Eles caminham devagar, prestando bastante atenção no caminho... Sempre de mãos dadas...

 - Link... Eu tenho medo...

 - De que? Eu não vou soltar sua mão, fica calma.

 - Sim, eu sei, mas... E se não tivermos nada a ver com a princesa e o herói, e estarmos nos iludindo... E se tudo isso for só coincidência?

 - Tá e se for? Você quer que seja real?

 - Quero!

 - Porque? Você a admira?

 - Sim! Muito, pois... Eu sinto que tudo o que ela deixou no reino, foi para mim... Sinto que, ela sabia sobre mim... Não sei por que sinto isso, estou ficando maluca!

 - Haha, você não tá maluca!... Sente curiosidade sobre ela, nada demais. Sabe que agora fiquei muito curioso também, principalmente sobre esse tal herói, com meu nome.

 - Será que eles eram amigos? – sorri.

 - Tomara que sim! Haha – sorri.

E seguiram conversando e seguindo o feixe de luz, que batendo no chão se formava a estrada... Passaram meia hora caminhando... Até que chegaram ao final da luz... Havia vários galhos na frente, e dava para se ver a luz que havia atrás deles.

Link tira os galhos da frente e o sol bate nos olhos dos dois... Os deixando com a visão embaraçada... Quando conseguem ver nitidamente... Os dois dão um suspiro de surpresa...

Estavam no cemitério... Mas era magnífico... Havia tantas flores, havia pequenos chafarizes, os pássaros voavam tão belos... Como se a paz ali jamais acabasse... E atrás de certos arbustos, se via um lago em corrente, sua água era cristalina.

 - Link! Que lugar perfeito! Com certeza os espíritos descansam de verdade aqui – sorri.

 - Tem razão!... Hey Zelda veja!

Link aponta para o último túmulo da fileira de túmulos... Os dois correm até lá...

 - AHHH! – Zelda grita assustada.

 - O QUE? O QUE? O QUE FOI?! – Link se assusta mais com o grito dela.

 - Link! Leia o que está escrito na lápide! Meu Deus... – ela põe a mão no peito, antes que seu coração salte para fora.

 - Hum, me deixa ver... Aqui jaz a princesa de Hyrule, Zelda, que com sua alma pura e gentil governou as lindas terras de Hyrule numa era de paz e harmonia. E junto com ela, jaz seu amado herói e marido, Link. Herói do tempo, salvador das terras e lendário guerreiro escolhido. Que os espíritos apaixonados descansem, e despejem sua paz neste reino – Link se afasta e fica sem palavras.

 - Meu... Deus... – Zelda não conseguia falar.

 - Z-Z-Z-Zelda...

 - O-O-O-O que?

 - Eles se casaram...

 - Sim... Ela não casou a força... Casou por amor... – ela refletia.

 - Ele a amava de verdade... Ele a amava... Ele... Eu... – ele suava.

 - Link...

 - O que?

 - Veja, a melodia que tocamos está na lápide!

 - Legal!

 - E se tocarmos? Talvez aconteça algo!

 - Certo, vamos.

Eles se posicionam na frente da grande e bela lápide e começam a tocar a canção de Zelda.

Um tremor começa na terra... Zelda pula no colo de Link.

 - L-L-Link, o que fizemos?!

 - Eu não sei! Ai meu Deus! – ela a segurava firme.

De repente, um buraco se abre embaixo de seus pés, e os dois caem...

“BUM!”

Eles caem num monte de feno...

 - Ai meu traseiro – diz Zelda.

 - Bom pelo menos você tem bastante – diz Link se contorcendo.

 - BASTANTE O QUE?!

 - EU QUIS DIZER QUE VOCÊ TEM MAIS CARNE NO... AH ZELDA ESQUECE – fica super vermelho.

 - Tá, eu entendi – fica vermelha – Hey... O que é aquilo?

 - Huh... Parece um santuário...

 - Vamos – sai correndo.

Os dois correm até uma espécie de fonte... O local era muito bonito... Mas não havia ninguém.

 - O que raios tá acontecendo aqui? – exclama Zelda.

 - Eu precisava de um trago bem forte, porque minha cabeça fez um nó que já tá apertando meu cérebro – diz Link.

 - Link! Você não vai beber e... Eu queria um também – desiste.

 - Hah, não resistiu né?

 - Shh, quietinho... Olha! É um baú! – aponta logo a frente da fonte.

 - Um baú? O que um baú estaria fazendo aqui... Zelda?! Me espera! – sai correndo.

Quando eles chegam ao baú, Zelda se abaixa e o abre... Ela se surpreende quando de lá tira uma caixinha de veludo pequena.

 - O que será isso?

 - Vamos tentar sair daqui, assim poderemos enxergar direto.

 - Certo.

Eles andam mais a frente, e o fim do caminho acaba em uma grande pedra com símbolos estranhos... Abaixo, outra melodia.

 - Link veja! Outra melodia!

 - Consegue ler o que está escrito?

 - Hum... Está escrito: -“ Toque a canção do tempo e a passagem se abrirá.”

 - Devemos tocá-la então – diz Zelda.

 - Tá.

Eles tocam a canção do tempo... Uma sensação estranha toma seus corpos e por 3 segundos eles apagam... Quando eles abrem os olhos, estavam no cemitério outra vez.

 - Link?! Como viemos parar aqui?!

 - Acho que foi a canção!

 - Mas como?! Fomos transportados?! Eu... Meu Deus eu tô confusa.

 - Bem vinda ao clube... Bem abra a caixa.

 - Ah sim!

Zelda pega a caixinha e a abre... Dentro havia um par de brincos e um colar, dourados, em forma de três triângulos juntos, formando um só. E embaixo deles, uma carta. Escrito encima: “Para Zelda Hylia”.