Debaixo Das Terras Sagradas escrita por Katty


Capítulo 10
Capítulo 9 - Apatia e Agonia


Notas iniciais do capítulo

Esse é o início da parte boa UAHEUHAEUH''
Agora sim a história começa a ficar legal.
Acho que você vão falar que eu sou muito malvada nesse capítulo UAHEUHAEUHA'
Nota: o pentagrama invertido não é nada demais. É só porque eu sei que o pentagrama ao contrário é muito usado em seitas satânicas e tals, mas não é nada demais.



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Denachi POV

Ainda bem... Imagina só? Eu esta belezura me casando com aquilo? Que nojo!

Ainda não entendi porque a vovó queria me casar... Ela não precisa de mais dinheiro! Na verdade todo o dinheiro é bem vindo, mas com aquilo? Não poderia achar um nobre um pouco melhor?

- Denachi, depois conversaremos a sós – Pronunciou-se minha avó depois de ter providenciado os quartos dos convidados. – Me espere em seu quarto.

Passei pelas mesmas salas cativantes e cheias do brilho do ouro até chegar à sala de entrada onde ficava o enorme lance de escadas por onde subi apressadamente até que quase no último degrau senti meu braço ser puxado com violência. Era o irmão mais velho, acho que seu nome era Hugo.

- Me solte! – eu exigi enquanto tentava me soltar, mas ele me fulminava com o olhar enquanto chegava cada vez mais perto.

- Você! Porque se recusou a casar comigo? Eu sou a pessoa mais bela e rica que você poderá encontrar na vida! – gritou o homem enquanto chegava cada vez mais perto de mim, dessa vez segurando meus dois braços.

- Tolo, - Eu ria enquanto falava- o mais belo? Nem no inferno! Você é feio que dói, além de pelo visto ter um péssimo hálito! Agora me solte! Me solte! Me soltee!

- Se você não fosse tão linda eu já lhe teria dado um incrível tapa no rosto, mas não vou fazê-lo. Venha comigo.

Ele tapou a minha boca enquanto eu me debatia e começada a chorar. O que será que esse desgraçado quer fazer comigo?

- Já que você não quer ser minha depois do casamento, vai ser agora – falou o homem com uma expressão maléfica no rosto, enquanto me jogava dentro de uma sala tentando rasgar meu lindo vestido enquanto me beijava a força.

Sua mão áspera estava prensada à minha boca enquanto ele pegava uma parte do tecido da barra do meu vestido e amarrava na minha boca para abafar os meus berros. Eu era forte, mas não tanto quanto ele. Depois de amarrar também meus pulsos atrás das minhas costas o viadinho começou a tirar o meu vestido. Meu ódio só crescia, cada vez mais e mais. Senti seu desejo lascivo pulsar perto da minha perna enquanto ele passava sua boca nojenta e fedida por toda a extensão de meu corpo, até que ele tirou suas calças e eu pude ver o que ele queria realmente comigo. Não que eu seja nenhuma menina retardada pra não saber o que era o ato sexual, mas eu não esperava que pudesse acontecer daquele jeito... Eu achava que ambas as partes teriam que querer.

- vadiazinha gostosa você ein? O que você acha que eu devo fazer? Ser delicado ou ir direto ao ponto com você?

Eu chorei aos prantos, não queria que fosse assim, não naquele momento... Alguém por favor me ajude!

E então eu senti, a dor era simplesmente insuportável. Era como se enfiassem uma faca e te despedaçassem por dentro. O movimento de ir e vir só tornava cada vez mais angustiante, a dor era descomunal, ele suava lambendo e apertando meus pequenos seios enquanto eu chorava desesperadamente, em um momento consegui livrar minhas mãos e me afastar um pouco dele. Mas logo o vagabundo me chingou segurou meus braços e me amarrou novamente, pondo-me de costas para ele, como uma cadela de quatro no chão. Puxou meus cabelos encaracolados assim ficando com a cabeça para cima. Sentia cada vez mais dor, seja pelos tapas, mordidas ou unhadas. Estava quase apagando quando vi sangue... O meu sangue!

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Nagai POV

- Criados, algum de vocês viu a Denachi? – garota retardada! Eu a vi ir antes de mim... Onde será que está metida?

Cheguei rapidamente à porta do quarto de Katsugo, ela estava penteando seus longos cabelos negros.

- Sobrinha... Você viu a Denachi?

- Não... O que houve? – ela falou enquanto deixava a escova encima da penteadeira.

- Eu preciso falar com ela.

- Estranho... Ela não está no quarto?

- Não...

- Já perguntou a algum dos empregados? – perguntou-me enquanto andava em minha direção já saindo do quarto.

- Sim, não sou nenhuma tola!

- Espere um minuto. Vou falar com uma pessoa.

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Katsugo POV

Encontrei as escadas e rapidamente as desci, quase tropeçando em alguns degraus. Bem a tempo de falar com ele: Lucis.

- Lucis! – Ele olhou pra mim espantado – Você viu a Denachi?

- Sim, ela subiu ainda agora.

- Mas ela não está no quarto e nem em lugar nenhum! – eu disse em um tom preocupado.

- Desculpe senhorita – intrometeu-se outro servo na conversa. Ele era baixinho com cabelos encaracolados em tons de cobre, tinha os olhos verdes e aparentava ter a mesma idade que eu – Eu a vi sendo abordada pelo filho daquele Conde que veio aqui hoje... Ele a puxou para a parte oeste da mansão, no segundo andar.

- Muito obrigada pela informação! Com licença.

Eles fizeram a mesura e postaram-se a andar em frente, enquanto eu ia de encontro a minha irmã na ala oeste da mansão. Se a minha ala era a leste então o contrario seria a oeste certo?

Quando virei para essa parte ouvi um barulho estranho vindo da primeira porta, aprecia ser um quarto de hospedes. Pus meus ouvidos na porta e ouvi gemidos, na verdade de um homem... O que será que esses criados ficavam fazendo pela mansão ein? Logo puxei a maçaneta para lhes dar uma bronca, mas o que vi foi minha irmã com o vestido rasgado chorando enquanto o filho mais velho do conde satisfazia seus desejos com ela, recostados na porta. Eu mal tive tempo de respirar e ele me puxou para dentro da sala segurando-me enquanto minha irmã manchada de sangue tentava gritar, mas nada seria ouvido.

- Me lar... – mal pude completar a frase e o homem tapou a minha boca.

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Denachi POV

Katsugo! KATSUGO! Ainda bem minha irmã você veio me salvar! Tire-me daqui agora! Está tudo doendo!

O que ele esta fazendo com você?

- Largue-a! Largue-a! – eu tentava dizer inutilmente enquanto o som da minha boca era abafado.

- humn... Essa daqui é ainda melhor. Olha só os peitos dela... Cinturinha fininha. Eu te quero garota.

Não acredito! Mal se aproveitou de mim e ainda vai querer minha irmã seu filho da puta?

A raiva subiu a minha cabeça, não consegui ver direito mais nada. Senti pontadas de dor por todo o meu corpo, quase como se todas as minhas costelas quebrassem.

Viado.

Filho da puta.

Vagabundo.

Eu quero te matar.

Eu vou te trucidar.

Eu vou fazer você sofrer por toda a sua vida miserável.

De repente a minha visão voltou. A dor passou, mas a raiva ficou. Vi várias penas negras ao meu redor e percebi que asas negras como as de um falcão brotavam das minhas costas, como em um rugido eu dilacerei o pano que tapava a minha boca. Com um simples toque de força brutal eu rasguei o pano que prendia as minhas mãos. Meus caninos estavam maiores, bem maiores, chifres brotaram em minha cabeça e eu não precisava mais andar.

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Katsugo POV

A minha força não conseguia tirar o pano que agora amarrava minhas mãos dolorosamente. Eu tentei fazer de tudo para pedir ajuda, mas as mãos do futuro conde passeavam por minhas pernas cheias e bem torneadas. A minha mente só conseguia pensar em um nome: Lucis. Mas mesmo que ele me ouvisse iria rir da minha cara. Já que este homem não representa nenhum risco a minha vida.

De repente ele saiu de cima de mim e logo em seguida eu ouvi um estrondo, abri meus olhos rapidamente para ver o que era. Hugo estava jogado e ensanguentado na outra parede enquanto uma figura com olhos totalmente brancos ,como se não tivesse íris e nem pupilas, e  asas de falcão me encarava, era minha irmã... Ela estava irreconhecível, dois chifres brotaram de sua cabeça e sua pele ficou mais pálida que de costume, resto do vestido que ainda estava em seu corpo cobria somente um seio e as pernas estavam àmostra.

- Não se preocupe irmãsinha, eu vou matar ele - ela disse com a voz totalmente alterada. Ela estava sombria, como se houvesse mais de uma pessoa falando.

- É pelo o que eu estou vendo não preciso me preocupar mesmo - eu me pronunciei dando uma pequena risada depois.

Ela simplesmente me ignorou e voou para cima dele, e quando eu digo que ela voou não falo literariamente. Ela abriu as asas e parou encima dele desceu sem fechá-las e o pegou pela gola da blusa, ainda um pouco desabotoada.

- Olá queridinho? Vamos brincar?

- O-ooque você é?

- O seu pior pesadelo.

Assim ela tirou toda a roupa dele e o esbofeteou até quase a morte, eu não entendo porque ela tirou toda a roupa dele, mas logo ví. Ela simplesmente materializou uma estaca de madeira bem grande o empurrou sentado na ponta da estaca até que esta caminhasse por dentro do homem desde seu ânus até sair em sua boca. Ele regozijou de dor até a morte, o que não foi muito duradouro.

- Nossa - Eu falei baixo enquanto encarava a figura sofrida do futuro conde.

- Ele precisava disso - disse Denachi agora voltando ao seu estado normal - Estou um pouco cansada irmã.

- Venha - Eu a peguei pela cintura enquanto ela se apoiava em meus ombros. – E agora... Como iremos explicar isso?

- A titia Nagai da um jeito.

- Vamos sair logo desse quarto - Disse apressada.

Saímos do quarto e vimos vários criados nos procurando, eles ficaram pasmos com o estado de minha irmã, principalmente. Uma pequena mulher pegou uma toalha para que Denachi se envolvesse.

- meninas! - gritou desesperada minha tia ao nos ver. - o que houve com vocês minhas caras?

O conde veio atrás dela junto com seus outros dois filhos, provavelmente estavam nos procurando também.

Denachi fez a melhor cara de tadinha dela e começou a chorar novamente. Não que ela não estivesse triste e nem com raiva, o que ela sofreu deve ter sido extremamente horrível, ser estuprada daquele jeito e dentro de sua própria casa deve ter sido a pior coisa do mundo.

Ela apontou o seu dedo indicador para o conde e disse:

- O filho daquele imprestável homem me molestou! Aquele filho da puta teve a morte que mereceu!

- Como assim? O meu filho? - disse o homem desesperado - Você tem provas de que ele fez isso com você? Esta garota só pode estar mentindo!

- Mas ela não está! Eu vi tudo! Ele tentou me molestar enquanto minha irmã estava amarrada e quase sufocada no chão, mas ela conseguiu se soltar e nos... - Foi aí que eu perdi as palavras, minha irmã o havia matado. - Nós o matamos.

- O que?! - gritou o homem - Como? Como? Cadê o meu filho?

- Aquele filho de uma puta misturada com uma égua sem dentes está naquele quarto. – Rosnou Denachi falando entre os dentes com muito ódio enquanto apontava para a porta.

- Katsu... O que aconteceu ali?

- Tia? É você?

- Sim. Eu estou me comunicando por pensamento.

- A Denachi surtou lá. Ela ficou extremamente demoníaca... E ai o empalou em uma estaca de ferro materializada.

- Era pior do que eu esperava!

- E agora? O que você vai fazer?

- Tunc Subsisto. – minha tia falou e algo de estranho aconteceu. O silêncio era tão mórbido que eu começara a ouvir um zumbido.

- Eu sei. É muito ruim, depois você se acostuma. – pronunciou-se Nagai normalmente enquanto eu e Denachi ouvíamos aquele zumbido angustiante.

- Tia... O que é isso? O que aconteceu? – perguntou Denachi freneticamente.

 - Eu parei o tempo para que pudéssemos concertar as coisas. Mas o tempo não pode ficar parado por mais de 5 minutos, se não quando ele volta as pessoas sentem cãibra ou enxaqueca.

Após a pequena explicação rumamos ao quarto onde Denachi foi acometida. Percebi que quando ela chegou ao lugar ficou com raiva, seus olhos começaram a ficar totalmente brancos novamente.

- Dena-chan acalme-se! – eu sussurrei.

- Eu estou calma – ela falou dando maior entonação no “estou” e assim seus olhos voltaram ao azul, mesmo que marejado e opaco em conta do terrível acontecimento.

Nagai já havia entrado do quarto e desmaterializado a estaca. Ela “curou” o defunto para que eles pensassem que foi somente uma facada nas costas e um corte na garganta. Logo após materializou uma adaga e a deixou ao seu lado manchada de sangue.

- Vocês fizeram um belo estrago no menino ein? Isso foi obra sua Katsugo? – falou minha avó divertida enquanto se controlava pra não rir. Não sei como elas conseguem, eu simplesmente vejo como uma pessoa morta. Mesmo que não seja inocente, mas ainda assim foi assassinada de um péssimo jeito.

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Denachi POV

- Não Nagai fui eu. – eu disse com complacência forçada.

- Ah é, Katsugo me disse que você despertou! E ai como era a sua forma?

- Ela ficou um pouco demoníaca demais, chegou a ficar assustador – intrometeu-se minha irmã com a voz trêmula.

- Com quase todos os demônios é assim. Quando você se transforma você mostra o seu interior. Agora vamos, já devem ter se passado 2 minutos, não podemos demorar muito. – Ela disse enquanto andava junto comigo, mas Katsugo estava por algum motivo atônita e parada como um poste na porta do quarto.

- Vamos Katty! Venha rápido!

- Ah sim já vou indo – ela pareceu despertar do mundo da lua e voltar a sua posição onde estávamos normalmente antes do tempo parar.

- convertat roda temporis – Nagai disse essas “palavras mágicas” com a mão em um pentagrama virado para baixo e o tempo continuou.

Todos os retardados e bastardos da sala continuaram como se nada tivesse acontecido. Como é bom ser uma demoniza perto dos humanos... Eles são tão controláveis e fáceis de manusear. Meu desprezo por essa raça só aumenta a cada dia que passo aqui, quero voltar ao meu mundo onde poderia matar livremente aquelas ninfas chatas que zombavam comigo porque podiam voar e eu não, além de serem extremamente belas. Mas em beleza eu sempre ganho, agora charme? Isso com certeza não é comigo.


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Notas finais do capítulo

Desculpa por ficar mudando o Ponto de Vista toda hora :3
Mereço reviews?