1. Novo Jacob

Estava em alguma cidade do Canadá, não tinha interesse nenhum em descobrir seu nome e anotar. Corria pela floresta em minha forma de lobo, apesar de não estar perto, ouvia os comentários de todos os outros.

“Jake foi muito idiota, ele devia ter ficado apoiando Bella!” Seth dizia.

“Apoiando Bella? Não mesmo! Ele deveria é ficar aqui conosco!” Paul respondeu.

“Agradeceria se parassem de falar de mim, como se eu não estivesse aqui” Disse já irritado.

“Desculpe Jake.” Seth disse sem jeito.

“Tudo bem, quais são as novidades?” Estava longe, mais isso não significava que eu queria deixar de saber as notícias de Forks.

“Sobre Bella ou da alcateia?” Embry riu.

“Sem brincadeiras Embry, por favor.” Pedi.

“Nenhuma novidade, só que aquilo continua crescendo dentro dela.”

Ótimo, ela não mudou de ideia. Rosnei. Aquele sanguessuga imbecil bem que poderia fazer a cabeça dela, mas parece que gosta de vê-la sofrer. Todos se calaram, continuei a correr, até achar a casa de um velho amigo.

Voltei à forma humana, vesti meu habitual short rasgado e bati na porta. John abriu sorridente. Pude algumas garotas na sala, me olhando curiosas.

“– Hey Jake, por onde andou?”

“– Velando uma amiga.” Respondi e a dor voltou a meu peito.

Bella não estava morta, mas em pouco tempo, iria estar. Saber disso dói mais ainda. Entrei e observei as garotas, todas pareciam vir da mesma família, com as mesmas cores de cabelo, olhos e feições do rosto bastante parecidas.

“– Oh, sinto muito. Vem, vou te apresentar as garotas e depois conversamos direito.” O segui até pararmos próximos a elas. “Esse é um velho amigo meu, Jacob, essas são Fernanda, Mariana e Giovanna, são brasileiras.”

“– Muito prazer em conhecê-las, garotas.” Disse sorrindo.

“– O prazer é todo nosso, Jacob.” Fernanda respondeu retribuindo o sorriso.

“– Agora que já estão apresentados, podemos conversar um pouco Jake, daqui a pouco voltamos meninas.” John disse e piscou quando se referiu a elas.

“– E então, o que quer saber?” Perguntei quando tínhamos nos afastado um pouco delas.

“– Que história é essa de que estava velando uma amiga? Jake nos conhecemos há muito tempo, cara, sabe que pode falar tudo.” Respondeu desconfiado.

“– John, eu prefiro não tocar nesse assunto. Vim pro Canadá com a intenção de esquecer tudo que passei em Forks, e sinceramente, você não está ajudando.”

“– Desculpe cara. Acho melhor você se trocar, apesar de estar seduzindo bastante as garotas assim.” Riu alto.

“– Depois, vamos voltar.” Voltei à sala, sentei ao lado de Fernanda e começamos a conversar.

Apesar de seus olhos serem verdes, ela me lembrava de Bella. Não era tão parecida de corpo, tinha seios fartos e lindas curvas, mas seu rosto parecia o de minha melhor amiga.

Veio então o temido flashback a minha mente: nosso beijo na clareira. Sempre soube que ela pediu o beijo apenas para que eu ficasse, mas só dela ter pedido, me senti completo.

“– Jake? No que tanto pensa?” Nanda perguntou com um sorriso simpático no rosto.

“– Ah, nada que seja muito interessante.” Respondi coçando a cabeça.

“– Já que não quer falar, tudo bem.” Ela disse se levantando, segurei seu braço e ela ficou mais próxima de mim.

“– Não é isso é que... Você com certeza não vai querer saber das minhas histórias com outra garota.” Disse quase num sussurro “Temos coisas melhores para fazer agora.”

“– Temos?” Ela perguntou sorrindo e inclinando a cabeça, assenti e a beijei.

Fomos interrompidos por John e Giovanna, que arrastou Nanda para outro cômodo da casa. Fiquei encarando John de braços cruzados, esperando que ele falasse o motivo do sorrisinho malicioso em sua cara.

“– Algum problema?” Perguntei.

“– Não. Só estranhei o fato de Fernanda ceder tão rápido aos seus encantos, ela não costuma ser fácil.” Eu ri.

“– Tá aí mais uma prova de que eu sou irresistível.” Brinquei.

“– Ok garanhão, lá no quarto de hóspedes deve ter alguma roupa que caiba em você, não demore, estou com pressa.”

“– Posso saber pra onde você quer me arrastar?”

“– Para balada, é claro. Tá achando o que? Que vou levar você pra um motel? Meu negócio é pegar mulher, mano.” Respondeu gargalhando.

Suspirei e subi. Vesti uma roupa qualquer, não sou muito ligado a moda. Virei-me para a porta e dei de cara com Fernanda, num vestido curto e extremamente sexy.

A olhei de cima a baixo por alguns minutos, quando voltei minha atenção para seu rosto, ela carregava um sorriso sapeca nos lábios.

“– Vai demorar muito? Estamos esperando lá embaixo” Disse se aproximando e fingindo ajeitar minha camisa.

“– Não, já estou pronto. Vamos nessa” Sorri e lhe dei um selinho, segurei sua mão e descemos juntos.

Era estranho beijar alguém que não fosse Bella, mas minha vida estava mudando. Escolhi seguir um caminho, e ela não está nele.

“– Pode me dizer por que está fazendo isso?” Fernanda sussurrou em meu ouvido.

“– Isso o quê?”

“– Ficando comigo enquanto seu coração ama outra.”

“– Por que o mais é o mais certo a fazer.”

“– Será possível que só pensa em você? E eu, como fico?”

“– Fica bem, e feliz, comigo.”

A beijei mais uma vez, me sentia bem quando estava com ela, mas não era como se eu estivesse apaixonado, não sentia as mesmas coisas que sentia por Bella.

“– Idiota” Murmurou.

“– Ah, vai dizer que você não gosta?” Perguntei sorrindo maliciosamente.

“– Cala a boca e me beija logo.”

Ri mais uma vez, mas não fiz o que ela pediu. Provoquei-a por alguns minutos – que devem ter sido intermináveis para ela – antes de voltar a beijá-la.

“– Você me tortura sabia?” Ela respondeu sorrindo.

“– É como? Mostra-me.” Retribuí o sorriso e deixei que ela fizesse o mesmo joguinho.

Ela brincou ainda mais comigo, foi bem mais demorado, e sua boca roçando na minha me deixava com mais vontade de beijá-la e reexplorar toda sua boca.

“– Não aguento mais, você está me deixando louco.”

“– Viu, é desse mesmo jeito que você me deixa.”

“– Hm, é um pecado deixar uma garota como você só na vontade, portanto, vamos logo à ação.”

Tentei beijá-la, mas ela desviou sorrindo. E que sorriso.

“– Não, ainda não terminei de brincar.” Riu e mordeu o lábio inferior, me deixando com mais vontade de ter sua boca na minha.

“– Nem tente continuar.”

A puxei para mais perto, segurei forte sua cintura e acariciei seu rosto antes de beijá-la mais uma vez.

“– Chega Jacob, pareço fácil nas primeiras horas, mas não me conquista apenas com um beijo e um olhar.”

“– Quer apostar?”

Mais uma vez ela estava em minhas mãos, cedendo a aquele beijo que eu jurei que não iria acabar tão cedo.

“– Tudo bem, eu desisto.” Sorri vitorioso.

“– Ninguém resiste a Jacob Black.”

“– Convencido.” Riu alto.

Terminei a noite ainda com ela, sempre nos beijando com urgência, mas nunca deixando tudo ultrapassar o beijo, seria apenas isso naquela noite.

Acordei com o sol batendo em meu rosto, as janelas estavam escancaradas e eu ainda não havia me acostumado com o sol do Canadá. Tomei meu banho, vesti meu short – rasgado, como sempre.

“– Bom dia Mary.”

“– Hey Jake, dormiu bem?”

“– Melhor do que eu esperava.”

Depois de dar de cara com Mariana, sorrir e a cumprimentar, perguntei por John e ela me disse que ele não havia voltado da balada. Ri baixo e tomei meu café da manhã.

“– Bom, vou sair com a Giovanna, voltamos mais tarde ok?” Assenti “Beijo, beijo.”

“– Divirtam-se.”

Deitei-me no sofá, cobri os olhos com meu braço e fingi tirar um cochilo, fiquei apenas pensando na vida. Quando abri meus olhos novamente, encontrei uma Nanda animada e sorridente me observando.

“– Pensei que estivesse dormindo.” Disse acariciando meus cabelos.

“– Não, só estava pensando.”

“– No que?”

“– Na vida.” Ela riu.

“– Vou dar uma volta, talvez tomar sorvete, não quer vir comigo?” Hm, convite tentador esse.

“– Vou, é claro. Desço em um minuto.” Subi e me troquei.

Coloquei uma camisa branca, uma calça jeans e um tênis qualquer que achei no enorme closet do quarto. Desci e Nanda já estava pronta, colocou um vestido florido e uma tiara.

“– Vamos?” Sorri, oferecendo o braço a ela, não fazia meu estilo, mas era só para mostrar que sou cavalheiro.

“– Sim” Respondeu aceitando o braço, e saímos feito um verdadeiro casal, ri um pouco com essa ideia.

“– Algum problema, Jake?”

“– Não, nenhum.”

Tinha até um pouco de dó de Nanda, eu ia apenas usá-la, depois que conseguisse o que queria, pegaria qualquer outra na balada. E vai continuar assim, até que achar alguém com que eu tenha um imprinting.

Enquanto caminhávamos, fiquei pensando. Não seria justo usá-la, e além do mais, eu não era assim, mas estava começando a passar por uma mudança de hábitos.

“– Nanda?” Chamei com o olhar distante.

“– Que foi Jake?”

“– Você sabe quais são minhas reais intenções com você, não é?”

“– Claro que sei, e é uma pena que só queira ter isso de mim.”

“– Por quê? Poderia me oferecer mais o quê?”

“– Coisas que você não imagina, mas sei que nada o fará mudar de ideia.”

Estava começando a sentir falta de me transformar em lobo, apesar de não fazer mais de uma semana que parei com isso.

“– Vamos tomar logo esse sorvete, eu quero voltar para casa.” Ela sibilou.

“– Mas por quê?” Perguntei confuso.

“– Nada, só estou cansada.”

“– Nanda, não precisa mentir.”

“– É sério, ah quer saber, desisto do sorvete.”

“– Ei, espera aí.”

“– Quer mais o quê, Jacob?”

“– Você, só você.” Falei com a voz rouca e a beijei com urgência, quando faltou o ar, me separei dela e disse sorrindo. “Acho que também desisti do sorvete.”

“– É, afinal, temos coisas melhores para fazer.” Sorriu maliciosa e me beijou, quase devorando minha boca.

Definitivamente, ela tem atitude. Parou o beijo, me puxou pela mão e voltamos a casa. Entramos já nos beijando, derrubando tudo pelo caminho. Antes mesmo de chegarmos ao quarto, tirei minha camisa e ela seu vestido.

“– Vamos ver se é tão bom na cama quanto beija” Ela sussurrou em meu ouvido e tirou minha calça, juntamente com a cueca Box.

“– Ainda tem dúvidas quanto a isso?”

Primeiramente a deitei na cama, subi por cima dela e enquanto nos beijávamos ferozmente tirei seu sutiã, minhas mãos passeavam por todo seu corpo, a medida que minha boca descia por ele.

Brinquei com seus seios, a ouvia gemer meu nome e chupava-os. Uma de minhas mãos desceu até a sua entrada, ela estava completamente molhada, sorri.

Penetrei-a com dois dedos meus e continuei brincando com seus mamilos, seus gemidos ficavam mais altos a cada toque meu. Levei os dedos até a boca, deliciando-me com seu sabor.

“– Já tirou suas dúvidas?” Perguntei sorrindo e passei a beijar seu pescoço.

“– Não, ainda não te senti dentro de mim.” Respondeu levantando minha cabeça e me beijando.

“– Sem problemas quanto a isso.” Em questão de minutos, estava dentro dela.

Estocava forte e rápido, sempre num vai e vem, entrando e saindo. Ela se contorcia e gemia meu nome, em alto e bom som. Não demorou a alcançar o orgasmo.

“– Agora sim tirei minhas dúvidas.” Ela disse ofegante e eu gargalhei.