Vida De Princesa escrita por Lady Riquelme


Capítulo 39
Capítulo 39 - Surpresa


Notas iniciais do capítulo

Cap pra minha mana Sarah Dark, prometo que farei um especialmente pra ti, esse é só pra contar a surpresa!



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Peguei a arma de sua mão, abraçando-a com a outra, agora machucada, ela havia matado um homem e estava em choque por fazer isso, tentando acalmá-la a puxei do meu lado limpando suas mãos desajeitadamente, raciocinando quanto tempo teríamos até chegar ajuda.

-        Olha Sarah, preste atenção. – disse balançando-a – Você não matou ninguém, fui eu tá, eu os matei, não foi você, preste atenção, se alguém perguntar você vai dizer que os matei em legitima defesa, que um deles te jogou quando veio pra cima de mim, só isso, você não viu como aconteceu, só aconteceu.

-        Mas eu que atirei...

-        Eu sei querida, mas olha pra mim, você não pode ficar com a ficha suja e com sangue nas mãos, eu já matei antes, quando teve o ataque em Los Angeles, ele vieram atrás de mim, não de você, e se tiver mais deles, o que obviamente vai ter, eles virão atrás de mim novamente, e se procurarem vingança é a mim que eles vão achar não você, entendeu?

-        Sim, mas Eva... Eu matei um homem. – chorou nos meus braços.

-        Ele era um monstro mana, merecia morrer, pense que você acabou com um assassino a menos nesse mundo, não pensei que isso é um ser humano, isso não é, o reconheço como o cara que estava me seguindo dias atrás, eu sabia que iriam atacar em algum momento, mas não pensei que seria agora, por isso trouxe o punhal comigo, estava levando pra proteção, mas você foi o empecilho deles pra me levarem e me matarem, você me salvou, e eu estou salvando você. – disse segurando a arma com o punho firme – Quando chegar ajuda, diga o que combinamos, quando você tiver chance limpe suas mãos com álcool, muito álcool, esta com vestígios de pólvora da arma, e isso incrimina você a ter atirado nele, não deixe ninguém fazer exame de pericia em você, diga que esta em choque e chame por Dark, Daniel vai te ajudar, diga a todos que fui eu que os matei isso é pro seu próprio bem.

-        Mas Eva, você não tem pólvora nas mãos. – disse começando a raciocinar.

-        Podemos dar um jeito nisso. – afirmei apontando a arma na cabeça do homem que apunhalei – Feche os olhos.

Fazendo o que mandei, ela não viu os três tiros que acertei no crânio do homem, matando-o instantaneamente, quando escutamos passos se aproximando a puxei para trás de mim apontando a arma pra quem quer que esteja chegando ao local, no momento que o vi entrar na rua correndo na nossa direção, desejei que fosse todos menos ele, Dorian seria o primeiro a descobrir que eu estava mentindo, mas agora a única coisa que eu podia fazer era arriscar.

-        Princesa. – chamou quando continuei com a arma apontada pra ele – Abaixe a arma.

-        Não.

-        Você pode confiar em mim, lembre-se disso. – afirmou dando um passo a frente, fazendo-me engatilhar a arma.

-        Prove. – rugi segurando Sarah firme comigo, sentindo a dor na minha mão aumentar cada vez mais.

-        Naquela noite no chalé, eu prometi pra a você que a protegeria acima de tudo. – disse decidido dando mais um passo a frente.

-        Você não cumpriu o que prometeu. – afirmei quando ele não protegeu meu coração da dor.

-        Eva. – sussurrou parando a minha frente, ajoelhado diante de mim.

-        Não toque em mim, ela que precisa de ajuda. – disse olhando pra Sarah – Fique tranquila, nós vamos ao médico flor.

-        Você esta sangrando. – disse Dorian tocando meu rosto fazendo-me afastar-se dele.

-        Sarah. – contestei fazendo-o pegar ela – Prioridade é ela.

Fazendo o que pedi, ele a pegou nos braços, firmando-a pra cima, quando esta encolheu ao seu toque sentindo dor onde o assassino a machucou, apesar de não mostrar ela sentia o peso da morte em suas costas e isso a deixou ainda pior do que aparentava estar. Levantei cambaleantes, meus joelhos me falhando terrivelmente quando ia ao chão novamente, mas mãos firmes seguraram-me a tempo de meu corpo não chegar ao chão, Ackel segurou-me pondo-me em seus braços, a caminho do carro negro, aconcheguei-me em seu peito quando me carregava para dentre, sussurrando obrigada por ajudar, mas minhas forças foram embora no momento que meu corpo foi colocado no banco traseiro a caminho do hospital.

-        Esta tudo bem. – sussurrei abraçando Sarah novamente – Vai ficar tudo bem.

-        Você esta sangrando. – sussurrou ela tocando minha testa – Ele bateu muito forte?

-        Não. – afirmei mentindo.

-        Ele bateu sua cabeça no chão três vezes Eva, quebrou seu pulso. – informou há Dorian quando deitei minha cabeça no encosto do carro.

-        Estou bem, o mais importante é você. – disse sorrindo enquanto tirava o cabelo do rosto, manchando minha mão com sangue.

-        Princesa. – chamou Ackel pegando uma toalha entregando-me para estancar o sangue que começava a manchar minha blusa.

-        Obrigada, mas acho que não foi nada, só alguns pontos. – avisei sentando firmemente – Sarah.

-        Estou bem também, estou melhor do que você. – ironizou amuada – Tenho que ligar pra Daniel.

-        O senhor Dark já esta sabendo, fora ele que informou para procurar a princesa. – disse Dorian pra meu espanto.

-        Traira. – sussurrei brava.

-        Eva. – brigou Sarah fazendo-me bufar.

-        Vamos logo nesta clinica. – reclamei cruzando os braços.

-        Pelo visto ela já esta bem. – sussurrou uma voz da frente do carro, do lado do motorista.

-        Cale a boca Voltaire. – retruquei pra o garoto loiro.

-        Bem vinda de volta princesa. – riu ele deixando-me pior.

A clinica era formal e moderna, e no momento que o medico nos recebeu todos se reuniram pra ser curvar para a princesa, mas a única coisa que queria era um bando de malucos querendo agradar a mim por causa de um titulo da realeza. Sentei em uma maca enquanto atendia a Sarah cuidando de seus arranhões e marcas roxas no corpo, uma medica chegou a mim tocando minha testa respirando profundamente, dizendo que eu poderia ter dito uma concussão por causa do impacto, que era necessário estar em observação durante vinte e quatro horas, mas neguei estar tão mal assim, decidindo só ficar até que Sarah fosse observada, afirmando que ficaria em repouso quando voltasse pra corte.

-        Mas Princesa...

-        Eva, só Eva. – afirmei sentando-me direito – Estou bem o mais importante é a Sarah.

-        Por sorte esta tudo bem com o bebê. – entrou o médico sorrindo pra nós.

-        Como? – perguntamos Dorian e eu.

-        O feto esta em perfeito estado e a senhorita também. – informou virando-se para Sarah, pra meu alivio e de Dorian também.

-        Estou grávida? – questionou surpresa.

-        Você não sabia? – perguntei rindo – Tem todos os indícios de uma gravidez Sah, suas medidas mudaram e muito, aumento no busto e no quadril te revelaram, e ultimamente você anda enjoando de mais das comidas gordurosas de Clara.

-        Como você sabia? Alguma vez já ficou grávida?

-        Sim, uma única vez. – sussurrei virando o rosto.

-        Desculpe. – sussurrou.

-        O bebê não vingou em meu ventre. – contei pensativa – Tive um aborto espontâneo e nunca mais consegui engravidar, querendo ou não.

-        Eva! – chorou correndo para me abraçar.

-        Esta tudo bem, não era pra ser. – tentei sorrir, contando um fato do meu passado sombrio – Agora o mais importante é você e este bebê, Daniel vai ficar estonteante com essa noticia.

-        Ó Eva! – sorriu abraçando-me novamente.

-        Agora conte isso a ele. – sussurrei fazendo-a se virar para a porta.

Lá estava ele, meu gêmeo com a face transtornada em dor e medo, ele correu para ela a pegando nos braços, como todo casal de filme apaixonado, apesar de admirar o amor deles, tinha inveja de sua felicidade, reconhecia isso muito bem, eles eram felizes com esse amor, e eu não. Virei meu rosto, encontrando um par de olhos negros, perturbando minha alma, Dorian, Dorian, como eu o amava, e você não deu valor.

-        Eva. – gritou alguém e só cheguei a ver os cabelos loiros da minha mãe ao me abraçar.

-        Mãe. Mãe. – chamei respirando com dificuldade – A senhora esta me sufocando.

-        Ó me desculpe filha, tu me preocupaste tanto! – chorou contra mim, tocando meu rosto, braços e pernas – Se machucou muito? Onde dói? Esta com dor? Já cuidaram de você?

-        Mãe. – chamei novamente sorrindo apesar da dor na minha mão, enquanto ela a apertava – Pulso quebrado, uma leve concussão na cabeça e alguns arranhões, isso é tudo.

-        E os assaltantes?

-        Assassinos. – corrigi – Estão mortos, eu os matei, os dois. – afirmei olhando pra Sarah.

-        Sim, você os matou. – sussurrou ela encarando meus olhos frios.


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Notas finais do capítulo

Muitas coisas estão por vir, e vou adiantar que nenhuma delas vai ser boa pra Eva.
Espero review's, senão vou sair xingando todo mundo, leitora fantasmas façam o favor de aparecer e comentar, não vale nada postar sem ninguém comentar!
Xoxo