Aventuras Descontroladas De Percabeth escrita por bloodymary


Capítulo 12
Um frio na barriga, algumas viagens para Lua e um


Notas iniciais do capítulo

*continuação do nome do capítulo, que saiu grande demais*
[...] e um pouco de idiotice



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Eu queria perguntar se ele sabia o que o tinha arrastado até ali, perguntar o porque dele ter ficado tão assustado, mas evitei enquanto estávamos sentados e nos olhando.

A garoa começou a ficar fina demais para existir. Nos levantamos e eu não resisti:

-O que houve?

Ele me olhou e respondeu:

-Eu fui torcer um pouco a jaqueta e então alguma coisa me puxou até aqui. – estava certo que ninguém iria falar sobre ele ter tentado segurar minha mão.

Eu refleti e lembrei:

-Ouvi asas.

Ele pensou e falou:

-Estamos perto ou estamos demorando demais.

Nós dois olhamos para o chão e depois falamos em uníssono:

-Demorando demais.

Eu queria ouvir sua risada, mas isso não aconteceu. Ele estava tenso. Para parar de respirar o ar mais pesado do mundo, eu chamei atenção me mexendo: torci o cabelo e o deixei solto nos ombros, para que secasse mais rápido. Ele saiu do transe e me olhou.

-Vamos logo.

E se levantou rápido demais e ficou tonto. Caiu sentado quase em cima de mim.

-Opa.

-A pressa é inimiga da perfeição. – eu falei, enquanto me segurava para não rir. (Quem que ri depois de um susto como aquele? Eu estava endoidando, não era possível).

Eu me levantei e ofereci a minha mão para ajudá-lo. Ele aceitou sem rodeios. O problema é que ele ainda estava mole e colocou todo o peso em mim. Eu tive que me segurar em uma árvore próxima para não cair em cima dele de novo. Agradeci à árvore por ela estar saudável e não podre como parecia, a ponto de cair ao menor peso.

Ele levantou e sorriu, um meio sorriso.

-Desculpe.

Eu fiz que tudo bem com a cabeça e ele voltou a atenção para o caminho, pegando a bússola e encontrando o caminho de volta para a direção certa.

-Você vem? – ele disse depois que avançou e eu fiquei para trás, só olhando para ele, sem prestar atenção no que ele estava fazendo.

Eu assenti e andei para ficar ao seu lado. Andamos, andamos, e bem... Andamos. Olhei para o céu algumas vezes. A nuvem de chuva ainda pairava ali, mesmo que mais fraca. Não prestei muita atenção ao caminho, porque se prestasse, eu me cansaria mais rápido. Só parei na hora que doía para respirar.

-Ai. – eu gemi baixinho quando paramos para beber água.

Voltamos a andar, e só paramos umas três horas depois, quando fazia frio e o último raio de sol saia de algum lugar por entre as copas das árvores.

-Gosta daqui? – Percy me perguntou, me tirando de um transe do qual eu nem fazia ideia.

-Hã... Oi? – eu perguntei, confusa.

Ele apontou para o chão, um lugar onde havia menos folhas.

-Hmm... – eu ainda não estava entendendo.

-Para acampar, boba. – ele teve que falar mais alto, porque dessa vez, eu estava perdida em seus traços.

-Ah, claro, ótimo lugar... – eu falei, mas não olhei de detalhadamente o lugar que ele apontou.

Ele franziu o cenho, mas não disse nada.

-Eu pego os gravetos? – pergunta retórica.

Comecei a caçar galhos, enquanto o sol acabava de se por, e lentamente, deixando tudo mais frio. Tremi uma vez. Peguei o máximo de galhos possíveis e taquei tudo no chão. Ele pegou o isqueiro e um punhado de folhas secas, e fez o que tinha que ser feito e de repente o fogo já estalava.

O que estava havendo comigo? Eu estava estranha. Um frio na barriga, algumas viagens para Lua e um pouco de idiotice, falar sem pensar.

Percy estava mexendo no fogo e eu olhando para ele sem perceber.

-Eu fico de vigia primeiro. – eu falei, depois que voltei ao Planeta Terra. (Voltei quando ele percebeu que eu o olhava e pigarreou duas vezes)

Ele deu de ombros e se aproximou de mim muito rápido. Minha barriga quase explodiu de adrenalina. E ele fez uma coisa que eu esperava há muito tempo. Não, ele não me beijou, não do jeito bom. Ele me abraçou e falou:

-Boa noite, Sabidinha. – e beijou minha testa, e acariciou minha cabeça, desmontando meu rabo de cavalo.

Eu não abri a boca, porque se fizesse, eu iria pedir uma coisa feia para ele, e mesmo assim, eu não conseguia mover um músculo qualquer.

-Ah! – foi só o que saiu quando ele se deitou e piscou para mim.

Eu respirei fundo e tentei ficar atenta aos barulhos da floresta, e não na respiração dele. Quando consegui me controlar, deixei que as horas se arrastassem.

Quando vi, já era hora de acordar Percy e trocar de turno. Cheguei perto dele e fiquei com dó. Ele dormia feito um anjo... Bem... Isso quando não roncava e quando estava com muito sono, como hoje. Ele tinha um sorriso não racional e quase não se mexia. Toquei o rosto dele com dois dedos. Uma vibração esquisita veio do corpo dele para o meu. Passei da bochecha para os cabelos. Secos, devo acrescentar, apesar da umidade ridícula no ar. Fiquei passando a mão na cabeça dele por alguns preciosos minutos. Cheguei perto sem perceber, senti o cheiro de mar que vinha dele e falei no seu ouvido, meio embriagada:

-Hora de acordar. – minha voz saiu rouca, porque eu não falava há horas e porque eu precisava de água.

Ele levantou uma sobrancelha, já acordado, mas sem abrir os olhos, e eu ainda estava bem perto de seu rosto.

-Claro.

Me apressei em bebericar um pouco de água e deitar antes que ele me olhasse. Sim... Eu estava vermelha, muito vermelha. Fiquei virada para o nada, enquanto ele se sentava e começava seu turno. Ouvi ele cantar baixinho a melodia de Say You Don’t Want It do One Night Only. Eu quis acompanhá-lo, mas iria fazer as coisas ficarem mais esquisitas do que antes mesmo de ele abrir os olhos. Eu queria dizer o que eu sentia (mesmo ainda não tendo confessado a mim mesma isso) e acabar com a tensão logo, mas ainda não era a hora (apesar de meu “lado sentimental” já ter me falado que a hora de tirar as drogas de máscaras já havia passado)

Bem...Tentei não pesar nisso. Dormi, e dormi um sono sem sonhos.


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Notas finais do capítulo

Cara, Annabeth nunca tem sonhos, e quando têm, muitas vezes são sonhos ruim. Mas que merda viu. *e essa sou eu revoltada com o mundo*
BOOOM, tenho que avisar que: tô postando muito rápido ultimamente, então, vou ter que me limitar a postar um dia sim, outro não, se não meu plano de ter a fic já pronta (um plano, que devo dizer, já não começou muito bem, porque ainda falta muito para eu acabar de escrever) vai por água abaixo.
NÃO ME MATEM, PELO AMOR DOS DEUSES!! ATÉ POR HADES, *isso que se chama desespero*
Reviews sempre vou responder, só vou me limitar com as postagens de capítulos mesmo.
Então... Até depois de amanhã. Beij*