Eat Food In Seoul escrita por Venus Noir


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Gengeng me pediu pra eu escrever uma HanSung, então... ♥333 E pra Karine dislexa também. sd~ç~ds Enfim, pras minhas superiores todas.
♥ u, guise.
Tá fail, mas é de coração. T_T



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Pararam em frente a uma cafeteria no centro de Seul. Bem charmosa e no estilo francês. Não podia ser mais romântica e destoante com o “visual” daqueles dois mochileiros vindos direto da China para o ano novo que seria celebrado à beira do rio Han. Uma festa memorável e em solo estrangeiro, era o suficiente para render uma boa história que seria contadas em seus mínimos detalhes a seus amigos de Beijing e, mais tarde, a seus filhos e netos.

Todavia, o começo dessa história estava sendo um tanto complicado. Os dois aventureiros estavam perdidos... Não por muito tempo, insistia Han Geng.

Desembarcaram no Aeroporto Internacional de Incheon e, para economizar dinheiro, optaram por um ônibus coletivo ao invés de um táxi. O ônibus os despejara naquela rua sofisticada da zona mais nobre da capital coreana e eles haviam chegado àquela cafeteria por que, além de ser mais fácil conseguir informação em algum lugar comercial, estavam morrendo de fome.

Depois de lá, seguiriam para o albergue onde reservaram um quarto duplo, simples, mas cuja janela dava para o rio famoso. Por hora, ainda estavam naquela rua.

O maior deles se impacientou, adentrando a cafeteria. O outro ainda encarava o mapa que tinha nas mãos, escrito no alfabeto hangul. Na rua, sob aquele vento frio e, contraditoriamente, agradável de inverno seria mais fácil descobrir o que aquele emaranhado de letras e símbolos e tracejados significavam, pensava. Sempre fora apegado à natureza e imaginava que ela podia lhe ajudar, invariavelmente.

Uma ideia pueril que guardava desde criança.

Após uns minutos, se deu por vencido. Seu coreano era meio arranhado e o de seu companheiro de viagem, pior ainda. No entanto, podia se comunicar bem. Era só questão de achar a pessoa certa, alguém que fosse apto a lhe auxiliar. O que não era o caso de Zhou Mi, por certo.

Seguindo o mesmo caminho que o ruivo fizera há pouco, Han Geng tomou o assento à frente de seu conterrâneo, que já bebericava um chocolate quente e que já devorara algumas panquecas. Ele estava faminto, pelo visto.

Han Geng não estava muito diferente, assumia. Antes de chamar um dos garçons, porém, trocou algumas palavras em chinês com Zhou Mi.

“Seu celular já encontrou sinal?”

“Nada. Leeteuk ge deve estar preocupado conosco, nosso voo chegou há umas... hm...”, Zhou Mi consultou seu relógio de pulso, uma expressão franzida em seu rosto. “Três horas. E ele estava bem avisado disso e até agora não lhe demos notícia de vida”

Han Geng encolheu os ombros, e sua testa enrugou-se, na certa era preocupação também, analisou Zhou Mi.

“Será que eles vendem fixas telefónicas aqui?...”

Zhou Mi deu um sorriso radiante, apenas um gesto bem típico de si mesmo que, entre outras coisas, sinalizava que ele ia usar seus talentos de raio de sol travestido de humano para conseguir o que precisavam. Não é como se Han Geng deixasse de censurar isso, ele... só fazia vista grossa.

Erguendo a mão na direção de um dos garçons, foi logo atendido pelo mesmo que anotara e trouxera seu pedido em dois tempos.

Com seu coreano falho e capenga, falou ao homem parado a frente deles – e o fez com alguma dificuldade, mas muita desenvoltura.

“Posso fazer uma ligação de seu telefone?”

O garçom pareceu hesitar. Zhou Mi apelou.

“Por favor?”, ele sorriu um daqueles seus sorrisos de amolecer até o mais duro dos corações. No instante seguinte, o garçom que lhes atendia chamou aquele que aparentemente era o subgerente do estabelecimento e este, com um olhar aéreo e expressão abobada levou o ruivo até o aparelho telefônico mais próximo.

Han Geng soltou um suspiro incrédulo e recebeu o cardápio das mãos do rapaz.

“Legal o seu amigo”, o garçom comentou, em tom amigável.

“Ah, é. Ele é bem... desse jeito.”

A despeito do que seria natural, o garçom não se moveu. Ficou como que plantado ao seu lado, enquanto Han Geng analisava os itens do menu. Achou estranho, é claro, mas talvez fosse algum costume da casa, do país, não tinha certeza, enfim, devia ser um costume.

“Já escolheu?”, indagou o garçom, quase enfiando a cara no cardápio.

“Er... Não?”

“Quer uma sugestão?”

“Claro”

“Jamais coma carne de tartaruga”

Han Geng esbugalhou os olhos na direção do rapaz, que apenas lhe sorriu adoravelmente – quase tão encantador quanto Zhou Mi.

“E vocês tem carne de tartaruga no seu menu?”

O garçom até pareceu ofendido. Han Geng já tinha se convencido de que ele era bizar - ... singular demais para se levar em conta.

“Não! Jamais! Eu nunca trabalharia num lugar que comercializa carne de tartaruga!”

“Então por que...?”

“Um conselho”, o garçom repousou uma mão em seu ombro e Han Geng podia jurar que ele havia deixado um papel cair ali, usando daquele contanto como desculpa. “Um conselho que lhe será muito útil em sua estadia aqui”

“O-obrigado...”

Se é que seu “obrigado” meio gaguejado havia sido uma despedida, Zhou Mi interrompera a conversa mais sem sentido que tivera desde que se tornara um adulto.

O garçom virou as costas, deixando os dois chineses ali.

“O gerente daqui é um amor! Ele me deixou falar com Leeteuk ge e ele meio que brigou comigo, mas está tudo certo. Ele está vindo nos pegar aqui, ele e Dong Hai. Ele vai nos deixar em nosso albergue e nós nos encontramos mais tarde para aproveitar a noite de Seul e... Gege, você está prestando atenção?”

“Claro”

Claro... Você está tão atento a mim como estaria Shi Yuan quando lhe espia enquanto você toma banho...”

“Zhou Mi!”

“Desculpe, gege.”

Silêncio lacônico e então: “Olhe, ge, tem algo no seu colo. Um papel”

Han Geng apanhou rapidamente, mais veloz do que os olhos de Zhou Mi poderiam acompanhar. Antes de enfiar no bolso, leu a letra garranchada e bagunçada que certamente seria do garçom.

Yesung

02 7456-4389

Não comer carne de tartaruga enquanto estivesse em Seul... Sim, sim. De repente, era tudo muito esclarecedor.


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Notas finais do capítulo

dafuq is that...
... dafuq is me