Aventuras Descontroladas De Percabeth escrita por bloodymary


Capítulo 18
Porcos que dançam balé e eu discuto comigo mesma


Notas iniciais do capítulo

NHAAAAAAA! Tá chegando o beijo, láraláralálá < música de felicidade.



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Ele pulou algumas vezes, mas eu sempre estava um pouco mais para a direita ou esquerda. Mas teve uma vez que ele acertou, e eu estava de costas. Ele veio por trás e me abraçou. Eu fiquei arrepiada e paralisada; ele pegou duas balas enquanto eu estava entorpecida. Agradeci por estar de costas (só um pouco), porque senti que fiquei quase febril. Peguei uma bala, comi e esperei o rubor acabar para me virar. Ele já estava na segunda bala, me olhando. Eu arqueei uma sobrancelha e passei direto e sentei no meio da cama, de pernas cruzadas. Ele se sentou e eu dividi as balas entre nós. Eu comi em silencio, enquanto ele... Ele fazia barulhos para comer. Franzi o cenho e levantei para pegar uma garrafa de água no minibar. Bebi quase inteira e ele percebeu:

-Desculpe.

Eu sorri e fiz que tudo bem com a cabeça.

-Hmm... Vamos ficar aqui até o horário do almoço ou... Ou quer sair? – isso não caiu muito bem, mas eu ignorei.

Eu pensei. Sair era melhor. Apontei para a porta e ele sorriu, pegando o cartão que estava em cima do travesseiro. Saímos e fomos até o elevador. Percy apertou o botão 0 e falou:

-Vamos só andar?

-Por ai... Sabe... Não tenho muito dinheiro para compras. – ironizei.

Ele riu baixinho e Tín! Saímos e várias “pessoas” riam e conversavam alto. Passamos reto pelo restaurante de portas fechadas com uma plaquinha: “Fazendo o almoço.”

-Boa ideia essa de pessoas de mentira. – eu falei, enquanto passávamos por um casal “dois anos mais velhos” de mãos dadas.

Ele sorriu e parou em uma loja de joias. Rapidamente me lembrei de meu escudo/pulseira. Puxei o pulso e ele ainda estava lá, apesar de esquecido.  Os problemas eram: 1- ainda era um mini tridente. 2- Como da última vez, Percy também olhava. Fiquei vermelha e voltei o pulso para o lugar. Ele sorriu malicioso. Mostrei a língua e ele voltou à atenção para um colar, mas ainda sorria. Revirei os olhos e olhei em volta. Pessoas e mais pessoas de mentira. Em um canto muito escondido, que só poderia ser visto do lugar onde eu estava, aquele casal de mãos dadas se beijavam. Ela era linda. Ruiva, branca, alta, atlética, e vai lá se saber mais o que. Ele era... Bem, era de estatura normal, roupas normais, usava óculos, era moreno e usava uns sapatos nada normais. Fiquei olhando, sem me preocupar, pois... Eram de mentira não é? Pensei no porque de eu nunca ter beijado ninguém (Desistência? SERÁ?) Percy me chamou para a Terra quando pegou minha mão. Quanto tempo eu havia olhado aquele casal? Percy sorria lindamente. Olhei nossas mãos dadas enquanto caminhávamos, mas ele não pareceu perceber. Andamos por mais alguns minutos e Percy falou:

-Vai precisar... – ele pigarreou – Quero dizer... Você quer fazer alguma coisa no cabelo ou sei lá... Hã... Para essa noite...?

Olhei bem para ele e falei:

-Hmm... Não acho que vou precisar.

Percy pareceu desapontado, mas deu de ombros. Eu tinha que planejar alguma coisa sobre isso para hoje à noite. Voltamos a andar e eu arqueei uma sobrancelha.

-Ei... Hã... A que horas é essa tal festa? – eu falei.

-Na hora do jantar... Começa as nove e vai até... Bem... Até quando a última pessoa sair. – ele me respondeu.

-Ah.

Cronograma mental:

-Começar a me arrumar as... Oito está bom?

Andamos até ele precisar ir ao banheiro (todo esse tempo de mãos dadas). Eu ri, mas fui também. Entrei e fiz o que eu precisava. Lavei as mãos e sai. Foi a vez de eu esperar por ele. Sentei em um banco e brinquei com uma mecha do meu cabelo até ele voltar. Ele saiu do banheiro e eu me levantei, perguntando:

-Lavou as mãos?

Ele sorriu o meu sorriso e disse:

-Claro.

Eu sorri de volta e ele pegou de novo a minha mão. Andamos e conversamos sobre coisas aleatórias como marcas de violão, cores de peixes beta, corantes azuis em bolos e filmes de terror. Mas (ainda bem) nada sobre todas as tentativas fracassadas de me beijar. Quando vimos, tínhamos dado a volta no andar 0 e estávamos de novo em frente ao restaurante – que já estava aberto. Ele apontou para dentro e levantou uma sobrancelha. Eu sorri e nós entramos. Fizemos o de sempre: pedimos nossos pratos, jogamos nas fogueiras automáticas, tomamos Diet Coce azul e comemos de sobremesa uma taça gigante de sorvete de morango. Saímos – como sempre também – sem pagar e Percy me levou a um lugar onde tinha algumas cadeiras sob guarda-sóis, e de onde dava para ver o mar. Sentamos e conversamos sobre mais coisas aleatórias: chicletes, unicórnios, stand up comedy, as músicas do B.O.B., elefantes cor de rosa voadores e cremes hidratantes. Rimos muito, sem vergonha. Conversamos também sobre a mistura da bandeira da Austrália (bandeira inglesa com mais outra), falamos sobre raças de gato, pessoas que bebem 3,3 litros de água por dia, porcos que dançam balé e por ai foi... Só nos ligamos no tempo quando Percy perguntou:

-Porque o céu é azul?

Olhei para o céu para começar a explicar e vi que ele não era mais tão azul... E sim de uma mistura de laranja, rosa, um pouco de roxo e alguns pontos brancos (nuvens, devo acrescentar).

-Meus deuses! – eu falei – Que horas são?

Ele olhou preocupado para o relógio no pulso esquerdo e disse, com os olhos arregalados:

-Seis e meia...!

Eu fiquei boquiaberta. Desde o meio dia conversando? Nossa.

-Hmm... Acho que tem que se apressar se quiser aprender a fazer um nó de gravata… - eu brinquei, enquanto me levantava e estralava as costas.

Percy me olhou perplexo. Eu ri.

-Eu faço o nó para você.

Ele relaxou e andamos em direção do elevador. Subimos e ele me falou:

-Te vejo que horas? – um convite indireto.

É claro que é um convite, mas só você não tinha visto que iria com ele desde o começo. Uma voz na minha cabeça.

E você é quem por acaso? Eu só podia estar ficando louca... Eu estava falando comigo mesma... Hm… Mentalmente.

Franzi o cenho e balancei a cabeça, confusa:

-Hmm... Dez para as nove?

Ele sorriu sem mostrar os dentes e nós entramos nas cabines.


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Notas finais do capítulo

HEY! Então... O beijo está quase ai... Faltam dois capítulos quase, mas vamos ao que interessa.
Vou ficar um tempo sem postar, porque tem professor que já está aplicando prova e etc (acho que eles são mal comidos e ficam por ai descontando nos alunos, falo mesmo)e não vou postar por uma semana, então não adianta pedir muito porque não vou quase estar aqui. Mas vou continuar escrevendo lá no Word, porque eu amo vocês e vocês são leitores vorazes que querem sempre mais. (Isso não fez sentido, mas tudo bem) E não desta vez não estou ouvindo Legião, é só meu pai gritando porque o time dele fez gol. MAS ok.
AHAHAH Sei lá, hoje estou feliz. Quero escrever aqui. Não, vou lá escutar Safe and Sound da Taylor Swift porque se não grudo vocês aqui.
QUE EU TENHA SORTE NA PROVA DE FÍSICA, NA DE MATEMÁTICA E NA DE PORTUGUÊS. :'(