Harry’s POV

– Gente, nós já estamos indo... Mandem lembraças pro casal lá, vai saber o que tá rolando naquele quarto! – disse Niall rindo.

– Tudo bem, eu abro a porta pra vocês. – eu disse descendo as escadas.

– Haz, eu to indo também. Tenta não bagunçar muito ok? Aliás, sua mãe adiou a viagem e ela só volta semana que vem... Então mais uma semana sozinho. Beijos meu anjo. – disse Martha saindo com Niall e Zayn.

– Então – eu disse virando para Lara – O que acha de ver um filme de terror?

– Nem vem Styles, você sabe que eu tenho medo!

– Eu te protejo minha linda. – eu disse indo abraçá-la.

– Ah, eu sei que vou perder essa discussão então... Vamos vai.

Subimos as escadas ainda abraçados. Entramos em meu quarto e peguei o primeiro filme que vi pela frente e coloquei.

– Ah Lara, esqueci que eu tenho que tomar banho. Quer me acompanhar? – disse fazendo uma cara maliciosa.

– QUE NOJO STYLES! – ela disse rindo.

– Ah, vai dizer que você não quer tudo isso!? – eu disse apontando pra mim mesmo.

– Vai logo antes que eu vomite! – ela gritou.

Lara’s POV

Sério, eu amo o Harry, mas ele é safado demais. Acho que nem pensa antes de falar. Tirei o filme de terror e coloquei um de comédia. Iria assistindo antes que ele voltasse. Em menos de dez minutos Harry já tinha voltado, com apenas ma toalha enrolada na cintura. Por mais santa que eu seja, ver aquele menino apenas de toalha me fazia pensar loucuras.

Harry se sentou ao meu lado e começou a analisar o filme. E eu não conseguia parar de ficar olhando aquela toalha... Branca com a borda vermelha. Bem que ela poderia cair né! OLHA AS COISAS QUE VOCÊ PENSA LARA, TA PENSANDO IGUAL AO STYLES SUA PERVERTIDA. Acordei do meu transe quando ouvi sua voz rouca:

– Não foi esse o filme que eu escolhi.

– Mas eu mudei ué! Vai me castigar?

– Se isso for castigo pra você... – ele disse e deitou sobre mim me beijando. Senti a toalha cair nas laterais da minha coxa e me assustei. Separamos o beijo e Harry reparou que eu estava assustada e riu. Minha vontade era de bater nele, mas não tinha forças. Senti sua mão fria sobre minha barriga pedindo permissão pra tirar minha blusa. Pensei em impedí-lo mas hesitei. Eu o amava e não via nada de errado nisso.

***

Acordei com gritos e batidas do outro lado da porta. Virei meu rosto e vi Harry dormindo como um anjo... Fora o fato de estar nu. Me levantei delicadamente, me vesti e o cobri com o edredon. Abri a porta e me deparei com Julia e Liam desesperados.

– Graças a Deus, pensei que vocês tinham morrido aí dentro! – disse Ju me abraçando.

– Calma, a gente ta bem... Há quanto tempo tão batendo na porta?

– Magina, só uns dois, três, QUARENTA MINUTOS! - respondeu Liam irônico.

– Desculpa, é que a gente tava dormindo e eu não ouvi.

– Ahn... Mas vocês só estavam dormindo? - perguntou Ju rindo.

– Não, a gente tava... - parei para pensar - Tava vendo filme.

– Claro que sim... Quero detalhes depois hen Styles? - disse Julia saindo. Fiz uma cara de desentendida o que fez Julia virar e gritar:

– FOI PRA VOCÊ SIM LARA!

Ok, a Ju tá morta por isso.

Lari's POV

Voltei pra casa, troquei de roupa e saí. Não estava afim de ficar me casa ouvindo minha mãe reclamando que meu pai não ajuda em nada. Fui andando pelas ruas que estavam estranhamente calmas. De repente sinto uma mão grande pesar sobre meu ombro. Minhas pernas pesaram e não consegui correr. Virei minha cabeça e me deparei com um homem alto, careca e grotesco me encarando.

– Passa o celular garota!

– Eu não to com ele! Não tenho nada... - eu disse.

– Não tem problema, mas você vem pra casa comigo! - falou, colocando um pano com cheiro forte em meu rosto.

Depois disso eu apaguei.

Niall's POV

Desci as escadas correndo pra atender o telefone.

– Alô. - eu disse.

– É o Niall Horan? - perguntou uma voz grossa.

– Sim, quem gostaria?

– Não interessa. O negócio é que eu to com a sua namoradinha, e se você quiser ela a salvo terá que me dar dez mil dólares.

– Diga onde e quando. - eu tentei parecer calmo.

– Amanhã, na praça da rua Stenfield. Esteja com o dinheiro.

Desliguei o telefone e voltei pro quarto. Como arranjaria dez mil dólares em uma noite? Eu tinha uma resposta. Liguei pra Louis,

– Louis, vem pra minha casa agora.

– To indo. - ele disse com voz de sono. Ele é alguém com quem SEMPRE posso contar.

Fui pra sala e comecei a andar de um lado pro outro. Por mais amigo que eu era do Louis, não sabia se estava pronto pra pedir tal coisa.

– O que aconteceu cara? - ele perguntou logo quando abri a porta.

– Eu vou direto ao ponto. Sabe o dinheiro que a banda tem guardado pra emergências? - ele assentiu - Eu preciso da metade.

– Como assim Niall? Você pirou? O que quer com dez mil dólares? - ele gritava.

– Por favor Louis, eu preciso salvar a Lari! E só você pode pegar esse dinheiro. Eu te imploro, traz amanhã de manhã.- eu já tinha lágrimas nos olhos.

– Ta bom Niall. Mas que história é essa de salvar a Larissa?

Expliquei tudo pra Louis e ficamos conversando mais um pouco e ele foi embora lá pelas 3 da manhã. Subi pro quarto pra dormir, ou pelo menos tentar.

Acordei com a cabeça doendo, pois como imaginei, mal consegui pregar os olhos. Levantei rapidamente e olhei a caixa do correio. Louis já tinha deixado o envelope com o dinheiro então me troquei e segui o endereço.

Quando cheguei na praça, avistei um combe azul e um cara enorme aparentemente nojento encostado nela. Ele parecia esperar por alguém e não parava de esfregar as mãos. Peguei o envelope e cheguei perto, tentando não parecer apavorado, por mais que estivesse.

– Devolve a Larissa. - eu disse parando em sua frente.

– Depois do dinheiro.

– Pronto, tá aqui. Agora solta ela. - aumentei o tom de voz.

– Pega ela ai. Não preciso dessa fedelha.

Abri a combe e Lari caiu sobre mim. Ela chorava e eu sentia seu corpo inteiro tremer. Levei-a ao outro lado da praça e sentamos no banco. Depois de um tempo chorando em meu ombro, ela se virou e disse:

– Obrigada Niall, por tudo. Por salvar minha vida, por se importar comigo, por estar ao meu lado. Eu não sei como te agradacer, eu acho que que nunca conseguirei retribuir o que fez por mim e...

– Shhh. - coloquei meu dedo sobre seus lábios delicadamente - Eu fiz o que tinha que fazer. Acho que não aguentaria viver sem você.

Me aproximei dela e fechei meus olhos. Nossos lábios se encontraram em um selinho e pedi permissão pra aprofundar o beijo. O choque do encontro de nossas línguas foi indescritível, se é que me entendem, pois nem eu me entendo mais.