Os rapazes que foram atrás de HyunAh gostariam muito de tê-la encontrado, e ainda, de ter encontrado Henry também. Porém aquilo não foi possível e estavam bastante tristes por isso, assim como as garotas.

— Eu quero minha amiga... — Disse GaYoon, não podendo conter as lágrimas. Logo abraçou JiYoon e Jessica, que também choravam, por mais que tivessem a companhia dos rapazes, as moças sentiam-se cada vez mais sozinhas.

— Nós não a encontramos. — Lamentou Joon, desviando o olhar para o chão. As garotas já sabiam, afinal, se tivessem encontrado a jovem, ela estaria ali com eles.

— Precisamos preparar alguma coisa para comer, ainda não tomamos nosso café da manhã. — Comentou Kaoru, seguindo para a cozinha. — Alguém vai me ajudar? — Perguntou da porta, vendo que ninguém havia se manifestado para isto.

— Tudo bem, eu posso te ajudar. — Respondeu JiYoon, enxugando as lágrimas que escorriam por sua face com o dorso da mão direita. — Assim eu me distraio e não fico pensando nessas coisas que estão acontecendo... — E levantou-se do sofá onde estava sentada com as amigas para seguir para o cômodo ao lado, deixando Jessica e GaYoon ali junto com os rapazes.

A moça e Kaoru procuravam nos armários algo que fosse rápido de preparar para que todos comessem logo, e como era apenas o café da manhã, aquilo não seria tão difícil. Apenas prepararam um café e tinham bolachas e torradas ali, além de uma geléia guardada, isso poderia alimentar os viajantes naquele momento, apenas para que não ficassem de estômago vazio. Não demorou para que tudo já estivesse pronto. Aquela tarefa realmente servira para que a jovem se distraísse, por mais que soubesse que não esqueceria aquilo tudo tão cedo, poderia agir como se nada estivesse acontecido e os amigos mortos ou desaparecidos, estivessem seguros em suas casas, apenas por quererem ir embora mais cedo da viagem.

Os jovens que estavam na sala foram atraídos para o outro cômodo ao que sentiram o cheiro do café que estava pronto. Jessica e GaYoon não queriam ir, porém, foram convencidas por Mir e Joon que precisavam se alimentar e tentar se distrair, e, seguindo os conselhos dos dois coreanos, juntaram-se a todos na mesa para aproveitar o café da manhã.

Mir tratou de sentar-se ao lado de JiYoon, havia ficado próximo dela devido aos últimos acontecimentos e o mínimo que poderia fazer num momento difícil como aquele seria tentar lhe dar apoio.

— Vai ficar tudo bem. — Disse a ela em voz baixa, seu tom era amigável, aquilo fez com que a jovem assentisse com a cabeça concordando e logo o abraçasse pelo lado.

— Obrigada pelo apoio... — Agradeceu ao rapaz, desejando mesmo que nada daquilo que estava ocorrendo, voltasse a acontecer. Soltou-o do abraço, podendo voltar o corpo novamente para a frente para que enfim começasse sua refeição.

— É impressão minha ou rolou um clima? — Cochichou Joon com o maknae, cutucando-o com o cotovelo.

— Para com isso! — Disse para o mais velho, que acabou não podendo segurar um riso baixo, conhecia bem o amigo e sabia muito bem que ele ficara sem jeito com aquilo, só nao brincou mais para não ser chato demais.

— E aí? Ainda está doendo? — Perguntou GaYoon para Toshiya, referindo-se ao machucado que ele tinha no braço e que ela e HyunAh, que não estava mais ali, haviam cuidado logo pela manhã, antes do que ocorrera. Podia-se perceber pela voz de choro da moça que ela ainda não estava muito bem, mas tentava distrair-se, até mesmo com aquela pergunta, um papo com qualquer um do grupo poderia fazer bem a ela.

— Hã? — O japonês estava um pouco distraído passando geléia em uma torrada, demorou até mesmo para se tocar de que a jovem estava falando consigo, aquilo fez ela rir um pouco. — Ah, o machucado... — Fez uma pausa para olhar o braço com o curativo. — Não, não, já está tudo certo. — E riu, lembrando-se dos momentos que passara com aquele remédio que fizera seu ferimento ficar ardendo e os amigos segurando-o para que não fugisse.

O tempo pareceu passar rápido pelo o fato de todos ali estarem falando uns com os outros, sabiam bem que precisavam disso para que não pensassem coisas ruins. Logo todos já haviam acabado de comer e foram levantando-se, os garotos reuniram-se na sala para assistir TV e Jessica, JiYoon e GaYoon seguiram para o dormitório, precisavam trocar de roupa já que estavam com a mesma a um dia e não queriam ficar sozinhas. Assim fizeram e trataram de voltar para junto dos amigos, se sentiam melhor estando perto deles, afinal, tinham a sensação de que quanto mais gente junta, melhor.

— Não tem nada de bom passando? — Perguntou Jessica aos colegas, ao que viu que eles assistiam às notícias.

— Esse horário só tem isso na televisão. — Resmungou HeeChul, que gostaria de estar assistindo a algo mais interessante. As garotas se sentaram no sofá e Jessica pegou o controle remoto que estava na mesinha de centro logo à sua frente.

— Tem alguém assistindo isso realmente? — Perguntou, e como não obteve resposta positiva, começou a passar os canais. Notícias, culinária, programas relacionados à decoração, vida animal... Nada que os interessasse. — O Chul tem razão. — Riu baixo, ainda trocando os canais. Demorava um pouco antes de trocar para ver o que realmente tinha ali, até que chegou em um canal onde nada passava, a tela estava apenas com os chiados e o barulho era o mesmo. Esperou um pouco para ver se entrava no ar, e como isso não aconteceu, já ia apertar o botão para passar aquele canal também. Porém, antes que o fizesse, entrou a imagem, não por completo, era como se o sinal estivesse bastante ruim. Esperaram um pouco tentando entender o que era aquilo, viam uma garota andando em algum lugar, tinha um vestido branco. Os jovens curvaram-se um pouco numa tentativa de aproximar-se mais do televisor para enxergar melhor, por mais que os sofás fossem distantes deste. Quando o fizeram, viram o rosto daquela garota que andava vir na tela, com tudo, o que fez todos ali levarem um grande susto. Como aquilo fora rápido - o rosto surgira na tela rápidamente e logo sumira - não deu tempo de os jovens perceberem que se tratava da mesma moça que estava no retrato e aparecera para alguns deles.

— Ai! Caramba! — Gritou HeeChul sendo acompanhado por todos os outros, que também assustaram-se, mas logo riu por conta da situação e de sua reação, imaginava que aquilo fosse um filme que passava naquele canal. Todos os outros ali presentes também riram, e antes que Jessica trocasse novamente o canal, a televisão desligou sozinha.

— Ih, apagão denovo. — Resmungou Kyo, que já estava farto daquilo. Lembraram-se que deixaram a luz da cozinha acesa e viraram-se naquela direção para verificar se havia apagado, porém, para a surpresa de todos ali, a cozinha estava realmente sendo iluminada por aquela lâmpada. Engoliram a seco, afinal, haviam constatado que a luz não havia caído como pensavam. — Então... Será que a TV pifou? — Indagou o loiro, tentando encontrar uma explicação óbvia para aquilo. Porém, ao que acabou de pronunciar aquelas palavras, a televisão ligou novamente exibindo aquela mesma imagem, porém, desta vez, com som. Ouviam então o grito da moça, e, desta vez, o rosto ficou um bom tempo ali, e, assim, os jovens habitantes da casa puderam perceber de quem se tratava.

— Meu Deus! — Gritou GaYoon, devido ao seu espanto. — Desliga essa TV, Sica!

— Eu estou... Estou tentando! — A jovem respondeu, por mais que apertasse o botão do controle que desligava a televisão, esta permanecia ligada exibindo aquela imagem.

— Tenta mudar de canal! — Sugeriu JiYoon, também nervosa, não gostava de olhar aquele rosto na televisão, ainda mais sabendo que já havia o visto antes naquela foto. A loira, então, apertou o botão que passava os canais e então puderam ver-se livres daquele susto, mas não por muito tempo. Logo que se sentiram aliviados, a televisão mudou de canal automáticamente, voltando para aquele mesmo onde viam algo assustador. Jessica, assustada, tentou desligar a televisão mais diversas vezes, sem sucesso. Jogou o controle para cima de Kaoru que havia lhe pedido este apenas com um gesto de mãos, mas este também não teve sucesso em desligar o aparelho. Abriu a tampa que guardava as pilhas do controle remoto e mexeu nestas, aquilo poderia ser um mal contato, mas, mesmo assim, era impossível desligar aquele eletrodoméstico. Joon, que estava mais perto da TV, levantou-se e apenas puxou o fio que estava ligado à tomada, assim o problema estaria resolvido por hora, devido ao grande susto anterior, que deixou todos bastante apavorados, perceberam que a ação do coreano, era o que deviam ter feito assim que viram o controle remoto não funcionar pela a primeira vez.

Aquela manhã não começara nada bem, acordaram ainda praticamente de noite com um amigo morto de uma forma que, imaginavam ser uma das piores possíveis, logo uma das amigas foi levada para o matagal e não foi encontrada e agora, que estavam conseguindo se distrair, levaram vários sustos. Sabiam muito bem quem eram os responsáveis por estes, aliás, e gostariam de saber o motivo de estarem fazendo aquilo com eles, já que não tinham feito nada demais para eles, ou pelo menos pensavam assim. Porém, os espíritos que moravam naquela casa não gostavam nada de haver outros habitantes ali após terem morrido, aquela casa havia sido construida por eles em vida, e, para eles, devia ser apenas deles mesmos.

Os jovens permaneceram na sala, bastante assustados pelo ocorrido. O silêncio predominava ali, ninguém sabia o que dizer e por mais que quisessem se distrair naquele momento, achavam que brincadeiras não seriam muito bem vindas naquela hora. O tempo ia passando devagar por conta de não estarem fazendo nada, logo já ia chegando o horário do almoço e por mais que alguns ali não estivessem com fome, teriam que se alimentar, caso ao contrário, poderiam enfraquecer e sabiam bem disso. E ficar fraco e desprevenidos era a última coisa que os viajantes desejavam.

— Alguém aí tá com fome? — Perguntou JiYoon a todos ali, quebrando o silêncio do recinto. Apenas Kaoru, Kyo, Joon e Toshiya manifestaram-se. — Eu vou preparar o almoço, quem vai me ajudar?

— Eu ajudo você. — Disse Kaoru, que recebeu a ajuda da moça mais cedo ao preparar o café e agora iria retribuir isso ajudando-a com o almoço.

— Eu posso ajudar também. — Sugeriu Mir, já levantando-se do sofá, antes mesmo que os outros dois o fizessem. Logo os três seguiram para a cozinha, assim preparariam a refeição de todos, e como eram três fazendo isso, certamente o trabalho levaria menos tempo.

Kaoru já foi abrindo os armários, assim veriam o que tinham ali e assim pensariam no que poderiam fazer. Não tiveram muita dificuldade em decidir, já que tinham bastante coisa ali. Foram pegando o que iriam usar e colocando sobre a mesa. Reuniram-se então perto da bancada e do fogão, iniciando o trabalho, e pouco tempo depois o cheiro do alimento já exalava, podendo ser sentido na sala, e talvez no resto da casa também. Logo já estava tudo pronto e os estudantes que estavam na sala foram para o cômodo ao lado, encontrando-se com os que tinham preparado o almoço e todos sentaram-se mais uma vez à mesa, servindo-se e podendo comer. Começaram uma conversa para que se distraíssem, os assuntos eram aleatórios e eles pareciam já estar conseguindo se divertir um pouco. Porém, logo Joon pôde ouvir um som de vozes que não eram a sua e nem de seus colegas, e vinham da sala.

— Gente... Calma aí, parem de falar, só um pouco. — Pediu aos amigos que logo fizeram o que ele pediu, podendo, então prestar atenção nos sons. — Estão ouvindo isso?

— Sim... — Disse Kyo, também prestando atenção naquilo. — Parece a TV.

— Isso... — Respondeu Joon, logo levantando-se e indo até a a porta para verificar, sendo seguido por Toshiya. Quando chegaram ali, puderam constatar que a televisão estava ligada e o que passava era um dos canais de notícias.

— Mas que estranho... Eu tirei essa TV da tomada, tenho certeza... — Joon comentou com o japonês que estava logo ao seu lado.

— Eu vi. — Ele respondeu, achando bastante estranho tudo aquilo, porém, já sabiam quem havia feito aquilo. Nada fizeram a respeito, voltaram para a mesa e sentaram-se ali, assim dariam a notícia aos outros.

— Bom, gente... — O coreano fez uma pausa. — A televisão realmente ligou sozinha. — Joon comentou um pouco assustado com os colegas, que apesar de já terem uma noção do ocorrido, ficaram apavorados com tudo aquilo assim mesmo.

— O que esses espíritos querem? — Perguntou GaYoon a todos ali, com voz de choro.

— Não sabemos. — Começou Joon. — Mas coisa boa não é.

Depois daquele comentário, todos permaneceram em silêncio, sabiam muito bem que o colega estava certo e que se não saíssem dali logo, seriam as novas vítimas, mas por mais que quisessem ir embora daquele lugar e não voltar nunca mais, não podiam, tinham que esperar o ônibus que os buscaria.

Alguns foram acabando de comer, porém, não levantaram-se da mesa. Achavam melhor que ficassem juntos a maioria do tempo, e ir para a sala naquele momento não seria nada bom, sabiam que os espíritos poderiam ir para a cozinha se quisessem, mas mesmo assim preferiram não ir atrás deles, onde estavam.

— E se a gente assistisse as filmagens que o Kaokao fez? — Sugeriu Die quebrando o silêncio, mas teve a reprovação de GaYoon e de HeeChul, os dois coreanos eram os mais assustados no momento. Aquela poderia ser uma boa ideia, mas era melhor ver tais imagens quando estivessem mais calmos.

— Tá louco, cachorrão? — Indagou HeeChul ao amigo. — Já não basta aquelas imagens na TV logo de manhã?

— Tudo bem. — O japonês respondeu, passando a concordar com o amigo. Pouco tempo depois todos já haviam acabado suas refeições, poderiam finalmente ir para outro cômodo se quisessem. Decidiram, então, voltar para o dormitório, e assim fizeram. Passaram pela sala e ao que olharam para a TV, esta foi desligada por alguém que não podiam ver e para piorar, um dos quadros da parede foi derrubado sem que houvesse corrente de vento por ali, o que fez com os os jovens estremecessem. Apertaram o passo e entraram todos no quarto, trancando a porta com chave e correram para encostar os armários na frente das janelas, achavam que podiam evitar a entrada deles daquela forma, mas estavam enganados.

— Vamos fazer silêncio... — Disse Kaoru, sentando-se no chão, perto de alguns companheiros. Assim os amigos fizeram, até que puderam ouvir uma batida de algo sobre a porta que haviam trancado, parecia que alguém tinha se chocado contra ela. Jessica foi a primeira a levar as mãos à boca para evitar um grito. Como aquele estrondo não foi seguido por outros barulhos, acharam que já estava tudo bem, porém, quando menos esperavam, ouviram outro ainda maior, desta vez, parecia que haviam lançado um móvel sobre a porta numa tentativa de arrombamento e, quem estava mirando aquele canto, pôde ver a madeira da porta tremer.

— Ai meu Deus... — Disse JiYoon, bastante assustada com tudo aquilo, abraçando as próprias pernas como se quisesse se proteger.

— Rápido! Vamos sair daqui pela a janela! — Sugeriu Joon em voz baixa, indo em direção a um dos armários, justamente o que tampava a janela quebrada, seria mais fácil passar por ali, já que o vão era maior. Porém, ao que encostou na cômoda para afastá-la, sentiu como se algo batesse nela de leve pelo outro lado, logo, deduziu que havia alguém na janela e queria entrar por ali. Tratou de encostar as costas sobre a madeira e fazer força ali para que não pudessem afastar o móvel, pedindo ajuda de um dos outros rapazes para ajudá-lo. Toshiya correu e fez o mesmo que o amigo, assim tentariam evitar que aquela passagem fosse liberada. As batidas ali cesaram, puderam imaginar então que não havia mais ninguém tentando entrar por ali e traquilizaram-se, no entanto, não deixaram o posto, afinal, não sabiam se o que tentava empurrar o armário voltaria ou não. Enquanto estavam encostados ali, Joon pôde perceber que havia ainda um outro armário que não fora usado para proteção, este era bastante espaçoso e as meninas não haviam usado ele para nada, boa parte dos amigos poderiam esconder-se ali para não serem vistos, sabiam que logo o quarto seria invadido. O armário que estava encostado na frente da janela que ainda tinha vidro podeia acomodar Joon, Toshiya, Kaoru e Kyo tranquilamente, enquanto o outro poderia abrigar o resto, por conta de seu grande espaço. — Gente, rápido! Kaoru, Kyo, entrem nesse móvel, os outros vão para aquele ali que é maior! Rápido. — Por mais que estivesse tentando apressá-los, o tom de voz era sempre baixo, pensava que daquela maneira, quem estava do lado de fora, não os escutaria.

A correria foi geral, não se importavam se aquilo seria confortável ou não, apenas queriam se proteger no momento. Kyo e Kaoru já tinham noção de que os outros dois entrariam ali consigo e por isso deixaram uma das portas abertas esperando, logo que todos entraram no outro, que era maior, os dois rapazes largaram o que seguravam, afastando um pouco aquela cômoda - assim, caso entrassem, poderiam pensar que escaparam por aquela janela - e correram para abrigar-se também, fechando as portas de madeira e segurando-as como podiam pelo lado de dentro. Cerca de um minuto depois ouviram um novo estrondo sobre a porta, desta vez, esta cedeu, abrindo e deixando que um objeto pesado entrasse também já que havia sido lançado para abrir a passagem. Joon não podia ver direito por uma das frestas da porta, mas o que estava dentro do quarto parecia ser a mesinha de centro que ficava na sala, aquilo fez com que os olhos do coreano abrissem um pouco mais devido ao grande susto. Kyo olhava também por uma fresta, podia ver claramente uma pessoa adentrar o local. Era uma mulher, vestia uma camisola longa, branca, um pouco manchada de sangue. Seus cabelos estavam amarrados e ela se aproximava do móvel onde estavam escondidos, o que fez com que o loiro engolisse a seco e os outros ali, também. Mir, que estava no outro armário, logo à frente, pôde ver que aquela pessoa aproximava-se de onde estavam os amigos, engoliu a seco também, temia que acontecesse algo com os colegas. JiYoon estava logo ao lado do coreano e também via tudo pela fresta, lágrimas de pavor lhe escorriam pela face, abraçou o rapaz por impulso, aquilo fez com ele ele ficasse um pouco sem graça, mas diante da situação em que estavam, abraçou-a também, a fim de confortá-la. A jovem não parava de chorar em silêncio e o maknae afim de passar mais segurança a ela, apoiou o rosto da mesma em seu tórax e passou a acariciar seus cabelos, notando que esta até parou de tremer de tanto medo, aliviou-se.

Enquanto isso, no outro armário, Joon e Kyo permaneceram espiando pela as frestas da porta e quando o japonês distraiu-se, olhando para quem estava consigo ali escondido, e voltou a atenção para a brecha, deu de cara com a aparição que também o espiava. Engoliu em seco e poderia jurar que já havia visto aquelas feições uma outra vez, mas pegou-se paralisado, observando aqueles olhos tão brancos e o corte em seu pescoço que fazia o loiro ficar todo arrepiado. Decidiu fechar os olhos, afinal, era melhor pensar que não havia ninguém ali, o medo que tinha que visse aquelas coisas estranhas e entre um pensamento em outro, recordou-se dos primeiros dias da casa e finalmente pôde lembrar de onde reconhecia aquele rosto, era da moça da foto, a mãe da jovem, só poderia ser. Só ao lembrar-se disso, Kyo finalmente teve certeza de que aquela casa era assombrada pelo os donos.