A Preferida escrita por Roli Cruz


Capítulo 12
Detenção


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo não haverá Banner. Em vez disso, peço a colaboração de vocês.
Tenho duas capas e quero a opinião de vocês: Qual a melhor? Vou aceitar as sugestões até o episódio 17.
Beijos e boa leitura ^^



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CAPA 1 -

CAPA 2 -

- Jennifer Connor? – Um garoto de cabelos lisos e olhos verdes penetrantes, chegou perto de mim. – O que a rainha da escola está fazendo na detenção? – Ele tinha um sorriso torto malicioso e parecia se divertir com meu estado.

 - Te conheço? – Eu estreitei meus olhos para ele.

 - Ah não, não conhece. Ninguém me conhece. – Ele me encarou com sarcasmo. – Não sou Ninguém.

 Ignorei quando ele continuou me encarando. Baixei os olhos para o texto que eu tinha que copiar por castigo.

 - Você sabe que não perdemos nada se não concluirmos os castigos. Não sabe? – Ele falou.

 - Estou ocupada. – Eu respondi secamente.

 - Sei... – Ele sorriu perversamente e depois voltou para onde estava antes de vir me atrapalhar.

 Eu me lembro de já ter visto aquele garoto antes, andando pelos corredores. Ele era um daqueles adolescentes que gostam de usar roupas pretas e passar lápis no olho.

 Eu nunca cheguei perto desses grupos, mas agora estava ele, olhando fixamente na minha direção.

 - Então, Ninguém, não tem nada mais pra fazer não? – Eu perguntei ainda olhando meu caderno.

 - Não. – Ele deu de ombros. – Se você não sabe, eu vivo pra encher o saco das pessoas que entram nessa sala.

 Eu o olhei incrédula, mas com um meio sorriso no rosto.

 - Eu sou a sortuda de hoje?

 - Quem sabe. – Ele olhou para as unhas pintadas de preto e colocou os pés em cima da mesa.

 - Senhor Dekker! – Uma voz grossa trovejou da porta. – Por favor, sente-se direito e conclua seu castigo! – O professor coxinha, de matemática, estava parado na porta e tinha um olhar fulminante em cima do garoto.

 Eu abafei um riso ao olhar a cara de espanto que ele fazia.

 - Vamos. Acabem logo o castigo e vão embora. – O professor sentou na cadeira que ficava de costas para a lousa e nos olhou severamente até o fim da detenção.

Passaram-se mais ou menos uma hora em que os três ficaram em silêncio. O professor tirava um cochilo por alguns minutos, mas então despertava alerto, com os olhos arregalados. Porcurando ver se eu e o garoto estávamos fazendo tudo certo, para depois voltar a dormir novamente.

 - Senhor. Terminei. – Eu levantei e entreguei duas folhas escritas completamente, frente e verso. O professor aceitou depois de conferir e eu peguei minhas coisas para sair.

 - Hey. Princesa! – Ouvi uma voz rouca atrás de mim enquanto eu andava pelos corredores.

 - Não me chama assim. – Eu retruquei enquanto continuava a andar.

 - Que isso? Que falta de educação! – Ele se fez de ofendido. – Eu só ia perguntar se você vai à festa do Mark na sexta.

 - Você vai? – Eu estreitei os olhos e o vi de rabo de olho.

 - Estou pensando. – Vi de relance um sorriso malicioso em seus lábios. – E você?

 - Se eu aparecer lá e te ver, eu volto na hora. – Eu disse ríspida vendo-o me ultrapassar.

 - Ah, então você vai. – O garoto confirmou, enquanto se virava para me encarar e andar de costas. – Então... Nos vemos depois. – Ele piscou e voltou a andar normalmente. Saiu da escola e virou em uma esquina. Não o vi mais depois disso.

*

 - Piper! – Eu chamei em um tom manhoso.

 - Não! Eu não vou me meter aonde não fui chamada! – Ela cruzou os braços e empinou o nariz.

 - E desde quando Piper Nielsen se importa se as pessoas convidaram-na ou não? – Eu estreitei os olhos.

 - Não mude de assunto, Jenny! Eu não vou com você para essa festa e ponto!

 - Mas é uma festa. – Eu continuei manhosa.

 - Você vai mesmo falar disso até eu dizer sim? – Ela me olhou cansada.

 - Ahan! – Eu respondi animadamente. – E além do mais, nós podemos chamar um monte de gente e lotar a casa do garoto. – Eu dei um sorriso perverso e Piper pareceu gostar da ideia.

 - Tá. – Ela finalmente cedeu. – Eu vou, mas só porque você é chata demais!

 Eu dei um gritinho de excitação e a abracei.

 - Você é demais Piper! – Eu dizia em meio ao emaranhado de cabelos pretos dela.

 - Eu sei, eu sei. – Ela ria convencida.

*

 - Então. Você vai? – Aquela era a décima primeira ligação que eu e Piper fazíamos.

 - Vou sim, Jennifer. – A menina (que eu nem conhecia) respondeu.

 - Te encontro lá então! – Disse e desliguei o celular.

 - Quem é o próximo? – Perguntei.

 - Yan Matthews. – A negra respondeu.

 - Quem é esse? – Juntei as sobrancelhas.

 - Aquele garoto que eu fiquei na festa de aniversário daquela líder de torcida maluca. – Ela deu de ombros.

 - Quer falar com ele? – Eu sorri marotamente enquanto Piper fazia cara feia.

 - Como você é engraçadinha. – Ela me deu um olhar de desdém e voltou a encarar a enorme lista que tínhamos feito.

 - Ok então. Eu falo. – Disquei o número e depois do segundo toque, uma voz de mulher se fez ouvir:

 - Alô?

 - Oi. Posso falar com Yan Matthews? – Perguntei com educação.

 - Quem gostaria?

 - Piper Nielsen. – Eu respondi, fazendo minha amiga arregalar os olhos e partir para cima de mim, querendo pegar o telefone que eu mantinha fora de seu alcance.

 - Alô? – Uma voz grossa surgiu do outro lado.

 - Ah! Olá Yan. – Eu continuei fingindo que era Piper, enquanto ela tentava a todo custo me fazer parar. – Está ocupado?

 - Não. – Ele pareceu meio confuso. Não acho que ele sabia quem era Piper Nielsen.

 - Então. Um amigo meu, Mark Rent, conhece? – Não o deixei responder, continuei. – Bom, ele vai dar uma festa na casa dele.

 - Quando? – Ele pareceu subitamente interessado.

 - Na sexta. – Respondi, enquanto empurrava minha amiga com uma só mão. – Vejo você lá?

 - Claro. – Ele respondeu animado.

 Desliguei o celular e olhei de cara feia para a negra totalmente descabelada na minha frente.

 - O que você pensa que está fazendo? – Ela me olhou de cara fechada.

 - O que eu penso que estou fazendo? Já fiz! Seu lindo namoradinho vai se juntar a nós na sexta!

 - Ele não é meu namorado. – Eu percebi suas bochechas corarem ligeiramente.

 - Sei... Quem é o próximo? – Eu perguntei.

 - Andrew Sanders.

 Peguei o telefone e disquei o número do meu melhor amigo.

 - Alô?

 - Olá senhora Sanders. Seu filho está?

 - Quem é? – Ela pareceu confusa.

 - A Jennifer. – Respondi com a maior educação que consegui. Ela não gostava de mim.

 - Ah. A Connor, não é? – Ela perguntou com uma mistura de tédio e irritação na voz.

 - Isso mesmo. O Andrew está? – Insisti.

 - Espera um pouco, que eu vou chamá-lo.

Depois de alguns segundos esperando, a voz familiar soou pelo aparelho.

 - Jenny! E aí?

 - Oi Apolo. – Respondi sorrindo. – Quer ir a uma festa na sexta?

 - Festa? Aonde?

 - Na casa de um garoto chamado Mark Rent. Vamos?

 - Quem vai?

 - Ah, Andy. Um monte de gente! – Eu respondi impaciente. – Vai ou não?

 - Aquela sua amiga bonita também vai? – Ele perguntou e eu podia até imaginar o sorriso metido que ele estava fazendo.

 - Quem? A Piper? – Eu a olhei e sorri. Ela me encarou totalmente confusa. “Eu?” Ela mexeu os lábios sem emitir som. – Mas é claro que ela vai. – Eu sorri mais ainda.

 - Ah... Então eu vou sim.

 - Ótimo. – Eu desliguei o aparelho e olhei a morena, ela me encarava. – Ele perguntou se minha amiga bonita também iria. – Eu sorri para ela.

 - E-Eu? – Ela perguntou, as bochechas coradas.

 Eu assenti.

 - A sexta vai ser boa. – Disse, jogando-me na cama.


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Notas finais do capítulo

Qual capa eu ponho? A primeira? Ou fico com a segunda?
Gostaram do capítulo?
Beijos.



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