POV Carlisle

–Só podes estar a brincar comigo, certo? CERTO??

Eu ia responder, mas Edward não me deu tempo e continuou aos berros.

–Nós não podemos chamar mais atenções sobre nós! Os Volturi já estão de olho em nós! Estás a arriscar a vida de todos ao trazeres para as nossas vidas esta rapariga...A tua função devia ser tomar conta de nós, ser responsável, não ter estas atitudes estupidas....

–Edward, não trates assim o teu pai.-Bella interviu e como sempre conseguiu acalma-lo um pouco.

Fez-se uns segundos de silêncio, que tenho admitir ter sido um silêncio bem pesado, e Edward voltou a falar:

–Carlisle, porque é que ela estava sozinha no meio da floresta?

Eu sentei-me no sofá e Esme veio para o meu lado, dei indicação para me seguirem no gesto, e eles assim o fizeram.

–Eu transformei-a cá em casa e quando ela acordou, nós tentámos explicar-lhe o que aconteceu, mas ela parece que é um pouco cética, então não aceitou...

Edward saltou do sofá e começou novamentea berrar:

–Boa, boa...Agora temos mais uma Rosalie! Não lhe bastou uma?-ele olhava-mefurioso, mas com um sorriso muito irónico.

–Edward...

–Edward, NADA! Eu não sei quanto a vocês mas eu já estou farto de ter de lidar com a dor e com o rancor de pessoas que não queriam esta vida, que TU transformaste só porque sentes que não as podes deixar morrer! - Ele gritava e apontava-me o dedo como se me quisesse bater, e pela primeira vez na minha existência eu perdi a cabeça.

–Ah, nãooooooooo! Respeitinho garoto! Não me venhas tentar dar lições, meu menino! Muito menos apontando-me o dedo dessa maneira! - eu estava totalmente furioso, quem pensa ele que é para me dizer o que devo ou não fazer!

Senti Esme a meu lado a tentar acalmar-me, ai como eu a amo...Respirei fundo e olhei à minha volta. A minha neta estava encolhida ao colo de Jacob, Bella olhava-me de boca aberta, Esme estava preocupada, notava-se pela sua expressão. E, Edward, bem ele não se mexia e olhava-me como se estivesse a ver um fantasma. Ninguém o mandou se meter comigo hoje!

–Liguem ao resto das pessoas e digam-lhes para voltarem imediatamente. Temos de decidir para onde nos vamos mudar.

Pequei em Crystal, que ainda estava no mesmo sítio e estado em que foi deixada no sofá, e levei-a para o quarto.

POV Crystal

Depois de que caí naquele vazio, cheio de dor, eu não sabia onde estava, não sabia que dia era, que horas eram ou o que iria fazer daqui para a frente.

Só me conseguia lembrardo acidente, da dor que me consumiu, daqueles estranhos que diziam ser vampiros, e dos meus pais, que tinha quase a certeza que estavam mortos, e tudo por minha causa.

Senti-me ser carregada algumas vezes, mas sinceramente, não me conseguia focar o suficiente para conseguir perceber para onde estavam a levar.

Passaram-se dias, ou talvez meses, não sei, até que me consegui libertar das correntes que me prendiam ao fundo desse poço.

Ao levantar-me percebi que estava numa cama, num quarto muito bonito. Tinha as paredes pintadas de branco, uma daquelas cadeiras de meia lua que são penduradas no teto, preta, a cama era enorme, a colcha era vermelha e os lençóis pretos, de seda. Havia ainda uma secretária de madeiar escura, igual à da cama, em cima dela estavam um computador potátil vermelho, um iphone branco e um tablet preto, todos da apple.

Levantei-me da cama e dirigi-me a uma das três portas que exitiam no quarto, e dei com uma casa de banho extremamente luxuosa, com banheira de imersão, jacuzzi, chuveiro e o resto das coisas normais de uma casa de banho.

Então dirigi-me à porta seguinte e, UAU...Nunca tinha visto um closet tão grande!

Olhei para mim e vi que estava de camisa de dormir, então escolhi um vestido preto, bonitinho, roupa interior e fui para a casa de banho tomar um duche.

Depois do banho, e de ter escolhido umas sandálias de salto raso saí do quarto, decidida a explorar o resto da casa em que me encontrava.

Entrei num corredor comprido com muitas portas e ouvi vozes vindas, provavelmente do andar inferior. Procurei umas escadas e encontrei-as a meio do corredor. Desci-las muito lentamente, para não fazer barulho, não sabia quem poderia lá estar. Então encontrei nove pessoas.

Uma baixinha veio a correr para mim.

–Bom gosto, também adoro esse vestido.

A sério? Estava no meio de uma sala desconhecida, rodeada por pessoas desconhecidas, exeptoos supostos Carlisle, Esme e Edward, e é isto que me dizem, que gostam do vestido que estou a usar?

–Olá para ti, também. Sim estou bem e sim apreciava muito que me dissessem onde estou.- disse cheia de sarcásmo, olhando para todos á espera de uma resposta.

–Olá Crystal, nós estamos em Inglaterra, mais precisamente, nos subúrbios de Londres.- disse o suposto Carlisle, esperem eu estava onde???????????

–Ele não é o "suposto" Carlisle, é mesmo o Carlisle. E antes que também aches que eu sou o "suposto" Edward, eu sou o verdadeiro Edward...- disse o rapaz da cara de prisão de ventre, com um olhar que dizia " Eu não gosto de ti, por isso não tornes as coisas mais dificeis".

Ele não disse mais nada portanto deduzi que ele não tinha conseguido ler os meus pensamentos.

Bem e seu pensar de uma maneira mais intensa?

Cá vai: " Bem eu também não gosto de ti, não é nada de pessoal, mas não gosto de cornos com cara de prisão de ventre, não fazem mesmo nada o meu estilo..."

Ele rugiu e saltou-me em cima. Sim, ele desta vez leu-me a mente, KKKK.