Nathan havia sofrido um acidente, e eu que estava sentindo e sofrendo com essa dor.

Logo depois que Siva me disse que o Nathan estava mal, não pensei duas vezes. Peguei um táxi e fui para o hospital.

Chegando lá encontrei Max e Tom sentados na sala de espera com uma expressão bem aflita.

– Oi - Disse Max vindo me abraçar.

– Oi, o que já sabem dele? Ele se machucou muito? O que aconteceu? - Eu disse rapidamente - Cadê o Siva e o James?

– Calma - Ele disse - Seu Nathan vai ficar bem, o Siva foi pra casa tomar banho e nós não sabemos do James.

Para tudo, MEU Nathan? Ah claro, faz sentido, Nathan termina comigo, bebe, praticamente se mata e não conta pra ninguém o porque...

– Hã Max... Não sei se você sabe mas, o Nathan terminou comigo hoje - Eu disse.

Ele ficou quieto por uns estantes.

– É, agora faz sentido - Ele disse.

– Max, não brinca com isso - Eu disse - Você ainda não me contou o que aconteceu.

– Nós também não sabemos - Ele disse.

Nos sentamos e esperamos longas horas por alguma explicação ou qualquer sinal. Umas quatro horas depois o médico entrou na sala.

– Você são parentes de Nathan Sykes? - Ele disse sériamente

– Somos amigos dele - Disse Tom se levantando da cadeira.

– Onde estão os responsáveis por ele? - O médico continuou.

– Os pais deles viajaram a trabalho, ele estava ficando sozinho - Max contou - Ligamos e deixamos recados, mas ainda não responderam.

– Pois bem, então acho que devo contar algumas coisas para vocês - Ele disse - o Nathan quebrou a perna esquerda e está em coma. Ele está respirando sozinho, mas não reage a nada.

Comecei a chorar e Tom me abraçou.

– Tem previsões de quando ele pode acordar? - Max perguntou.

– Ainda não sabemos disso, mas acredito que como ele não teve grandes ferimentos, logo logo pode acordar - Disse o doutor.

– Podemos entrar para vê-lo? - Tom perguntou.

– Claro, mas por favor, não todos juntos - Ele disse saíndo da sala.

Deixei Tom e Max irem primeiro, já que estavam no hospital a mais tempo. Fiquei esperando impaciente, queria ver o Nathan, eu estava me sentindo culpada.

Depois que eles voltaram, tomei coragem e andei até o quarto onde o Nathan estava.

Abri a porta e lá estava ele. Cheio de cortes na testa e um longo gesso na perna. Parecia tão frágil. Minha vontade era de abraça-lo e leva-lo embora de lá.

– Nathan, me responde uma coisa - Comecei a falar com ele – Você é idiota?

Dei um leve sorriso, mas ainda estava com lágrimas nos olhos

– Sério, porque parece, o que te da na cabeça para fazer isso? Olha, conversar nunca matou ninguém até hoje, e eu acho que beber e sair dirigindo não é algo inteligente. Se você não tivesse aí, eu provavelmente te daria um soco.

Passei a mão em seu rosto, arrumei seu cabelo e saí do quarto.

Voltei para a sala de espera. Jay e Siva haviam chego.

Cumprimentei os dois e eles foram ver o Nathan.

Quando voltaram, Siva sentou com os meninos e Jay me chamou para dar uma volta. Andamos pelo hospital e depois decidimos ir a casa dele.

Estar com o Jay era uma das melhores coisas da vida, mas lembrar do Nathan daquela forma, era terrível. Amanda me ligou falando que passaria a noite lá e que era para eu me despreocupar.

Apenas suspirei aliviáda e fui tentar esquecer disso, Jay estava comigo e isso já me fazia feliz.

Estava me sentindo um monstro por deixar o Nathan no hospital.

Quando acordei, Jay ainda dormia. Então levantei, fui escovar meus dentes e arrumei algumas coisas na mesa da cozinha para tomarmos café.

Uns 20 minutos depois ele apareceu na cozinha.

– Bom dia - Ele disse vindo me abraçar.

– Bom dia - Respondi com um leve sorriso.

– Vamos voltar para o hospital daqui a pouco, pode ser? - Jay perguntou.

– Claro - Respondi realmente feliz.

Sentei para tomar café com ele e depois fui tomar um bom banho.

Não demoramos muito e saímos de casa.

Estávamos perto do hospital quando liguei para o Tom.

– Bom dia Tom - Eu disse.

– Bom dia, onde vocês dois estão? - Ele perguntou.

– Estamos quase no hospital - Respondi - Todos vocês estão aí?

– Sim, venham rápido - Ele disse.

– Por que? Aconteceu alguma coisa? - Perguntei meio assustada.

– Só venham - Ele disse.

– Mas Tom... - Quando eu ia falar, ele desligou.

– O que ele disse? - Jay perguntou.

– Para irmos rápido para lá, mas quando eu perguntei o porquê ele desligou - Eu disse.

– Estamos quase lá, não se preocupe com nada - Ele disse.

Chegamos logo depois disso. Não encontramos os meninos na sala de espera, então fomos em direção ao quarto. Andamos pelo longo corredor e quando abrimos a porta, um grande sorriso em meu rosto se abriu.

– Finalmente - Nathan disse sorrindo para mim.

Comecei a rir e me aproximei para lhe dar um beijo no rosto.

– Coma de verdade pra mim é quando a pessoa apaga por 3 meses - Disse Jay sorrindo.

– Então só espera minha perna melhorar que resolvemos isso - Nathan disse apertando a mão de Jay.

– E Tom, você é um idiota, por que me assustou assim? - Eu disse.

– Essa é a graça - Ele começou a rir e eu lhe dei um soco no braço.

Os meninos ficaram no quarto conversando e eu saí com a Amanda para tomar um café na lanchonete do hospital.

Sentamos em uma das mesas, pedimos nosso café e começamos a conversar.

– Eai, quando ele sai? - Perguntei

– Hoje mesmo, os pais dele vieram aqui hoje pra falar com os médicos e assinar papeis - Amanda respondeu.

– Os pais dele estão sempre tão ocupados, eu acho que só os vi uma vez - Eu disse.

– Bom, não sou melhor que você, eu só vi eles de costas hoje - Amanda disse.

Nós duas rimos.

Conversamos mais um pouco e voltamos para o quarto do Nathan.

Tom, Max e Amanda decidiram ir pra casa para dormir e Jay tinha um almoço em família. Então eu e Siva ficamos responsaveis por levar Nathan para casa.

Esperamos Nathan sentados na sala de espera.

Ele não demorou muito e logo apareceu com as suas muletas.

– Isso não é tão fácil quanto parece sabia? - Nathan disse reclamando das suas muletas.

– Você reclama muito, quero ver quando for velho - Eu disse levantando da cadeira.

– Quando eu for velho, com certeza vou optar por cadeira de rodas - Ele disse rindo.

Fomos andando até o estacionamento. Eu e Seev ficamos metade da manhã tentando enfiar o Nathan no carro. Primeiro que eu nunca vimos alguém se equilibrar tão mal com uma perna só, segundo que riamos sem parar com as reclamações dele.

Chegamos na casa do Nathan e ajudamos ele chegar até o sofá.

– Prontinho, entregue - Siva disse.

– Isso mesmo, até mais - Eu disse.

– Peraí, vocês vão embora? - Nathan disse - Vão me deixar sozinho, com fome e... Sozinho?

Eu olhei pro Siva e ele olhou pra mim. Começamos a mexer os lábios dizendo ''você fica'' até ele ganhar a discussão com sua cara de coitado.

– Ta bom, eu fico - Eu disse.

Consegui ouvir o Siva gritando ''yeah''

– Então, até mais - Siva disse sorrindo e acenando.

– Vai logo antes que eu te dê um soco - Eu disse.

Siva saiu correndo e gritando que eu era demais e Nathan ficou rindo.

– Ficar junto comigo nem é tão chato assim - Ele disse sorrindo.

– É, mas eu não sei cozinhar nada e ainda temos muito o que conversar.

– Bom, tem macarrão na dispensa, e não é tão difícil de se fazer - Ele disse - E sobre o que precisamos conversar?

– Nathan, não aja como criança - Eu disse.

– Não estou agindo, só estou falando que não temos nada demais pra conversar.

– Então tudo bem - Saí de perto dele e fui pra cozinha tentar fazer o macarrão.