Say You Dont Want It escrita por Lana


Capítulo 21
Tentando entender


Notas iniciais do capítulo

OOOI AMORES. Então gente, fiz uma nova fic... Dêem uma olhada: https://www.fanfiction.com.br/historia/189317/Box_Of_Surprises
Boa leitura, espero que gostem!!



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–A resposta para esta e muitas outras perguntas você conseguirá em breve. E “em breve” significa daqui a muito pouco tempo. – ele disse.



Alicia engoliu seco. Não sabia explicar o porquê, mas estava temerosa pelo o que viria a seguir.

Eddan continuou olhando Alicia. Não era por que ele queria, mas sim por que não consiga parar de fitá-la. Ela tinha uma beleza tão estonteante que parecia hipnotizar ele.

Alicia já estava ficando desconfortável. Sempre fora muito tímida e por isso nunca gostou que outras pessoas ficassem encarando ela por tanto tempo assim. Pigarreou propositalmente para chamar a atenção de Eddan, que, por sua vez, balançou a cabeça e olhou para qualquer outra coisa no quarto.

–Eddan... – ele estremeceu ao ouvi-la dizer seu nome – você disse que em breve eu saberia tudo o que quero saber, e que não demoraria muito para isso. Bom, para mim já está demorando bastante. Quando vou saber? – Alicia indagou, sua voz estava calma. Ao contrário de seu interior, que ainda estava bagunçado e muito confuso.

Eddan voltou a olhar Alicia, mas desta vez estava encarando-a nos olhos. Ela tinha olhos tão bonitos. De uma cor tão viva. Eddan temia o que poderia acontecer a ela naquela noite.

–Em breve. – ele disse inexpressivo.

Alicia revirou os olhos, fazendo-o acompanhar seu movimento.

–Por que “em breve” é sempre a sua resposta? – ela perguntou irritada, e em seguida cruzou os braços.

–Me parece ser a resposta mais correta. Pelo menos por enquanto. – ele respondeu. – Digamos que eu não possa falar muita coisa para você.

–Por que não?

–Em breve você saberá. – ele respondeu. Alicia revirou os olhos novamente e suspirou derrotada.

Os dois continuaram se encarando por algum tempo e nesse meio tempo Eddan tentou invadir a mente de Alicia, porém fora em vão. Logo que sentiu alguém tentando invadir sua privacidade, Alicia rapidamente bloqueou sua mente.

–Por que queres ler a minha mente? – ela perguntou enigmática.

–E por que não me deixastes ler? – ele rebateu. – Pelo o que eu sei você não tem muitas memórias fora desse quarto. – ele disse frio. Aquilo atingiu Alicia, fazendo-a se encolher. O arrependimento tomou conta de Eddan na mesma hora. – Me desculpe.

–Tanto faz, Eddan. – ele ainda não tinha se acostumado com ela pronunciando seu nome.

Na verdade, ainda não havia se acostumado com ela falando. Quando ela estava desacordada, Eddan sempre ia até o quarto ver como ela estava e sempre ficava mais tempo do que devia lá. Aquela garota o prendia desacordada, acordada e falando então, o prendia ainda mais. Tudo o que ela pronunciava parecia ser uma música para os ouvidos.

–Já estou completamente irritada com isso tudo. – Alicia disse, depois de algum tempo em silêncio.

–Tudo o que?

–Tudo isso, oras. – ela respondeu, cruzando os braços. – Venho parar aqui do nada, não consigo me lembrar de nada em relação a mim e ainda estou sentindo essa dor dos infernos nas minhas costas! – ela exclamou visivelmente enraivada. Eddan arqueou uma sobrancelha.

Ele queria responder todas as perguntas dela; mas não podia.

–Lamento. – Eddan falou. Alicia franziu a testa de leve, olhando-o.

–Pelo o que?

–Por tudo isso que está acontecendo com você. – ele respondeu. Tentou não olhar para os olhos esmeraldas dela, mas não conseguiu. A tentação era muita. Logo, seu olhar estava se cruzando com o dela.

–Eu só quero entender o porquê disso está acontecendo justamente comigo... – Alicia murmurou tristemente.

Depois disso os dois ficaram em silêncio. Eddan continuou tentando penetrar na mente de Alicia, mas ela sempre o bloqueava. Ele não sabia por que queria fazer isso, só sabia que queria. Os dois estavam se encarado ardentemente. Agora, Alicia estava com raiva dele. Sentia raiva porque ela achava que ele podia responder às suas perguntas, mas não queria fazer isso porque não estava com vontade.

Mas, mal sabia ela, que isso não era verdade. Ele queria falar tudo pra ela. Mas o Lord já estava planejando fazer o mesmo. Ele não poderia adiantar as coisas.

A noite chegara e com isso Eddan se aproximou mais ainda de Alicia, antes de falar:

–Levante-se. Temos que ir agora. – a garota o obedeceu, mas teve dificuldades em levantar da cama. Quando seus pés chegaram ao chão e ela colocou seu peso neles, acabou pisando em falso e quando ia cair no chão, braços fortes a seguraram.

Seu rosto estava próximo demais do rosto de Eddan. Suas respirações agora estavam juntas, enquanto os seus olhares estavam presos um no outro.

Com um pouco de sanidade que ainda tinha em si, Alicia quebrou a troca de olhares. Isso fez com que Eddan acordasse também e ajudasse ela a se levantar.

Eddan concentrou-se no local em que levaria Alicia e, prontamente, aparatou com ela.

Os dois desaparataram em um corredor próximo a sala de Voldemort. Alicia estava enjoada por causa da aparatação. Andaram um pouco até que chegaram ao fim do corredor, onde havia uma porta. Eddan a abriu e uma sala bem grande, com apenas uma mesa no meio, apareceu no campo de visão de Alicia.

Eddan, cuidadosamente, colocou uma mão na cintura de Alicia, ajudando-a a entrar na sala. Sentados à mesa haviam comensais, e todos estavam encarando-a. Alicia não deu a mínima para isso. Apenas uma coisa havia lhe chamado a atenção: uma mão pálida e fina que estava sob a mesa.

–Ora, ora. Vejam se não é a nossa querida Alicia. – Voldemort disse virando a cabeça para o lado para conseguir vê-la.

Quando Alicia viu Voldemort sentiu arrepios percorrem por todo seu corpo. Eddan já havia ido se sentar em um dos lugares à mesa e estava encarando-a como os outros comensais presentes.

–Suponho que você não saiba quem eu sou, estou correto, Alicia? – ele perguntou friamente. A garota limitou-se a dar apenas um assentimento com a cabeça. Estava assustada demais para falar qualquer coisa sequer. – Bom, então deixe-me me apresentar: eu me chamo Voldemort e estes aqui são os meus leais e bons amigos. – ele disse, sua voz estava cruel e calma. Alicia permanecia em pé. Não conseguia mover um músculo.

Ela não se lembrava dele nem de seus comensais, mas ela sabia que eram perigosos. Muito perigosos. E sabia também que tinha que ir embora dali o mais rápido possível. Sabia que estava correndo um perigo terrível. Engoliu seco.

–Não fique com medo, querida Alicia. – Voldemort falou levantando-se e indo até a garota, que estava se controlando para não tremer de medo. – Você está em casa. – ele disse, forçando uma voz doce. Alicia franziu a testa.

–Em casa?

–Sim, querida. Em casa. – ele sussurrou ao pé do ouvido dela, fazendo-a estremecer.

–Não me lembro de nada, mas sei que aqui não é minha casa. – ela disse com a voz falha. Voldemort riu maleficamente, acompanhado de alguns comensais.

–Mas é claro que você está em casa. – Voldemort disse sério. Alicia não se atreveria em olhá-lo nos olhos.

–Não, não estou. E eu quero saber mesmo onde eu estou. – a voz de Alicia saiu forte, para sua surpresa. Voldemort se segurou para não lançar um Avada ali mesmo, ele não poderia fazer isso. Já que ela era uma peça importante em seu plano.

–Está bem, Alicia. Você quer a verdade? Então eu vou te dizer a verdade. A verdade é que você terá que fazer exatamente o que eu mandar, sem reclamar e sem pensar duas vezes, está entendendo bem? – ele perguntou de modo tão frio que ela se arrepiou e se controlou para não desabar em lágrimas. – Se você não me obedecer, eu terei que te matar. E eu acho que você não quer isso. – Tom disse cruelmente.

Os olhares dos comensais ainda estavam sobre ela, nenhum exprimia qualquer emoção. Apenas o olhar de Eddan que sim. Ele estava com medo por ela. Não precisava ser vidente e nem nada disso para perceber que ela estava à beira de um ataque de pânico. E ela tinha completa razão para isso. Afinal de contas, ele era Lord Voldemort.

–E então, Pierce? Você fará tudo o que eu mandar em troca de verdades sobre sua vida? – Voldemort perguntou, sua voz agora estava calma e ele a olhava nos olhos. Olhos que estavam encarando o chão e as lágrimas estavam prestes a cair.

Alicia respirou fundo. Ela sabia que se não concordasse, acabaria morrendo. Então ela não tinha nenhuma escolha.

–Sim, farei. – ela respondeu com um fio de voz. Voldemort abriu um sorriso frio e então se afastou dela.

–Muito bem, Alicia. – ele disse com a voz alta. – Vejo que você é bastante inteligente. Sua decisão foi muito sábia. – ele disse e Alicia se encolheu, ainda encarava o chão. – Agora que já está tudo certo, você já pode ir. Dubarry, por favor, leve-a de volta para o quarto. – Voldemort disse voltando a se sentar em sua cadeira.

Eddan levantou-se rapidamente e foi em direção à Alicia. Segurou o braço dela e aparataram.

Lágrimas encharcavam a cama. Alicia não conseguia parar de chorar. Estava muito assustada. Desde que chegou daquela sala, sentou-se na cama e desatou a chorar.

Eddan sabia que não poderia fazer nada para acalmá-la, até porque ela não se acalmaria com nada. Vê-la chorar sem fazer nada doía profundamente nele. Mas ele estava mais aliviado agora que ela estava em seu quarto, relativamente segura.

Alicia limpou as lágrimas grossas que ainda insistiam em cair e tentou se acalmar. Mas fora em vão. Logo, voltou a chorar novamente, e desta vez bem pior.

Ela chorava porque havia sido obrigada a se meter em uma coisa que não sabia o que era, mas sabia que era extremamente perigoso, e chorava também porque queria ter pelo menos uma lembrancinha de seu passado. Agora, ela só sabia que seu nome era Alicia Pierce. Mais nada, além disso.

Pouco a pouco o choro foi cessando, dando lugar a vários soluços seguidos. Os olhos de Alicia estavam vermelhos e seu rosto marcado por linhas grossas que as lágrimas haviam feito enquanto passavam por ele. Eddan se aproximou da garota e sentou na ponta da cama, observando-a.

–Está se sentindo melhor? – ele perguntou visivelmente preocupado.

–Por que estás preocupado? Você estava sentado àquela mesa junto com... aquelas outras pessoas amigas daquele homem. – ela deu ênfase no “daquele”. Sua voz era uma mistura de raiva e medo.

Eddan voltou seu olhar para as próprias mãos antes de respondê-la.

–Sim, eu estava. Mas eu estou preocupado com você do mesmo jeito. – ele respondeu, com a voz intensa. Alicia sentia que ele falava a verdade, mas ainda estava confusa.

–Aquelas pessoas, todas elas, são más, não são? – ela indagou olhando-o nos olhos. Eddan assentiu com a cabeça rapidamente. – E o que aquele homem quer que eu faça? – Alicia perguntou se segurando para não chorar novamente.

–Sinceramente? Eu não sei. – Eddan respondeu. E era verdade. Voldemort só havia contado seu plano para Bellatrix e Adolf Tulsreb, seu mais novo comensal de “inteira” confiança.

Alicia abaixou o olhar e respirou profundamente.

Eddan continuava encarando-a.

–Você não me respondeu, Alicia. – ele disse. A garota gostou de ouvir ele falando seu nome. – Está se sentindo melhor?

–Não, não estou. Nem por fora e muito menos por dentro, Eddan. – ela respondeu. Algumas lágrimas teimosas caíram por seu rosto.

Alicia se surpreendeu quando sentiu dois braços fortes envolvendo-a em um abraço. A garota retribuiu o abraço. Eddan e ela ficaram assim por alguns minutos. Quando a respiração de Alicia se regularizou, ela se afastou dele, para poder olhá-lo nos olhos.

Eddan não poderia colocá-la ao lado da Ordem, até porque colocaria ela em risco por isso. E ela já vai se meter em vários outros riscos que o Lord está preparando. Então ele resolveu esperar. Ia esperar ela começar esse maldito plano que Voldemort tinha tramado, para, então, falar tudo a ela, falar sobre a Ordem. Agora não adiantaria falar nada, não faria diferença. Ela teria que fazer o que o Lord mandasse, completamente focada nisso, porque se ele percebesse qualquer mudança de atitude dela ou então acabar descobrindo que ela foi vista saindo da mansão sem consultá-lo, ele ia desconfiar e provavelmente ler a mente dela; e ela não teria como escapar.

–Muito obrigado. – Alicia sussurrou.

–Pelo o que?

–Por estar aqui comigo. – ela respondeu. – Eu sinto que você não precisaria estar aqui há essa hora...

–É, não preciso. Mas eu quero. – ele disse, sorrindo de leve para ela.

Enquanto isso, na Ordem da Fênix...

Hermione não conseguia pegar no sono. Revirou-se na cama diversas vezes, mas o sono não chegava de jeito nenhum.

Suspirou derrotada.

A castanha havia tido o mesmo pesadelo da noite anterior e não conseguiu mais dormir depois dele.

Sentou-se na cama. Olhou para a lareira e em seguida levantou-se. Foi em direção a cozinha. Chegando lá, olhou no relógio e marcava exatamente 02h50min. Colocou um pouco d’água em um copo e bebeu rapidamente.

–Por que será que sempre nos encontramos na cozinha? – Samuel perguntou, assustando Hermione.

–Pois é... – ela sussurrou, virando-se para ele. A castanha notou que algo em Samuel estava estranho. E era na sua aparência. Seus olhos estavam vermelhos e as veias de sua testa estavam bem visíveis. Hermione arregalou os olhos minimamente. O moreno se aproximou dela perigosamente, mas ela não tinha para onde recuar.

A castanha estava sentido um medo terrível dele.

–Samuel... O que está fazendo? – ela perguntou temerosa. O moreno abriu um sorriso frio para a castanha e seus olhos começaram a brilhar de forma assustadora. Ele segurou o braço dela com força. – Me solta! Me solta! – Hermione exclamou, mas ele não deu ouvidos a ela. A castanha se desesperou. Sua varinha estava no quarto, então só lhe restava uma única saída: gritar. E foi isso que ela fez. Gritou bem alto, fazendo todos acordarem e irem em direção onde ela estava. Todos estavam com suas varinhas em mãos.

Kingsley entrou na cozinha seguido por Arthur e jogou Samuel pra longe de Hermione. A castanha foi correndo para a porta da cozinha, onde se esbarrou em Gina.

–Quem é você? DIGA-ME! – Kingsley gritou a última parte. Ele estava com a varinha apontada para Samuel. O moreno sorriu de modo maléfico para o homem a sua frente. Arthur também estava com a varinha apontada para ele, assim como mais uns quatro membros da Ordem atrás dele; Draco, Rony e Harry estavam entre esses quatro.

–Meu nome é Augustus Craig. Minha prima vai terminar o que eu comecei. – Augustus disse cruelmente. – Ela já está com ele e já deve está sendo treinada. Vai matar a todos vocês, exceto Harry Potter e a sangue-ruim Granger e levá-los ao Lord das Trevas. – ele sussurrou só para Kingsley e Arthur ouvirem.

–ENTÃO FOI VOCÊ QUE MATOU A NINA? SEU DESGRAÇADO! – um homem entrou na cozinha desesperado. – ELA ERA A MINHA ESPOSA! – Augustus deu uma risadinha cruel para o homem que estava gritando. Deixando-o com mais raiva ainda. Rony e Draco seguraram ele.

–Calma, Guilderoy! – Arthur exclamou duramente.

Kingsley ainda estava com a atenção voltada para Augustus.

–Eu já devia saber... Já devia saber que aquela história de você ter acordado no meio de uma floresta e não ter se lembrado de nada antes disso era uma farsa. Pura mentira. – Kingsley disse com raiva de si próprio. Augustus sorriu.

–Eu enganei muito bem você... A TODOS VOCÊS! – ele gritou, olhando para os outros membros da Ordem, que já haviam entrado na cozinha.

–Cale a boca, seu idiota! – Kingsley exclamou. – Você vai ter o que merece. – ele disse entre dentes antes de lançar um Estupore tão forte em Augustus que o lançou para a parede fazendo um buraco enorme ali.

Um clima tenso caiu sobre todos na cozinha. Principalmente em Harry, Hermione, Rony, Gina, Clare, Arthur, Draco e Kingsley. Eles já sabiam muito bem quem era essa prima de Augustus. E temiam que ela já estivesse sendo treinada. Eles teriam que correr contra o tempo. Não poderiam esperar os membros da Ordem que estavam na enfermaria ficarem bem. Não teriam escolha a não ser irem direto para Oxford procurar Ralph Thomas Sullivan, o filho de Voldemort.

CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO!


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Notas finais do capítulo

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