Princess Of The Darkness escrita por Rocky, Caroline Santos


Capítulo 5
Capítulo 4 - Estrelas


Notas iniciais do capítulo

Carol: Hey guys! Vemos vocês lá em baixo!
Julia: Heeeey! Esse capítulo tem música *-----* (inner: nãooooo, serio sua mongol? Eu: sim, cala a boca!) até lá embaixo! =)
link da música --> http://www.youtube.com/results?search_query=set+fire+to+the+rain+adele&oq=set+fir&aq=1&aqi=g10&aql=&gs_sm=1&gs_upl=2697l6367l0l8984l9l9l0l0l0l0l1681l2830l3-1.6-1.0.1l3l0



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Andei calmamente pelos escuros e úmidos corredores iluminados apenas pelos archotes. Não tinha a mínima pressa para chegar à sala de Snape. Pensei no que meu pai falaria se visse de detenção. Acho que ele não se importaria muito, mas eu o queria deixar orgulhoso acima de tudo. Eu não era apenas uma criança no meio dos Comensais. E mais do que tudo, eu não era como Malfoy.

Quando infelizmente cheguei à sala do seboso, hesitei antes de bater. Queria ter tido a oportunidade de demorar mais um pouco.

Mas aquilo era errado, eu não era uma Lufa-Lufa medrosa. Não era uma estudante comum e sabia que não tinha o que temer em Snape. Mas eu só não conseguia convencer a mim mesma disso.

Então a porta se abriu antes que eu pudesse tomar coragem e bater ou correr pelos corredores novamente, ir para minha casa e fingir que nada disso tinha acontecido. Snape deixou um vão suficiente para eu passar e se sentou em sua cadeira.

– Feche a porta quando entrar. – ordenou. Como se eu seguisse suas ordens.

Sentei na cadeira vazia à sua frente e deixei a porta do mesmo jeito que ele.

– Eu disse feche a porta, não ouviu?

– Claro que ouvi, eu não sou surda. – respondi, com minha cara de deboche casual.

– Então faça o que mandei, por favor.

– Não. Eu sou obrigada a ficar aqui, não a ser sua empregada.

– Ótimo. Pelo visto a noite vai ser longa. – disse ele, sorrindo cínico e se levantando para fechar a porta.

– Pode começar picando essas raízes.

Ele apontou um monte de ‘raízes’ que mais pareciam filhotes de explosivins.

– Peraí, como você quer que eu pique isso?

– Não sei, dê um jeito.

Eu bufei e peguei uma faca ao meu lado. Eu não sabia nem ao menos o que era aquilo, porque infelizmente não herdara o talento de meu pai para poções. E embora eu odiasse admitir, Snape tinha razão. A noite ia ser longa.

Quando finalmente acabei e já passavam da meia-noite, o seboso falou que por esta noite era só. Eu joguei a faca para um lado e saí batendo o pé.

Minhas mãos estavam cheias de queimaduras e cortes, alguns ainda sangravam, resultado de uma faca cega e raízes temperamentais.

Mas porque Snape queria isso eu não conseguia entender, já que ele não era mais o professor de poções.

Decidi subir para a Torre de Astronomia para esfriar a cabeça um pouco. Olhar as estrelas sempre me ajudou a pensar. Porém agora eram assuntos bem mais diferentes do que costumava ser. Mas não que isso fosse ruim. Ao contrário, era importante.

Quando finalmente abri a porta da torre, minhas pernas estavam cansadas de subir tantos degraus. O vento gelado me atingiu e me fez ganhar novas energias. Fui até o parapeito e olhei para o céu. Quase não havia nuvens e todas as estrelas estavam visíveis.

– A minha constelação preferida é Sagitário. – disse uma voz bem perto de mim, e me matando do coração. Eu reconheceria a quilômetros sua respiração gélida em meu pescoço.

– Malfoy. O que está fazendo aqui?

– Provavelmente o mesmo que você. Pensando na vida.

– Desde quando fuinhas pensam na vida?

– Você não consegue ficar sem me provocar nem um instante?

– Hummm, deixa eu ver... Acho que não. – falei.

Ele deu uma risada rouca.

– É engraçado nos encontrarmos exatamente aqui.

– Porque é engraçado?

– Não sei. Me faz pensar em muitas coisas.

– Tipo o que?

– Ah, várias coisas. Coisas que já aconteceram, o futuro, me faz questionar se essa é a escolha certa.

– Que escolha?

– Bem, a que lado devo seguir, é uma delas. Eu não quero ser igual a meu pai.

– Geralmente o lado que nossos pais seguem parece ser o certo. Mas depois que crescemos podemos escolher nossos próprios caminhos. E por mais que não pareça, é extremamente difícil fazer essas decisões.

– É exatamente isso. Também não quero escolher algo que vá me arrepender pelo resto de minha vida. Mas nenhum dos dois parece me fazer feliz. Eu não sei a que caminho devo seguir.

– Ouça seu coração. Ele geralmente sabe o que fazer.

– Sabia que isso é estranho, vindo de você? – disse ele, se virando para mim com um sorriso no rosto. Mas é claro. Como eu não tinha desconfiado? Era apenas mais uma oportunidade dele de rir da minha cara. E eu pensando seriamente no que ele tinha dito, o que me fazia querer repensar meus princípios. Mas eu não o podia culpar, afinal isso era mesmo estranho. Eu, fria e dura, sem coração como dizem, querendo dar conselhos. Até eu tiraria proveito dessa situação.

Olhei para o garoto loiro de olhos acinzentados uma última vez e andei para a porta sem dizer nada. Porque aquilo me magoara e eu me odiei profundamente por ligar para uma coisa tão infantil.

– Ei, Hillary, espera aí! O que eu fiz de errado? – disse ele, me seguindo e agarrando meu pulso, me impedindo de continuar a andar.

– Nada, é claro. Porque acharia isso? – falei, tentando me soltar.

– Hillary, para com isso, vai. Não é todo dia que eu consigo conversar com você por mais de 10 minutos sem você me xingar. Espera, por favor.

Eu parei de puxar e olhei para ele. A cada segundo eu me odiava mais. Primeiro por estar dando atenção ao Malfoy, depois por permitir que Nott me deixasse abalada, e principalmente pelas lágrimas que marejavam meus olhos.

Aquilo era ridículo. Eu não chorava. Sempre considerei isso um sinal de fraqueza e olhava com repulsa pelos que faziam isso em público, mas aqui estava eu. Quase chorando na frente de meu inimigo desde sempre. E pior ainda, sem motivo algum.

– O que você quer comigo? – falei, desviando o olhar do dele.

– Desculpa.

– Até parece que você pede desculpas para alguém – zombei.

Eu não podia deixar aquilo me abalar, precisava sair dali o mais rápido possível. Não podia me dar o luxo de permitir que as lágrimas insistentes escorressem como elas queriam.

– Você é bem mais que alguém, Hillary. Você não é como todo mundo e eu realmente não quero que seja. – falou ele, segurando meu rosto e me forçando a olhar para ele.

– Malfoy, você não entende? Eu não posso ser como as outras pessoas. Eu não posso fazer minhas escolhas e não tenho a mesma liberdade. Você sabe disso. Sempre soube.

– Isso não quer dizer que você não possa viver, Hillary. Você não é presa ao seu pai e não precisa seguir seu caminho. Foi você mesma que me disse isso.

– Você não entende! Esse é o caminho que quero seguir. É aí onde as pessoas esperam que eu esteja. – nesse momento as lágrimas escorreram e eu as enxuguei rapidamente com minha mão livre.

– Mas é aí onde você vai ser feliz?

– Eu realmente espero que seja. E se não for, quem vai ligar? Todos me odeiam. Quem iria se importar se a filha do bruxo mais malvado do mundo está ou não feliz?

– Eu, Hillary. Eu me importo se você está feliz. – disse ele e colou seus lábios aos meus. Eram frios e ao mesmo tempo macios e doces. Porém, eu não tinha que estar fazendo isso, não era certo. E teria que aguentar as consequências depois. Mas nada disso importava agora. Por que eu estava retribuindo o beijo de Malfoy, uma coisa que eu nunca nem sonhara em fazer.

Continuamos assim por muito tempo, na minha opinião, até que eu fui obrigada a interromper. De meus olhos escorriam lágrimas, mas eu não ligava. Não era importante agora. Tudo o que importava era que eu precisava sair dali o mais rápido possível. Porque eu não era corajosa. Eu não queria aguentar as consequências de meus atos, pois sabia que seriam muitas. Porque eu beijara meu primo Draco Malfoy. E isso era irremediavelmente errado.

– Me desculpe, por favor. – sussurrei, segundos antes de partir correndo para longe dali, deixando um loiro desnorteado olhando para o nada.



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Notas finais do capítulo

Julia: ooi de novo, pessoinhas! como é que vai? tá aki mais um capitulo, espero que gostem ;D (e o banner tá lindo neeh) kkkk bjos =)
Caroline: Hey! E aí, o que acharam do capítulo? Particularmente eu amei, e amei o beijo que a Julia colocou para os dois! So cute, rs.
Bye Bye, até o próximo capítulo!



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