The 75th Hunger Games escrita por giovanna everdeen


Capítulo 17
Capítulo 17




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- O quê? - pergunto espantada. - Cuidado com o quê? - Eu entrego o papel para o Avox, com esperanças de que ele escrevesse algo, mas ele o amassa e joga no chão. Dou um passo para trás, me afastando do garoto Avox. - Isso é sobre o meu irmão? - indago. O Avox faz que sim com a cabeça. - O que você sabe sobre meu irmão? - eu me aproximo do Avox. 

Ouvimos Finnick bater na porta. Eu ignoro, mas as batidas continuam, cada vez mais fortes. Decido abrir, ele parece estar com pressa:

-Oi - digo assim que abro a porta.

- O que aconteceu? - pergunta ele, guardando uma pequena corda no bolso de sua calça. 

- Nada - digo. - Eu só me senti mal e decidi vir para o quarto - dou de ombros. - Eu estraguei tudo? 

- Não, eu dei um jeito - Finnick sorri. - Só estava preocupado com a minha vitoriosa. Mas agora que eu sei que você está bem, então posso ficar calmo - ele ri, se despede e vai embora. Eu fecho a porta e volto a minha atenção ao Avox. O rosto do meu irmão aparece em minha mente, sinto as lágrimas se formando. O que o Avox sabe sobre ele? Como Sam sabia que meu irmão está vivo? Sento na cama e cubro meu rosto com as minhas mãos. O Avox se senta ao meu lado, eu olho para ele, secando as lágrimas.

- Você sabe onde ele está? - pergunto calmamente. Ele sorri e faz que sim. Meu coração começa a bater mais rápido. Eu respiro fundo e pergunto: - E você pode me levar até lá? - Ele arregala os olhos, mas depois suspira e faz que sim. - Hoje à noite, ok? - digo. Ele faz que sim, eu sorrio. O garoto Avox se levanta e vai embora, me deixando sozinha.  Eu deito na cama,  e durmo. 

Desperto com batidas na porta, sei que chegou a hora. Abro e vejo o garoto Avox parado, segurando alguma coisa. Ele me dá uma muda de roupas, iguais a que ele está usando. Eu o deixo entrar, vou no banheiro e me troco. Volto e o Avox faz um gesto, dizendo para eu prender o meu cabelo em um coque. Eu obedeço. Nós saímos e ele me leva até o térreo. Com um pequeno cartão, ele abre a porta que dá para a rua. Nunca estive nas ruas da Capital antes. As ruas estão vazias, há uma ou duas pessoas além de mim e o Avox. Nós andamos alguns quarteirões. Peço para parar, já estou ficando cansada. Nós sentamos na frente de uma loja, que está fechada. Ficamos algum tempo em silêncio. 

- Por que meu irmão não está morto? - pergunto. O Avox me olha surpreso. Ele faz um gesto dizendo que não sabe. Pensamentos passam pela minha cabeça. Eu não sei o que estão fazendo com meu irmão neste exato momento. Coisas ruins e boas passam pela minha cabeça. Mas depois de um tempo, só pensamentos perturbadores vêm à minha cabeça. Me levanto, e o Avox faz o mesmo. Nós continuamos a andar. Depois de mais ou menos duas horas andando, o Avox para e aponta para um prédio cinza no meio do nada. - Ele está ali? - pergunto assustada, o Avox faz que sim. Respiro fundo e vou em direção ao prédio. Nós entramos por uma porta nos fundos do prédio. O lugar tem cheiro de desinfetante. Está um silêncio absoluto, e eu não vejo nada, pois está escuro demais. O Avox pega a minha mão e começa a me guiar. 

Eu esbarro em algumas cadeiras, fazendo barulho. O Avox para, ficamos cinco minutos parado, e depois ele continua. Subimos uma escada, e chegamos a um lugar iluminado. Teremos de ser mais cuidadosos agora. Tento não fazer muito barulho agora. O Avox olha para mim, aponta para minha boca e faz que não. Percebo o que ele quer dizer: como eu sou uma Avox, eu não posso falar, nem sequer abrir minha boca, senão saberão que sou uma impostora. 

O Avox pega a minha mão e me guia por um corredor cheio de portas. Ouço gritos e gemidos de dor vindo delas. Paro imediatamente. O Avox olha para mim, depois puxa a minha mão, para que eu continue. Eu continuo. Mas ao chegar quase no fim do corredor, um grito me faz parar. Eu reconheço imediatamente. Me solto da mão do Avox e vou até a porta. O grito continua, parando e recomeçando. Cada vez mais agoniado. A porta se abre, dois Avoxes saem dela com toalhas encharcadas, eu olho para dentro da sala. 

Sentado em uma cadeira, com as mãos amarradas atrás e um homem da Capital segurando seu cabelo molhado, Keith está inconsciente. 


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Notas finais do capítulo

desculpa demorar muito para postar gente :c



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