Mais Uma Vez escrita por Lily Fairy


Capítulo 1
Capítulo 1




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O sinal batera anunciando o início das aulas do 1º turno. A turma ainda encontrava-se, minutos depois inquieta pela ausência do professor. Ele não era do tipo que se atrasava. Era sim um professor exemplar, ao pé da letra, por assim dizer. Desde então, não se passa muito tempo para que o professor chegue.

O mesmo para encostado à porta e fica a observar os murmúrios, talvez inquietos e resmungões dos alunos que ainda não se deram conta de sua presença ali e para ser franco – Pensa ele – não se importaria nem um pouco em ficar ali apenas como se fosse um criado mudo, escutando as simples conversas sem sentido, inúteis na maioria...aliás, pensando melhor, ele se importa sim!

-Bom dia.

-Bom dia!!! - Pronuncia a turma em uníssono.

O professor deposita em cima da mesa suas coisas e volta a falar como se houvesse esquecido de algo.

-Ah e Yamazaki, dou-lhe dois pontos se disser mais uma vez o que disse anteriormente, você é muito corajoso.

-Oh professor, desculpe eu...

-Perderá cinco da próxima vez em que abrir a boca desnecessariamente.

O mesmo, após apagar algo que havia sido escrito no quadro branco, retorna à sua mesa sentando-se por fim.

O professor Taisho abaixa a cabeça levando suas mãos às têmporas, massageando-as por alguns minutos, refletindo sobre algo talvez, enquanto é interrompido por uma aluna, bem à sua frente.

-Professor, o senhor está bem?

-O que disse? - Embora parecesse aéreo, seu tom frio conseguiu tirar a respiração da aluna.

-Eu...perguntei se o senhor está...b-bem...

-Ah sim estou. Algum problema?

-Não.

-Que bom.

O professor se levanta e começa a dar algumas voltas pela sala, como se pensasse em algo a dizer à turma.

-Vocês são muito jovens ainda. Terão que passar por muitas coisas, muitas experiências boas e outras um tanto amargas.

Despreocupadamente, o mesmo retorna, colocando-se novamente à frente de uma turma confusa, agindo como se despertasse de um transe.

-Mas mudando de assunto, já que na semana passada encerramos o período pré-budista, hoje começaremos com... - A partir daí, enquanto vai ditando, o professor escreve de forma ágil no quadro branco o tema central de sua aula - ...A Formação do Império!

Após o sinal indicando o término das aulas, alguns alunos saem e outros permanecem enquanto recolhem o seu material. O Professor Taisho fazia algumas anotações quando sem querer avista alguém passar do lado de fora de sua sala.

-Ei Higurashi! Kagome! - A garota para olhando para os lados a procura de tal chamado.

-Higurashi, pode vir até aqui por favor?

Um tanto hesitante, Kagome entra não entendendo a atitude do professor; A esta altura, já não havia ninguém além dos dois.

-Diga-me, como tem passado? Seus pais, seus irmãos?

-Estamos todos bem, professor obrigada. - Sorri ela.

Embora esse não fosse o seu feitio, o mais velho com tal pergunta procurava achar uma forma de saber uma única coisa sobre uma única pessoa.

-Hum... e sua irmã? Como está Rin? - Kagome em algum momento indagou-se se não era mais fácil perguntar diretamente sobre sua irmã. Ele sempre procurava saber sobre ela, embora demonstrasse pouco caso todas as vezes em que tocava no assunto “Rin”.

-Ela está bem, mas já faz alguns meses que não a vemos, apenas nos falamos por telefone. A mesma coisa de sempre, sabe?

Ela anda muito ocupada.

-Ah claro. Pode ir agora se quiser. - E o professor volta a guardar seus pertences.

-Eu já vou então.

Ao dar um último passo para enfim sair da sala...

-Kagome, por favor!

-Sim professor? - Responde enfadonha.

-Você poderia fazer um favor para mim? - Caminhand0 até Kagome, o mesmo lhe entrega um envelope de carta e diz: - Pode entregar a Rin por mim? Não é nada demais, mas entregue por favor.

-T-Tudo bem... - Ela pega o envelope e torna a guardá-lo consigo despedindo-se e tentando sair dali o mais depressa possível.

Minutos mais tarde, o professor encontrava-se caminhando em direção à sala dos professores. Porém, quando ia tocar na maçaneta da porta, pronto para abri-la, o diretor saindo de uma sala que ficava no final do corredor, não muito distante dali, interrompe chamando-o.

          - Sim?

-Está livre por livre, não está?

-Sim senhor. - Responde em seu tom casual.

-Podemos conversar? Venha até minha sala, por favor.

Ao entrar, Sesshoumaru aguarda até que o diretor faz um gesto indicando que o mesmo se sentasse.

   -Entendo que esteja passando por uma fase ruim, eu lamento. Mas aqui dentro, aqui em minha escola, - apontando com o dedo indicador para baixo, em direção à sua mesa – qualquer um de nós deve deixar nossos problemas de lado. Sabe disso não sabe professor? -Tenho total conhecimento disso, Sr. Kushida, mas não sei onde quer chegar. Aliás, eu passando por fase ruim? Onde ouviu isso diretor? -Não vamos entrar em detalhes, você sabe do que estou falando. - O diretor dá uma pequena pausa e … - O que está acontecendo com você? Sempre foi um de meus melhores professores, sempre dedicado ao seu trabalho, aos seus alunos... mas agora parece não dar a mínima para o fato de aparecer para dar aula ou não. Às vezes falta, não dá satisfação, os outros professores comentam... -O que acontece comigo é exclusivamente da minha conta – Corta em seu costumeiro tom frio – Mas sabe diretor, foi bom ter tocado no assunto. Aproveito a oportunidade para apresentar a minha demissão – Declara o mais novo, sobressaltando o diretor. -Não pode fazer isso Sesshoumaru!! Não pode!!! Precisamos de você, não pode deixar sua turma!!! -Não posso como já estou fazendo. Arrume outro professor de História.

O soco dado na mesa pelo diretor Kushida não foi o suficiente para fazer quem estava do outro lado mudar de ideia. Ou, se achava intimidá-lo com tal atitude, enganou-se embora fosse difícil identificar algum tipo de reação, boa ou ruim, no rosto do professor. O mesmo encontrava-se ali, impassível olhando para a figura à sua frente, enquanto este buscava alguma forma de acalmar-se. Ora respirando fundo, ora fechando e abrindo os olhos, o Sr. Kushida volta seu olhar para Sesshoumaru e pergunta-lhe:

           -Tem certeza de que realmente quer isso? Tem certeza do que está fazendo? Estou tentando dar-lhe uma chance. Mais uma chance.              - Sim diretor. - Responde o outro calmamente. - Agora se me der licença, tenho que ir. Depois retomaremos esta conversa, temos algo a acertar. Até mais.

Sesshoumaru, com um aperto de mãos retira-se deixando um certo diretor atordoado.

E então, jogando seus pertences no banco de trás, Sesshoumaru entra em seu carro dando partida, considerando o seu tempo ali encerrado.

Fim do 1º Capítulo.


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