Take my hand, I’ll teach you to dance

Pegue minha mão, eu vou te ensinar a dançar

I’ll spin you around, won’t let you fall down

Eu te fazer girar, não vou deixar você cair

You can let me lead, you can step on my feet

Você pode deixar eu guiar, você pode subir em meus pés

Give it a try, it’ll be alright

Tente, vai ficar tudo bem

He Is We – All About Us

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Sasuke narrando ON

Já faz mais de dois meses que o avô da minha Saki morreu, sim, MINHA Saki. Hoje é o nosso aniversário de um mês de namoro, depois dos cinco encontros, eu a pedi em namoro, e nem preciso mencionar que ela aceitou né? Eu me sinto tão bem, e tão mudado, estou há quase três meses sem sexo, mas como dizem, há males que vem para bem, certo? A realidade, é que eu nem sinto falta disto, depois que a Sakura voltou eu percebi que nunca a esqueci, desde os meus seis anos. E que sexo nem é tão importante assim, no final das contas, importante mesmo é ter quem amamos ao nosso lado, e eu amo a Sakura, e vou fazer de tudo para que ela fique ao meu lado.

Eu nunca soube o verdadeiro significado do sentimento amor, para mim sempre foi uma simples palavra e só, mas depois que a minha cerejeira voltou, eu descobri o que é amor, o que é amar, de fato, uma pessoa. A realidade é que eu não paro mais de sorrir, e isto é tão estranho, eu nunca fui tão aberto com as pessoas, e quando estou com ela, quem eu realmente sou vem à tona. O mais estranho foi descobrir que nem eu mesmo me conhecia, nem eu mesmo sabia que poderia sentir isto por alguém, mas às vezes eu acho meio cedo para sair dizendo para o mundo que a amo, por esse motivo nunca disse isto nem mesmo para ela. Mas hoje, como é um dia especial eu vou pela primeira vez me declarar para a Sakura, e vou fazer isto direitinho.

– E aí maninho, será que dá pra parar de babar em cima da mesa? Vai encher de bactérias a cozinha – mas tem certas coisas que nunca mudam, e quando mudam, são para pior, o meu irmão é o maior exemplo disto.

– Hm – foi o que respondi, eu estava tomando café, quando esse traste apareceu para me infernizar.

– Então, quando é que você vai comprar as alianças? – ALIANÇAS? O choque que percorreu meu corpo foi tão grande que cuspi todo o café que estava em minha boca diretamente no rosto de Itachi. Ele me olhou com a pior cara que se pode imaginar, é claro, mas eu não estava nem aí, como assim, alianças?

– C-como? – ele agora tinha um pano de prato nas mãos, secando o rosto, é eu sei, PORCO.

– Sabe, aliança, aquele negocinho redondo e prata que namorados usam. Sacou?

– Preciso mesmo comprar essa coisa para ela? – eu me recusava a dizer o nome daquilo em voz alta.

– Sabe Sasuke, – ele se levantou, deu a volta na mesa e parou ao meu lado com a mão em meu ombro, abaixou um pouco para falar em meu ouvido – VOCÊ É UM IDIOTA! – ele gritou e saiu rapidamente de perto de mim, é claro que eu queria dar uma surra nele, ele voltou novamente para a minha frente, do outro lado da mesa – Vou lhe contar uma coisa agora: meninos decentes, de família, quando querem algo sério com uma menina, lhe dão essa coisa chamada aliança, como prova do seu amor e blá blá blá – disse ele indiferente.

– E como é que você sabe disto? Você nunca teve uma namorada, até aonde eu sei – disse dando de ombros, Itachi ficou vermelho, aproveitei o momento raro.

– Eu até poderia dizer que li em uma revista, – disse ele pensativo com a mão no queixo – mas eu ouvi a mamãe comentando com o papai sobre isto. Ela disse que já estava na hora de você dar uma aliança para Sakura, em sinal de amor e tudo mais, aí o papai disse “na minha época, os namorados davam alianças para as namoradas só depois de terem levado ela para a cama” – nem preciso dizer que novamente cuspi meu café no Itachi – dá pra você parar de fazer isto!? – disse ele indignado, eu até me levantei desta vez. Como é mesmo esta história?

– Desculpa – pedi passando as mãos em meus cabelos, eu claramente estava nervoso – e o que foi que a mamãe disse? – sim, eu realmente estava interessado no assunto.

– Disse que nosso bebê cresceu – disse ele dando de ombros enquanto pegava uma maçã na fruteira e mordia – até mais tarde, bebezão – disse ele saindo da cozinha fazendo biquinho enquanto pronunciava a última palavra.

Será que era mesmo verdade isto que o Itachi havia me dito? Bem, sendo verdade ou não, eu tinha que providenciar essas alianças logo, afinal eu realmente amo a Sakura.

***

Já eram sete e meia da noite e eu me encontrava em frente a porta da casa de Sakura tomando coragem para tocar a campainha. Eu estava vestindo uma camisa social branca com os primeiros botões abertos e mangas dobradas até um pouco abaixo do cotovelo, calça também social preta e sapatos da mesma cor, os cabelos levemente despenteados como sempre. Toquei a campainha e logo ouvi o grito de Sakura dizendo “eu atendo”, quando ela abriu a porta eu devo ter babado. Ela estava magnífica, o cabelo preso em um coque com alguns fios de cabelo soltos em seu rosto, um vestido tomara que caia que ia até um pouco acima dos joelhos de renda com pequenos desenhos de flores cinzas, contrastando levemente com o fundo cor da pele, um cinto fino vermelho marcava a cintura, onde começavam os babados que seguiam até o final do vestido. Nos pés ela simplesmente vestia uma sapatilha da mesma cor do cinto, com um pequeno laço na ponta.

– Está linda.

– Obrigada – ela disse levemente corada. Se tinha uma coisa da qual eu nunca iria me cansar era de como ela corava toda vez que eu a elogiava. Tirei a rosa vermelha que estava escondendo até agora atrás de mim e entreguei a ela, ela corou ainda mais e eu sorri de canto. Com um gesto muito delicado, ela pegou a rosa de minha mão e cheirou-a com os olhos fechados, era incrível como ela era linda e delicada, assim como uma flor de verdade – obrigada Sasuke-kun, é linda.

Coloquei uns fios de cabelo que estavam em sua face atrás de sua orelha e ela se encolheu com o toque, ri fracamente, me aproximei dela enlaçando sua cintura. Colei nossos lábios e quando abri a boca para aprofundar o beijo ela pôs as mãos em volta do meu pescoço. O beijo foi rápido, mas cheio de amor, pude sentir o gosto do gloss que ela estava usando, e era de cereja.

– Vamos – eu disse quando nos separamos do beijo, coloquei minha mão direita em volta da sua cintura a conduzindo até o carro, abri a porta do passageiro para ela, e quando ela se sentou dei um selinho nela antes de fechar a porta. Fizemos nosso caminho em silêncio, era uma surpresa para Sakura, e ela parecia ficar mais ansiosa a cada segundo.

Sakura narrando ON

Já faz quase três meses que voltei para Konoha, nossa vinda que seria temporária se tornou fixa com a morte de meu avô, meu pai teve que assumir os negócios da família e nós continuamos aqui. Para mim estava sendo ótimo, eu estava namorando Sasuke há exatamente um mês, e não podia estar mais feliz.

Mês passado o casamento do Sai com Vanessa aconteceu, foi lindo, me emocionei bastante, e mesmo não gostando muito do Sai, Sasuke me acompanhou. Minha vida havia mudado bastante desde a minha vinda para Konoha, eu tinha um namorado novo, e este sim eu realmente amava. Amigos maravilhosos, como Hinata, Ino, Naruto e Gaara, os quais estão sempre comigo, minha aparência também tinha mudado bastante, qualquer outra menina ficaria super contente em emagrecer, mas a realidade é que eu adorava minhas curvas podendo usar tamanho 38, e agora eu estava usando 34. É, eu emagreci bastante, mas o mais estranho não é isto, qualquer cortinho que eu faça sangra mais do que uma pessoa que foi atropelada por um caminhão, e mesmo que eu cuide de meus ferimentos eles sempre acabam infeccionando, o que é um saco, o pior é que toda vez que isto acontece eu tenho febre e isto é horrível. Além disto, já notei que a parte de dentro de minhas pálpebras estão mais vermelhas, até que é bonitinho e, que algumas manchas roxas vem aparecendo pelo meu corpo, mas como sou uma desastrada nem me impressiona muito isto. Outra coisa que tem acontecido com frequência é a fraqueza e vômito, eu realmente me sinto doente, mas é estranho porque mesmo assim eu continuo feliz. Bem, semana que vem eu tenho uma consulta médica para ver o porquê disto estar acontecendo comigo, mas eu sei que não é nada, só vou mesmo por insistência da minha mãe.

Bem, não gosto muito de falar sobre essas coisas, então vamos ao que realmente interessa, hoje, faz um mês que estou namorando o Sasuke, e eu o amo tanto, sempre o amei, mas parece que depois de ter conhecido seus lábios e o novo Sasuke que ele se tornou, ele é como uma droga para mim. Meu vício, mas é um vício que não tem mais cura, nenhuma clínica de reabilitação vai ser capaz de tirar Sasuke do meu coração. Ele é incrível, e mesmo depois de tanto tempo eu ainda sinto uma corrente elétrica percorrer meu corpo com um simples toque seu. Ele disse que nosso aniversário de namoro seria especial, e que queria que tudo fosse uma surpresa para mim, por isto, estamos dentro de um carro, indo para qualquer lugar, mas o que importa é que ele está comigo.

– Chegamos – disse Sasuke me acordando de meus pensamentos, como bom cavalheiro que sempre foi, Sasuke desceu do carro e abriu minha porta para mim. Não agradeci desta vez, eu estava chocada demais para isto. Simplesmente, nós estávamos na frente do melhor restaurante da cidade, nem sequer vestida adequadamente eu estava para a ocasião, praguejei minha burrice ao vestir aquela roupa. Ele passou sua mão envolvendo minha cintura mais uma vez e entramos no restaurante – Sasuke Uchiha – disse ele para a recepcionista, ele tinha feito até uma reserva, que fofo.

Nos sentamos em nossa mesa, e acho que ela era a melhor do restaurante, ficava ao lado da janela com uma vista linda, dava para ver a lua e ela estava muito brilhante e grande, dava vontade de tocá-la, as estrelas pareciam circundá-la, dando uma harmonia incrível em contraste com o céu negro da noite.

– É lindo, Sasuke – foi só o que eu disse, ele colocou a mão sobre a minha na mesa.

– Achei que você ia gostar – disse ele fazendo uma carícia em meu rosto.

– Eu amei – eu realmente tinha amado. O lugar, a comida que foi servida logo depois, e quando Sasuke pagou a conta nós saímos em seu carro novamente. Paramos em um lugar muito significativo para nós dois, o nosso parque. Sentei em um dos balanços e estava tão feliz que nem percebi que estava cantarolando algo qualquer.

– O que está cantando? – Sasuke perguntou.

– Nem sei – ele veio em minha direção, foi atrás do meu balanço e começou a me empurrar, eu gargalhava, me sentia uma criança novamente, o vento batia em meu rosto levando meus cabelos para trás. Lembrei-me das tardes que passávamos no parque, quando não estávamos no balanço era na gangorra, ou em algum outro brinquedo, até mesmo na areia, nós nos divertíamos com qualquer coisa. Depois de um tempo me empurrando, Sasuke foi até a minha frente, eu continuava rindo.

– Pule – disse Sasuke com os braços abertos a minha frente, neguei com a cabeça – vamos Sakura, eu lhe seguro – insistiu ele, desde pequena eu tinha medo, e ele sabia disto.

– Não – eu respondi desta vez ainda me balançando.

– Vamos Sakura, pule, eu seguro você – não pensei duas vezes, a forma com que ele falou, cheio de carinho, pulei em seus braços, ele me segurou, mas mesmo assim caímos na areia, eu estava em cima dele, estávamos rindo muito. Ele me virou invertendo as posições e me deu um beijo carinhoso, o melhor beijo de todos, pensei. Nos separamos por falta de ar, e logo ele se levantou, me ajudando a fazer o mesmo em seguida. Ele tirou a areia de meu cabelo, e eu fiz o mesmo com ele. Logo ele começou a cantar, uma música que eu conhecia, All About Us do He Is We – Take my hand, I’ll teach you to dance, I’ll spin you around, won’t let you fall down, would let me lead, you can step on my feet, give it a try, it’ll be alright – coloquei meus pés sobre os seus, e enquanto ele cantava, me guiava junto dele. Aquele foi o momento mais precioso, ele era a pessoa mais preciosa de minha vida.

Meus pés sobre os seus pareciam flutuar, ele sustentava meu olhar com doçura enquanto cantava a música. Quando a música acabou eu o abracei forte, ainda me equilibrando sobre seus pés, eu sentia seu cheiro amadeirado em seu ombro e sua respiração descompassada em meu pescoço nu.

– Eu te amo – disse ele depois de um tempo. Era tão bom ouvir isto da sua boca, com sua voz, mesmo eu já sabendo deste sentimento era ainda melhor ouvi-lo declarando isto, me emocionei com suas poucas palavras e uma lágrima silenciosa escorreu por minha face, sequei-a rapidamente.

– Eu também amo você, Sasuke – eu disse ele beijou a minha testa, assim como tantas outras vezes, naquele mesmo lugar.