PDV da Bella

Eu abri meus olhos e vi que estava no quarto de Edward. Meu
ombro doía, mas estava quase curado.

Edward estava ao meu lado. Ele sorriu e me beijou. Senti
suas mãos acariciando meu corpo já nu, sua pele fria me excitava. Ele tocava em
meus seios. Eu arfei aquilo era enlouquecedor.

Senti uma de suas mãos acariciando meu sexo, o gemido foi
abafado pela língua ansiosa dele. Eu tirei suas roupas e assim ele penetrou me
penetrou e pude, finalmente, me sentir completa.

Sem saber como, Edward estava encostado na cabeceira da cama
e eu em seu colo. Ambos suados e ofegantes, mas não cansados. Eu queria mais, e
sabia que ele também.

Eu encarei seus olhos verdes que tanto amava. Ao olhá-lo me
sentia protegida, confortável e amada. Eu olhei para baixo a fim de ver nossas
mãos entrelaçadas. Ao erguer o olhar notei umas mudanças.

O cheiro de Edward estava diferente; seu toque passava amor,
um amor diferente, mas também ódio. Por fim notei os seus olhos, azuis.

Eu gelei. Olhos azuis da cor do mar me encaravam, um azul da
cor do mar, mas fosco. Aquele olhar dizia claramente: você é minha e se não
gostar, se foda!

- Edward?- eu perguntei tensa.

Ele se aproximou de mim e sussurrou em meu ouvido enquanto
mordia o meu lóbulo.

- Não, princesa. Eric.

PDV Rose

Emmet me imprensava contra a parede enquanto me beijava. Ele
não sabia o quanto mexia comigo, o quanto cada ação sua levava uma resposta de
meu corpo. Mas eu também queria comandar esse jogo, o nosso jogo de paixão.
Agarrei seus cabelos e o trouxe mais junto a mim em um beijo selvagem,
mostrando todo meu desejo. Desci minha mão sobre deu abdômen, subi e fui, em
direção aos seus braços, os contornei e parei minha mão sobre a sua, as tirei
de minha perna, e rápido demais para que ele imaginasse, ele estava encostado à
parede e eu prendendo suas mãos acima de sua cabeça. Sem manter muito contato nesse
corpo, comecei a mordiscar e lamber seu pescoço, tórax, e mordi a borda da sua
blusa, arrancando altos suspiros e gemidos.

- Você me quer? Para que, meu amor? – Disse rouca em seu
ouvido desprendendo suas mãos e agora deslizando as minhas pelo seu abdômen, o
arrancando um sorriso malicioso.

- Para fazer Amor baby, e você o que quer? – Disse ele
mordiscando minha orelha, e agora alisando minha cintura.

Peguei firme seu
rosto, o olhei e depois beijei seu pescoço, maxilar, boca e murmurei:

- Tudo que você puder fazer.

Com Emmet tudo era sem rodeios, sem dúvidas, sem mentiras ou
segundas intenções, era mágico, era vivacidade, era prazer em um só. Nossos
jogos sempre provocativos, nossas brigas sempre humoradas. Ele começou a alisar
meu vestido, o levando para cima e adentrando sua mão nele, indo de encontro
com minha pele. Começamos a andar, eu de costas e ele me guiando, beijei sua
boca e passei minhas mãos por dentre sua blusa em direção a suas costas, e ali o
apertei, em resposta ele apertou com força minhas nádegas e me levantou me
sentando em minha penteadeira, que era algo gigante. Suas mãos saíram de dentro
de meu vestido e ainda me beijando ele foi tacando as coisas da penteadeira
para o chão.

- Espero que não se importe. – Sussurrou ele em meu ouvido,
me arrepiei automaticamente.

- Não me importo, contanto que ganhe algo em troca. –
Sussurrei em sua boca.

Ele apoiou suas mãos atrás de mim, e me beijou
selvagemmente, eu deslizei minha mãos por dentre sua blusa, o alisei. E comecei
a retira - lá. Ele levantou os braços para facilitar e enquanto eu a subia
beijava seu abdômen e tórax. A retirei completamente, e a joguei do outro lado
do quarto. Emmet trouxe suas mãos por dentre meu vestido novamente, alisou de
minha cintura até meu busto e depois com um impulso para os lados o rasgou, e o
jogou em algum lugar atrás de mim. Ele começou a beijar meu pescoço, e eu
comecei a desabotoar sua calça, assim que consegui. Ele me deitou na
penteadeira e me puxou de encontro a ele, deslizando a mão pelo meu corpo. Subi
meus pés alisando sua perna, até chegar a seu quadril, assim que alcancei a
borda de sua cueca, com tudo a puxei a baixo. Ele veio até mim, e me beijou, me
levantando um pouco com as mãos em minhas costas, desfez meu sutiã, e o tacou
lá longe em um minuto, alisou meus seios de uma forma carinhosa porém,
provocativa, e desceu suas mãos por minha barriga, até chegar em minha
calcinha, brincou com a borda, e levou sua boca até lá, mordeu ela por cima do
tecido e começou o arrancar com a boca. Logo depois estávamos os dois nus. Ele
desceu até mim, mordeu meus ombros, tórax. E me penetrou. E começamos nossa
dança, nosso tango. Do Amor.

PDV da Bella

Eu abri meus olhos, apavorada. Que sonho foi esse? Ou
melhor, pesadelo?

- Amor, você está bem?- perguntou Edward preocupado.

Graças a Deus, minha mente estava fechada por causa do meu
ombro. Falando nele.

- Sim, mas meu ombro dói.

- Logo vai melhorar. - falou Eric. Credo, tinha que ter tido
esse pesadelo justo agora?

- O que aconteceu? Quer dizer, Sam...

- Está bem, ele salvou sua vida. - disse Edward com um
sorriso torto, mas se via culpa no seu olhar, ele se culpava por não ter me
salvado? Edward é impossível. Mas ainda sim uma imensa culpa me atingiu, como
pude sonhar algo tão terrível?

 - Se você não se importar, os lobos pedem que você vá
conosco para onde Pablo morreu. - falou Eric, quase me comendo com os olhos.

Apesar da dor em meu ombro eu me levantei.

***

 Estávamos todos os lobos e vampiros no local onde o
sangu... O outro vampiro foi morto. Tanya chorava sem lágrimas, confesso que
fiquei com pena.

- Acho que seria bom darmos uma olhada por aí. - sugeriu
Eric decidido.

Eu farejei o ar e me agachei perto da fogueira. Todos me
acompanharam com o olhar. Meu ombro recomeçou a doer, não dei bola. Apesar de
que a dor era atroz.

Lobo não foi... Nenhum de nós caça vampiros assim. É uma
técnica que não atinge por velocidade, mas sim com estratégia e individual. E
isso eu conheço muito bem.

Pelas marcas, quem o matou sabia muito bem o que fazia.
Aparentemente foi o ataque de um vampiro ou lobisomem. Mas não sei... Parece
muito com ataques de vampiros do norte. Os do sul usam força e não
estratégia... E se fosse um lobisomem teria vestígios de pegadas de lobos, a
não ser que eles planejaram tudo muito bem...

Não, foi um ataque individual. E muito bom, devo admitir.
Mas qual a motivação?

- Bella?- perguntou Billy sério. Todos olharam para mim, os
vampiros confusos.

- Foi alguém que agiu sozinho. Muito bom, na realidade. Não
deixou nenhuma pista. Acho que foi um vampiro, lobisomens não agiriam com a
tática que esse sabe lá o que usou. De acordo com o que vejo, não foi travada
uma luta... – disse apontando para o lugar onde estávamos –... o vampiro foi
incapacitado rapidamente, provavelmente foi jogado de encontro com alguma
destas árvores... – apontei para a árvore em nossa frente – Er... Acho que é só
isso.

Eric me encarou boquiaberto, mas não pronunciou nenhuma
palavra.

- Como sabe?- perguntou Alice aos sussurros.

- Bella é uma excelente estrategista, ela sabe reconhecer
essas táticas. - respondeu meu pai orgulhoso.

Os lobos e os vampiros iniciaram um conversa, que eu não me
importei em saber o assunto.

Esse ataque não poderia estar sendo preparado há muito
tempo, afinal o sang... o vampiro chegou aqui faz muito pouco tempo. Quem o
matou age com cautela, calma e quando menos se espera dá o bote.

Seja lá quem for esse vampiro, espero que eu não esteja em
seu caminho. Ele não parece ter compaixão.

Eric me encarou e eu retribui o olhar fechando minha mente.
Ele havia ouvido meus pensamentos. Um sorriso torto surgiu em sua face, eu
estremeci. Não sei o motivo, talvez por sua calmaria, mas eu tenho medo de Eric.

PDV do Charlie    

Nada bom. Minha filha é destinada de dois vampiros. Um eu
detesto, outro eu até tinha respeito. Mas agora vou ficar de olhos bem abertos.

- Oi, Charlie?- falou Alice.- Leah me deu autorização e eu
vim te pedir um favorzinho.

- Qual, Alice?

- Promete que vai me ajudar?- com aquela carinha de cortar o
coração? Quem resiste?

- Prometo.

- Legal, Bella pode ir morar conosco? É a lei das
destinadas.

Péssimo. Apesar de que não posso obrigar Bella a ficar
sempre ao meu lado. Ela tem que ter a vida dela.

- Com uma condição.

- Qual?- perguntou Alice curiosa.

- Vou ter uma conversinha com Eric e Edward.

PDV Bella

Eu estava feliz. Meu ombro ainda doía, mas logo estaria
plenamente curada e poderia voltar a me transformar.

Eu estava no quarto do Edward, deitada na cama confortável.
Eu estava tomando um suco de laranja. Alice entrou no quarto alegre e sentou ao
meu lado. Eu a encarei, o seu sorriso era amplo demais.

- Bella, temos que conversar sobre uma lei que as destinadas
têm que cumprir.

Mais essa agora. O que falta? Ler mentes já não é o
suficiente? Sem contar que eu tenho dois. E o pior, gêmeos.

- Qual?- eu perguntei receosa.

- De acordo com a lei, a destinada é como a noiva dos
vampiros. Eles nos vêem assim.

Nada demais... Noiva? Pêra aí. Ninguém falou nada de noiva.
Não vou ter que me casar né? Isso está fora de cogitação.

- E daí?- eu perguntei quase em pânico.

- Bem, err... Não sabe como eu fico feliz em saber que isso
irá acontecer. Vai ser muito divertido, poderei te vestir, maquiar, poderemos
fazer compras... será o máximo.

Meu Deus, tenha piedade de mim. Ela está falando em
casamento ou é impressão minha? Não quero casar.

- O que você acha?

- Para ser sincera não sei do que você ta falando.

Alice riu. Medo. Eu tomei mais um gole do suco para me
acalmar.

- Você tem que vir morar conosco.

- QUÊ?- meu grito fez com que meu ombro protestasse doendo.
Sem contar que eu cuspi o suco longe.- Como assim? Morar de dormir, comer,
viver? Mudar-me para cá?

Alice sorriu. Mais medo.

- Sim, vai ser divertido, aí você fica com o quarto do seu
destinado. Pode redecorar, Esme é excelente nisso...

Não sei dizer sobre o que mais ela falava. Uma dúvida surgiu
em minha mente. Na verdade duas. Uma eu perguntaria para Alice, a outra ficou
só na cabeça: aonde foi o meu copo com suco?

- Esqueceu que tenho dois?- estava desesperada, não podia
deixar La Push. Minha vida era lá.

- É mesmo... Pense por um lado positivo, terá dois quartos.
E também opções. Que sorte a sua. Se bem que sendo gêmeos não será algo tão
distinto.

- Do que você ta falando?- eu perguntei tímida.

- Não se faça de virgem santa. - ela sorriu maliciosamente.-
Cada dia poderá dormir com um. Dias pares com o Edward, ímpares com o Eric. Dia
31 não conta, você merece um descanso. Ou pode tentar com os dois ao mesmo
tempo. Já imaginou dois homens idênticos ao mesmo tempo?

Eu corei absurdamente. Caramba. A imagem da cena foi
impossível de parar. Minha mente foi fechada na hora.

Um Edward e um Eric na cama ao mesmo tempo. Dois homens
lindos e meus ao mesmo tempo. Um príncipe e um bandido. Nossa... isso seria
meio diferente. Não sei se teria coragem, quer dizer... Eric é meio, meio...sei
lá. Nunca sei o que ele quer. Já o Edward é o meu príncipe. E o amo
completamente, não faria isso.

- Agora sei que você ta brincando com a minha cara.- eu
falei séria.

- Não. Não vai dizer que não tem coragem?

Edward me beijando, Eric me tocando... Eric me beijando,
Edward me tocando... seria algo muito estranho. Dois Edward’s fazendo isso! Não
poderia fazer isso. Nunca.

- Não tenho. - eu sussurrei. - Seria sacanagem com os dois.

- Só por isso?- Alice perguntou. Que baixinha tarada.

- Não, err... Não vou fazer isso e ponto final.

- Acalme-se Bella, eu sei de seus sentimentos pelo Edward,
não precisa me explicar ou dar a razão de seu desconforto. Eu só estava
brincando, afinal todos aqui sabem que você o ama, e isso nos deixa
completamente felizes. Ele sempre foi sozinho. Só Eric não enxerga seu
sentimento Bells, mas um dia ele vai entender.

As imagens do meu sonho voltaram a dominar minha mente. Eu
sentia como se estivesse traindo Edward, apesar de não tê-lo feito.

- Alice?

- Que?

Você já amou alguém, sonhou que estava com ele e depois ele
se tornou outro? É não poderia perguntar isso para ela.

- Nada, não.

Alice me olhou desconfiada, mas nada disse. Ela se levantou
e agachou no chão.

- Toma seu copo, mas sem o suco. - ela riu alto. Eu corei,
fiz menção de me levantar, mas fui impedida.

- Deixa que eu limpo.

Alice limpou e eu a observei. Quando terminou ela me olhou
novamente.

- A propósito, seu pai já aceitou só que antes quer falar
com Edward e Eric.

 E saiu do quarto, fiquei olhando a porta e uma
sensação ruim me fez estremecer, tenho a impressão que algo nada bom irá
acontecer.

 PDV do Eric

Sentia o cheiro de Irina na floresta, não estava errado. Ela
caçava totalmente atenta a sua caça. Eu me encostei a uma árvore e esperei ela
terminar de drenar o sangue de um urso, precisava dela forte.

Assim que me viu estreitou os olhos.

- Traidor. Está ao lado daquela loba também.

Eu nada disse, aproximei dela e segurei em seu braço. Irina
tentou se soltar, mas não conseguiu. Eu a levei até uma caverna e a joguei
contra uma pedra.

Irina me encarava nervosa. Eu a olhei e percebi o favorzinho
que ela poderia fazer para mim.

- O que você acha de me ajudar em algo?

- No que? Você não é o melhor? Faça sozinho. – Ela disse
cuspindo.

Eu a peguei pelo pescoço e rosnei. Odeio quando esses
vampirinhos acham que podem falar assim comigo.

- Você vai aos Volturi e vai mandar uma mensagem para Aro,
Caius e Marcus. Se mudar uma palavra eu caço você até o inferno que é o seu
lugar.

 - Por que iria? Posso
mudar de idéia e contar aos Cullens sobre o seu encontro com Pablo.

Eu rosnei e com a voz gélida respondi a sua ameaça:

- Se contar aos Cullen, garanto que o seu destino será pior
que o de Laurent e Pablo.

Irina me encarou apavorada e concordou com a cabeça.

- Ótimo. Diga a eles que a mandei para lá. Diga: a neta está
com o pai em La Push e é destinada de dois vampiros.

Irina me olhava confusa, eu continuei:

- Fale que matei Pablo e que meu pagamento será minha
destinada, a neta em questão. Ela deve ser só minha e que Edward é o outro a
qual ela é destinada.

Irina saiu da caverna e foi seguir seu caminho até a Itália,
idiota. Mal sabe ela que Caius a matará por saber sobre esse recado.

PDV da Bella

Após falar com Alice e ser convencida, eu decidi dar uma
volta por ali sozinha. Queria por certas idéias em dia. Estava apavorada de ir
morar longe do meu pai.

Desde que sou pequena foi ele quem me criou. Imagens de um
enorme lobo considerado mortal tanto para vampiros quanto para lobisomens
tomaram minha mente. Mas de outra perspectiva.

Lembro de que quando tinha seis anos ele se transformava e
me colocava em suas costas. Meu pai se transformava em meu cachorro, eu ria ao
brincar de cavalinho em cima de um enorme lobo.

Não posso deixá-lo sozinho e não posso ficar sem ele. Já não
basta não ter minha mãe por perto? Edward e Eric estão sendo egoístas nesse
ponto. Eles jamais entenderiam.

Passos se aproximavam de mim. Eric surgiu na minha frente.
Só eu para confundi-los, mesmo em sonho!

- Onde estava?

Eric ergueu a sobrancelha. O cheiro de uma vampira estava em
sua camisa. Acho que seu nome era Irina.

- Parece que você encontrou Irina.

- Ela não irá mais nos incomodar.

O tom que ele usou me arrepiou.

- Q- que quer-r dizer?- droga de gagueira.

- Ela foi embora. - ele sorriu.- Para Volterra. – Ele
parecia estar curtindo algum tipo de piada pessoal.

Uma fina camada de chuva começou a cair. Fina, mas que em
pouco tempo eu já estava encharcada.

PDV do Eric

Essa mulher ainda me mata e olha que isso é impossível. Sua
roupa e cabelos ficaram rapidamente molhados, dando um visual extremamente
sensual e provocante aos olhos de qualquer homem.

Como queria beijar novamente seus lábios. Explorar seu
glorioso corpo e torná-la minha.

- Mas o que você está fazendo aqui sozinha?- eu perguntei
maliciosamente.

Bella corou e respondeu se afastando com um passo, eu dei
dois em sua direção.

- Queria pensar um pouco sobre certas coisas.

- E posso saber o que tanto a atormenta?

- Não!- garota rude, hein? Difícil como Edward disse. Mas eu
sempre fui mais sociável que ele, por isso conquistaria Bella mais rapidamente.

Eu ri. Claramente Bella não confiava em mim. Isso seria
muito divertido. Sempre gostei de desafios e esse seria muito prazeroso.

- Certo... e como está seu ombro?

- Melhor. - esse diálogo já estava me irritando. Que tal
passarmos a partes mais interessantes?

Em pouco tempo eu já estava perto dela. Ela tentou se
afastar, mas eu a impedi. Fui examinar seu ombro.

- Parece melhor. Dói?- eu toquei de leve na cicatriz que
logo sumiria. Ela limitou-se a negar com a cabeça. - E aqui?- eu perguntei
tocando suas costas. Novamente ela negou com a cabeça. - Aqui?- e agora na
costela.

- N-não.

Eu aproximei meus lábios de seu ouvido e perguntei
sussurrando:

- Muito bom, mas falta um lugar. - eu a toquei no seio -
Sente prazer? - Bella não me respondeu, apenas gemeu, o que para mim era uma
resposta melhor que palavras.

Eu a beijei. Ela no começo me correspondeu. Eu disse no
começo? Pois é, só bem no começo. Logo suas mãos foram para meu peito e fui
jogado para longe. Bella se afastou e falou com raiva:

- Não faça isso novamente. - ela ia dando as costas quando
gritei.

- Tem medo de gostar mais do meu toque que o de Edward?

Bella parou e me olhou com raiva. Porém, graças a seu
ferimento demoraria até poder se transformar.

- Não. Apenas eu já sei que prefiro ele. Porque, claro, eu
amo ele. Não é uma simples atraçãozinha. É algo real. Afinal eu sou a destinada
dele! E Eric só para te esclarecer, acho que só gemi porque imaginei Edward em
seu lugar. Acho que a única coisa que te ajuda nessa bobagem de conquista, é se
parecer com ele.

Como ela me diz isso? Quem ela pensa que é?

Eu a puxei pelo braço. Seu corpo veio de encontro ao meu.
Segurei seu rosto com força, não a deixando saída. Então a beijei com todos os
sentimentos que sentia: raiva, ódio, luxúria, excitação, paixão, menos com
carinho. Depois de palavras tão venenosas ela não merecia carinho, talvez
depois. Ela se debatia, mas era ridículo, ela não sairia dali tão cedo. Talvez
eu a tivesse ali mesmo, sorri com isso.

Bella tentou me afastar novamente, mas eu era mais forte.
Além de ela estar ferida. Nada faria eu me afastar, nada.

- Bella? - a voz de Esme soou longe. Eu a soltei
imediatamente.

Esme apareceu e me encontrou a dois metros de Bella.

- Ah, você está ai. Como está seu ombro querida?

Bella me fuzilou com o olhar e virou-se para Esme sorrindo:

- Está melhor. Acho que vou dormir, boa noite Esme.

E nisso saiu, indo em direção a casa. Esme me olhou e
perguntou:

- O que você fez a ela?

- Nada, mãe. - eu ainda não fiz nada, Esme. Nada ainda. Pena
que não poderia dizer isso em voz alta.

PDV da Bella

Ok, agora sei o motivo pelo qual tenho medo do Eric. Na
verdade pavor.

Mas teve algo que ele me disse que me deixou em pânico:
Irina foi para Voltera. Se ela abrir a boca, vão descobrir que estou aqui. E
isso é a última coisa que eu quero.

Estava indo para a casa, quando ouço um uivo na floresta.
Reconheço esse uivo de longe...

Fui em direção a ele. Quando cheguei ao local encontro Jake
em sua forma humana.

- Como você está?- ele me perguntou.

- Irritada, apavorada e com uma vontade de matar o primeiro
vampiro que cruzar meu caminho.

- Certo... Mas eu estava falando do seu ombro. - eu ri. Não
importa a hora ou o lugar; Jake sempre me fazia feliz.

- Ainda dói.

- Mas qual o motivo de tanta irritação?

- Eric. - eu suspirei.

- O que aquele sanguessuga fez?

- Nada... Ainda. Não confio nele, tenho medo dele e às vezes
eu me sinto atraída por ele. Mas juro que é só atração. Acho que tem haver com
o fato de ser destinada dele. – suspirei triste.

Jake chegou perto de mim e me abraçou.

- Vai ficar tudo bem. Você vai ver...

- O que eu faria sem você, Jake?- eu perguntei sorrindo.

- O que eu faria sem você, Bells?! Lembra de quando éramos
crianças e juramos sempre cuidar um do outro?

Fiz que sim com a cabeça.

- Pretendo cumprir minha promessa.

- E eu a minha. – me aconcheguei em seu abraço.

Jake e eu caminhávamos para nosso lugar secreto. Uma cabana
no meio do nada. Na verdade no meio de uma floresta.

Várias lembranças vieram a minha mente. Eu e Jake
encontrando esse local, fazendo nossa promessa de amizade eterna, nosso
primeiro beijo, as noites de filmes, as brincadeiras... Tudo de nossa infância
e adolescência.

Jake é e sempre será meu melhor amigo. Um pressentimento
passou por mim, sinto que Jake ainda vai me salvar novamente.

- O que tanto pensa?- ele me perguntou segurando minha mão
enquanto andávamos.

- Sinto que você ainda vai me salvar.

- De você mesma? É, eu sei.

Não sei o motivo, mas por um momento as palavras dele
fizeram total sentido.

- Acho que sim; tempos difíceis estão por vir.

- Ei, eu sempre vou estar ao seu lado. Você e eu somos
melhores amigos, precisamos estar juntos.

- É, mas estou com uma sensação estranha. Acho que estou com
medo.

Jake parou de andar. Ele virou o rosto de frente para o meu,
mas não soltou minha mão.

- Lembra o que você me falou quando eu me tornei lobo e
fiquei com medo?

- O medo é a prova de que somos corajosos, pois sem eles não
podemos vencê-los.

- Exato, sempre que sentir medo pense em mim e nessas
palavras. Onde quer que esteja eu vou estar ao seu lado.

Eu acenei com a cabeça. Mais um pressentimento, eu sabia que
um dia pensaria nisso.

PDV do Edward 

Onde Bella se meteu? Agora sei o motivo de todos chamá-la de
teimosa. Ela está em sérios problemas...

- Ed?- chamou o idiota do Emmet. Sério, o que ele quer?

- Será que essa anta em forma de gente não pode parar de
encher o saco?- perguntou Eric. Eu rosnei só eu posso falar assim com Emm.

- Quieto, seu corno!- falou Emm.

Se Eric pudesse ficar vermelho de ódio, ele já estaria.

- Comprei uma coisinha para vocês, uma para cada.

Esse sorrisinho do Emmet me deu medo, até Eric ficou
receoso.

- Err... legal Emmet!- falou Eric meio com medo meio com
raiva. Até eu estava com medo. - Mas pode dar a minha para o Edward.

Estúpido!

- Nananinanão. É para os dois, quando Bella voltar vai amar.

Que Deus me proteja do que essa coisa que se chama Emmet comprou.

Quase não acreditei quando vi duas cuequinhas na mão dele.
Uma tinha a cabeça de uma cobra, ele jogou para mim. Para Eric ele jogou uma
com a cabeça de um urubu.

- Para o Edward dar o bote certeiro na Bella e para o Eric
ficar só com a carcaça.

Nisso entra Bella na sala. Eu, Eric e Emmet a encaramos.
Jacob estava ao lado dela e Jasper atrás deles.

A boca de Bella estava aberta em um ‘O’ e Jasper e Jacob
riam baixo.

- Pensem por um lado positivo. - falou Emmet sério. - A
coisa não pode ser mais selvagem.

Nisso Bella, Jacob, Jasper e Emmet quase tiveram um ataque.
Bella sentou no chão chorando de tanto rir, Jasper e Jacob seguram a barriga e
sentaram também e Emmet se postou atrás de uma Bella sem conseguir respirar.

Esperto o Emmet, minha expressão e a do Eric era de fúria
pura.

- Você comprou errado, Emm. - falou Jasper sendo o que mais
se acalmou. Os outros três ainda tinham problemas com respiração e no caso dos
lobos lágrimas.

- Por quê?- ele perguntou.

- No lugar do urubu devia ser a águia que come a cobra. -
falou Jacob rindo mais. Bella teve outro ataque de risos.

- Mas cuidado Eric, algumas cobras são venenosas. - Jasper
não agüentou e voltou a rir. Não sabia se ficava chocado com essas palavras
dele ou se ficava chocado por ser ele a dizer isso.

- Do que estão rindo?- perguntou Carlisle. Bella parou de
rir, muito mais calma. Estava com os olhos cheios de lágrimas.

Carlisle olhou os tecidos na minha mão e na mão de Eric e
falou rindo:

- Não deixem Esme descobrir que a casa vai virar uma zona
animal.

Uma gargalhada escapou pela boca de todos. Só eu e Eric não
víamos a graça?

Bella levantou do chão e respirou fundo. Todos já estavam
mais calmos. Emmet olhou para Bella e perguntou:

- Onde você se meteu Bells?

- Fui dar uma volta com Jake na floresta, já que não posso
me transformar fui esfriar a cabeça.- Bella lançou um olhar irritado para Eric,
que sorriu.

O que esse estrupício aprontou?

- E seu ombro?- perguntou Carlisle.

- Está doendo um pouco, nada demais.

- Talvez você não devesse ter dado essa volta. - falou Eric.

- Estava doendo antes. - nisso Bella saiu da sala irritada.
É, ele aprontou... de novo.

PDV da Bella

 Entrei no quarto do Edward e deitei na cama dele.
Estava cansada e preocupada. Sensações ruins rondavam meu corpo e mente. Quando
vi, Edward já estava ao meu lado.

- Não vi você entrar. - comentei olhando a imensidão dourada
de seus olhos. Queria me perder neles, me afogar...

- O que houve para tanta irritação?

Desviei de seu olhar. Não queria falar disso, dizer que fui
fraca e não consegui me proteger sozinha de Eric. Não queria que Edward e ele
brigassem mais, ainda mais por minha causa.

- Quando eu era criança, gostava de fugir a noite e me
enfiar no meio da floresta para me sentir livre. Sempre um lobo acabava me
levando para casa por eu estar perdida. Menos quando ia à clareira.

- Você uma vez me contou quando as marcas apareceram, mas as
odeia. Por quê?

- Pelo mesmo motivo que às vezes me sinto confusa e culpada
por ser uma destinada. Por ter mais em comum com minha avó do que gostaria. -
eu respondi voltando meu olhar para seus olhos.

- Se pudesse escolher, gostaria de não ser minha destinada?

Eu ri. Edward estava sério. O olhei e respondi com
sinceridade.

- Se me fizesse essa perguntar no começo, eu com certeza
escolheria não ser sua destinada, mas agora...

- Mas agora?- ele perguntou sorrindo. Exibido.

Ele riu ao ouvir meu pensamento. Edward rolou na cama e foi
para cima de mim, mas como sou uma pessoa extremamente azarada meu ombro
protestou. Ainda bem que o lobisomem está morto, senão...

- Desculpe. - Edward voltou a se deitar ao meu lado. Eu
suspirei de desânimo. - Aconteceu alguma coisa?

Não conta. Não conta. Conta para o Eric se fuder! Não! Sim!
Não! Sim! Que mal há de fazê-lo se ferrar? Não quero que os dois briguem mais!

PDV do Edward

A situação era pior do que eu imaginava. Bella não sabia se
contava ou não. Sua mente fechada me enlouquecia.

- Bella? O que aconteceu?

- Hãn?

- Não se faça de boba, o que houve?

- Não sei. - ela não sabia? Estou começando a ficar irritado.
Mas vou apelar para que o lado altruísta dela sinta pena de mim.

- Como você diz que me ama se não confia em mim?

Bella ficou parada em choque. Ta acho que eu exagerei.

- É o que você acha, Cullen?- merda, não devia ter dito
aquilo. Uma camada de dor cobriu os olhos castanhos.

- Não quis dizer isso...

- Mas disse. - Bella levantou da cama e saiu do quarto. Eu a
segui.

- Bella, espera. Desculpe-me, eu não sei...

Eric apareceu na frente da Bella no mesmo instante. Ele não
me olhou, se concentrou nos olhos dela.

PDV do Eric

 Escutei Bella descendo as escadas e fui ao seu
encontro para provocá-la. Mas não esperava ver uma linda menina descendo as
escadas com os olhos cheios de lágrimas. Eu a olhei, Bella estava sofrendo.

Senti umador estranha, a dor dela era minha dor.

 PDV da Bella

 Como Edward tem a coragem de me dizer uma coisa
daquelas? COMO? Ele que vá para o inferno junto com o gêmeo dele. Odeio os
dois.

Sou uma idiota em confiar em vampiros. São todos iguais,
talvez os Cullen não... mas os gêmeos são.

E o pior é saber que não consigo odiar o Edward.

- O QUE VOCÊS DOIS FIZERAM?- gritou um Emmet olhando para os
dois vampiros em questão.

- Nada. - respondeu Eric.

- Eu também não. - respondeu Edward.

Ah, então eu ainda sou a garotinha que faz drama à toa?

- Er... não foi nada. - sussurrei chorando e soluçando. E
tentando em vão limpar as lágrimas dos meus olhos. Desde quando sou tão
melodramática? Acho que puxei isso da minha mãe.

- Calma Bellinha, eu estou aqui.- nisso Emmet me abraçou e
perguntou novamente.- O que eles fizeram? Não responda ainda.

Ele olhou para eles e chamou Jasper.

- Jazz, explique para esses dois qual o maior de todos os
pecados que um vampiro pode fazer.

- Um vampiro jamais pode fazer sua destinada chorar. Isso é
pior que qualquer coisa no mundo, a dor dela deveria ser a sua.

- Viram, vocês tem muito que aprender!- falou Emmet. -
Agora, Bellinha, não chore. Eles não valem à pena. Mas me diga, o que fizeram a
você?

- Eles são dois vampiros idiotas e egoístas.

PDV do Edward 

Era só o que faltava, Emmet e Jasper reconfortando Bella.
Isso era cômico, não, não era cômico. Eu a fiz chorar.

O som de um celular chamou nossa atenção. Bella o atendeu:

- Alo? Jess?...Não, eu to com gripe....Port Angeles?...Acho
que vou sim, vou para sua casa em meia hora.

- Onde pensa que vai?- perguntei bravo.

Bella olhou para mim irritada e respondeu fria:

- Caso você tenha se esquecido sou, além de loba, uma garota
de 17 anos que quer sair e se divertir com minhas amigas humanas. Sempre fiz
isso antes de você e não vai ser por sua causa que vou abandonar minha vida de
adolescente. Agora se me der licença quero ir para uma boate em Port Angeles e
me divertir até que elas estejam cansadas, já que eu não me canso. Não tenho
hora para voltar e não se esqueça que você não é meu pai. E até mesmo ele
sempre deixou-me ir, então...

Bella subiu para o quarto deixando a todos nós de boca
aberta. Droga, ela voltou a agir como a loba que não queria ser minha
destinada.

PDV da Bella

 Edward e Eric me pagam. Coloquei uma roupa muito
linda, uma que jamais escolheria, mas tenho certeza que Leah se estivesse aqui
me obrigaria a usar.

Não ia sair pela porta e encará-los, sai pela janela. Como
não estava chovendo decidi ir correndo. Poderia correr de saltos, mas lembrei
de minha época antes de ser loba e tirei os sapatos de salto. Não iria suar,
adoro isso nos genes de loba. E nenhum fio de cabelo sairia do lugar, minha
graciosidade é impecável.

PDV Aro Volturi.

Ela nos espera? Edward, o querido filho de Carlisle a tinha
como destinada? Eric também? Nada, nada chegava para afirmar o que rondava
minha mente. Isso me tediava.

Se ele a queria como premio de tê-la achado e nos entregado,
ele a teria, desde que vivesse conosco. Eric, Eric. Seu nome rondava minha
mente, eu faria novamente um convite a ele de entrar em nossa guarda. Pois
quando recebi sua mensagem, pela inútil devo acrescentar, Irina, me enchi de
orgulho. Nenhum de minha guarda a havia encontrado, houve muitas tentativas
devo admitir. Mas nenhum chegou à exatidão. Nós só tínhamos suposições a fazer.
Achávamos que eles estariam longe, sempre se movimentando em meio as cidades,
países e até continentes, não nos dando chance de os encontrar. Isso me
intrigava. Aquela bela loba, com táticas estratégicas impecáveis. Estar no
lugar mais provável. Sentia-me bobo, eu os havia subestimado. Eles saberiam que
não os procurariam lá, seria obvio demais. E por ser obvio, era perfeito.

- Aro. – disse-me uma voz feminina, reconheci sua voz como
Jane. Virei-me da grande janela a qual observava Volterra. Como ela havia
mudado por entre os séculos! Mas ainda mantinha, o meu tempo. Seu ar medieval
me encantava. Volterra era realmente linda.

- Jane querida. A que devo o prazer de sua presença? – disse
sorrindo a ela.

- Só vim avisá-lo que Marcus, Caius e Sulpicia o esperam.

- Para que me avisar pequena, eu os ouviria a um pequeno
chamado.

- Me desculpe, só não agüentava mais Demetri e os outros
comentando sobre Bella. Ela não me agrada. – ela abaixou a cabeça.

- Não se desculpe com isso – disse calmamente e fui até seu
encontro, peguei com força e rapidez seu queixo e a fiz me olhar. Com toda
minha fúria a disse – Só trate de mudar seu ponto de vista pequena. – lhe olhei
com ódio e em seguida sorri.

- Sim.

Sua maneira idiota de pensar me enojava. Ela ainda possuía
sentimentos? Que perda de tempo. Sua pose dura me agradava, admito. Mas nos
sabíamos que se a convencessem a nos deixar, ela seria uma forte aliada a
qualquer um contra nós. Mais acho isso improvável, sua forte fé em nós a impede.
Ri. Pobre criança. Nós somos o seu deus.

Caminhei até a sala a qual Caius, Marcus e a bela Sulpicia
me esperavam. O corredor era grande e anguloso. Gostava de nossa classe. Éramos
reis. Os reis da maravilhosa e agradável eternidade vampira. Havia peças de
muitas fazes do mundo, das revoluções, das guerras. Oh, as guerras. Elas me
agradavam e ao mesmo tempo me entediavam, afinal as pessoas acabavam morrendo
por si só, e assim não tínhamos a diversão de ver seus rostos distorcidos pela
dor e medo que as causávamos. Tanto desperdício, o medo me agradava, alegrava
devo acrescentar. 

Ao chegar à sala, com sua imponente porta gigante e angulosa
de madeira a abri e me encontrei com Caius e Marcus sentados em suas devidas
cadeiras reais e Sulpicia a posta de pé ao lado da terceira cadeira, a do meio,
a minha.

- Suponho que iremos discutir nossas opções de melhor
abordagem aos transmorfos... – disse indo em direção a cadeira real. Olhei os
Caius e Marcus como um cumprimento e me dirigi a Sulpicia, peguei a mão desta
formosa donzela e a beijei olhando em seus olhos, vermelhos como o sangue que
escorre do pescoço de uma deliciosa vitima -... de modo que possamos trazer a
loba até aqui intacta.

- Sim. – Disse Sulpicia, sorrindo abertamente a mim.

PDV Edward

 Algo não estava certo, algo me incomodava. Sentia que
Bella sumiria a qualquer momento, e isso esmagava o meu novo coração. O que era
entregue completamente e irrevogavelmente a Bella. Até no ódio eu a amava. Até
no momento de maior decisão, em meu momento final. Eu a pertenceria, eu faria
de tudo para salva-la. Era uma promessa, uma verdade, um ponto final, uma
certeza.

Então porque eu sinto que ela pode ser tão facilmente
arrancada de meus dedos? Tão brutalmente tirada de mim?

Porque ela de algum modo seria tirada de mim. Era minha
única e massacrante certeza.

- Aqui está um tédio. Vou dar uma volta. - falou Eric.-
Estou mesmo afim de caçar.

- Melhor os lobos ficarem de olho, ou um humano irá morrer.
- falou Emmet sombrio.

- Vou caçar animais, apesar de que você pode ser considerado
um de tão retardado.

PDV da Bella 

Certo, por onde é mais rápido? Acho que se eu cortar caminho
pela floresta vai ser melhor. Vou fazer isso. Recoloquei os sapatos e fui
caminhando.

Quando estava no meio do caminho ouço um grito humano que
arrepiou os pelos do meu braço. Que foi isso?

Bella, você é uma loba. Certo?

Segui a direção do grito. Foi quando vi a cena lamentável.
Dois vampiros tomavam sangue de um homem. Quando eles terminaram de matá-lo me
viram. Eu realmente sou o azar em pessoa.

 - Ora ora ora, uma loba por aqui. – disse-me um deles,
ele era loiro e seu olhos eram de um vermelho fosco, porém assustador. Ele era
de uma beleza estonteante. E seu rosto compunha lindas curvas. Porém, era um
sanguessuga idiota.

- E que loba. - falou o outro. Sério, será que os homens não
podem ver uma mulher? Será que é problema com o cromossomo ‘y’?

Bem, vamos esquecer esses pensamentos que sempre me põem em
problemas com lobisomens. Ei, eles são vampiros. Minha especialidade. Adoro
matar vampiros. Menos os Cullen, Eric entra na metade que adoro matar. Nesse
momento Edward esta no meio.

Mas existe um sério problema. Não posso me transformar.

- Melhor vocês ficarem longe dela. - essa voz me deixa
arrepiada. Odeio isso no Eric.

- Eric? Protegendo lobos. – disse o mesmo loiro, e o moreno
ao seu lado se aproximou mais.

- Melhor dizendo loba, meu caro Daniel. Uma bela loba... -
como queria me transformar e mostrar que a bela loba pode ser a selvagem loba.

Quero ver isso, loba selvagem.

Eric sai da minha cabeça. Inferno.

Fica ai quietinha que o
vampiro aqui vai acabar com esses dois idiotas.

- Só que a bela loba a quem vocês se referem é a minha
destinada.

Posso jurar que vi os dois vampiros ficarem mais brancos que
o normal. Por que todos têm medo do Eric?

Depois te mostro, princesa.

- Desculpe Eric. Não sabíamos.

Numa velocidade incrível, Eric matou os dois vampiros.

Um foi arremessado para o alto e acabou indo de encontro com
uma pedra grande e pontiaguda, arrancando metade de seu tronco, enquanto o
outro era mordido desmembrado. Eric tacava os pedaços do corpo do vampiro para
todos os lados. Logo depois ele olhou o que se contorcia de dor no chão, porém
já levantava para atacá-lo e o desmembrou, queimou os dois corpos despedaçados.

Devo admitir, o medo que sentiam por Eric, os incapacitou de
realmente lutar com ele.

- Depois dizem que eu sou frio. Você não esboçou uma reação
de pena.

- Pena de vampiros? Nunca.

E de mim?

- Nem em um milhão de anos.

- Hun... posso esperar até lá. – disse-me ele dando um meio
sorriso.

- Espere sentado. - eu retruquei.

- Vampiros não cansam. - era impressão minha ou ele estava
se aproximando de mim?

Eric parou ao ouvir o meu celular tocar. Eu, que não sou
boba, atendi. Valia tudo para escapar dele.

- Bells?- era Jessica.- A Ang ta doente, então não vamos
mais. Você não liga, né? Desculpe.

- Não. - que merda - Tudo bem. Não foi nada Jess, tudo bem.
Er... Tchau. – desliguei o celular, e me virei segurando- o firme na mão. Ia
embora.

O que acha de eu levá-la até uma boate e conversarmos?

- Já percebeu que sempre que você fala que vamos conversar
você acaba me agarrando?

- Hun...- sabe que até que ele tava bonito? Eric sorriu.
Merda de mente aberta. - Prometo que só vou agarrá-la essa noite se você me
pedir.

- Jura?

- Dou minha palavra. – ele se curvou.

- Ok, mas uma gracinha e reze para você estar tendo um
pesadelo.

Ele sorriu e me ofereceu a mão.

Eu passei por ele. O defunto ainda tava de carro.

Ele e Edward tem isto em comum, a ganância por velocidade.
Em dez minutos estávamos em Port Angeles em frente a uma famosa boate.

- Como pretende entrar se é menor de idade?

- Veja e aprenda, meu caro Eric.

Desci do carro e todos os homens da fila me encaram. Eric
pareceu não gostar. Eu cheguei perto do segurança e sussurrei em seu ouvido:

- Sou amiga de Paul de La Push.

- Pode entrar. - o segurança deu passagem livre. Ser amiga
de Paul tem suas vantagens...

PDV do Eric

Tão fácil? Só dizer que conhece aquele lobo idiota?
Hun...Essa loba me surpreende.

Entramos e fomos direto à área vip. Quem tem dinheiro pode,
né? No caso, eu.

Sentamos um de frente para o outro e ela pediu uma Ice,
sorriu um pouco ao atendente, que acabou com uma de que “por conta da casa”.
Ele iria morrer, por conta da casa, isso sim. Pedi uma Ice, para acompanhá-la.

- Por que você odeia o seu irmão?- ela perguntou. Tínhamos
justo que falar do Edward?

- Sempre competíamos. Quem tinha mais atenção dos nossos
pais, as melhores notas, o melhor comportamento, quem era o mais bonito e quem
dava mais amor a nossa mãe...

- Pelo menos eram por boas coisas. - Bella sorriu e eu
retribui. Era incrível como eu me sentia bem com ela. Podia falar tudo.

- Talvez.- sou cruel. Adoro deixar essas dúvidas no ar.- E
você? Sempre viveu em La Push?

- Sim.

- E vai dizer só isso?

- Tenho outra resposta?- ela riu. Que boca mais beijável....

- Não gosta de carro?

- Eu tinha um carro, era antigo, mas eu o amava. Só que dois
recém criados o destruíram enquanto lutavam comigo. Meu pai, então, não me
comprou outro...

- Parece que você sempre acaba se esbarrando em lobisomens e
em vampiros. Principalmente vampiros.

- Devo levar isso como uma ofensa ou elogio?- ela perguntou
timidamente. Coisas nada puras passaram pela minha mente. Coisas como ela dizendo
isso de forma muito maliciosa em meu ouvido enrolada em meus lençóis enquanto
eu a penetro enlouquecidamente.

- Comigo, elogio; com o restante...ofensa. - ela corou.
Ponto pra mim.

- E por que você viveu um tempo com os Volturi?- esperta,
querendo mudar de assunto.

- Bem, acho que foi mais pra conhecer mais táticas de luta e
estratégia. Não sei...mas não gosto de seguir ordens. Por isso parti. – no fim,
a olhei.  

- Somos dois.

- Que não quisemos nos unir a eles?

- Não.- ela respondeu.- Bem, também; mas eu odeio seguir
ordens. É...

- Irritante.- ela concordou. Bella já havia tomado toda a
sua Ice.- Quer a minha?

- Quero, sim.- ela tomou um gole.- Até que você cumpre suas
promessas.

- Sei ser um cavalheiro quando quero. Mas só quando quero...

Bella riu. Como uma mulher podia roubar tanto a minha
atenção? Bella nasceu para eu vê-la, escutá-la e senti-la, principalmente isso.
Ela nasceu para ser minha. E será... será.

- Sabe, quando vi você na floresta fiquei preocupado.- Bella
me encarou séria enquanto eu falava.- Aqueles dois...eles era perigosos. E você
sem poder se transformar...

- Quem diria Eric...Cullen?- eu confirmei com a cabeça.-
Poderia ficar preocupado com uma simples loba.

- Bella, você é tudo; menos simples para mim.- ela corou.
Linda.

- E você está me deixando envergonhada.

Eu ri. Bella era hilária.

- Quer que eu aja como?

- Como uma cara legal que não fica dado em cima de mim.

- Vou ser uma cara legal, mas não garanto que não vou dar em
cima de você.- Bella me olhou brava.- E não adianta me olhar com essa cara,
jurei que não iria agarrá-la; mas não disse nada que não iria seduzi-la.

- Você é inacreditável. – ela mexeu a cabeça, rindo.

- Quer experimentar pra ver que o inacreditável é mais
gostoso?- eu perguntei malicioso.

- E eu pensando que poderíamos conversar como dois adultos.

- Que eu saiba você ainda é menor de idade.

- E pelo que eu saiba você foi transformado com 17 anos
também. Portanto somos dois. E eu saio na vantagem, pois tenho corpo de 18
anos.

- E eu tenho vantagem por ter mais de cem anos em
experiência.

Grande porcaria senhor Eric.

- Vamos embora?- ela pediu.- Amanhã tenho aula e preciso
dormir.

- Falte.- será que fui mandão demais?- Temos mais o que
conversar.

- Sobre o que?

Eu me aproximei dela e sussurrei em seu ouvido:

- Na minha perspectiva um beijo não é agarrar ninguém, mas
sim seduzir.

Antes que ela pudesse dizer algo para me impedir eu a
beijei. Minha boca moveu-se mostrando todo o meu desejo. Bella tentou me
afastar, mas por fim desistiu.

PDV da Bella

Mas que merda é essa? Tentei afastar Eric novamente, mas meu
ombro protestou. Nem meu corpo me ajuda.

Por um lado tenho que confessar, fico impressionada com
tanto desejo de Eric; não é ruim beijá-lo.

Muito pelo contrário. É ótimo. Ele sabe fazer uma mulher
suspirar e gemer de paixão com um simples beijo; e eu o fiz. Ele sabe fazer se
sentir desejada. Ele sabe que eu gosto muito de me sentir assim.

Com toda certeza Eric é um homem que pode fazer qualquer
mulher se apaixonar. E eu estou nessa lista.

Mas...

Existe uma coisa que me impede de querer mais. Uma coisa que
faz com que eu sinta que quero beijar o homem mais sedutor do mundo ( que com
toda certeza é o Eric ) amando outro. E essa é minha situação.

Eu não amo Eric. Amo o irmão dele.

- Eric?- eu o chamei quando se afastou de mim.

- Que foi, princesa?

PDV do Eric

- Podemos conversar em um lugar onde estejamos sós?

- Claro.- eu respondi sorrindo.
Nada poderia tirar minha felicidade de ter ouvido Bella gemer durante o meu
beijo.

Ela era tudo o que eu desejava e
faria tudo, daria tudo para que fosse somente minha.

PDV da Bella

Quando dei por mim, Eric estava parando o carro ao lado da
floresta entre Forks e Port Angeles.

Caminhamos um pouco. Eu na frente. Até que parei de andar e
o encarei. Eric me analisava com aqueles olhos dourados avermelhados.

PDV do Eric

Bella me encarou e suspirou.

- Eric...sabe que qualquer mulher pode se apaixonar por
você. Eu gostaria ser a mulher da sua vida...

- Então seja. - eu a interrompi. Ela balançou a cabeça
negativamente.

- Não posso. Eu sou incondicional e irrevogavelmente
apaixonada pelo seu irmão. Nada no mundo pode fazer eu deixar de amá-lo; nem
minha avó, nem os lobisomens, nem os vampiros e muito menos você, Eric. Não sei,
se alguma vez, você amou Eric, mas minha pele reconhece apenas um toque. Meu
coração é capaz de se expandir e convidar a apenas esse amor. O nosso amor, o
amor entre... eu e seu irmão.- Bella suspirou novamente.- Eu sinto muito, mas
não escolhi amá-lo e não me arrependo disso. Na verdade o amaria mais uma vez
se pudesse voltar no tempo. E você Eric, nunca me terá. Nunca. Pois o amor
maior e mais sincero que eu já senti, sinto, e pretendo sentir por toda a minha
vida, pertence ao seu irmão. Você nunca me terá, por mim Eric. Desculpe.

Bella passou por mim.

- Vamos?- ela perguntou timidamente. Eu entreguei a chave
para ela e falei sem deixar transparecer meus sentimentos. O que sou muito bom.
Afinal, Emmett deu a cobra para o irmão errado; sou eu quem dá os botes.

- Vá na frente, Bella. Eu tenho que caçar.

E Bella se foi. Após meia hora eu gritei. Na verdade berrei
de ódio por Edward existir. Ele não a merecia.

Eu estava errado sobre Bella, ela não era a minha destinada.
Ela era mais. A mulher mais pura, boa e altruísta que já existiu na face da
Terra.

Como que mesmo ela dizendo amar outro eu me apaixonei por
ela bem aqui nessa floresta? Como? E como eu posso estar perdidamente
apaixonado?

Esse amor que eu sinto por ela está presente em todo o meu
ser. Ele me consome, me deixa alucinado e me vicia.

E nada, NADA, poderá fazer Bella ficar com Edward e não
comigo.

Bem que os Volturi poderiam chegar logo....nunca quis tanto
encontrar com Aro e implorar por ajuda.

Céus, por essa loba sou capaz de me humilhar e querer
implorar à Aro.

Voltei para a boate, precisava esfriar a cabeça. Cheguei lá
procurando por minha próxima vítima. Carlisle nem vai perceber, afinal meus
olhos vão demorar um pouco para serem totalmente dourados. Então, ele jamais
saberá que eu matei um humano.

Uma menina, sim menina, de uns 17 anos chegou perto de mim.
Estava totalmente bêbada.

- Edward ou Eric Cullen?- ela perguntou passando a língua
nos lábios de uma forma vulgar.

- Eric. E você?

- Lauren...estudamos na mesmo escola. Sou amiga, bem não
amiga não gosto dela, mas pode se dizer que sou amiga da Bella.

Assinou sua sentença de morte ao dizer que não gosta da
mulher por quem sou apaixonado.

- O que acha de irmos dar uma voltinha?- eu perguntei em seu
ouvido.

- Vamos gato.

Deixei a vulgar dirigir até o meio do mato. Nem sei como
conseguiu dirigir. Quando chegamos, ela desceu do carro dela. Eu sai e a puxei
para o meio da floresta.

Estávamos quase em Seatle. O bom de bêbados é que eles
dirigem rápido.

Ela tentava apalpar meu corpo, mas me mantive o mais
afastado possível. Até que ela desistiu.

- Aonde vamos? Acho melhor pararmos aqui.

Eu tampei sua boca e bebi seu sangue. Era bom sentir o
sangue humano descer por minha garganta. E como eu tampava sua boca, odeio os
gritos e pedidos de socorro, ela se debatia com a dor.

Pouco a pouco  Lauren morreu. Quem mandou não gostar de
Bella?