A Conversa escrita por Jereffer


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Mais uma ideia tosca saindo do forno, espero que gostem



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O vento fresco de outono sacudia as árvores e carregava folhas, dando a Magnólia uma aura de paz, em um dia em que Mirajane havia tirado para se dedicar ao ócio e a tranqüilidade, e não sabia que ambos logo seriam interrompidos.


Sentada semi-adormecida sob uma cerejeira, Mirajane descansava calmamente, mas seu subconsciente pareceu notar o perigo que ela corria, e ela acordou em rompante, mas na sua frente, estavam paradas duas adoráveis crianças.


Não havia nada de impressionante para se ver, afinal: Ali estava sua irmãzinha Lisanna com o amiginho Natsu, eles andavam muito juntos naqueles dias, ensinando palavras para aquele absurdo gatinho alado.


O único fato perturbador era a expressão divertida que tanto o gato como o garoto de cabelo rosa traziam, mas quem lhe dirigiu a palavra foi a sua irmã.


– Mira-nee – disse ela em seu tom adorável, geralmente adotado quando ela queria algo – Posso lhe fazer uma pergunta?


– Sim – disse ela um pouco desconfiada, enquanto se sentava mais aprumada.


– De onde vem os bebês? – perguntou ela inclinando a cabeça, com as mãos atrás das costas.


Pense!Pense, depressa Mirajane!


– Eles vêem... er... – disse ela tentando pensar em algo que tivesse ouvido naquela idade – É claro! Os bebês são trazidos por aves mágicas chamadas Ikuras – disse ela dando um tapinha na testa, como se isso fosse óbvio.


– E como eles sabem quando uma família quer um? – perguntou Natsu, ele parecia estar achando aquilo mais divertido do que o necessário.


– Eles..eles..eles – tentou pensar ela, o que fez Natsu explodir em gargalhadas.


– O que foi pirralho? – disse ela com uma veia pulsando na testa, no momento em que Natsu assumia um ar sabedor.


– Hahaha, quem diria! Uma maga tão velha e não sabe! – disse Natsu depois de controlar mais um acesso de risos – Acontece que Igneel me explicou isso, os bebês...


Nesse momento, Mira estava a um pequeno passo de ativar o Satan Soul.


... Vêm de ovos, é claro – Mirajane não pode deixar de soltar um suspiro de alivio, o garoto não era tão selvagem como parecia – O Happy não é a prova disso?


– Aye! – exclamou o pequeno gato em concordância.


Mira suspirou, ela não podia deixar que ambos saíssem tagarelando sobre ovos de bebês.


– Não, Natsu – disse ela tentando parecer simpática – As crianças dragões nascem assim, mas as crianças humanas vem da barriga de suas mães.


– Como assim? – perguntou Lisanna confusa – As mães engolem algo, tipo uma semente de bebê?


Por favor, não toque no tema da semente! Implorou ela mentalmente.


– Não exatamente Li-chan – disse ele tentando pensar em algo plausível – Digamos que o bebê surge na barriga da mulher quando ela dorme próxima a um homem – Mira tinha a certeza que seu rosto estava da cor do cabelo do Natsu.


– Isso não parece muito lógico – disse Lisanna arqueado às sobrancelhas por que diabos ele tem de ser tão esperta! Pensou Mira – Eu dormi na mesma cabana que o Natsu enquanto chocávamos o Happy, e nenhum bebê apareceu na minha barriga.


Nesse momento, Mira tinha a absoluta certeza de estar tão vermelha quanto o cabelo da Erza.


– É que... – ela tinha certeza que devia estar escapando fumaça, mas nesse momento a esperança brilhou.


Em um sentido metafórico, é claro.


Laxus, que observava a cena divertida a um tempo, saiu de trás da árvore onde estava encostado. Para Mirajane, ele parecia estar mais bem humorado do que o normal, como seus fones de ouvido liberando estática, um sinal de divertimento.


– Você está engana, Lisanna-chan – disse ele rindo – É exatamente assim, mas só funciona com adultos.


Ele parou para soltar um risinho antes de continuar.


– Agora deixem essa pobre coitada em paz e vão brincar por aí – disse ele fazendo o popular sinal de “xispa” – Antes que eu diga ao Vovô que arranjei voluntários para a limpeza do banheiro.


Isso os fez fugirem mais rápido que um demônio de um Mago Santo.


– “Pobre Coitada”? – perguntou Mirajane se levantando de súbito, com as mãos na cintura em uma pose desafiadora - Quer rever suas palavras?


– Rendo-me – disse ele com diversão, levantando as mãos – Eu só estava ajudando, eu sei como é isso, Natsu me cercou a alguns dias para me fazer perguntas sobre relacionamentos.


– Obrigado – disse ela educadamente – Me pergunto quem será a próxima vitima, Mystogan, quem sabe?


Aquilo fez ambos rirem, mas algo no olhar de Laxus fez Mirajane ficar subitamente envergonhada.


– Bom.. eu acho que vou voltar para a Guilda – disse ela gesticulando com a cabeça – Depois dessa, eu preciso de uma bebida.


– Então, até mais – disse Laxus acenando com causalidade, e vendo ela se afastar com velocidade.


Não havia com Mirajane saber, mas ela não havia se distanciado nem mesmo meia milha quando um certo Dragon Slayer saiu de trás da árvore onde esconde-se depois da falsa reprimenda de Laxus, enquanto esse dava um soco no ar em sinal de vitória.


– Garoto, você é um prodígio – disse ele animadamente ao ver ele se aproximar – Como conseguiu fazer com que a Lisanna te ajudar?


– Não fiz – disse ele enquanto segurava Happy pela cauda, para evitar que ele fosse atrás dos passarinhos que estavam na árvore ao lado – Eu apenas perguntei isso a ela, ela não sabia, então sugeri perguntarmos para a Mira.


– Se continuar assim, vou te colocar no Raijinshû – disse ele rindo enquanto revirava os bolsos – Seus 10.000 jewels.


– Isso é o que eu chamo de uma missão fácil – disse ele enquanto contava a recompensa – Mas acho que conseguir as baratas gigantes para a próxima não vai ser moleza, que tal algo diferente? Um Vulcan, quem sabe?


– E isso assustaria a “Demônia”? – perguntou Laxus com desdém – Não, para impreciona-lá, tem que ser baratas, e se possível em uma ocasião em que eu esteja por perto.


– E para que você quer impressioná-la? – perguntou Natsu confuso.


– Você é muito jovem para entender – disse ele com um suspiro, enquanto dava um tapinha na cabeça do mago mais jovem – Tenho de ir, não faça nenhum tolice que revele sua missão.


– Aye! – disse o garoto empolgado, capturar insetos gigantes seria divertido.


Enquanto o mago do trovão se afastava, Happy pouso na cabeça de Natsu, que o perguntou:


– O que você acha disso?


– Ele gosssstaam dela – disse ele em seu tom alegre.





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Notas finais do capítulo

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