Depois de nossas brincadeiras e danças seguimos para um taxi, deixando uma grande gorjeta para o senhor que tocou, ele agradeceu e nos reconheceu, dizendo que meu pai era um grande homem, e que o reino estaria seguro em minhas mãos, agradeci e sorri enquanto subíamos em um carro levando-nos pra casa, casa um na sua, com despedida com um beijo apaixonado, acho que já estava apaixonada.

Acordei durante a noite, a cabeça começava a doer, o que não era bom lembrar misturar analgésicos e álcool, mas já o tinha feito, coloquei meu roupão, o que nem devia se dar ao trabalho, mas mesmo assim o coloquei fechando com o cinto descendo descalça mesmo, estava tão desligada tanto em dor como em pensamento que nem liguei para a claridade no andar de baixo, a pequena luz das janelas de vidro deixava a luz do luar refletir sobre as escadas ao qual descia, era tão lindo o luar, e eu acho que ainda estava bêbada. Sorri com esse pensamento, sentia falta dos velhos tempos. Perdida nesses pensamentos achei um copo perto da escada, na mesinha com a jarra de água agora quente e a garrafa do uisk, levei comigo entrando na cozinha ficando paralisada.

Parei estarrecida com a cena, deixando o copo escorregar da minha mão com impacto profundo no chão fazendo o barulho de atrito separar os dois, Tânia tinha as mãos dentro da camisa de Dorian, abrindo botão por botão, com seus lábios nos dele, beijando-o ferozmente. Era um choque pra mim ver ele com outra mulher, principalmente ela, aquela que me odeia, que eu abomino firmemente, Dorian não podia fazer isso comigo, não agora depois de tudo que aconteceu.

No momento que eles se viraram, Dorian viu o choque em meus olhos, mas já era tarde de mais, a onda de frieza venho á mim na hora que me virei e caminhei escada acima senti ele me seguir conforme Tânia o chamava, e ele resmungava baixinho quando cheguei à porta do meu quarto, fazendo-o parar logo atrás de mim, seu silencio era receio que minha família escutasse nossa discussão, mas eu não discutiria com ele, o mataria se falasse, puxando-me pelo braço bom virou-se para ele, seu olhar era completamente preocupado, mas seu corpo denunciava a excitação que sentira por aquela mulher tocar nele, os cabelos desgrenhados, lábios vermelhos e inchados, camisa aberta e uma leve marca vermelha no pescoço, batom dela ou até mesmo um chupão.

-        Princesa. – chamou praticamente implorando – Escute-me.

-        Senhor Cales, peço que não ouse mais dirigir sua palavra a mim, e que aja descentemente de baixo do meu teto, e do meu reino, caso contrario estará demitido. – afirmei soltando meu braço do seu aperto – Boa noite.

-        Eva. – chamou novamente quando abri a porta do meu quarto.

-        Princesa Evangeline pra você. – ameacei batendo a porta logo em seguida.

Não deu tempo deu reagir foi só um segundo até uma mão cobrir minha boca e a outra me segurar firmemente contra a porta, em um ato de pressão, estava prestes a gritar com tal ato, quando o rosto que vi fez meu coração pulsar ainda mais forte e desesperado. Noel.

-        Shiii! – sussurrou com o lindo rosto contorcido em dor – Eva sinto muito, muito mesmo, não devia ter deixado você se machucar, não podia os deixar encostarem a ti, por favor, me perdoe.

-        Eva. – chamou Dorian quando me soltei de Noel o abraçando.

O choro saiu sem ao menos eu perceber, estava com a cabeça enterrada no peito de Noel, abraçando-me com força confirme eu chorava por tudo, talvez ele pensasse que eu estaria chorando por causa do atentado, mas eu chorava pela vida, pela minha vida, tudo de ruim tinha acontecido comigo.