Loucuras Da Vida. escrita por Natália Varsalli, Mônica


Capítulo 2
Bilhete Premiado


Notas iniciais do capítulo

Oi, meu povo.
Obrigada a ketelly e a Srta_Brandon. Eu e Nat amamos seus reviews.
Não consegui falar com a Nat essa semana, mas como já tinhamos feito o capitulo resolvi postar logo, kkkk'
Depois botamos a N/a dela.
Espero que gostem:



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PDV NAH

“Eu podia sentir sua respiração contra meu rosto. Seu hálito de mel e hortelã escapava por entre seus lábios abertos. Nossos narizes se tocavam e a única coisa que eu podia ver era seus lindos olhos azuis da cor do mar que brilhavam de amor e paixão para mim. Eu podia sentir seus braços em minha cintura me puxando para mais perto, coisa que era impossível.

Nossas bocas se aproximavam lentamente uma da outra, sedentas pelo mais leve roce e então.... EU SOU UM AMENDO BOBO, EU SOU UM AMENDO BOBO....”

Acordei tremendamente assustada e pingando de suor. Olhei para os lados e a única coisa que pude ver foram as paredes vermelho sangue do meu quarto cobertas por fotos de meus amigos e meus desenhos. Percebi irritada que a musica ridícula era proveniente do meu celular e vibrava insistentemente sobre a mesa de cabeceira. Resisti a vontade de tacar meu celular na parede e desliguei o aparelho.

Gemi frustrada e enfiei a cara no meu travesseiro quando percebi que tudo não passava de um sonho. Um maravilhoso sonho.

Ouvi o suave clique da porta se abrindo e levantei a cabeça para ver meu pai parado na porta me observando.

- Bom dia. – gruni grogue enquanto me sentava na cama.

- Bom dia. – respondeu com um sorriso suave em seu rosto rechonchudo. – O café já esta na mesa, e é melhor você se apressar se você quiser pegar seu ônibus a tempo. – disse em um tom estranho, aqueles que as pessoas usam, quando sabem algo que você não.

Semicerrei meus olhos para ele e disse em tom irônico:

- E quem disse que eu quero pegar o ônibus a tempo? 

- Natália. – disse em tom repreensivo. – Já tivemos essa conversa antes..

- Ok ok. – disse mal-humorada. – Vou tomar banho – disse lhe dando um beijo na bochecha.

-Ta bom. – respondeu fechando a porta do meu quarto.

Suspirei quando senti uma gota de suor escorrendo pelas minhas costas, fazia um calor infernal lá fora, e eu estava louca por um bom banho de água fria.

Peguei minha roupa, um vestidinho florido e uma sapatinha branca e me dirigi até o banheiro do meu quarto.

Suspirei de alivio ao sentir a água fria em contato com a minha pele quente. Lavei meus cabelos, me deliciando com aquele cheirinho gostoso de shampoo e sabonete que tinha no ar.

- Natália, você vai se atrasar! – ouvi a voz de trovão de meu pai vindo do lado de fora da porta do meu quarto.

Frustrada desliguei o chuveiro e me troquei, não sem antes passar meu hidratante com cheirinho de rosas.

Já vestida, passei uma maquiagem leve e decidi deixar meus longos cabelos loiros secarem naturalmente, apenas prendi minha franja com uma pequena presilha e desci para o café.

Na mesa encontrei meu pai, tomando sua habitual xícara de café. Beijei o topo da sua cabeça enquanto passava para sentar ao seu lado.

Peguei a minha costumeira xícara de leite com Nescau e um pequeno pãozinho com manteiga.

Quando terminou seu café papai dirigiu seu olhar a mim, como se estivesse me analisando.

Me contorci desconfortável sobre o seu olhar e perguntei:

-Alguma coisa errada, papai?

-Não, querida. Nada errado. – disse e parecia... divertido? O que...

Antes que eu tivesse a chance de perguntar, ele se levantou.

-Apresse-se. Não vai querer chegar atrasada. – falou com um olhar de advertência, algo como “ Não se atreva a retrucar, menina. ”.

Com isso ele saiu da cozinha e a única coisa que eu pude fazer foi bufar.

Eu estava indo para São Paulo passar o Natal e o Ano Novo com a minha mãe. Apesar de meus protestos veementes contra deixar meu pai sozinho nessa época do ano, ele insistiu dizendo que já era hora de eu passar um natal com a minha mãe, já que a ultima vez que isso aconteceu eu tinha 13 anos, ou seja, a 5 anos atrás. Mas apesar disso eu continuei protestando, não me leve a mal, eu amo a minha mãe, mas me parecia errado deixar meu pai passar as festas sozinho, e não é como se a minha mãe fosse ficar sozinha se eu não estivesse lá. 

Mas meu pai continuou insistindo, dizendo que eu já tinha passado todos os Natais dos últimos anos com ele e que ela era minha mãe e eu devia passar um Natal com ela antes de ir para faculdade e blá blá blá. No final, eu me rendi e finalmente concordei em ir.

Terminei meu leite e subi para escovar os dentes e avisar meu pai que estava pronta para ir.

Depois de escovar os dentes e ter certeza de que não estava esquecendo nada. Eu e meu pai saímos. Sentei no carro e afundei no banco esperando que eu chegasse a meu destino. De cara amarrada observava a paisagem do lado de fora da janela. Depois de algum tempo, franzi minhas sobrancelhas em confusão pela paisagem do lado de fora da janela. Aquele não era o caminho para a rodoviária...

-Pai. 

-Sim, Nah.

-Esse não é o caminho para a rodoviária. - falei/perguntei.

-Eu sei. Nós só temos que fazer uma parada antes. – disse com aquele mesmo tom estranho que usou de manhã.

Semicerrei os olhos para ele novamente, mas por fim dei de ombros e me recostei no banco do carro novamente, esperando pela chegada deste “destino misterioso”.

Os minutos se passaram calmamente, enquanto meu pai dirigia. Até que por fim nos paramos, olhei para a construção imponente em frente a mim com confusão estampada na cara. O que diabos...

-Pai? O que a gente ta fazendo no aeroporto? – perguntei inquieta e confusa.

Ele olhou para mim divertido e simplesmente disse: “Vamos”.

Desci do carro e o observei tirar as minhas malas do porta-malas.

-Pai...- comecei a falar, mas ele me interrompeu.

-Não faça perguntas. É uma surpresa. – falou, não dando brechas para discussões.

Eu somente o segui, ficando cada vez mais confusa e intrigada.

Chegamos ao saguão do aeroporto e eu vi Nik e seus pais. Ela parecia tão confusa quanto eu, e nesse momento a minha confusão só aumentou. 

POV NIK

" Eu estava em um estacionamento, eu não conhecia o lugar mas era como se eu já tivesse visto ele antes, depois do estacionamento, lá ao fundo, tinha três prédios que logo reconheci como uma escola.

Isso era estranho, aquele com certeza não era o meu colégio. No estacionamento reparei ter apenas três carros, eu estava apoiada em um de frente para os outros dois. Quase babei no lindo Porshe amarelo canário ao meu lado, não resistindo passei a mão na lataria perfeita e pude visualizar meus olhos brilharem.

Eu tinha uma paixão nada secreta por porshes e carros amarelos.

Enfim, os outros dois eram um prata e um preto, percebi que era um volvo prata e uma mercedez preta. Da carona do porshe saiu uma cabeleira loira.

Espera! Natália?! "

- Querida, acorda! Esta na hora!

Resmunguei ao totalmente incompreensível e me virei para o outro lado. Já tinha desligado o meu despertador há alguns minutos, nem lembro porque tinha colocado para despertar as 7:00 sendo que estava de férias.

- Bebê! Acorda!

Continuei deitada, fingindo que estava dormindo e esperando que assim minha mãe fosse embora. Ela sempre desistia e me deixava dormir um pouco depois de um tempo.

- Mônica Cristina Dias! Ou você levanta dessa cama ou eu juro que vamos viajar sem você!

Meu cérebro demorou alguns segundos até a captar a idéia... espera! Viagem? Claro, Recife! Tão rápido quanto podia levantei quase caindo da cama, minha mãe não estava mais no quarto o que dizia que ela levaria a sério sua promessa, por isso corri até o meu guarda-roupa pegando a primeira saia e blusa pela frente e corri para o banho.

Depois de me banhar rapidamente, passei o hidratante de carambola e coloquei a roupa, uma blusa coladinha com o decote em V branca e uma saia de cintura alta vermelha. Penteei meus cabelos castanhos escuros, deixando eles molhados e soltos coloquei uma sapatinha estilo bailarina e desci para o café.

- Bom dia, família 

- Ah, finalmente a noiva terminou de se arrumar! - Replicou Arthur.

- Também te amo, irmãozinho! 

Percebi que os meus pais estavam estranhos, agitados. Mas logo ignorei o pensamento e continuei tomando meu achocolatado com pão sovado. Umas horas ou outras implicavam com o meu irmãozinho mais novo, ele tem 11 e eu 18, mas toda vez que um menino chegava perto de mim se dava uma de "irmão mais velho". Eu o amava demais, e depois de duas meninas mais velhas como irmãs foi ótimo ter um irmão mais novo homem para variar.

Depois fomos para o carro, que estava lotado de malas. Vamos para Recife visitar meus avós, estava morrendo de saudades e super animada com a idéia de reve-los. E como a minha mãe me acordou tão cedo e com Art se apoiando e quase dormindo nos meus ombros acabei pegando no sono junto.

- Nik, Nik já chegamos!

Levantei do carro com Art me chamando, olhei para o aeroporto e continuei andando com eles carregando as minhas quatro malas mais a bolsa. Aposto que estava com a cara toda amassada, por isso não gosto de dormir no carro.

- Vôo 1248, com destino para Recife, ultima chamada.

Arregalei os olhos, aquele era o nosso vôo, mas meus pais não faziam nada, o que estava acontecendo?

Antes que eu pudesse fazer algum protesto, eu pude ver Natália e seu pai chegando e parando ao nosso lado. O rosto de minha amiga era comicamente confuso, ela não sabia o que estava acontecendo tanto quanto eu, afinal, o que ela fazia no aeroporto?

- Alguém pode me explicar o que esta acontecendo? - finalmente Nat perguntou - Nik, esse não era o seu vôo? 

Olhei para o painel, o vôo já estava decolando, não tinha como mais pegar. Afinal, para onde nós vamos?

- Então, - começou minha mãe - fiquem calmas, nós temos uma surpresa para vocês.

Surpresa? Eu e Nah olhávamos para eles com expectativa, todos com sorrisos bobos de eu-sei-de-algo-maravilhoso enquanto nós duas esperávamos alguém resolver nos contar a surpresa. Talvez seja: Vocês não vão a lugar algum, vão ficar em casa sem fazer nada toda as férias!

Bom, eu esperava que não fosse isso, eu contava com uma cadeira de praia e água de coco nas minhas férias.

- Vocês vão para Mystic Falls!


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Notas finais do capítulo

n/a.m.: Eu a Nat trabalhamos bastante nesse capitulo, espero que tenham gostado.
Reviews? Queremos opiniões sobre a fic, se estão gostando ou não.
Próximo capitulo sera postado quando eu encontrar com a Nah.
Beijos e abraços. Z.C.



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