Passaram algumas semanas após a declaração de Carlisle, eu entendia cada vez mais o mundo dele, suas dores, sua história, ele também me contou de uma família chamada Volturi, na qual ele se juntou por um tempo, mas não entendi muito bem o resto... Ainda sou novata no ramo vampiresco.

Edward ainda não tinha voltado, o que me deixava extremamente preocupada, pois tinha medo que a tentação por humano seja mais forte que os ensinamentos de Carlisle, ainda não entendo porque ele quis nos deixar.

Ainda me lembro daquelas palavras “É A ÚNICA MANEIRA DE ME REDIMIR POR SER O QUE SOU!”... Se redimir? Mas por quê? Nós só matamos animais que sabemos que estão em grande número, assim ninguém suspeita de nada, pelo menos eu acho isso.

Eu estava distraída quando me acabo tomando um susto por Carlisle estar atrás de mim rindo da minha espontaneidade em caretas de horror.

Carlisle- Viajando novamente? Ele me perguntou rindo. Por que eu nunca consigo ver ele chegando em casa? E alias, por que ele gosta tanto de me dar sustos, isso não tem graça, pelo menos pra mim para Carlisle era divertido já que sou perita em caras de susto.

 Esme- Carlisle! Por que você adora me dar sustos, isso não tem graça! Disse brincando com cara de zangada, cruzando meus braços e olhando para qualquer lugar da sala menos para ele.

Carlisle- Desculpe Esme, mas parece que você se diverte tanto no mundo imaginário de Esme que eu tenho inveja. Carlisle as vezes parece louco, como ele pode ter inveja de ver uma pessoa viajando nos pensamentos? Todo mundo faz isso... Eu acho.

Resolvi abrir as cortinas, já estava a noite e a sala estava só com algumas luzes de canto acesas mas havia uma bela lua cheia pairando através das janelas enormes daquela casa que não pude conter em querer visualizá-la.Fitei a lua, enquanto Carlisle colocava sua maleta em cima de uma mesinha que havia no canto, marrom com detalhes em estilo barroco.

Dei um suspiro e olhei para ele, desta vez estava com um olhar triste e ele percebeu o que logo fez uma cara de preocupação ao ver meu estado. Ele ia começar a perguntar quando eu o interrompi fazendo uma simples pergunta na qual ele já sabia que eu ia perguntar a qualquer momento.

Esme- Edward vai voltar?

Carlisle começou a andar em minha direção e meu deu um abraço por trás e com sua mão direta apontou para a bela lua que estava iluminando a casa mais do que a luzes que estavam ligadas. – Está vendo aquela bela lua? Edward deve estar se guiando por ela, quanto mais distante a lua ficar de nós Edward também vai ficar, e quando ela estiver bem próxima novamente, quando quase pudermos tocá-la como agora, é quando veremos nosso menino de volta.

“’Nosso menino”

Quando eu ouvi aquela palavra eu me lembrava desse menino me chamando de mãe, meu lindo menino, que agora esta confuso e cheio de dores por não saber seu lugar no mundo, eu só espero que ele não se machuque mais ainda tentando se entender. Mas ao mesmo tempo me bateu uma sensação boa, eu lembrei que Edward estava feliz com a minha chegada, e as brincadeiras bobas dele com Carlisle dizendo “finalmente encotrou a metade da sua laranja Carlisle, agora podem ser um suco”. Eu ri ao lembrar das besteiras dele.

Coloquei minhas mãos sobre as dele e sorri, assentindo tudo o que ele me falava. – Seja quanto tempo for nós iremos esperar ele não é?

Carlisle-  Nós iremos esperar nosso menino. E ficamos olhando a lua por um bom tempo assim.

Eu podia ficar assim por séculos, mas o telefone tocou e Carlisle retirou-se com delicadeza para atender ao telefone.

Carlisle- Residência Cullen...É ele mesmo que esta falando... Certo estou indo para ai o mais rápido possível...Até logo. Ele desligou o telefone e foi novamente pegar a maleta e um jaleco medico novo. – Vou ter que atender uma emergência no hospital mais volto o mais rápido possível tudo bem?

Esme- Carlisle não me precisa dizer aonde vai, eu confio plenamente em você.

Ele riu, e isso me deu medo, ele vai para o hospital certo? Que bobeira Esme! Desconfiando do homem que salvou sua vida, Olha onde chegamos!

Carlisle- Não se preocupe não tem nenhuma enfermeira vampira, e eu prometo não transformar ninguém, palavra de vampiro.

Esme- Você me disse uma era para eu nunca confiar em um vampiro. Olhei para ele com cara de vitoriosa, ele não tem como retrucar essa.

Carlisle- Eu disse qualquer outro vampiro, não o seu marido!

Esme- M-meu o-q-quê?

Carlisle- Seu marido. Nisso ele me deu um breve beijo nos lábios e saiu pela porta rindo, enquanto a minha cara estava novamente de desenhos para crianças, boba, quando percebo que Carlisle abre a porta novamente e olha pra minha cara. – Eu venci. Fechou a porta com um breve sorriso torto que parece a marca dos homens desta casa e a cara de vitoriosa, disse já volto e novamente fechou a porta. Ouvi o carro ligando e o vi indo embora em sua Mercedes preta.

Carlisle gosta de me provocar com suas brincadeiras, até parece que eu estou com ciúmes. Mas ainda não entendo... Meu marido? 

Resolvi esperar Carlisle, já que ele não iria demorar mas eu já estava ficando faminta, precisaria caçar logo mais.Fui para a biblioteca ler algo para me distrair, fui andando em varias fileiras de livros a maioria de medicina.A biblioteca era toda de madeira escura mais muito fina, parecia que havia sido limpada hoje o que era totalmente impossível pois ninguém entra lá a anos com o Carlisle me disse uma vez.

Acabei vendo uma pequena caixa muito linda, era de cristal, e estava cravado o nome de Carlisle Cullen e outra igual como nome de Edward Cullen, fiquei bastante curiosa, mas não sabia se poderia fazer tal coisa.Abrir uma coisas deles sem permissão? Mas minha curiosidade não me deixou em paz então não me contive em abrir a caixa de cristal, Havia uma pequena maçaneta na caixa, então a girei e novamente fiz as minhas caras de criança, desta vez era de surpresa. Aquilo era um...