We All Live In Yellow Submarine! escrita por Jonathan Bemol


Capítulo 10
Céu de Diamantes


Notas iniciais do capítulo

Fãs do Capitão & Cafeteira... esse capítulo é para vocês!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/186097/chapter/10

Capitão olhou para aquela discoteca dentro do submarino, abriu a porta e mandou todos saírem. A cafeteira gritou:

                - Como vocês chegaram aqui? Quer dizer, eu vi vocês sendo engolidos pelo monstro!

                - Lucy! E por que você estava dando uma festa? – perguntou o Capitão. Sim, o nome da cafeteira era Lucy.

                - Não foi isso que aconteceu! Foi assim... – então Capitão pegou ela no colo e abriu a porta do submarino.

                - Não, assim não dá mais querida. Acho que vamos ter de terminar por aqui! Nós dois nunca demos certo. Vai ser o melhor para todos a nossa separação! Adeus!

                Deu um beijo nela, jogou-a para fora e fechou a porta. Os Beatles ficaram olhando Capitão por um bom tempo, e o Capitão pensou melhor. E notou o que havia feito.

                - Capitão pare! – disse Ringo, segurando Capitão, que abriu a porta do submarino e quase pulou para fora, se não fosse o baterista segurando seu pé.

                - Me solte! – ele gritou – acabei de jogar a mulher mais perfeita do mundo para fora! – então ele pegou Ringo e o jogou para fora também, em seguida pulou.

                Os outros três correram para olhar pelas janelinhas. Onde estavam não era um mar, e sim um tipo de... céu. O Capitão e Ringo nadavam para qualquer lugar sem saber pra onde ir. No mar, ou céu, havia vários e vários diamantes flutuando. John olhou, e viu a cafeteira flutuando um pouco longe do Capitão. John bateu no vidro e gritou para Capitão:

                - Lá! Lucy no Céu de Diamantes!

                Capitão olhou e viu a cafeteira. Nadou muito rápido mas não estava conseguindo chegar até ela por que a correnteza não estava ajudando muito. Ele nadava e nadava pensando ter perdido Lucy para sempre, gritando pelo seu nome, mas ela não estava respondendo. Aquela mistura de tristeza, decepção e ansiedade ia subindo pelo corpo do Capitão.

                E o amor foi mais forte do que a correnteza. Capitão nadou extremamente rápido, mesmo sem saber nadar, e conseguiu alcançar a cafeteira. Quando a segurou em seus braços, imediatamente saiu dela um jato de café quentíssimo, que queimou o rosto e as mãos do Capitão. Mesmo assim, ele não a soltou.

                - Meu bem! – gritou ele para Lucy – me desculpe! Por favor! Eu estava louco quando te joguei para fora!

                - Louco? É estava mesmo, seu cafajeste! Sem vergonha!

                - Amor, me desculpe! Me desculpe! Você é o amor da minha vida! Eu te amo mais do que tudo!

                - Me ama?! – disse ela – sei, por isso você me jogou pra fora!

                Eles continuaram brigando e discutindo, e Ringo conseguiu nadar de volta para dentro do submarino. Ele fechou a porta e disse para os outros:

                - Vamos de uma vez! Não precisamos desse maluco e dessa cafeteira!

                - Ela nunca vai perdoar ele – disse Paul, ignorando Ringo, junto com os outros observando pela janelinha.

                - Se ele tivesse os argumentos certos – disse George – ele até que conseguiria... mas é difícil. É, acho que ele não tem chance.

                - Vamos para Pepperland! – gritou Ringo, sendo ignorado – temos de combater aqueles... Malvados Azuis!

                Os três continuaram olhando pelas janelinhas pensativos e quietos. John disse:

                - O que acha... acha... – ele não lembrava mais o nome do homem-de-lugar-nenhum, que estava sentado em um canto com sua máquina de escrever, escrevendo pensativo – Watson? Bellamy? O que você acha?

                - Meu nome agora é Edison. Malvados Azuis? – disse ele – o bem e o mal só existem na cabeça do ser humano... para uma criança, o “Mal” é a mãe que a obriga comer verduras. Mas a mãe acha que está fazendo o bem... – e ele foi interrompido por George.

                - Não acredito! – disse ele, olhando pela janela – ele está trazendo a cafeteira de volta! Como ele conseguiu convencer ela?!

                E o Capitão entrou no submarino com Lucy – a cafeteira, em seus braços. Ela estava gritando e reclamando. “Agora que me jogou, deixe-me lá fora! Vamos!” disse gritando e jogando café pra todos os lados. Ele colocou-a no seu devido lugar. Café foi nos olhos de George e Paul, eles estavam gritando de dor. Ringo estava irritado e tudo o que queria era ir para casa. O Homem de Lugar Nenhum lia em voz alta os poemas, e a cafeteira gritava. Caos. Então Capitão correu e apertou um botão em que estava escrito “Amizade Amigávelmente Amigável”.

                O botão “Amizade Amigávelmente Amigável” fazia com que todos dentro do Submarino Amarelo (menos quem apertou o botão) ficassem amigáveis e sociáveis. Aquele botão já havia cancelado guerras, juntado casais e foi por conta dele que a religião sumiu de Pepperland. Assim que Capitão apertou o botão, todos pararam de falar. O Homem de Lugar Nenhum não foi afetado pelo botão, curiosamente. Ele só parou de falar para continuar escrevendo o que estava escrevendo.

                - Sabe – disse Ringo quebrando o longo silêncio – o que estamos esperando amigos? Vamos navegar até Pepperland!

                - Sim! Vamos! – todos os Beatles disseram juntos, o que faria qualquer um perto deles morrer de vergonha alheia.

                - Em frente Capitão! – disse Paul, colocando o ombro sobre o Capitão – pra onde temos de ir agora? Onde estamos?

                - Não importa! – gritou John – o que importa é que estamos juntos!

                - Juntos! – disse Paul, indo até John – todos juntos agora!

                E os quatro começaram a cantar uma música sobre contar números e estarem todos juntos. Capitão não sabia onde estavam, então foi ver como estava o humor da cafeteira Lucy, e se podia pedir conselhos para ela.

                - Querido – disse ela dando uma risada eletrônica – muito obrigado por me salvar de lá...

                - Sim, é... de nada meu doce.

                - Docinho.

                - Docinhozinho.

                - Como você é fofo amor! – disse ela.

                - Sim, sim meu bem... você sabe dizer onde estamos?

                - Onde estamos?! – e deu mais uma risada eletrônica, que deixava o Capitão excitado – nós estamos no Céu de Diamantes!

                - Céu de... ah sim, me lembro! – mentiu ele, dando um sorriso.

                - Lembra? Ah, que fofo! Você sempre me disse que iria me trazer para cá, visitar aquele restaurante aqui perto...

                - E meu amor – disse ele, já esperando ela gritar com ele – não viemos aqui para visitar o restaurante...

                - Não? – disse ela tentando fazer um beiçinho.

                - Não, temos de achar o caminho para o Mar Esverdeado, ou para o Mar dos Portais. Você sabe o caminho?

                - Mas da próxima vez que viermos para cá... vamos vir no restaurante não é? – ela tentou fazer mais um beiçinho.

                - Sim, é claro que vamos!

                - Como você é lindo! Depois vou fazer aquele café que você gosta... – e fez aquela voz maliciosa que mulheres fazem, que faz qualquer homem subir pelas paredes.

                Os Beatles continuavam cantando. Chop the tree… Skip the rope… Look at me…”

                - O caminho – disse ela – para o Mar dos Portais, é só navegar para a direção Sul, e achar o Portal, que leva ao Mar dos Portais.

                - Certo meu bem, muito obrigado, continuaremos navegando então! – e foi em direção dos controles principais.

                - Amorzinho – disse ela, e Capitão virou-se – desculpe estar fazendo isso com você...

                - Isso o que?

                - Ah, nada não, vamos continuar navegando!

                - Tão bom morrer de amor e continuar vivendo...” – disse o Homem de Lugar Nenhum, lendo o que estava escrevendo.

                E o submarino navegou para direção Sul, em busca de um portal que o levaria a um dos últimos mares que era necessário navegar. E os quatro músicos dentro do submarino continuavam a cantar como perfeitos companheiros. “I get by, with a little help from my friends...”


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "We All Live In Yellow Submarine!" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.