Debaixo Das Terras Sagradas escrita por Katty
Notas iniciais do capítulo
É a continuação do capítulo 5 ta?
Boa leitura!
Quando estávamos sozinhos, você estendeu sua mão para mim
Me dando um presente
Venha aqui, meu Romeu
E vamos escapar desse horror
Feixes de luz,
Um calor sereno,
Vozes abafadas,
Dor. Muita dor.
Estou vendo tudo por um ângulo diferente, sinto meus olhos pesarem como nunca antes.
O que está acontecendo?
- O que será que aconteceu com ela?
- O que foi aquilo?
- Santo Akasha!
Vozes estranhas. Eu as ouço. Por que estão preocupadas?
- Haru? Haru? Você está bem? - ouço uma voz muito conhecida. Sora-kun. Tento abrir os meus olhos, mas estão muito pesados.
Sinto um toque. O que é isso? Nunca tinha sentido um toque na minha vida.
Abri meus olhos e vi tudo em uma perspectiva diferente.
Meu deus! Estou em meu corpo, sinto a mão do Sora-kun em meu rosto.
Consigo tocá-lo.
- Meu Deus! Meu Deus! Sora-kun? É você? - eu disse, desesperada o abraçando e chorando. Nunca tinha sentido meu rosto molhado. Cada sensação é mais especial que a outra.
- Haru? É você? - disse meu servo, com seus olhos exuberantemente verdes marejados - meus deuses! A princesa acordou! O demônio saiu de seu corpo - gritou meu servo em alto e bom som para que todos os servos soubessem.
- Viva a princesaaaaa!
Todos os presentes no castelo festejavam a minha volta. Era algo esperado durante longos catorze anos.
Contudo, uma péssima noticia chegou enquanto todos festejavam. Todos os celestiais presentes na escola de ensino superior Akasha I foram mortos, no surto de uma demoniza.
Katsugo, a minha irmã demoniza, a sétima filha, correspondente a mim. O demônio que saiu de mim provavelmente foi para o corpo dela e assim matou todos os celestiais.
- Haru-sama, não importa. Estamos muito felizes com a sua volta. Mas seria muito ruim se fizéssemos uma festa para a senhora hoje. Muitos não compareceriam. Seus filhos estão mortos.
- Compreendo, - eu disse, pensativa, enquanto meu servo me ajudava a andar. Esse meu corpo era pesado e nunca tê-lo movimentado era algo muito difícil pra mim. Aos poucos espero que minha alma fique grudada a este corpo, somente a morte a tirará. - não tem problema. Vocês não precisam fazer uma festa para a minha volta. - eu disse, sorridente. Meus dentes ainda estavam um pouco podres do líquido preto que havia saído de minha boca. Sora-kun me encaminhava para meu quarto real.
Olhares curiosos pairavam sobre mim, minha roupas surradas e minha aparência celestial não deixavam dúvidas. Eu havia saído das masmorras e mais, eu era a princesa presa que havia recobrado a consciência.
Enquanto eu andava, todos que passavam por mim me reverenciavam. Era algo tão bonito. Meu pai e minhas irmãs ficaram sabendo que eu acordara. Foram todos me saudar, muito felizes.
Todos fomos para meus aposentos.
- Haru-sama, acho que a senhora já pode ficar sozinha com seus familiares. Posso me retirar?
- Sora-kun, por favor, não vá! Sempre quis sentir a sua presença além de que tenho mais um pedido a seu favor que preciso evidenciar a todos –
- Sim, Haru-sama, vou com a senhora para onde você quiser – disse meu servo, com um sorriso lindo no rosto. Acho que um pouco corado demais. Deve ser de felicidade.
Ao entrar no quarto, emocionei-me com o que vi. Era lindo, tão luminoso, tão limpo. Parecia ser um verdadeiro lar. Nem em todos os meus sonhos, os mais lindos possíveis, sonhei com tal magnitude.
- Isso, isso é lindo – eu disse, exuberada, largando dos braços de meu fiel servo e desbravando o meu quarto. - Meu Deus! Como é maravilhoso!
- Isso não é nada comparado com o conforto que você terá de agora em diante, Haru. Minha filha, você agora será tratada como realmente deve. - meu pai falava enquanto chegava perto e me dava um caloroso abraço.
- Pai, posso lhe fazer um pedido?
- Claro, minha filha, quantos você quiser!
- É que em todo esse tempo, mesmo com o meu corpo sendo controlado por um demônio, eu pude observar o que acontecia, mas não pude reagir. - todos me observavam, atenciosos ao que eu dizia. Era uma novidade ver palavras puritanas saindo de minha boca. - eu gostaria de pedir que você tornasse o Sora-kun um membro da nobreza.
Meu pedido deixou todos surpresos, inclusive o próprio: Hikari Sora.
- Ele não me pediu nada, eu juro, mas pai... Ele cuidou de mim o tempo todo, praticamente desde que eu sei que estou viva. Suas atitudes são dignas de um nobre, eu lhe imploro, pai. – e, assim, com olhos marejados e me ajoelhando, pedi-lhe.
- Minha filha, não precisa se ajoelhar! - disse o meu pai, surpreso - eu o faço, se você concordar, Sora.
- Eu não tenho o que dizer, senhor, seria uma honra, mesmo que eu não ache que seja digno – falou o Sora-kun, cabisbaixo.
- Sora-kun, por favor aceite esse meu pedido, eu digo que você merece e por favor acate. Eu pedi com meu sorriso, que mesmo sujo ainda assim era lindo.
- Sim, Haru-sama, mas eu quero continuar a servi-la, por favor.
- Claro que você pode continuar aqui. More no castelo, por favor. Que tal... Seja meu conselheiro, assim você terá estima nobre e ainda assim poderá ficar perto de mim.
Maravilhosa sugestão, mas na verdade eu só o queria perto de mim. Algum dia, direi a verdade a ele. A verdade de que o amo.
Um frágil fogo é aceso no fundo do meu coração;
Sem meu conhecimento, se espalha uma ardente paixão.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Obrigada a todos os que acompanham a minha fic *-*
Qualquer erro me falem ta?
Gostaria muito que comentassem e me ajudassem a escrever :3