Monossacarídeo escrita por Ciborgue Folks


Capítulo 5
Todo Mundo Mente


Notas iniciais do capítulo

Dizem as estatísticas que meu número de leitores caiu drasticamente u.u
Geeeente... O que aconteceram com os reviews ? o.o'



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UHUUUU! Adivinhem só? Mello boy magia acabou de morrer.

Tá tendo um boato aqui que Jesus vai defender ele no tribunal celestial. Eu só digo uma coisa: se ele conseguir uma passagem do Mello pro céu eu vou pro Monte de Sião jejuar com Moisés por três dias.

Palavras de game boy.




15 de abril de 2004


- Matt?

Algum monitor novato me chamou do lado de fora da biblioteca – porque com aquela voz brochante, só podia ser novato.

- Roger está te chamando na sala dele.

Rapidamente imprimi uma papelada que daria um livro do Harry Potter e saí correndo, antes que o velhote fosse ele mesmo checar o que eu estava fazendo naquele computador desde as duas da manhã.

Toc, toc, toc...

Essa foi a onomatopéia tosca de eu batendo na porta entreaberta da diretoria. Não obtendo resposta, deixei as folhas impressas escondidas atrás de um grande jarro de flores no cantinho e entrei.

- Sua mãe não te ensinou a esperar a resposta das pessoas depois de bater na porta?

- Bem, tecnicamente... Eu sou órfão.

Roger foi admitido no trabalho depois de provar que a única coisa que ele odiava mais que crianças, era trabalhar com elas. E por infeliz destino, eu era uma criança com cara de bolachão por ter madrugado na porra de um computador a mando do Mello.

- Você me parece bastante exausto.

- É só uma demonstração de prazer por estar nessa sala.

- Pois bem... Vamos direto ao assunto. – juro que pensei que íamos sentar e tricotar – L me pediu que notificasse seus sucessores de que ele chegará daqui a uma semana. Você poderia me fazer esse favor, Matt?

Segundo Roger, eu não tinha a mínima aptidão para ser sucessor de L, porque aparentemente eu não tinha nem mesmo um motivo. Mas isso era tudo lenga-lenga daquele velho. Eu tinha mais que um motivo. Eu tinha cabelo.

E é claro que eu havia aprendido que os oprimidos de hoje são os fortes de amanhã, por isso eu evitava ser atacante no time de futebol para não chegar aos trinta anos dirigindo um táxi. Então, numa lógica, se eu não me esforçasse para ser um nerdizão, daqui a vinte anos a geral ia estar mais ou menos assim:



Imaginação mode on/ 20 anos depois

Mello esparramado no sofá, com uma arma na cinta e cercado de mafiosos:

- A faturação de venda de armas em Israel subiu para 30% depois da vetação do pedido da OLP. Hei querida! Me traz um uísque.

Porto-riquenha gostosona, tipo Olivia Wilde, passa com bandeja cheia de copos vazios:

- É pra já pappy. – #CaraDeSafada.


Near comendo caviá numa mesa gigantesca dentro duma manção gigantesca:

- Há um posicionamento de tropas xiitas ao leste e sunitas em cento e oitenta graus ao oeste; a queda bélica dos EUA impedirá que ele ajude a Síria e...

Mulher gostosona estilo ninfa-dos-bosques, tipo Arwen, comendo Coq Au Vi:

- Querido, tire os soldadinhos da mesa!


Eu, gordo, com uma mulher parecendo a Preta Gil do lado, comendo doritos e jogando diablo 27832543246:

- Corre, bate! X,Y, chuta! Cadê o arco? Cadêeeeee?

O Complexo do Alemão todo gritando:

- DESLIGA ESSA PORRA! TÁ BOTANDO TERROR NA COMUNIDADE!

Ou seja: ser sucessor de L = ser foda.

Continuando...

Depois disso, eu peguei a papelada escondida e fui atrás do Mello na enfermaria.

Calma gente, ele NÃO ESTAVA matando o Near.

O B.O era que, segundo os médicos, o cérebro do Mello era viciado em alta dosagem de energia, ou seja, depois de um tempo seu corpo começou a torrar toda a energia que o chocolate poderia oferecer a ponto de beirar a hipoglicemia. Então, como não podiam diminuir a glicose (porque isso lhe daria um belo de um infarto) e também não podiam aumentar o nível de insulina (já que os níveis de glicose estavam normais, o que o corpo de Mello não sabia), meteram-lhe uma dose de desmopressina – ou: aquilo que toma aqueles velhos paranóicos que acham que tem hipoglicemia, mas não tem.

Quando eu cheguei na enfermaria, o Mello estava sentado todo comportadinho em cima da maca enquanto um homem desconhecido aplicava a injeção. Tipo... Um homem...

E AS ENFERMEIRAS GOSTOSAS? CADÊ?

- Hei ruiva, chega mais!

- Quem é essa criatura extra-terrestre deportada dos Monstros S.A? – sussurrei.

- Tá falando o médico?

- Médico? Que porra de médico! A enfermaria não precisa de médico nenhum! Cadê a Sra. Giddens?

- Ba-bau Sra. Giddens.

Imaginem o Ashton Kutcher depois de cheirar umas boas. Era assim que o Mello estava.

- Tanto faz! Agora... Adivinha quem vem visitar nóis semana que vem. Uma dica: insônia.

- Samara Morgan?

- Quem?

- Cabelo.

- O que? Que cabelo?

- Calma aí, você tá falando de quem?

- Do L.

- O que tem o L?

- Tá vindo visitar a gente.

- Aaaaaah tá! Entendi.

Efeitos colaterais de desmopressina: náusea, tontura, blá, blá, blá... Leve retardadamento nos impulsos cerebrais.

- Ótimo! Quer dizer que não temos muito tempo. Vem comigo!

- Epa, calma aí Bus LightYear, o infinito e além pode esperar a gente um pouco. Tenho que falar com o Near.

O Mello fez uma cara tipo você ao descobrir que seu melhor amigo tem a coleção inteira dos CDs do Molejo. Como ele estava apressado – e doido – fez questão de ir, ele mesmo, dar a notícia. Com aquela delicadeza bem característica, abriu a porta da ex-sala da Sra. Giddens e gritou:

- Hei Madame Chantilly! L tá chegando semana que vem.

E aí me pegou pelo braço e saiu me arrastando até o quarto, enquanto Near ficou com uma cara de... A mesma cara de sempre.

Enfim. A gente chegou no quarto e Mello me empurrou para dentro, dando uma olhada no corredor para ver se tinha algum abelhudo passando por ali. Depois ele fechou a porta, tirou um chocolate do bolso e começou a comer (lê-se: estraçalhar o pobre do doce).

- E aí? O que você encontrou?

- Bem... – comecei, checando a papelada – Depois de ficar a noite inteira hackeando um milhão de sites restritos, eu consegui entrar no sistema do orfanato e adivinhe?

- Agora é Samara Morgan?

- Não! Antes da Sra. Giddens vir trabalhar no orfanato, ela trabalhava no departamento de diagnósticos do Trauma Center Hospital.

- O Trauma Center é um os melhores hospitais da Inglaterra. Por que ela parou de trabalhar lá?

- Segundo os registros da polícia...

- Hackeu os registros da polícia?

- Com licença?

- Continue.

- Obrigado. De acordo com os registros da polícia a Sra. Giddens enfrentou um julgamento em 1998.

- Por quê?

- Aqui diz que ela quase perdeu a licença por causa de receitas médicas falsas...

- Calma aí! Ela não era enfermeira?

- Departamento de diagnósticos não te faz lembrar nada? Tipo médicos super qualificados?

- E bem, por não perder as licenças me leva a pensar que estava sendo encoberta por alguém. A menos que as receitas não tenha sido para os pacientes.

- Segunda opção. Ela falsificava receitas para si mesmo.

- Faz sentido. Por isso que ela não foi aceita em nenhum hospital. Roger e ela deviam ser amigos.

- Calma aí Sherlock, ainda não cheguei na parte mais interessante.

- Continue Watson.

- Na outra ficha... – continuei pegando outros papéis – Ficha médica; consta que ela falsificava remédios psicopatológicos.

- O que nos leva a minha parte. Quando a Sra. Giddens estava limpando o sangue do meu nariz eu peguei isto do jaleco dela. – disse, apanhando um frasco de medicamentos do bolso traseiro.

- Aripiprazol? – tipo... O remédio era grego? – Como pode saber se isso era dela?

- Lembra o que a Sra. Giddens sempre fazia enquanto estava na enfermaria?

- Rodar na cadeira. – caiu a ficha – Ela tinha ansiedade, que é o principal efeito colateral de anti-psicóticos.

- Além disso o Aripiprazol é um anti-psicótico para psicose leve e a curto prazo, mas, para não deixar que isso transparecesse, a Sra. Giddens receitou para si mesmo um remédio mais forte. Quando Roger aceitou que ela trabalhasse aqui, provavelmente exigiu que ela voltasse a usar o remédio. – se Mello não fosse mafioso, seria médico.

- O remédio forte aliviava os sintomas de psicose, mas devia ter muitos outros efeitos colaterais. Deve ser por isso que os colegas de trabalho dela desconfiaram e resolveram fazer um exame de sangue para comprovar.

- Ou simplesmente checaram na bolsa dela.

- Parabéns Dr. House.

- Essa não é a melhor parte caro Wilson.

Ele abriu o frasco e tirou uma pílula, daquelas meio molengas, de lá de dentro. Cuidadosamente Mello inclinou-a para o criado-mudo e partiu-a no meio. Momento tenso. Não havia nenhum pó de substâncias diluídas.

- Um placebo!

Sinal sóbrio, definitivo, de que havia alguém por trás do momento alok da Sra. Giddens. Alguém muito, MUITO esperto.

- Aparentemente a suspensão súbita do medicamento pode ter causado um ataque de psicose súbito. Isso explicaria o estado em que estava o nosso quarto.

- E também o jeito como ela me tratou enquanto eu estava com você na enfermaria. Mulher das cavernas!

- Mas... O que será que ela estava procurando aqui?

- Eu não sei. – suspirei – Felizmente, L vem aí.

Mello me lançou um olhar tipo Asa Butterfield como Mordred, me sacudiu pelos ombros e fez a voz mais O Vingador que ele podia.

- Escute Matt, L não pode saber do que aconteceu. Temos um prazo para resolver isso. Um prazo de sete dias.

Bem... Isso era estranho.

Não querer resolver algo juntamente com o L tinha como adjetivo algo maior que estranheza. Era ‘loucureza’.

- Por que não quer que L saiba? – perguntei, estreitando os olhos.

- Porque não.

- Sabe, pessoas acabaram se ferindo por causa disso. Até onde eu sei, o seu maior arquiinimigo também se feriu.

- Está achando que fui eu?

- Me dê um motivo para ter certeza que não.

- Eu...

Suas palavras foram interrompidas, pois Mello tampou a boca com a palma das mãos, como faz as pessoas que sentem náusea profunda. Ele tentou falar novamente, mas não conseguiu. Particularmente, eu achei que era só cu docismo dele para fugir do assunto, mas quando sua íris sumiu a là Lilith, soube que alguma coisa estava errada.

Mello desmaiou nos meus braços...

Okay, isso foi duma viadagem terrível, mas foi o fato. Ele estava gelado.

- Mello?

Um segundo... Dois segundos... Três segundos.

- Mello? – chamei novamente, estapeando-o que nem o capitão Nascimento no povão do morro.

Quatro segundos... Cinco segundos... E bem... Se você achou estranho alguém cuspir sangue no segundo capítulo dessa narração, vai pasmar agora quando eu digo que Mello, literalmente, espumou pela boca.

Aí a coisa pegou.

- MELLO! AJUDA! ALGUÉM ME AJUDA AQUI!

SOCORRO!



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Notas finais do capítulo

O título desse capítulo é em homenagem ao Dr. House por ele ser foda e por eu mencionar tanto a série (sem falar dos medicamentos).
Enfim, venho informar que a fanfic vai entrar em hiatus, porque eu vou viajar para uma roça chamada "interior da Bahia" e só volto depois do carnaval. Então bye darlings :*



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