Shadows escrita por Carbonieri


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Bom, ontem (dia 3 de janeiro) foi meu aniversário. Reviews de presente, por favor.



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Cair já é ruim, cair de sei lá eu onde pra eu não imagino o lugar é bem pior. Parece que levei uns bons dez minutos pra parar de cair, quando dei de peito no chão. Levantei aos poucos, bati a poeira da roupa e olhei em volta, a cerveja que tomei devia estar muito podre.

Pense num lugar quente, e com cheiro de enxofre, um cheiro absurdo de enxofre. Estava no meio de uma ilha de pedra vermelha, com uma estalagmite enorme no centro, eu já nem sabia o que esperar. Dei um tapa na cara pra acordar, não acordei.

-Vamos, Nikki, acorda. Eu não to no inferno, eu não morri.- Eu tinha acabado de fazer 18 anos, cara, eu não podia ter morrido do nada. Foi quando eu tive certeza que não tinha morrido, mas que ia morrer em breve. Um barulho desgraçado atrás de mim, o cheiro de enxofre aumentou em mais ou menos trezentos mil por cento, me atrevi a olhar devagar pra trás, preferia não ter feito isso. Uma sombra de mais ou menos, MAIS OU MENOS, três metros surgia do chão, formando um rosto estranho no meio de tanta fumaça, me afastei uns passos e cobri o rosto, não queria descobrir o que era aquilo, não queria mesmo.

-Nicholas, então finalmente chegou a hora. – Ah pronto, agora a sombra enorme com cheiro de enxofre sabia meu nome, me afastei mais, com os olhos arregalados. – Eu sei seu nome, sei tudo sobre você, sei de todos os seus segredos e tudo mais, posso dizer até quem é seu pai se quiseres, sei seu destino, sei de tudo, garoto.- A voz dele soava muito grave, mas muito aguda ao mesmo tempo, arranhava meus ouvidos.

-E quem é você, por Deu...- Um soco de sombra me atingiu e eu cai no chão meio atordoado, mas não doeu, na verdade eu nem senti o golpe.

-Não ouse repetir esse nome aqui. Sou seu pai, sou o pai das sombras, sou o que chamam de anti-cristo.- Meu pai era o demônio, galera, até depois. – Pode não acreditar, mas você não tem mãe, foi criado pra decidir o destino do mundo, o apocalipse da bíblia, é você, você é o apocalipse.- Muita coisa podia se encaixar nisso, mas eu não podia acreditar no que ouvia, cara, era o demônio falando que era meu pai e tudo mais.

-Eu não acredito nisso, devo estar sonhando. Me explique tudo então, se sabe de tudo, me explique tudo o que preciso saber.

-Então tudo bem, Nicholas. Te criei pra me salvar, o reino dos céus, ou luzes, como preferir, vem fortalecendo seu exército há muito tempo, eles tem anjos, arcanjos, querubins e tudo mais. Eu não. Eu tenho alguns no meu reino que lutaram com você, as sombras. Você nem se quer humano é, por isso sonhava com muitas coisas estranhas, por isso a luz sempre te incomodou, por isso nunca conseguiu por as mãos na bíblia e ler o nome Dele sem fraquejar, você é o filho do Demônio, garoto, VOCÊ é o Anti-Cristo. Você é quem vai escolher entre deixar a luz destruir a humanidade ou entre o caos, eu e você, garoto.

-E se eu não decidir entre nenhum dos dois?- Eu desejei durante muito tempo não ter perguntado isso.

-VOCÊ TEM QUE DECIDIR! Não deixe as luzes dominarem tudo, todos sofrerão, tudo começará de novo, todos morrerão. Eu quero que todos vivam como quiserem. Anarquia, sem leis, sem tudo o que a humanidade segue. Preciso mostrar que a sombra não é tão ruim quanto pensam.- Eu estava vendo o quanto podem ser bonzinhos.

-Então eu tenho poderes e tal? E quem era aquele louco na lanchonete?

-Sim, tem. Precisa desenvolve-los ainda, vai levar algum tempo. Era Gabriel, o braço direito Dele. Ele em si está dormindo, desde que criou o mundo, Gabriel é, no momento, Deus. Ele precisa eliminar você, com você do meu lado, os céus não tem chances. Seja lá de que lado estiver, é mais forte que eu e mais forte que Ele, portanto é um perigo. Foi feito de sombras, se escolher o lado da luz, é bem provável que morra. Permaneça do meu lado, garoto, fique e lute.

-Não posso lutar com as mãos. Eu acho.

Ele sorriu, juro por tudo que ele sorriu. Levantou as mãos e falou umas dúzias de palavras em latim, não entendi nada, nada mesmo. Uma armadura formou-se em volta de mim, era cravejada de diamantes pretos e brilhantes, a estalagmite a minha frente estourou, revelando um cabo azul. Ele fez um movimento com a mão, para que eu seguisse em frente, assim o fiz. Coloquei uma mão em volta do cabo e puxei para cima.

Uma espada negra, fosca, se revelou da pedra. O cabo era azul, muito azul e a lâmina muito negra, era linda. Eu me sentia bem daquele jeito, me sentia forte e como se nada pudesse me parar, dei um sorriso um tanto frio enquanto olhava para a lâmina, eu era então uma ameaça para os dois reinos.

-Estou do seu lado então. 


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