Vida De Princesa escrita por Lady Riquelme


Capítulo 37
Capítulo 37 - Vivo?


Notas iniciais do capítulo

Surpresa pra vocês, e preocupantes noticias nas notas finais.



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Acordei suando frio, lembrando uma noite alguns anos atrás, uma noite macabra que marcou minha vida, não podia pensar nisso, não agora. Levantei-me e arrumei a roupa que usaria hoje, vestida com a saia um pouco a cima do joelho e blusa fechada e comportada, ultimamente só usava isso, roupas decentes. Penteei meus cabelos em frente ao espelho, o tom loiro platinado deixava meu rosto em evidência, a franja lisa fazia meu rosto ficar mais oval e as maças do rosto mais destacadas, a boca media parecia desenhada com o batom vermelho, os brincos de pérola aparecendo levemente, e a tiara rosa e preta dividindo os fios lisos e loiros, parecia àquelas bonecas de porcelana de tão pálida que estava ultimamente, parecia à primeira vez que saia do quarto depois de tanto tempo, mas já havia saído sem querer, desta vez queria, era necessário.

Peguei minha bolsa, vendo se tudo estava ali, e rumei para fora, o corredor parecia calmo e tipicamente silencioso, nem era tão cedo assim, aposto que vovó esta a tomar seu café da manha com mamãe e Dorian, não o via há alguns dias e isso me deixava agoniada por incrível que pareça, parei no ultimo degrau relembrando um fato do passado.

Observei ele dormir, seus cabelos desalinhados, tão atípico disso acontecer, o rosto sereno, tão tranquilo, que dava vontade de admirá-lo para sempre, deveria ser este o tempo pra nós, pra ficarmos juntos, tão lindo, perfeito pra mim, seus cabelos de tom escuro beirando ao negro da escuridão, estavam tão desarrumados que me fez sorrir, sempre o via aprumado, com o visual perfeito e elegante, mesmo com seus ternos negros e gravatas cinza, olhar misterioso que podem ver sua alma no momento que olhar para você, o sorriso sensual que sempre é um meio sorriso, aquele leve levantar de lábios curvados para o lado, mostrando os dentes alinhados perfeitamente brancos, boca carnuda e nariz empinado, eu podia me perder em seus cabelos, no momento que nos beijávamos e minhas mãos vagavam por ele quando fazíamos amor, gemendo com o contato, estávamos ali, nus naquela cama, ele ressonando calmamente, enquanto eu observava-o com o nascer do sol, como poderia não me apaixonar por Dorian? Como poderia não amar um homem assim?

Voltei ao presente abrindo meus olhos vendo a realidade de meus sonhos materializou-se a minha frente, seus cabelos estavam mais cumpridos do que antes, batiam um pouco a cima do pescoço, penteados pra trás deixando-os firmes, mas levemente levantados, os mesmos lábios agora em uma linha firme como forma de repreensão, e os olhos, há os olhos, observando minha alma com um simples olhar, como eu sentia falta disso, como eu sentia falta dele, mas ele se foi.

-        Princesa. – chamou com a voz rouca e sensual.

-        Cales. – disse levantando a cabeça.

-        Aonde vai?

-        Sair. – comentei despreocupada, tentando passar por ele barrando-me.

-        Pra aonde?

-        Não lhe diz respeito. – avisei, coçando meu pulso em nervoso, estava começando a irritar.

-        Deixe-me ver isso. – pediu pegando meu braço, tirando o bracelete do lugar.

No momento que sua pele tocou a minha uma corrente elétrica passou pelo meu corpo, fazendo-me sentir como antes, quando estávamos juntos, o toque de seus dedos em meu pulso verificou a pulsação latente conforme delineava as antigas marcas de arranhões profundos que havia ali, era estranho isso, nunca soube como me machucara assim, havia marcas idênticas no outro pulso algo como arranhões profundos com o intuito de ferir profundamente a mim, mas quando fui sequestrada e torturada já havia essas marcas, tenho medo de saber que o fez e porque o fez. Afastei meu pulso com impacto, doía essa aproximação com ele, e lembrar o nosso passado não ajudava em nada, peguei minha bolsa novamente, apertando-a contra mim, como se ela fosse repelir a Dorian como eu tentava fazer, mas não foi necessário antes de tentar me afastar ainda mais dele, ela entrou jogando seus cabelos ruivos pra trás e sorrindo pra ele, virando-se pra mim jogando um olhar mortal, simplesmente a ignorei e passei por Doria e Tânia dizendo até logo rumando pra porta.

Cheguei à casa do casal antes mesmo das oito em ponto, a casa era grandiosa em seu tamanho, um lugar para ficarem enquanto eu estava aqui, e tinha certeza que as paredes de um tom azul claro e janelas brancas eram ideia de Sarah, e logo a parte de dentro com o tom mais escuro era ideia de Dark, tão logo que entrei a governanta me guiou para o jardim onde estes estavam tomando seu café da manha ao ar livre. Era tão fofo ver os dois juntos a tomar o desjejum, Sarah estava rindo enquanto dava uma torrada com geleia na boca de Dark, ele a olhava com tanto carinho que pensei nunca o ter visto assim, com Clara fora diferente, ele era mais um capacho daquela paixão adolescente que a infância o provou, mas agora ele era o homem que amava a mulher, e em breve teriam seu final feliz, como todas desejam em seu conto de fadas.

-        Chegou cedo mana. – disse Dark sorrindo.

-        Vim buscar sua noiva para a primeira prova do vestido. – sorri para ele.

-        Ó meu Deus! Já meu vestido está pronto? – perguntou Sarah eufórica.

-        Sim, os dois, tanto o do casamento quanto o da festa. – afirmei rindo – Bordados e costurados a mão, não poderia deixar que mais ninguém fizesse essa obra de arte, a não ser a mim.

-        Ó Eva! – disse correndo pra mim abraçando-me – Obrigada! Obrigada por tudo!

-        Eu que agradeço por fazer meu irmão feliz. – confessei abraçando-a fortemente.

-        As duas mulheres da minha vida. – disse Dark fazendo a gente rir.

-        Pensei que sua mãe era a mulher da sua vida. – ri puxando-o para o abraço junto.

-        Ela é, mas vocês também são. – sorriu abraçando-nos apertado – Minha irmã e minha esposa.

-        Gostei de como isso soa. Esposa. – suspirou Sarah virando-se para beijá-lo – Meu marido.

No momento que eles se beijaram eu me afastei para deixá-los nesse momento, meu celular apitou, tocando o som da chamada e o numero desconhecido do visor fez com que eu atendesse curiosa, mas a voz que me chamou do outro lado da linha fez meu coração pular.

-        Eva. – disse ELE.

-        Noel?! – perguntei segurando o fôlego – Você está vivo!


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Notas finais do capítulo

Sim pessoal o nome dele é Noel, usei o trocadinho no começo da fic, quando ela o chamou de senhor Noel, como se ele fosse o Papai Noel, e agora depois de tentarem matar ele, ele vai ajudar ela a sair disso, porque nem tudo que parece é.
*
Informação Urgente
Estou disposta a apagar a Saga do Nyah por não ter review's suficientes para continuar e preparar a história pra sequência do livro, já cansei de pedir pra comentarem e não adianta implorar pra quem não se importa com ela, então a partir de agora as leitoras estão de aviso se caso não comentarem estarei excluindo Encantada Transformação e Vida de Princesa para que a história pare no ponto alto, desde que começou perdi leitoras e comentários, o que não adianta continuar postando se não reconhecem meu trabalho de escrever, adiantei que estarei publicando o livro até o final do ano, e se Deus quiser a sequência (Vida de Princesa) também será lançada, por isso estarei terminando a fic mais rápido, mas com a mesma quantidade de capitulos da história anterior.
Agradeço aquelas que leem a fic, e se me permitirem estarei mandando o livro em pdf pra elas se quiserem continuar com a leitura, o primeiro já está pronto, e dedicado a minha primeira leitora ele seguirá para as bancas assim.
Aviso que se não receber review's suficiente em cada capitulo, a história da Eva acaba por aqui, não é uma ameaça, mas estou farta de pedir para as leitoras fantasmas comentarem, eu mereço um pouco de consideração, por isso tomei essa decisão.
Agradeço vossa atenção.
Kammylla Krysthin Bareiro.
*
Xoxo