One-shot: Wanna Be Your Favorite Girl escrita por mariliacarv


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

hellooooo rangers!



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Julie, são 6h. É melhor você se apressar pra aula senão se atrasa mais uma vez!

Ouvia a voz parecidamente distante da minha mãe me acordando. Mais um dia de aula que eu teria de enfrentar. Já pedi milhares de vezes pra minha mãe me mudar de escola, e ela só recusa. Cheguei ao meu limite quando implorei de pés juntos para sair de Allentown e ir morar com meu pai no Canadá. Ela quase chorou dessa vez, depois pedi descupas e disse que me esforçaria a suportar aquela escola.

Eu fazia o tipo excluída dos populares. Populares. Estes incluíam Sofia, April, Jude, David, Diego e Thomas. Estes eram os piores, o grupinho de sempre. Além deles tinha o Pedro, que era o capitão do time de Futebol, e namorado da Sofia, líder das teen leaders.

Creio que Sofia e suas réplicas, April e Jude, me odiavam. Não só eu acreditava nisso, mas a escola toda também. Eu vivia grudada na Mary, e ela em mim. Éramos do grupo de estudos de Química, isso significava tardes e tardes presas no laboratório terminando e estudando esperiências.

Parei de lutar comigo mesma na cama e levantei de uma vez antes que ficasse ali o dia todo. Fiz minha higiêne, tomei um rápido café, escutei um "vai com Deus" da minha mãe e corri pra escola. Não pegava o ônibus, morava relativamente perto do prédio.

Cheguei em tempo de ver gente andando de skate no corredor, e a Mary mexendo no armário. Vi Thomas e Diego darem um tapa em seus livro e saírem rindo. Fiquei furiosa, como todos os dias, mas me acamei e fui até meu armário, ao lado do dela.

-Ah, é você Julie. Achei que chegaria mais tarde. - Ela disse meio cabisbaixa e pegando mais um ou dois livros do chão. A ajudei e pegar outros.

-Minha mãe me chamou mais cedo hoje, e parece que ela fez bem. Esses idiotas ainda te torram a paciência, é?

-Como sempre. Acho que tenho é que me acostumar com isso, e tentar não me importar mais. Estranho será o dia em que eles não fizerem nada, isso sim.

-Bem, vamos pra aula. Aí tentamos não pensar nisso agora, tá? Vem.

A puxei pelo braço levemente, e fomos andando em direção a sala 6 enquanto o corredor se esvasiava. Passamos ao lado da Sofia e ela estava colada a Pedro no armário, e todos outros capachos em volta deles, conversando. Como ela conseguia ser tão vulgar? Mascava chiclete parecendo uma vaca com dor de dente, e ele ainda tinha coragem de beijá-la.

Mary dizia que eu gostava do Pedro, e ela tinha total razão. Eu adorava olhar pra ele, e ás vezes, quando ficávamos até tarde no laboratório, eu dava uma escapadinha de lá pra ver os treinos no campo. Ficava olhando de trás da arquibancada até eles saírem e o técnico brigar com eles. Eu voltava e fingia que tinha apenas ido ao banheiro.

Ficava com nojo quando ele ficava se esfregando com Sofia. Ela traía ele em todas as festas que ia. Sabia disso por causa do meu irmão, David. Éramos gêmeos, mas totalmente diferentes. Sim, ele é o próprio do grupinho dos populares. Em casa me tratava de uma maneira, e na escola nem parecia que me conhecia. Isso me magoava, profundamente.

Passamos direto pra sala. Sentei em meu lugar, que não era muito na frente, mas também não era no fundo junto com os bagunceiros.

Vi Pedro entrar rindo junto com os outros e Mary disse que meus olhos brilharam instantaneamente. Fiquei sem graça e logo abaixei a cabeça, ouvindo o professor falar. Aula de Inglês.

- Ok Ok classe. Como sempre teremos duplas de estudos de Inglês. - Muita gente comemorou, inclusive eu e Mary nos olhamos e rimos - Mas desta vez eu escolherei as duplas - Aquelas faces felizes se foram nestes segundos. Acho que o professor queria tirar onda com a cara de todos, pois colocou duplas muito nada a ver uma com a outra. Eu e Mary estávamos aflitas, ele iria nos separar. Tremi quando ouvi o nome dela, e em seguida o do Thomas. Todos garotos zuaram ele.

-Aêe Thominhas, agora sim tira nota boa! Com essa nerd aí quero ver reprovar! - Ele murmurava alguns "Cala a Boca"

-Pronto, agora só falta ele te colocar com o Pedro. - Ela disse e começamos a rir, paramos assim que ouvi meu nome.

-Você vai com o Pedro Gabriel. - Ele também foi zuado, mas nem tanto quanto o Thomas, afinal, ele tinha o respeito da maioria. Por uma fração de segundos fiquei paralisada e era como se eu tivesse ido ao inferno e retornasse pra sala de aula. Pra falar a verdade, acho que naquele momento preferia permanecer no inferno.

Tivemos outras 5 aulas e logo depois todos saíram pra suas casas. Mary disse que iria pro armário e me esperava no portãod e saída. Fiquei na sala mais um tempo terminando de arrumar minha mochila. Thomas, meu irmão e Pedro estavam na sala também, e passaram pela minha mesa. Fiquei quase imóvel para não ser percebida, mas continuei a me ajeitar. Os meninos passaram da porta e Pedro voltou e falou comigo. Estranho porque ele nunca havia falado comigo antes, nenhuma palavra, nenhum simples "oi", nenhum olhar de bom dia. Nada. Acho que ele nunca tinha notado minha existência.

-Érrm... Julie, desculpa te interromper - Olhei pra cima pra ver se aquilo estava mesmo acontecendo. Ele realmente estava falando comigo?

-Mas é que, como somos dupla de estudo, acho que temos que combinar horários de encontro, lugares e tal. - Apenas assenti, dando a oportunidade pra ele continuar. Ele se sentou na cadeira a minha frente.

-Então, eu tenho treino todos os dias, mas acho que se conversar com o técnico ele pode me liberar umas duas vezes por semana. Você, é... Faz algum curso? Tem alguma ocupação alguns dias da semana?

Tentei falar alguma coisa, e não sei como consegui estabilizar minha voz naquele momento.

-Bem, eu... é.. eu fico aqui na escola todas as tardes no laboratório, mas é porque eu gosto mesmo, não há nenhuma obrigação. - Dei graças por ter conseguido falar normal naquele instante.

-Então pode ser qualquer dia que eu conseguir uma folga?

-Claro.

-Ok, eu vou conversar com o técnico e depois te aviso, tá legal? - Concordei com a cabeça, e ele se levantou, se despedindo com um breve tchauzinho.
Não sabia o que estava acontecendo comigo, mas parecia que depois que ele saiu fiquei alguns minutos sem ar. Quando caí na real vi que já fazia um tempo e a Mary estava me ligando. É, eu estava mesmo demorando.
Corri, guardei meus livros no armário e fui pro portão. Já não tinha quase ninguém lá. Avisei pra Mary que iria pra casa direto hoje, e não voltaria pro laboratório, estava bem cansada. Ela estranhou até eu ter dito isto, mas fui mesmo assim. Cheguei e meu irmão estava abrindo a porta da frente ainda. Ia subindo pro meu quarto quando levei um susto com Diego falando comigo.
-Se deu bem, hein. Dupla com o Pedro? Não é qualquer garota que consegue isso sem mover um dedo. Só não fala muito das suas babaquices de Química, tá? Ele não é muito ligado nisso e vai se assustar contigo.
Bufei e revirei os olhos terminando de subir as escadas. Escutei ele rindo logo depois de falar. Meu irmão era idiota, e eu não consigo acreditar que somos gêmeos! Somos muito diferentes, muito mesmo.
Joguei minha mochila em qualquer canto do quarto, fechei a porta e me joguei na cama, queria acreditar que tinha mesmo falado com o Pedro. Bem, na verdade ele falou comigo. Ah, isso sim seria mais difícil ainda de acreditar. Adormeci pensando nele.
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-Velho, olha como essa garota aproveita da boa vontade do Pedro. Fiquei sabendo que na festa de sexta ela ficou com 3, e ele ainda estava lá. Acha que ela se importa com ele? - Mary falava enquanto tentava fechar a porta do armário e olhava a Sofia beijando ele.
-E como você ficou sabendo disso? - Fiquei mais curiosa do que ela quando estava contando.
-O Thomas me disse. Ele foi na minha casa pra estudarmos e acabou falando como foi a festa. Disse que Pedro nem sonha com isso. Coitado, tem uma bela coleção de chifres na testa. Bem, e você? Estudou com ele essa semana?
-Várias vezes. Quase todos os dias. Agora os treinos são a noite. Ele pediu pra eu ficar aqui a tarde, eu já ia ficar mesmo, então não muda nada.
-Falar em mudar nada, o Thomas parou de me encher o saco. É, essa dupla de Inglês deu mesmo certo. E... vem cá... você e o Pedro andam conversando, é? - Ela fez uma cara de interessada.
-É, tenho que conversar com ele né. Combinar horários e tal. Assim como você. É tão fora do normal eu falar com ele, assim?
-Claro que não, sua tonta! É que você, fica vermelha quando fala com ele, e acho que todos notam porque olha... tá muito na cara.
O Glorioso sinal tocou e fomos embora. Mary foi pra um lado e eu fui pra outro, me assustando quando ouvi alguém gritar meu nome.
-Posso ir na tua casa hoje? Sei lá, estudar na escola parece coisa que a gente faz sempre, não vou me concentrar. Pode ser? - Pedro falava e eu apenas ouvia com um sorriso todo bobo no rosto. Droga, tinha que controlar aquilo.
-Cla...claro que sim. Bem, é.. pode ir a hora que quiser. - Acho que ele notou meu nervosismo incontrolável, pois deu uma risadinha, coçou o rosto e abaixou a cabeça, me olhando logo depois.
-Tá certo, de tarde eu apareço por lá.
Se despediu de mim com um rápido beijo no rosto, e eu fiquei paralisada. Sério, tinha que controlar aquilo.
Cheguei em casa e fui direto pro meu quarto. "Ele vai querer ficar aqui em cima ou na sala lá de baixo? Será que ele vai vir aqui pra ficar junto com meu irmão? Ai claro que sim. Talvez não porque dai ele falaria com ele. Ou ele falou comigo pra eu falar com meu irmão. Mas eu não vou falar nada. Ou devia falar? Onde será que ele vai querer estudar mesmo?"
Pensamentos assim perambulavam pela minha cabeça sem parar. Desci, comi, subi e fiquei no computador. Ouvi a campainha e fiquei imóvel na cadeira. "É o Pedro. O capitão do time e o garoto mais desejado da escola está na minha porta."

Narrador


Diego ouviu a campainha e gritou um breve "Já Vai" se direcionando a mesma naquele instante.
-Pedro? - Sua voz saiu mais fina do que ele imaginaria que seria possível sair. Seu espanto foi tremendo ao ver seu amigo na porta de sua casa, quando ele não havia chamado.
-Eai Diego. Que cara é essa? - Pedro ironizava sua pergunta rindo da cara do amigo.
-Mano, o que se tá fazendo aqui?
-Érm.. cade sua irmã? Eu vim aqui por causa dela. - Ele sorriu
-Minha...minh.. que? Minha irmã? - Diego não entendia nada daquilo, agora. O que afinal ele queria com sua irmã? - Ah é, vocês vão estudar, esqueci. Entra ai poxa.
O garoto entrou e ficou tímido a partir do momento que passou porta a dentro. Ele só havia estudado com Julie na escola durante as tardes. Estava até que gostando da garota pouco falante e corada que ficava ao seu lado todos os dias. Diego gritou o nome da irmã e disse que Pedro subiria. O garoto foi receoso para o quarto da tímida menina inteligente.
Bateu à porta, abrindo uma fresta da mesma.
-Posso entrar? - Disse colocando a cabeça pra dentro. Julie o olhou e sorriu, ficou surpresa ao vê-lo ali, em seu quarto. Quando é que ela imaginaria que o capitão do time de futebol da escola estaria algum dia em sua casa? Levantou e arumou sua mesa de computador com uma cadeira girante a mais. O garoto sentou ao seu lado e abriu os livros.
-Então, hoje é sobre? - Ele sempre someçava a falar, nunca ela. A timidez da garota era maior do que sua vontade de conversar com ele, se é que isso era possível.
-Do que você tem dúvida. - Ela olhava para os livros, folheando cada um, se distraindo. Pedro disse e ela começou a lhe explicar calmamente. Ficaram o resto da tarde assim, lá em cima, só em estudos. Julie estava morrendo de fome, Pedro estava fazendo alguns exercícios passados por ela. A garota resolveu pegar algumas coisas de comer na cozinha, e levou para o quarto. Deram uma pausa nos estudos.
-Julie, você nunca foi em um jogo? - O garoto se referia aquelas disputas que haviam entre as escolas, enquanto dava uma mordida em uma torrada.
-Não, nunca fui em nenhum jogo.
-Por que não?
-Ah, eu nunca me enturmei muito com a galera que vai - Julie falava baixinho e timidamente.
-Bobagem isso. Porque não vai no estadual? Vai ser o último jogo antes do baile. E tem uma vantagem: vai ser na nossa escola. Vai com seu irmão.
-Ah... vamos ver. Até lá eu converso com ele. - A tímida sorriu ao ouvir o quase convite do garoto e olhou pros livros novamente. Pedro disse que já teria de ir. Julie o levou até a porta e subiu para um banho quente e demorado.

Narrador off.


-Julie, você não vai acreditar nunca se não fosse eu que te contasse isso! - Mary disse correndo com as palavras e ofegante, se aproximando de mim.
-Fala! O que?
-Ontem, o Thomas... ele... me convidou pro baile! Isso não é o máximo?! - Os olhos da minha amiga brilhavam mais que mil rubis, e eu fiquei feliz por ela. - Ainda não acredito que um popular se interessou por mim! E você, vai com quem? - Ela disse diminuindo sua empolgação
-Não sei nem se vou ao baile, dirá com alguém.
-Pare Julie, capaz que você vai com o Pedro!
-Nunca que ele me convidaria, Mary. Pare com isso! Afinal, ele tem namorada.
Jogamos assunto fora o dia todo, próximo de férias, não tinha mais quase nada pra estudar, só os testes finais.
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Meu irmão acabou me levando ao jogo com ele, Mary foi convidada por Thomas. Fiquei com ela na arquibancada. Durante a tarde Pedro me ligou, e sabe lá como ele conseguiu meu número. Queria saber se eu iria ao jogo, e esse foi um dos motivos que vim: Ele. Será que ele estava interessado por mim? Acho que isso não era possível.
Fiquei na arquibancada e vi eles entrarem em campo. Pedro acenou pra mim e eu também pra ele. Logo depois minha expressão de felicidade sumiu, assim que Sofia pulou em seu pescoço e o beijou. Ela olhou pra mim, e me fiz de desintendida. A partida começou e eu torcia demais. Gritava o nome do meu irmão e do time, junto com todos da escola. Pra falar a verdade, esses jogos eram até que legais. Por que eu fui só no último?
Fiquei muito feliz, assim como todos, quando nossa escola ganhou. Ganhamos o estadual! Isso era demais.
Queria abraçar cada um do time, inclusive Pedro. Mary correu a arquibancada toda, e pulou no pescoço de Thomas, o menino a encheu de beijos. O que? Ele beijou mesmo ela na frente de todos? Nunca fiquei tão feliz por minha amiga.
Olhei pras teen leaders e Sofia estava trocando telefone com um garoto do time rival, e Pedro foi falar com ela. Só conseguia ver gesticulações deles e cara de bravo do Pedro. Finalmente ele gritou "Acabou Sofia! Acabou tudo! Agora você troca telefone com quem quiser! Acabou." Ela retrucou algo, mas não ouvi nada. Apenas aquelas palavras dele serviram pra me deixar super boquiaberta, assim como mais da metade de todos naquela escola.
Meu irmão ficaria até mais tarde, então liguei pra minha mãe me buscar.
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Faltava apenas 1 dia pro baile, e eu ouvia todos comentando sobre roupas que usariam. Os garotos faziam planos pra onde levar as garotas pra transarem com eles depois da festa, elas querendo impressionar eles com mini vestidos.
Na verdade, eu ficava magoada. Poxa, todos iriam ao baile, e eu não havia escolhido nenhum vestido, nenhum sapato, não passaria o dia todo no salão pra me arrumar. Estava ruim ouvir tudo aquilo e ficar de fora de tudo. Até Mary comentava comigo essas coisas, e eu ficava sem graça. Fui pra casa e chorei, chorei até. Minha mãe entrou em meu quarto toda preocupada comigo.
-Filha, o que foi? Você não vai ao salão? Por que está chorando assim?
-Mãe, eu não vou ao baile. Ninguém me convidou. Quem me convidaria no dia do baile?
-Bem, depois de deixar seu irmão na casa da garota, porque não vamos em algum lugar, fazer alguma coisa? - Ela tentava me animar, e eu já parava de chorar.
-Não, eu... quero ficar em casa. Eu prefiro ficar aqui. Acho que vou ler aquele livro que você me deu de aniversário, que até hoje não comecei.
-Bom, se quiser fazer algo, me fale. Eu, eu vou aonde você quiser. - Minha mãe acariciou minhas bochechas e sorriu. Por mais simples que tenha sido aquilo, me fez parar de chorar de repente. Fiquei mais calma e fui para o computador.
Fucei em alguns sites de comédia, e ria até daquelas coisas idiotas que falam. Aquilo realmente ajuda. Minha mãe levou meu irmão na casa da April, e voltou. Ouvi a campainha tocar, mas minha mãe já estava lá embaixo então não iria descer.
-Filha? - Ela bateu na minha porta e entrou. - Tem uma pessoa aí embaixo que quer te ver. -Ela sorria e eu estranhava.
-Me ver? Quem? Ah, vou lá. - Fui sem a menor vontade, e quando desci as escadas, olhei pra ele vestido de terno, inquieto, andando pra lá e pra cá na sala.
-Pe... Pedro? - Me assustei ao vê-lo ali.
-Julie! Eu... e...eu sei que está tarde pra isso e parece que eu estou atrasado. Eu, devia ter feito isso antes, mas estava tomando coragem. Seu irmão ficava me dizendo que você odiava a ideia de ir pro baile, então eu não me arrisquei em nenhum momento. Mary disse que você é apaixonada por mim. Thomas me disse que Sofia me traía, e eu tive a prova disso no dia do jogo, quando ela disse na minha cara "Eu nunca precisei ficar longe de você pra conseguir telefne de outros!". Aquilo, aquilo realmente me magoou e na hora pensei em você. Pensei que você nunca seria capaz de fazer isso com ninguém e que, você ainda é discreta, fofa. Me desculpe por não ter feito isso antes mas é que, nem eu iria ao baile hoje. Minha mãe que me encorajou a vir aqui quando contei tudo pra ela. - Meus olhos ficaram secos de tanto tempo sem piscar, com todas aquelas palavras. - Julie, se você não quiser, me fala mas, eu tenho que tentar, eu tenho que me arriscar. Você, aceita ir ao baile comigo?
Eu tremi como nunca havia tremido antes. Não conseguia nem piscar direito, quem dirá responder algo. Roubei todas as forçar que nem sabia que tinha dentro de mim pra respondê-lo. Antes de dizer qualquer coisa, ouvi minha mãe falar lá de cima


-Diz que sim logo, Julie!

Olhamos pra cima e rimos logo depois. -Então? - Pedro perguntava apreensivo, segurando uma rosa, aquelas que colocam no pulso, a qual nunca imaginei que algum garoto levaria pra mim.
-Claro, eu.. eu... eu adoraria ir ao baile com você. - Sorria mais que tudo. - Eu, só... preciso me arrumar e...
-Tudo bem, eu te espero o tempo que for. - Ele sorriu e eu corri pro meu quarto. Já havia me banhado, então precisava de um vestido lindo e um sapato lindo. Minha mãe entrou no meu quarto com uma caixa branca de tampa laranja, e abriu a mesma em cima da minha cama, enquanto eu remexia no meu guarda roupas.
-Aqui, esse vestido eu usei no meu baile. Pra falar a verdade, eu fui a rainha do baile. Eu arrasei com esse vestido - Ri das palavras dela - Ele... Pode ser seu essa noite. - As palvras dela ficaram mais leves, e sua voz mais doce. Minha mãe tnha acabado de virar uma mantega, quando me entregou aquele vestido lindo. Um branco de saia rodada e com algumas rendas e babados. Era tomara que caia, e lindo! Peguei o vestido com brilho nos olhos.
-Obrigada mãe. Eu, eu não sei como te agradecer! - A abracei. - Bobagem, só vai, coloca, e fica ainda mais linda!
Me troquei, coloquei uma sandália de salto prata e minha mãe fez cachos nas pontas do meu liso cabelo. O soltei e ela também fez uma maquiagem linda. Tudo muito rápido, e tudo muito lindo. Ela desceu primeiro do que eu.
Cheguei lá, e Pedro estava novamente de costas pra escada, só que desta vez sentado no sofá. Ouviu meus passos nos degraus e se levantou bruscamente. Me olhou, e sorriu. Pude ver seus olhos brilhando, e aquilo fez os meus brilharem também.
-Eu, acho que nunca me arrumei tanto assim. - Falava baixo, e tímida, como sempre.
-Você... você está linda. - Ele sorria, enquanto pegou minha mão para descer os últimos degraus. Beijou a mesma e colocou a rosa no meu pulso.
-Curtam essa noite, vocês estão lindos. E, Pedro, cuida bem da minha menina! - Minha mãe disse e assentimos.
-Você, realmente está linda. - Ele disse enquanto estavamos no carro. Fiquei sem graça e sorri com a cabeça baixa.
Chegamos ao baile e ficamos junto a noite toda. Muitos se espantaram ao me ver com ele, até meu irmão. Sofia estava com algum carinha, April com meu irmão, Jude com David, Thomas com a minha melhor amiga, Mary. Ela estava linda.
Sofia foi coroada rainha do baile, junto com Pedro. Mas ele não fez a dança com ela, e sim comigo. Enquanto dançávamos ao som de Werever you will go, ele colou sua boca em meu ouvido.
-Realmente não sei como demorei tanto tempo assim pra te convidar.
-Para com isso, vai.
-Eu to falando sério - Ele olhou em meus olhos - Eu, devia ter aproveitado a chance de ficar com você antes. Pelo o que sua amiga me disse, você goste de mim faz tempo. Eu, fui muito burro e lerdo mas, eu quero fazer agora tudo o que não fiz antes. - Eu o olhava confusa.
-Julie, namora comigo? - Minha respiração falhou, mas consegui me controlar. Com toda aquela coisa de bambear por ele, aprendi a lidar com tudo. Aceitei, claro. E recebi o melhor beijo de todos. O beijos mais suave e doce, apaixnado e intenso. Sua língua percorria toda extensão da minha boca e suas mãos alternavam entre meu pescoço e minha cintura.


Eu e Pedro namoramos por muito tempo, muito mesmo. Até hoje, pra ser exata. Thomas sempre foi fiel a Mary, coisa que nunca aconteceu com nenhuma garota que namorou com ele. Meu irmão começou a me tratar melhor, e finalmente nos entendemos dentro e fora de casa. No ano seguinte fomos pra faculdade, e não mudamos de cidade. Eu não quero mais morar com meu pai e não odeio mais minha escola. Essa história de Canadá pra mim, é passado. Allentown me mostrou que tudo o que eu preciso, tenho lá. Eu amo a Pensilvânia!

FIM


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Notas finais do capítulo

Eai rangers? @itsmariliacarv xoxo



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