Naquele dia, teríamos o jogo da Captura à Bandeira. O chalé de Atena ficaria junto com o chalé de Poseidon (que tinha apenas Percy), Apolo, Ares e alguns outros. Estávamos com sorte.

- Preparados? - Gritou Quíron. - VAI!

Começamos a correr e lutar. Eu estava indo bem, estava bem concentrada. Até que senti uma lâmina rasgando minha pele.

- Jennifer. - Eu disse, fria. - Não devia ter feito isso.

- Porque, hein? Eu não tenho medo de você. - Ela disse, abrindo um sorriso debochado.

- Não se engane com a minha cara de anjo. - Eu disse, ameaçadora.

- Que cara de anjo, querida? Sua cara parece mais uma banana podre. - Ela disse, jogando uma mecha de cabelo para trás dos ombros.

- Ah, você quer falar de bananas? - Eu perguntei, abrindo um sorriso sarcástico. - Sabe qual é a minha banana favorita?

- Qual? - Ela perguntou, seu rosto ficando confuso de repente.

- A do Nico. - Eu disse, começando a rir. Antes que ela pudesse processar a piada, disferi-lhe vários golpes pelo corpo, fazendo-a cair. De repente, Nico apareceu.

- E aí, ex-namorado. Como vai? - Eu perguntei, sem baixar a guarda.

- Muito bem, na verdade. É bom viver sem drama. - Ele respondeu.

- Quer dizer que me acha dramática? Olha só isso, então! - Eu disse, disferindo-lhe um golpe. Ele me bloqueou, fazendo nossas espadas tilintarem e faiscarem. Havia muito mais que pura luta naquele momento. Havia ódio reprimido, lutando para se libertar. Depois de muito tempo, ele me golpeou, fazendo com que eu caísse no riacho atrás de nós.

- Você tá bem? - Ele disse, estendendo a mão para que eu a segurasse.

- A-acho que sim... - Eu disse, minha cabeça girando. Eu não estava bem. Haviam dois cortes na minha cintura e três no meu braço, além de um arranhão em meu rosto. De repente, a água ao meu redor começou a brilhar. A água seguiu para meus ferimentos, fechando-os e cicatrizando-os. De repente, não estavam mais ali. Eu me senti forte e pronta para fazer qualquer coisa. 

Nico ainda estava com a mão estendida, então eu a peguei e o puxei para o riacho, me levantando e pondo a ponta da minha espada em seu pescoço.

- Renda-se. - Eu disse. Então, Annabeth apareceu segurando a bandeira do outro time, anunciando nossa vitória. De repente, todos os campistas ao meu redor ficaram sérios, olhando espantados para mim.

- Olha! - Gritavam uns para os outros. - Mas isso não é possível! Ela não é filha de Atena?

- Ela nunca foi reclamada! Era apenas dedução! - Cochichavam outros. Olhei para cima e vi uma luz azul vindo dos céus e apontando diretamente para mim. Havia uma imagem também. A imagem de um...

- Tridente. - Disse Percy, surgindo no meio dos campistas. - Hanna, você foi reclamada! 

- Não... Não pode ser. - Eu murmurei.

Sim. Podia ser.

Eu era filha de Poseidon.