Reviravoltas - Parte 2 escrita por Milka


Capítulo 25
Uma declaração estranha e um adeus


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem! ♥



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Pov. Nico

Eu estava deitado em minha cama sem fazer nada, apenas pensando em Hanna. Em seu sorriso, seus olhos, seu cabelo, sua risada, suas manias, seus dramas, suas safadezas, enfim, pensando nela. Até que avistei uma folha de papel rosa em cima da mesa. Fui até lá e li o bilhete:

Me encontre na floresta, próximo ao riacho! Eu te amo. - Hanna.

Um sorriso bobo e inabalável surgiu em meu rosto. Me olhei no espelho e baguncei meu cabelo. Hanna adorava quando ele estava bagunçado. Puis uma jaqueta de couro e parti em direção à floresta.

Chegando lá, não me deparei com Hanna, mas sim com...

- Jennifer. - Eu disse, surpreso. - O que faz aqui?

- Ah, amorzinho. Você é tão ingênuo. - Ela disse, levantando a blusa e mostrando sua enorme barriga... de plástico?

- Hã? - Eu disse. Ela riu maléficamente.

- Eu não acredito que você caiu nessa. - Antes que eu pudesse processar alguma coisa, ela me encurralou contra uma árvore e encostou uma faca em meu pescoço.

- Me solta, Jennifer. - Eu disse.

- Só se você prometer que passará o resto de sua vida inútil ao meu lado. E dizer que me ama. - Ela disse.

Enquanto isso...

Pov. Hanna.

Eu estava no meu chalé, andando de um lado para o outro, rodopiando como uma bailarina. Percy havia saído com Annabeth. Abri meu armário e resolvi experimentar meu vestido rosa de festa. Fiquei olhando meu reflexo no espelho e pensando se Nico gostaria. Estava eu lá feliz da vida quando alguém entrou no chalé, me assustando.

- Christian? - Perguntei, surpresa. Christian era filho de Afrodite.

- Quieta. Não vou te machucar. - Ele disse, me atacando e amarrando um lenço em minha boca. 

- Hmmm! Huumpf! - Eu grunhi. Não conseguia dizer nada, pois o lenço estava muito apertado.

- Cale a boca. - Ele disse, me pegando no colo e me colocando em uma cadeira. Ele amarrou meus pés e minhas mãos, me deixando completamente indefesa. Um golpe e eu estaria morta. Resolvi obedecê-lo e fiquei quieta. Poderia ser minha única chance.

De volta à floresta...

Pov. Nico.

- Nunca. Eu não te amo, Jennifer. Aceite isso. - Eu disse.

- Se é assim... adeus. - Ela disse, mas antes que pudesse fazer qualquer coisa, eu torci seu braço e arranquei a faca de suas mãos, pondo-a em seu pescoço.

- Eu vou te matar, Jennifer. - Murmurei, mesmo sabendo que não era verdade. Mesmo a odiando, eu não podia matá-la. Ela riu.

- Se eu fosse você, estaria mais preocupado em salvar sua namoradinha nojenta. - Ela disse.

- Onde ela está? - Perguntei, mas ela não respondeu. - ONDE ELA ESTÁ?

Ela não respondeu novamente. Larguei a faca e agarrei seu pescoço com as duas mãos. O ódio tomava conta de minha mente. Eu estava agindo puramente por impulso. Ela começou a ficar sem ar. Eu a estava enforcando.

- Em seu... chalé. - Ela disse, sua voz abafada.De repente, voltei a mim. Larguei-a no chão, minhas mãos tremendo, e saí correndo à procura de Hanna.

- Ela já deve estar morta! - Ouvi Jennifer gritar. Ignorei as lágrimas que invadiram meu campo de visão. Ela não estava morta. Não podia estar.

Entrei correndo no chalé de Poseidon e me deparei com Christian, do chalé de Afrodite, observando Hanna, que chorava amarrada em uma cadeira.

- Hanna. - Eu disse, feliz por ela estar viva. Me virei para Christian. - Solte-a.

- Nico, eu não vou machucá-la! Só queria dizer que... que eu te amo, Nico. - Disse Christian.

- O quê? Você é... - Eu disse, tonto.

- Sim, eu sou gay! E eu te amo, Nico! Eu e Jennifer armamos isso juntos. Ela, por vingança. E eu, por seu amor. - Ele disse, se aproximando de mim.

- Sai de perto de mim! Eu sou hétero! - Gritei, empurrando seu ombro. - Meus deuses.

- Péssima escolha. - Ele disse, colocando a ponta de sua espada em meu peito. - Eu vou te matar.

- HMMPF! HUMMPFT!!!! - Grunhiu Hanna, sua boca amarrada por um lenço. Ela chorava muito. Seus olhos estavam com uma expressão de pavor.

Levantei os braços em sinal de rendição. De repente, Hanna deu impulso e caiu para trás, fazendo Christian se virar para vê-la. Entendi o que ela fizera. Estava tentando chamar a atenção dele. Um único segundo bastou para eu me afastar de sua espada e dar um soco no rosto de Christian, que caiu no chão desacordado.

- Hanna! - Gritei, indo até ela. Cortei as cordas que prendiam suas pernas e pulsos e desamarrei o lenço que prendia sua boca.

- Ai. - Ela disse, examinando os pulsos. Estavam vermelhos e arranhados. 

- Vamos cuidar disso depois. Eu te amo. - Eu disse, dando um beijo em sua testa. Me levantei, mas de repente, Jennifer entrou no quarto. Ela segurou Hanna pelos cabelos e pôs a mesma faca no pescoço dela. Eu já estava indo lá dar-lhe uma surra quando Christian acordou e me deu um soco. Eu caí, mas ainda estava consciente. A espada de Christian repousava em minha cabeça. Um movimento e ele me mataria.

- Acho que ele desmaiou. - Ouvi Jennifer dizer. - Acabe logo com ele, Chris.

- NÃO! - Implorou Hanna, chorando cada vez mais. - POR FAVOR! NÃO MATE-O!

- Então teremos que matar você. - Disse Christian.

- Ótimo. Matem-me. Mas prometam que deixarão Nico em paz. - Ela disse. Eu não podia deixar aquilo acontecer, mas não havia nada que eu pudesse fazer. Se eu me mexesse, matariam a nós dois.

- Nós prometemos. Suas últimas palavras? - Disse Jennifer. Hanna abaixou a cabeça e murmurou, chorando:

- Nico, eu te amo.


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