ver o que estava acontecendo, pois havia um grande círculo de garotas cercando Claire e mas uma vez eles não puderam se ver.

É, definitivamente o destino não queria eles juntos, mas por quê? Bom isso, eu já não sei, mas as chances não terminaram na aula de educação física. Claire foi levada para a enfermaria para checar se realmente estava tudo bem. A garota havia desmaiado por alguns minutos e a preocupação reinava em todos, principalmente na garota que havia acertado sua cabeça. Felizmente estava tudo bem, mas a enfermeira ainda estava com o pé atrás. Por isso, Claire ficou deitada em observação por cautela. A pancada que levou havia sido realmente forte,mas ela foi liberada quando o sinal de fim de aula tocou. Claire não se importou de ir embora com a roupa de sua educação física, pois a única coisa que desejava era uma bom banho e cama, estava se sentindo cansada causado pelo tumulto, então a garota somente se dirigiu ao seu armário para pegar sua bolsa e finalmente ir embora. Torry com certeza ficaria preocupada com a situação, mas entenderia depois de uma boa explicação. Claire deixou sua nova escola e caminhou em direção a sua casa, durante o caminho seu celular tocou. A garota bufou quando viu que sua mãe estava ligando, provavelmente super preocupada com o que havia acontecido e Claire não estava a fim de escutar as preocupações da mãe. Ela tratou logo de escapar da conversa e desligar logo o telefone, e continuar seu caminho em paz. Justin passou pela garota com seu carro, mas o garoto não conseguiu ver o rosto de Claire, pois ela estava com a cabeça virada, provavelmente procurando alguma coisa em sua bolsa. Quando Justin olhou no retrovisor para espiar a garota novamente, ela havia dobrado a esquina para a frustração do garoto.

É, o destino estava brincando com os dois, mas até quando ele iria teimar em separá-los? Bom eu realmente não sei, mas muita coisa está para acontecer. E as chances não acabaram por ai. Isso era somente o primeiro dia de muitos desencontros.

Fim do POV do Narrador

Claire POV

Fui obrigada a sair do banho ou minha mãe iria me tirar pelo cabelos, então pelo amor que eu tinha pelo meu coro cabeludo, achei melhor sair dali o mais rápido possível. Estava precisando de outro banho e minha cabeça ainda latejava um pouco devido a pancada que recebi. Para ser sincera não queria ir a esse jantar, mas não iria fazer essa desfeita com minha mãe, ainda mais sendo um jantar com a melhor amiga dela desde que eram crianças, então estava disposta a me esforçar ao máximo. Fiquei pronta em poucos minutos. Fato que teve todo o mérito de mamãe, sem sua pressão não teria conseguido. Logo que cheguei no andar de baixo, mamãe tratou de pegar as chaves do carro para partirmos. Não entendi o por que dela querer ir de carro, já que Pattie morava algumas ruas de nós, mas minha mãe era muito cautelosa e não gostava de andar a noite sozinha, ainda mais comigo. Minha mãe não demorou para acabar com o silêncio que reinava em nosso carro:

   – Filha, lembra da Pattie? - disse minha mãe com os olhos brilhando. Pra ser sincera não lembrava muito da Pattie, lembro poucas coisas. Entre elas era que eu amava chamar-la de tia. Pra mim, ela era como se fosse a irmã da minha mãe. Bom, talvez eu não esteja errada, elas eram irmãs de coração. Mas eu não queria mentir pra minha mãe a respeito de Pattie. 

   – Não muito mãe - hesitei em falar um pouco, pois não queria magoa-la 

   – Você tem razão. Vocês eram muito pequenos para lembrarem de tudo - afirmou minha mãe com um meio sorriso

    – Como assim? Vocês? - perguntei surpresa com uma cara no mínima engraçada com a minha surpresa. Vocês? Que eu me lembro era só eu, não era?

   – Filha, você não lembra do Justin? - minha mãe me retrucou com o mesmo tom da minha pergunta. Ótimo, quem era esse tal de Justin?

   –  Justin?! Não mãe ,não lembro. Quem ele é? - perguntei

   –  Pensei que dele você lembraria,mas como não se lembra da Pattie, deveria suspeitar que você não lembraria do filho dela - disse ela. Calma, a Pattie tinha um filho? Como eu não me lembro dele? Isso é estranho, pra mim eu só tinha a Torry como amiga desde.. Desde que eu me lembro,mas como eu não lembro dele?

   – Bom, era nesse parquinho que vocês costumavam brincar. Vocês não se desgrudavam, querida. Eu e Pattie falávamos que vocês dois iriam casar - minha mãe apontou para um pequeno,mas lindo parquinho à direita e riu com a idéia do casamento. Qual é!

   – Mas mãe, como eu não lembro dele? Você não acha estranho? - ignorei a parte do casamento e enchi minha mãe de perguntas,mas eu não conseguia digerir o que estava acontecendo. Como eu não lembrava dele? E por que eu me importava tanto?

   –  Filha, calma, você não deve lembrar dele, porque você era muito pequena e depois que nos mudamos pra Detroit, você nunca mais o viu - disse minha mãe me acalmando.

   – É deve ser isso mesmo - disse com indiferença

Queria parecer indiferente,mas por dentro não estava. Por que eu não lembrava do bendito desse garoto? Por que eu não tinha foto dele? Isso estava muito estranho. Decidi olhar mais uma vez o parque que minha mãe me mostrou pelo retrovisor. Esse parque era familiar,mas não sabia ao certo o por quê. Olhei todos os brinquedos, até que avistei os balanços se mexendo devido ao vento e, finalmente, lembrei de Justin. Não lembrei exatamente de tudo, somente que eu e ele vivíamos brincando naquele parquinho,mas sua imagem não vinha em minha cabeça. Caramba, eu queria lembrar. Infelizmente, me lembrei do meu pai. Lembrar do meu pai não era ruim,mas ainda me causava dor. Além disso, foi naquele parque que o vi pela última vez. Ele tinha me levado pra brincar e acabei ficando com a Tia Pattie, pois ele estava atrasado pro trabalho e eu queria continuar brincando. Uma lágrima escorreu e logo a limpei,antes que minha percebesse.

   – Chegamos! - exclamou minha mãe me tirando dos meus pensamentos mais profundos. Minha mãe estava realmente animada em nos reunir novamente, quase pulou do carro pela janela,mas não duvidava esse tipo de loucura vindo dela. Felizmente, ela resolveu ser um ser humano normal e sair pela porta mesmo. Amém!

Caminhamos lado a lado até porta da casa de Pattie. Minha mãe estava ansiosa, provavelmente por reencontrar Tia Pattie ou pra me reunir novamente com esse tal de Justin. Bom, eu rezava para ser a primeira opção. Parte de mim queria encontrar Justin,mas a outra parte estava receosa e com medo. Me sentia desconfortável e estranha. Nunca havia sentido algo como isso antes. Somente desejava que passasse logo e torci pra acabar quando eu finalmente encontrasse o garoto com quem brincava quando pequena. 

O caminho até a porta da casa era curto,mas o suficiente para notar uma casa como aquela. Ela possuía um jardim enorme na frente com um gramado impecável e uma passarela no meio. Havia flores de todos os gostos e cores. Pattie realmente gostava de flores. A casa era simplesmente perfeita em tom bege claro e o telhado mais escuro. Eu amei aquela casa. Fiquei realmente encantada. Então Pattie, vamos trocar de casa?. Ri com o meu pensamento e balancei a cabeça para esquecer minhas doideiras. Subi as duas pequenas escadas antes de chegar à varanda que cercava a casa. Eu ainda estava encantada com a casa de dois andares. Na varanda tinha mais vasos comprovando a minha tese de que Pattie era obcecada por flores. Pelo menos já sabia o que dar para ela de aniversário em todos os casos. 

Logo que minha mãe me alcançou tocou a campainha e a mesma não se contia dentro de si. Eu ainda olhava aquela maravilhosa casa. Fiquei de costas para a porta olhando um pouco mais aquela casa. Havia muitas janelas. Percebi que as luzes do andar de baixo estavam todas acesas, enquanto as do andar de cima estavam todas apagadas com exceção de uma. 

–Jane! Meu Deus, quanto tempo! - exclamou uma mulher que deduzi ser Pattie,mas continuei de costas para as duas, não dando a mínima. Aquela casa era demais!  Pattie! Que saudades minha amiga - disse minha mãe confirmando ser mesmo Pattie e se eu conheço mesmo minha mãe, ela estaria naquele exato momento sufocando Pattie em um apertado abraço

E quem é essa garota, Jane? - disse Pattie. Então minha ficha tinha caído, eu estava de costas o tempo todo. Ai meu Deus como eu sou mau educada. Assim, eu me virei para encarar Pattie.

Claire! É você? Como você cresceu meu anjo - disse Pattie me puxando para um abraço apertado. Agora eu me lembrava dela, mas não me lembrava de seu filho e isso já estava ficando chato.

 Oi tia, como a senhora está? tudo bem? - perguntei com o meu melhor sorriso.

 Eu estou ótima, mas vamos esquecer a senhora está bem? Me chame de Pattie ou de tia, ok? - disse Pattie sorridente e eu somente balancei minha cabeça em um sinal de aprovação.

 – Vamos entrando - disse Pattie

  Eu e mamãe entramos e a casa por dentro era perfeita. Eu definitivamente queria morar naquela casa. Será que Pattie não abrigaria mais duas pessoas?. Ri novamente com aquela idiea.Enquanto estava olhando a casa, senti alguma coisa peluda em meus pés. Era Sammy. Daquele lindo cachorrinho não tinha me esquecido e o mesmo estava tão lindo.Sentamos em um confortável sofá para minha mãe e a tia Pattie colocarem o assunto em dia e eu fiquei somente escutando e brincando com Sammy. As duas mereciam aquele momento, fazia tanto tempo que as duas não se viam. Pattie falou como sua vida estava e como o Justin estava.Pelo que entendi Justin havia brigado com ela e agora estava trancado em seu quarto sem falar com ninguém. Garoto mimado! Só porque a mamãe não tinha deixando ele sair com os amigos e blá blá blá. Mas o jantar foi divertido e nós três conversamos bastante enquanto jantávamos. Após três horas de conversa e risadas, eu e mamãe decidimos ir embora. Já estava ficando tarde e amanhã além das aulas de manhã, tinha um entrevista de emprego. Mas estava feliz, pois brinquei bastante com Sammy e isso me rendeu boas risadas. Resumindo tudo,o jantar tinha sido ótimo e foi legal reencontrar tia Pattie.

 Claire me desculpa pelo Justin,mas oportunidades não irão faltar para vocês se encontrarem, não é? - disse Pattie forçando um meio sorriso de desconforto. Qualquer pessoa podia notar que Pattie estava sentida pelo filho estar ausente naquele jantar.

 Claro tia, a gente se tromba por ai - disse dando meu melhor sorriso. Não queria que e Pattie se sentisse culpada pela situação que o seu queridinho filho tinha a colocado. - Vamos embora mãe, amanhã vai ser um dia cheio - completei

 –  Vamos sim querida - sorriu minha mãe

Nós despedimos de Pattie e fomos embora. Como queria me despedir de Sammy, fui a última a sair da casa e consequentemente a fechar a porta, porque Patttie fez questão de nos acompanhar até o carro. Posso estar errada,mas senti alguém me observando do topo da escada,mas não me importei. Minha mãe estava gritando feito uma condenada e não queria passar vergonha, então acabei sendo mais rápida do que o Bolt. Dei um beijo em Pattie e entrei no carro para irmos embora.

POV de Justin

Briguei com minha mãe e estava mal por isso. Não gostava de brigar com ela,mas não custava nada ela ter deixado a minha humilde pessoa sair com Ryan e Chaz. Só porque tinha um jantar com a amiga de infância dela. GRANDE COISA. A amiga era dela e não minha. Me tranquei e liguei a televisão o mais alto possível,não queria ouvir nada daquele jantar. Minha mãe disse que eu iria gostar, porque Claire iria estar lá. Mas quem era aquela tal de Claire? Eu não lembrava dela e isso me incomodava. Eu estava dando muita importância para uma menina que eu nem conhecia. Minha mãe disse que eu brincava com ela quando éramos pequenos, mas eu não me lembrava de nada. E em casa não tinha nem um vestígio que algum dia aquela garota existiu em minha vida. Mamãe ainda completou dizendo que a gente, infelizmente segundo ela, tínhamos perdido o contato quando ela foi embora e eu me revoltei por ela ter me deixado. Bom, eu não me lembrava nada disso. Mas deve ser por isso que eu não me lembrava, Claire havia me deixado como o meu pai. Então devo ter feito questão de esquecer aquela garota. Agora eu tenho medo de me encontrar com ela novamente e se ela me deixar de novo? Era melhor eu deixar essa preocupação de lado, afinal eu nem encontrei com a menina e nada confirmava que iriamos ser amigos novamente. Era melhor deixar isso por conta do destino,mas eu não queria me machucar. Estava confuso. Pensando em tudo isso acabei adormecendo e quando acordei resolvi descer e ver como estava as coisas lá embaixo. Peguei o copo de água e sai do meu quarto. Quando cheguei no topo da escada vi uma menina,mas não pude ver seu rosto. Ela estava fechando a porta apressada e somente consegui vê-la de costas. Droga! Será que era ela a Claire? Resolvi voltar o mais rápido possível pro meu quarto. Era orgulhoso demais para voltar atrás com minha decisão. Além disso, não queria que a suposta Claire me visse. Mas não tirava aquela imagem da minha cabeça: a garota saindo da minha casa. Será que era ela? E por que eu me importava tanto? Por que eu estava tão revoltado por não me lembrar dela? Droga de destino. Por que eu fui brigar com a minha mãe? Por que eu não deixei o meu orgulho de lado e não fiquei naquele jantar? Que droga,mas agora era tarde demais. Melhor deixar isso quieto. Era muita pergunta para pouco Justin. Estava me incomodando demais e o pior era que nem eu sabia direito a causa de tudo isso. E mais uma vez pensando em tudo isso adormeci.


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Notas finais do capítulo

Então pessoal, me falam o que acharam, ok? Espero que tenham gostado :))