Debaixo Das Terras Sagradas escrita por Katty


Capítulo 22
Capítulo 20 - Um infame ruído


Notas iniciais do capítulo

Bem pessoal, estou dedicando esse capítulo à MilaBravomila que começou a ler essa fic. Com certeza é uma das melhooores autoras que eu já vi aqui no Nyah! Fanfiction. Se vocês quiserem ler uma fic digna de um review beeem longo leiam: Salvation e Signatum, ambas são dela!



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Você está mentindo para si mesma de novo

Estúpida suicida

Pense um pouco, coloque as coisas às claras

O que vai ser necessário para vossa preciosidade se tocar?

"Essa marca vai ficar um bom tempo em seu rosto Vossa Alteza, talvez até mesmo para sempre."

Ficou exatamente a marca de um beijo na bochecha... Vagabunda ordinária, além de roubar o meu Chevalier, ainda me deixa com uma marca dessas? Ela vai pagar por isso!

- Alteza, a reunião começará daqui à uma hora.

- Obrigado por avisar. Peça para que preparem o meu banho, por favor, com rosas brancas como sempre.

- Sim senhora. - Balbuciou a criada de cabeça baixa. É incrível o medo que eu ponho nesses plebeus.

Não entendo... Eu faço de tudo para agradá-los e protegê-los! Inclusive continuei com o plano do meu pai de exterminar com os demônios, o que de fato eu continuaria quer eles queiram ou não.

Rumei para a sala de banho, tirei meu roupão e banhei-me nas águas brancas cheias de sal de banho e algumas pétalas de rosas. Mesmo que fizesse todo aquele esforço eu sei que nunca seria como ela, a demoniza que tomou conta do meu antigo Chevalier. Não tenho suas curvas e nem mesmo o seu jeito.

Que raiva!

Por que eu não poderia ser como ela? Por quê?

Sou muito mais poderosa do que aquela mestiça de sangue baixo... Ela nunca seria como eu de sangue puro nobre celestial!

De fato eu sei que ela tem parte do sangue celestial puro e outra parte demoníaca pura, mas essa mistura não significava nada, simplesmente nada! Somos de famílias completamente diferentes, se fossemos da mesma descendência de sangue que eu estaria em apuros. Ela praticamente se tornaria Deus se Lúcifer e Akasha II, meu avô, fossem irmãos, a junção do sangue novamente as faria ter o poder quase igual ao do primeiro Deus.

Percebi que meus pensamentos estavam fazendo a água ferver e transformar a sala de banho em uma sauna, as criadas estavam suando de mais, mas mesmo assim não reclamavam. Abaixei a temperatura do ambiente, mas deixei a da água para me esquentar, e ainda assim as criadas continuaram de cabeça baixa jogando mais sais e pétalas, outra me fazendo massagem e a quarta balançando a água.

Aquela vida era realmente muito boa, não precisava me preocupar com quase nada.

Depois de quase quarenta minutos na banheira quadrada de quatro metros de largura, deixei que meu corpo respirasse o bom e umidamente quente ar de um dia de verão. Peguei a toalha que para mim era estendida enrolei em meu corpo e dispensei os criados. Aporta estava aberta, adentrei em meu quarto luxuoso e grande e rumei para a varanda com algumas plantas trepadeiras nas paredes. Era a manhã seguinte de uma noite conturbada, o sol nascia e as luas sumiam, menos a vermelha que mesmo com o seu brilho fraco continuou a pulsar sobre o céu azul. Toda a vegetação rasteira estava morta e as árvores sem flores nem frutos.

Elas me desobedeceram.

Disse para ficarem sempre lindas como na primavera, meus olhos gostam da beleza natural. Até mesmo os copos de leite dentro do jarro em meu quarto morreram. O mundo se converteu em uma loucura, assistida por muitos e lutada por poucos.

Uma fagulha em meus planos, a pequena demoniza inofensiva, que agora com a morte inesperada, mas que veio a calha, de minha irmã, podemos matar.

Mas, devo ser eu a matá-la. Meu melhor Chevalier era apaixonado por tamanha aberração... Não tive nenhum controle sobre a situação, e agora aquela coisa obtinha um horrível arcanjo caído, que de tão experiente e esplendoroso foi quase nomeado um querubim, além de um serafim. É, a situação estava difícil. Um general esplendoroso que sabe todas as nossas táticas de guerra, e agora teremos de mudá-las completamente. A custo de quê? Um par de peitos bem formados e volumosos? Valha-me a santidade!

Desta vez vesti-me sozinha, estava muito enfurecida e poderia acabar machucando alguma das criadas. Pus um vestido longo marfim, que apertava meu pequeno busto e saia em um caimento perfeito como seda pelo meu corpo. Suas alças estavam passando por perto de meu pescoço e entre elas havia uma gargantilha feita de ouro unindo as duas partes do vestido. Deixei meu cabelo liso e negro cair sobre minha nuca e coloquei a minha perfeita coroa de rainha.

Rumei para a sala de reuniões que ficava na ala Norte do castelo, uma caminhada de dez minutos sendo carregada pelos plebeus me levaria até lá. Quando me cansava de andar, o que acontecia com freqüência, eu mandava que quatro plebeus me carregassem em uma espécie de cama portátil como os Egípcios usavam, meu pai dizia ser errado, mas eu não ligo.

Chegando lá, abri as duas portas empurrando com as mãos esquerda e direita, somente para dar um ar de poder, enquanto as portas abriam estrondosamente, os nobres que ali estavam logo se sentaram diante a minha imponente presença. Subi os três degraus e sentei ao meu trono, logo sendo acudida com uma taça de água destilada.

A minha frente na parte direita havia Hamnmahel, Richnstein, Loctor e Éziris. Os quatro maiores nobres serafins, todos velhos. Naquele meio somente Utsukushisa era novo e com certeza, muito bem dotado.

- Minha Rainha – Loctor o mais velho de todos me acudiu. – Precisamos antes de tudo lhe contar uma coisa. – Por fim bufou com o olhar pesaroso temendo a minha reação que pelo visto não seria nada boa. Na demora Éziris começou a falar.

- Vossa Santidade sabe que és a única descendente de Akasha III no reino dos céus. Contudo, a primeira e a última filha da parte demoníaca sobrevivem.

- Sim – O cortei impaciente. – Continue.

- Pois bem... Eu sei que será difícil para a senhora entender mas... A verdadeira herdeira do trono é a primeira filha demoníaca, Denachi.

Pus-me a rir alto, o que era aquilo que estavam me contado? De onde haviam tirado tão absurda história?

- Senhora, isto é sério. Denachi e Katsugo são filhas da rainha demoníaca com o rei celestial.

- Sim, de isto eu sei... Mas não significa nada! Os demônios não são nada mais que meros plebeus! Nunca nem chegaram a ser anjos – O cortei novamente com um sorriso debochado na face. Eles continuaram com o rosto fechado.

- Se fosse somente isto estaria tudo bem. Contudo, chegaram ao nosso conhecimento ontem escrituras sagradas de antes do Gênesis humano.

Fiquei um pouco espantada, nada se sabe sobre isto. Akasha II não falava nada sobre seu passado e não conhecíamos a natureza do verdadeiro criador.

- Quem lhes forneceu tais escrituras? – Perguntei verossímil.

- Uma pessoa que achávamos estar morta. Yamino Nagai, a segunda esposa de Lúcifer. – De fato assustou-me, achávamos que esta estava morta conforme o tempo. Não a encontrávamos em lugar algum, portanto demos como morta. Sua existência era um perigo extremo, não sabíamos ao certo de onde ela tirava tanto poder e nem qual era a sua linhagem sanguínea. – Estas escrituras nos revelavam que Lúcifer e Akasha II eram irmãos. Akasha o primogênito que culpou o irmão a um crime não especificado e que assim ele foi julgado e condenado culpado pelo próprio pai que o baniu do reino dos céus. Os demônios são nada mais que antigos anjos expulsos do nirvana.

- Então se levarmos em consideração que Estas meninas tem o sangue puro dele, mais o sangue puro celestial, elas... Elas... Elas... Têm o poder do primeiro Deus. Elas são as verdadeiras Deusas – Meus olhos lacrimejavam como poderia perder a minha coroa? Porque aquilo não havia sido dito antes?

Sentia-me extasiada, simplesmente não falava nada só tremia e chorava. E agora? E todo o meu povo? E tudo o que eu fiz para protegê-los? Agora eu era a sangue impuro, eu era a indesejada... Tudo estava se encaixando agora. A natureza respondeu ao chamado de uma das verdadeiras Deusas deste mundo.

Meu povo cairá em desgraça, não posso deixar isto acontecer. Ela irá matar todos e comer suas almas. Eu me sacrificaria em prol de meu povo! Mas não posso fazer nada quanto a primeira filha, se a matar, morrerei. Como era horrível ser isolada por uma maldição, eu não sei quando ou onde irei morrer e não posso controlar minha própria vida além de não poder controlar a primeira filha, há não ser que desconheça os seus poderes e disto eu duvido muito.

Tudo isto corria em minha cabeça por uma fração de segundos, era uma enxurrada de pensamentos e visões, mais flashs de minha vida gloriosa e abençoada.

- Rainha, na verdade, a primeira filha tem direito ao trono. A última só assume caso a primeira morrer. – Hamnmahel cortou minha linha de pensamentos. – Se matarmos a última filha e conseguirmos neutralizar a primeira, o seu trono continuará erguido.

- Então que guerra àquelas bastardas seja declarada – Minha voz saiu como em um estrondo raivoso e irrecusável, saí da sala batendo forte o pé contra o assoalho de madeira e fui embora daquela sala maldita.

Pessoal ps: Os celestiais não sabiam que os demônios eram anjos caídos, acharam que eram meros plebeus que serviam a deus e se revoltaram. 


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Notas finais do capítulo

Pessoal, essa parte ai negrito é da musica: The Outsider - A Perfect Circle.
É um bem legal *u*
Eu achei bem a cara da Natsu e da Dena principalmente.