Say You Dont Want It escrita por Lana


Capítulo 27
16 anos depois...


Notas iniciais do capítulo

Tá aí epílogo pra vocês gente *---* Espero que gostem! Boa leitura ;D



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Epílogo: 16 anos depois...

– Mamãe, mamãe! O Matt ‘tá me abusando! – uma menininha choramingou do lado de Hermione. Ela até parecia um anjo; tinha a pele clara, cabelos loiros com algumas ondulações, olhos cinzas e a boca rosada. Hermione se ajoelhou para ficar no tamanho da filha e sorriu docemente para ela.



– O que ele fez, meu amor? – ela perguntou.



– Ele ‘tá escondendo as minhas bonecas! – ela acusou o irmão, apontando para ele. Hermione voltou o olhar para o filho e em seguida levantou-se, indo em direção a ele – que estava sentado no sofá lendo um livro aparentemente muito entretido com o mesmo.



– Matthew? – Hermione o chamou; ele olhou para a mãe rapidamente. – É verdade que você estava escondendo as bonecas de sua irmã?



Matthew estreitou o olhar para a irmã, que estava se escondendo atrás das pernas de Hermione, e depois respondeu a mãe.



– Sim, mas ela estava toda hora me impedindo de terminar de ler meu livro! – ele exclamou. Hermione cruzou os braços. – Deve ser porque está com inveja, pois eu sei ler melhor que ela. – Matthew disse em deboche, mostrando a língua para a irmã em seguida.



– Não faça isso com a Charlotte, Matthew. – Draco disse com a voz dura, entrando na sala. Matthew se encolheu no sofá rapidamente. – Agora eu quero que os dois peçam desculpas um para o outro.



Hermione até parecia estar vendo Draco no lugar de Matthew. O filho poderia ser a sua cópia fisicamente – tinha cabelos castanhos curtos ondulados e olhos castanhos – mas a personalidade era completamente vinda de Draco.



Timidamente, Charlotte andou em direção ao irmão. Matthew demorou alguns minutos para fazer alguma coisa, até que levantou-se do sofá. Os irmãos ficaram se olhando por algum tempo, e então Draco tornou a falar.



– E então? Estou esperando as desculpas, e o abraço. – ele disse, tentando não rir ou sorrir com aquela cena. Hermione se aproximou do marido e sorriu para ele.



Não demorou muito para Charlotte e Matthew se abraçarem. Apesar de brigarem bastante, era visível o amor que eles sentiam um pelo outro.



– Me desculpa. - os dois sussurraram na mesma hora.



A diferença de idade entre eles era de três anos; Matthew tinha onze anos, e Charlotte tinha oito – porém eles eram bastante próximos. Logo, os dois já estavam dando gargalhadas um com o outro e sorrindo, nem parecia que há poucos minutos tinham tido uma discussãozinha.



Draco abraçou Hermione e deu-lhe um selinho demorado. Puderam perceber os filhos olhando aquela cena, e quando se separaram, Charlotte disse ingenuamente:



Argh. Que nojo.



– Espero que continue pensando assim até seus 38 anos, filha. – Draco disse fazendo Hermione rir.




:::

Hermione abriu os olhos preguiçosamente e bocejou. Sentou-se na cama e se espreguiçou. Demorou alguns minutos para se levantar, e em seguida abriu a cortina, fazendo os raios de sol invadir o quarto e Draco se remexer na cama, mudando de posição algumas vezes. Hermione riu.



– Acorda, dorminhoco. – ela sussurrou no ouvido do marido. O loiro apenas afundou mais o rosto no travesseiro. Hermione revirou os olhos e começou a fazer cócegas nele, até que ele finalmente abriu os olhos e encarou-a com a testa franzida.



– Hoje é sábado. – o loiro murmurou fechando os olhos novamente.



– Sério? Nem sabia! – ela disse sarcástica. – Acorde logo, Draco. Você sabe que Clare, Alicia e Gina virão hoje para almoçar aqui, e as crianças vem também. – ela lembrou o marido, que não moveu um músculo.



Hermione revirou os olhos mais uma vez e foi em direção ao banheiro. Tomou um banho quente e demorado. Saiu do banheiro com a toalha enrolada no corpo e encontrou Draco deitado na cama ainda. “Que homem mais preguiçoso!”, Hermione pensou. Foi até o guarda-roupa e escolheu uma roupa confortável. Um vestido branco com alguns detalhes em lilás, tomara-que-caia e que batia um pouco acima do joelho. Calçou uma sapatilha cor da pele.



– Que mulherão hein... – Draco disse malicioso. Hermione arregalou os olhos e virou-se para ele. O loiro ainda estava deitado, só que estava observando-a atentamente sabe lá desde quando.



– Draco! Estava me observando esse tempo todo? – Hermione perguntou divertida, porém corada. Nem depois desse tempo todo casada com ele sua timidez passou o diminuiu. O loiro assentiu com a cabeça sinicamente e em seguida deu-lhe um sorriso malicioso. – Agora não, Draco. Por favor.



Draco suspirou derrotado e levantou-se da cama, indo em direção ao banheiro.






Alicia, Gina e Clare já haviam chegado com os seus respectivos filhos e maridos, e todos já estavam sentados à grande mesa – pelo menos os adultos, as crianças estavam na sala, brincando. Eles já haviam almoçado e agora estavam colocando a conversa em dia. Draco estava completamente entretido com Harry, Rony e Eddan – provavelmente estava conversando sobre quadribol –, enquanto Hermione estava conversando com as amigas sobre as crianças.



– Eu nunca vi Natalie tão animada desse jeito. – comentou Alicia. Como já era de se esperar, ela se casou com Eddan e eles tiveram uma filha chamada Natalie (que tinha puxado à Alicia em todos os sentidos), esse seria seu primeiro ano em Hogwarts. Clare sorriu para a amiga e falou:



– Quando Richard e Hugo estavam indo para o primeiro ano em Hogwarts eu estava achando que eles iam colocar fogo na casa de tanta felicidade. – ela disse fazendo as amigas rirem. Clare e Rony tiveram gêmeos e não estavam pensando em ter mais nenhum filho, esses dois conseguiam deixar eles loucos. Eram, basicamente, a cópia completa de Fred e Jorge. Eles já estavam indo para o terceiro ano.



– Lá em casa está a maior confusão. Tiago e Alvo não conseguem trocar uma palavra um com o outro sem começar a brigar. – Gina disse suspirando. Ela teve três filhos com Harry, sendo Tiago o mais velho, Alvo o filho do meio, e Lily Luna a caçula – que tinha a mesma idade de Charlotte.



Os dois primeiros não conseguiam viver em completa paz. Tiago estava indo para o segundo ano, e apesar da diferença de idade entre o irmão ser de apenas um ano, ele se considerava um adulto.



– Isso logo passa, Gina. É só uma fase. – Hermione disse para a amiga. Elas continuaram conversando por um longo tempo, até que o sol se pôs dando espaço para a lua. Incrivelmente, a lua estava três vezes maior do que o normal, fazendo o brilho da mesma ser ainda maior.



Todos saíram da casa e foram em direção ao jardim, para conseguir olhar melhor. A cena era realmente muito linda. As estrelas resolveram aparecer também, deixando tudo ainda mais bonito.



As crianças começaram a brincar animadamente no jardim, enquanto os pais estavam parados, contemplando o show da lua. Harry estava sussurrando alguma coisa no ouvido de Gina, enquanto a abraçava por trás; Eddan estava de mãos dadas com Alicia, enquanto apontava algumas constelações que ele conhecia; Rony e Clare estavam dando selinhos apaixonados e de vez em quando Rony dizia alguma coisa engraçada fazendo Clare rir.



Draco colocou o braço em cima do ombro de Hermione, puxando-a para perto de si. A castanha sorriu com a atitude dele, e abraçou a cintura do mesmo, enquanto sua cabeça estava encostada no peitoral dele. Hermione fechou os olhos e se permitiu passear por lembranças.



– Harry, eu sei o que você quer fazer. Não faça.”

“– Querida... Tudo vai ficar bem.”



“– Pode chorar se quiser.”

“–O Harry... o Harry morreu, Hermione.”

– Draco Malfoy é o nosso informante?!”

“– Voldemort tem um herdeiro e ele não irá descansar até encontrá-lo.”

“– Eu te amo.”

“– Eu também te amo, Draco.”

O tempo nunca fora um aliado para Hermione nem para Harry ou Rony – principalmente para Harry. Para eles, o tempo sempre for escasso, raro. Qualquer minuto ou até segundo perdido era um terrível desperdício. Até parecia que a vida deles girava em torno de um relógio gigante, que sempre estava mais adiantado do que os outros.



Mas, apesar disso, o tempo nunca fora um inimigo. Ele ajudou corações partidos a se curarem, cicatrizes a se fecharem, corações sem esperança a terem fé novamente. Então, na verdade, ele era um aliado. Ele mostrou que mesmo quando você está à beira de um precipício, sem nenhuma vontade de viver, uma luz vai te salvar. Uma luz no fim do túnel, por assim dizer.



O tempo é o que podemos chamar de pregador de peças. Ele ama fazer isso, com todo mundo, sem exceção. E, portanto, não seria diferente com Hermione, não é mesmo? A castanha deu um pequeno sorrisinho enquanto se lembrava da época em que poderia jurar de pé junto que nunca odiou tanto alguém como odiava Draco Malfoy. E aí vem a parte irônica: esse sonserino de cabelo loiro e olhos frios e misteriosos acabou virando sua luz. Acabou salvando ela de todas as maneiras.



Uma lágrima brotou dos olhos de Hermione. Não era uma lágrima triste, era uma lágrima de felicidade. O tempo mostrou para ela que um amor verdadeiro entre duas pessoas pode nascer mesmo após tanto tempo declarando guerra um para o outro. O tempo mostrou a ela que mesmo quando tudo se parece perdido ou sem solução, o destino sempre nos surpreende. E Hermione não poderia pedir uma surpresa melhor do que a que estava vivendo agora. A castanha nunca acreditou nessas coisas de destino, mas, depois de tudo o que passou, ela começou a reavaliar sua opinião sobre isso.



Uma coisa era certa: o tempo e o destino não poderiam ter sido melhores com ela. A felicidade era completamente visível em Hermione. Ela nunca esteve tão feliz.



A castanha se afastou de Draco e foi em direção a Harry e Rony. Os três sorriram na mesma hora e se abraçaram fortemente.



– Obrigado pessoal. Por nunca terem me deixado. – Harry disse para os amigos. Hermione sorriu para ele e em seguida o abraçou novamente.



– Nunca faremos isso, Harry. – Rony disse.



– Nem mesmo depois do fim. – Hermione completou a frase do ruivo.



Os olhos de Harry se encheram de lágrimas e abraçou os amigos de novo.



Mesmo com Voldemort morto, eles sabiam que enfrentariam obstáculos que poderiam não ser tão grandes como os que enfrentaram há anos atrás, mas mesmo assim seriam obstáculos. E, eles sabiam de mais uma coisa: eles passariam por isso juntos. Não importa o que aconteça, afinal de contas, eles são o trio de ouro. E o fim ainda parece distante para os três.


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Notas finais do capítulo

Quero muuuuuitos comentários hein ^^ Bjs!!



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