On The Road escrita por Hanna_21


Capítulo 15
Capítulo 15: Chantagens, parte 1


Notas iniciais do capítulo

Caramba, mais de dois meses sem atualizar!
Foram meses difíceis, gente, não sabem quanto.
Escola, vestibular, mais escola, escola, já disse escola? Pois é.
MAIS o fato de que Play With Fire, minha outra fic, sofreu severas alterações graças às novas regras do site. agora ela se encontra na categoria originais. BTW, não me abandonem, people. seria muito triste
i.i
Quanto à On The Road, explico nas notas finais. Aproveitem o capítulo, acho que vão gostar!



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Capítulo 15: Chantagens, parte 1


Duas semanas depois

Shows passados: Basel, Bélgica; Berlim, Alemanha; Frankfurt, Alemanha; Copenhagen, Dinamarca; Oslo, Noruega; Estocolmo, Suécia; Helsinki, Finlândia.

Moscou, Rússia

Três horas após o show


Depois do dia de folga na Holanda, consultei a agenda de shows e fiquei pasma com o turbilhão de coisas que estavam por vir. Em duas semanas passamos por sete países, com fusos horários diferentes agendas de imprensa para serem cumpridas, máscaras sumidas, crises de pânico, depressão, bebidas em excesso, groupies e frio. MUITO FRIO.


Moscou é um inferno gelado. Eu morreria se vivesse na Rússia. É um país realmente bonito, mas é desagradavelmente frio. Não é como a Alemanha (um país muito interessante, mas que nos rendeu problemas com integrantes da banda sumidos porque “queriam provar a cerveja do outro lado do lago bonito”), ou a Dinamarca. É congelante. Não que eu estivesse sentindo muito frio agora. Aliás, nenhuma madrugada minha foi muito fria desde a Holanda. Felizmente, comecei a sair com Mason justamente no momento que eu mais precisei de alguém para me esquentar.


Está sendo um pouco difícil esconder de todo mundo que estamos juntos. Mason sempre argumenta, mas sabe que é necessário. Ainda mais depois que ele me contou da vez em que Ryan e Phoebe acordaram juntos sem saberem como e, ao contrário de Joey e Fiona, muita coisa tinha acontecido. Foi preciso bastante tempo, muita paciência e piadas novas pra que os dois deixassem de ser alvo das brincadeiras. Pelo menos eles continuaram amigos, apesar de ter demorado pra voltar ao normal, mas eu sou esquisita, então não sei como eu reagiria se eu levasse as coisas com Mason muito a sério rápido demais. É por esse mesmo motivo que nunca deixei Mason passar da primeira base... Sabe, apenas beijos mesmo. Ele até tentou chegar à segunda base, mas Mason é meio sem jeito às vezes, o que eu acho fofo e vantajoso pra mim.


Eu sou uma pessoa idiota que conta quantos encontros se tem até então. Sim, eu sei, é muito romaticozinho, mas sei lá, eu gosto. Deixa as coisas parecendo menos vazias pra mim. Elas não estão sendo vazias, mas... Ah, é uma bobeira minha mesmo. Enfim, sabe aquela coisa do quinto encontro? Que depois de cinco encontros você meio que “pode” ir pra cama com o cara sem parecer uma vagabunda? Pois é.


Estamos no nono encontro e não rolou nada. Isso sem contar com Las Vegas e Paris. E tirando o fato de que a gente já se conhecia antes. Quero dizer, como disse, o Mason até tenta avançar às vezes... Aliás, eu mesma avanço às vezes, mas eu estou tentando não ficar muito deslumbrada. Essa coisa do “quinto encontro” é baboseira e nunca dá certo (já passei por isso uma vez), mas é uma boa referência, nesse caso. Acho que atrasando isso um pouco dá pra aproveitar mais, e quando chegar a hora, vai ser ainda melhor.


De qualquer forma, as horas depois do show, quando todos estão bêbados e não notam nossa ausência são as melhores. Seja pra trocar beijos ou simplesmente para conversar, as madrugadas dos últimos dias tem sido fantásticas. E, junto ao sentimento de realmente conhecer Mason agora, tinha sempre aquele frio na barriga, o temor excitante de que alguém pudesse nos ver nos agarrando em algum lugar.


Tipo no corredor do hotel, às três da manhã. Encostada contra uma porta. E eu nem me lembro como isso aconteceu. Só tenho consciência da boca de Mason em meu pescoço e as mãos em minhas costas.


– Longe demais- arfei


Mason não deu sinal de ter ouvido o que eu tinha dito; simplesmente continuou a beijar meu pescoço e passear com as mãos em minhas costas, por baixo da blusa, procurando o fecho do sutiã...


– Longe demaaaaais – repeti, uma parte de mim detestando ter que fazer aquilo. Eu mesma mal conseguia parar de arranhar o pescoço dele. Novamente, ele me ignorou sem a menor cerimônia, rindo na base do meu pescoço, e me fazendo estremecer. A mão dele finalmente encontrou o fecho da peça de baixo. Minha mão foi do pescoço para o cabelo dele, puxando sua cabeça para cima e forçando-o a me olhar – Mason.

– O que? – ele perguntou, com ar maroto.

– Estamos indo longe demais – expliquei lentamente, sentindo que as mãos dele ainda estavam excessivamente atrevidas

– Ah, então era isso que você queria dizer. – ele sorriu, se fazendo de inocente - Achei que estava dizendo que eu estava longe demais do fecho, e como eu estava, huum... Sem condições de falar, resolvi mostrar que você estava errada – ele colou a boca ao meu ouvido para sussurrar, ainda brincando com o fecho – e que eu estava bem perto.


Estremeci novamente, sentindo que estava ficando vermelha, mas sorri, sem me importar. Nas últimas semanas, Mason estava despertando em mim sensações e sentimentos que há muito tempo não sentia. Eu gostava de acreditar que eu tinha o mesmo efeito nele.


– Estou percebendo que está perto... Perto até demais. Agora tire essa mão daí.

– Porque eu faria isso? – ele perguntou, tentando provocar. Ele mesmo estava um pouco corado. Mason tinha um limite até onde era desinibido; a partir desse ponto, ele não era tão bom com as palavras, mas acabei aprendendo que ele supria essa falta com certo excesso de ações. Não que eu esteja reclamando.

– Primeiro, porque estamos no meio de um corredor, e qualquer pode aparecer a qualquer hora. – eu colei meu corpo mais ao dele – e segundo, porque se você me provocar mais um pouquinho, eu também vou te provocar mais, e se isso acontecer... Bem, o maior perdedor aqui vai ser você.


Mason trincou os dentes e fechou os olhos, e eu sabia que ele estava pensando em qualquer coisa para tentar não me atacar ali mesmo. Respirou fundo e ajeitou as roupas, jogando a cabeça para trás e depois olhando para mim.


– Você é má.

– Eu sei.

– Não, você é muito má. – ele repetiu, meio rindo e meio bufando

– Mason, o que acabou de acontecer começou exatamente desse jeito, lembra? – eu comentei, arrumando o cabelo. Minutos atrás, Mason tinha me convidado pra passar a noite no quarto dele, porque Guy estaria fora. Eu disse que não, então ele retrucou dizendo que era má. E depois, bem, eu quase acabei indo pro quarto dele. Maldito charme. Malditos beijos.

– Essa era a ideia – ele deu de ombros enquanto eu olhava pra ele, censurando-o

– Boa noite, Mase – me despedi, antes que aquela conversa se tornasse longa demais.

– Espera, nem um beijo de boa-noite? – ele perguntou, se fazendo de ofendido

– Você já teve seu beijo de boa-noite!

– Aquele não foi o beijo de boa-noite, aquele foi o beijo de “por favor, não me faça ter que te dizer boa-noite”. – Mason insistiu, me lançando aquele olhar provocador

– Aah, tá bom então – desisti, sabendo que demoraríamos muito tempo naquilo. Me aproximei e colei meus lábios nos dele. Ele segurou minha cintura e alongou o beijo.

– Puta merda, eu só posso estar alucinando – ouvimos uma voz atrás de nós e nos separamos mais do que rapidamente. Eu olhei para o local de onde a voz vinha e gelei.


Chris Fehn, com o rosto inchado de sono meio escondido atrás do cabelo comprido emaranhado, vestindo um pijama que o deixava parecendo 10 anos mais novo nos olhava com choque e diversão ao mesmo tempo, enquanto esfregava os olhos.


– Sim, você está alucinando, Chris, é tudo um sonho – Mason disse, uma de suas mãos pegando a minha e a outra agarrando a maçaneta da porta de seu quarto. – E ali está Jay-Jay, o Jatinho, perseguindo o Corey enquanto Craig distribui flores pra plateia. – Mason apontou para uma samambaia que estava perto de Chris, atrás dele.


O percussionista olhou para trás, meio abobado, e foi o tempo de Mason me arrastar pra dentro do quarto e fechar a porta. Olhei para Mason, ainda assustada, e ele me olhou em pânico. Foi quando eu comecei a rir.


– O quê? – ele perguntou, mas não parei de rir – O quê?

– Craig distribuindo flores? SÉRIO? – perguntei, me recostando na porta e continuando a rir – Você não serve pra distrair pessoas, Mase.

– Bem, mas deu certo, não deu?


Abri a boca pra responder, mas três batidas na porta me impediram de fazer isso.


– Eu não estou alucinando – disse uma voz abafada atrás da porta.

– Não, não deu certo – murmurei

– Shhhh, talvez ele desista – Mase retrucou

– Eu posso ouvir vocês, sabia? Não sou retardado. Estou com sono, mas não sou retardado. Nem surdo. – Mason e eu nos entreolhamos, prendendo a respiração, então ele estendeu a mão pra maçaneta e abriu a porta

– Quanto você quer para não contar pra ninguém? – Mason perguntou para Chris, olhando-o com seriedade.


Vários segundos perturbadores de silêncio se passaram, até que meus olhos encontraram o azul dos olhos de Chris, e eu percebi que ele queria rir. Quase que instantaneamente e em uníssono, começamos a rir, sem controle. Mason nos olhou, incrédulo. Cobrir a boca com a mão, ainda rindo, enquanto Chris se dobrava ao meio e gargalhava, ficando vermelho e sem ar


– O quê? – Mase indagou, incrédulo

– Cara... Eu sou seu chefe! Nem se você trabalhasse de graça pra mim o que você recebe seria significativo para me fazer esconder um troço desses... E eu não tenho problema com dinheiro, pelo menos não agora! – Chris riu-se mais um pouco, enxugando lágrimas imaginárias, e eu ri mais um pouco até que o olhar de Mason se tornou sério demais para eu continuar. Então eu pigarreei e encarei Chris também, até que ele se desse conta que era hora de parar de rir.

– Estou falando sério – Mason disse, meio desconcertado

– Eu também – retrucou Chris, sorrindo malignamente – Você não pode me comprar com dinheiro, Cooper.

– Chris, por favor... – tentei, mas ele fez um sinal de “pare” para mim

– Ah-ah! Nem tente apelar, Foster. – ela apontou para Mason – Você. Me explique o que estava fazendo com ela.

– Nada – Mason respondeu estupidamente. Eu revirei os olhos.

– Resposta errada, Cooper! – Chris balançou a cabeça negativamente a cruzou os braços. Analisei as pupilas dele. Nah, ele não parecia drogado. Pelo jeito, ele simplesmente estava adorando fazer aquilo. – Vocês estão juntos, então.

– N... – tentei responder, mas Mason foi mais rápido

– Sim – ele disse, e eu senti o estômago dar uma volta. Bem, pelo visto, agora estávamos juntos, não é?


Tá, eu sei, é idiota, mas aquilo que eu ele tínhamos não era oficial, e Mason estava lá, oficializando, para o Chris, como se não bastasse. Ah, eu ia falar com ele depois, sem dúvida.


– Estão? – Chris arregalou os olhos, surpreso – Eu esperava que você dissesse que não!

– Mas você viu a gente, queria que eu dissesse o quê?

– Se fingisse de bêbado? – Chris deu de ombros, ainda com os braços cruzados

– Ou falado que era coisa de uma noite só? – sugeri, tirando minha mão da dele e cruzando os braços também. Mais uma vez, Mason revezou olhares entre eu e o percussionista, visivelmente confuso e envergonhado

– Bem, mas...

– Vocês estão juntos!! – Chris exclamou alegre e repentinamente – Que bonitinho, me deixa dar um abraço nos dois!!! – e antes que eu pudesse impedir qualquer avanço, Chris apertou a mim e a Mason num mega abraço apertado, daqueles sufocantes e desajeitados – Poxa, o pessoal vai ficar tão feliz, cara!


Como se fôssemos um só, Mase e eu empurramos Chris para longe, surpresos.


– Como assim, o pessoal vai fica feliz? - questionei

– Chris, você não pode contar pra ninguém, cara – Mason complementou

– Como assim? Vocês querem dizer que realmente é pra ser segredo? – ele perguntou, arregalando os olhos de um jeito estranho

– Sim – retruquei

– Eu achei que o Mason estava sacaneando!

– Não. – Mason foi curto e grosso

– Não, não, não, por favor, não me peçam pra guardar segredo, por favor, não, nããão.... – Chris reclamou, passando a mão pelo rosto em desespero ao analisar nossas expressões

– Por favor, Chris.

– Por favor o caralho! Não quero nem saber de vocês! Estão me obrigando a guardar segredo! Odeio vocês! – ele respondeu, ficando emburrado, e eu lutei para não rir

– Então, você vai guardar segredo?

– Não!

– Não? – estranhei

– Não! – ele repetiu – Eu tenho minhas condições – ele continuava fazendo cara feia

– Que condições? – Mason ergueu uma sobrancelha, sua voz adquirindo um tom cauteloso

– Vocês vão me servir. – Chris apontou para nós dois, de repente voltando à postura estilo “tira” de antes

– Como você já disse, Chris, nós trabalhamos pra você, então tecnicamente nós já te servimos – expliquei

– Não, não estou falando do trabalho normal de vocês. Estou falando de outras coisas.

– E que outras coisas seriam essas, Fehn? – Mason sorriu, relaxando um pouco e deixando o gerente de produção surgir.

– As coisas proibidas, Cooper – Chris sorriu em resposta, e eu olhei pra eles, confusa.

– Fechado, Fehn – Mason estendeu a mão para Chris e o loiro a apertou, aparentemente feliz

– Beleza, Cooper.

– Parem de se tratar pelo sobrenome, pelo a or de Deus, não estamos na máfia – pedi, ficando farta daquilo

– Ok então, casal 20, hora de ir para a cama. Claro que isso tem duplo sentido pra vocês, mas pra mim, significa dormir. Toda a minha falta de sono sumiu depois dessa... Vejo vocês de manhã. Estejam dispostos, ok?


E Chris saiu pelo corredor até seu quarto, rindo-se abertamente.


Que vontade de matar aquele cara.


Ainda encarando o corredor vazio por onde Chris desaparecera, senti Mason me puxar pela mão e me fazer adentrar o quarto junto a ele. Só então o encarei.


– Essa foi por pouco. – ele sorriu, aliviado

– Como assim, foi por pouco? Ele viu a gente! – exclamei, meio exaltada

– Sim, mas já negociamos.

– Tá, e o que diabos são coisas proibidas? – perguntei, curiosa e impaciente

– Veja bem, com um monte de agenda que esses caras tem, as folgas são escassas. Nós deixamos eles à vontade quando não temos show, e também depois do show, mas o Jullian dirige tudo com punhos de ferro quanto à antes. O palco não fica bonitinho daquele jeito à toa, e até quando os malucos tacam fogo uns nos outros, se batem, se arrebentam e jogam coisas na plateia, nós estamos, ali, de plantão, preparadíssimos.

– Disso eu sei.

– Certo, você já viu o desespero que é quando alguém não aparece na hora. Mas, de vez em quando, a equipe de roadies dá uma mãozinha. – ele riu, malicioso

– Mãozinha para...

– Para os caras fugirem mais cedo dos compromissos e chegarem mais tarde antes do show – ele disse, simplesmente

– Pra fazer o quê?

– Para prolongar a folga, ora! Dormir, beber, fumar maconha, pegar mulheres, tudo ao mesmo tempo... No caso do Chris, o cara gosta mesmo é de jogar golfe, só que muitas vezes não dá tempo. E ultimamente nenhuma vez deu tempo, então ele já tá meio louco das ideias.

– E tudo o que você tem que fazer é acobertar ele?

– “Você” não, “nós” – Mason corrigiu, colocando as mãos em minha cintura. Passei os braços pro seu pescoço, mas não olhei em seus olhos. Ficamos assim por longos minutos, até que resolvi falar.

– Então... Já somos... “Nós”, ao invés de “eu e você”? – perguntei, meio hesitante. Ele me olhou nos olhos e abriu um sorriso.

– Pensei que sim, porque não?


Ponderei por alguns segundos. Ele estava certo: por que não? Já fazia certo tempo e nós estávamos cada vez mais confortáveis na presença um do outro. Mas que idiotice a minha, ficar alongando as coisas, procurando obstáculos. Era tão simples! Dizer que sim e pronto. Não tinha segredo.


– Tem razão – respondi, e Mason riu. Eu realmente gostava do sorriso dele, desde que nos conhecemos, mas agora parecia mais bonito ainda. Minha nossa, estou ficando boba. - Precisamos tomar mais cuidado. – acrescentei, coerente

– Com certeza. – ele concordou, inclinando a cabeça para me beijar. Desviei o rosto

– Promete que vai se controlar? - pedi

– Prometo – ele respondeu com a voz abafada contra minha pele, beijando meu pescoço que eu deixara exposto ao tirar o rosto de perto

Mason!


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São Petersburgo, Rússia

Uma hora e meia antes do show


“Prometo”, ele disse.


“Prometo” o caramba! Mason não se controlou porra nenhuma. Afinal, se ele o tivesse feito, nós não estaríamos nos agarrando na sala dos instrumentos dois dias depois do incidente no corredor. Tínhamos acabado dar uma desculpa qualquer para Chris ainda não estar ali. O infeliz já devia estar ali há uma hora. Filho da mãe. Eu nem sequer podia censurá-lo por isso! E ainda ia receber sermão do Jullian.


E eu, à propósito, devia estar ajudando Jim e Joey a achar as coisas e não morrerem congelados ali. Todo mundo andava meio doente, e os retardados sempre se esqueciam dos cobertores que eles tinham exigido nos backstage. É, o aquecedor não era o suficiente. Nunca é quente demais para o Slipknot. Nem em plena combustão.


Mas então Mason me chamara para conferir os instrumentos - trabalho que não é meu- e não sei bem como, eu me vi sentada em uma caixa de som que não fora utilizada, com Mase à minha frente, uma mão em minha nuca e outra em minhas costas, novamente por baixo da blusa, enquanto eu arranhava seus braços e suas costas.


É. Pois é.


Não me culpe, ele devia ser mais forte que eu! Pelo menos tecnicamente.


Senti que as coisas realmente estavam fora do controle, porém, quando minha blusa já estava levantada quase na altura dos meus seios, as mangas da camisa dele estavam arregaçadas, os beijos dele desciam até minha clavícula e ameaçavam ir mais longe, e definitivamente alguma coisa mudou no corpo de Mason, como percebi quando ele me apertou mais veementemente contra seu corpo.


Abri a boca para dizer que não devíamos fazer aquilo ali, mas no mesmo instante Mase beijou meu pescoço em um ponto sensível e involuntariamente arquejei; sem me dar tempo para respirar, a mão que estava em minhas costas veio à frente e encontrou um seio meu. Oh, shit. Ele chegou à segunda base.


O que estava fora de controle, então foi mais além. Minhas mãos agarraram com mais força sua nuca e seus cabelos, minhas pernas enlaçaram sua cintura e Mase tomou isso como um –evidente – sinal para continuar. Sentir seu corpo excitado contra o meu, somado aos estímulos que ele me dava, só aumentaram minhas vontade de fazer uma loucura. Ele me puxou de cima da caixa de som a fim de me apoiar num lugar menos desconfortável, mas as luzes estavam todas apagadas e Mason me guiou às cegas, com minhas pernas ainda ao seu redor.


Resultado: um barulho horrível e muito, mas muito alto veio do meu lado. Algo tinha caído no chão. Mason interrompeu o que fazia e cambaleou para trás, tentando achar um ponto de apoio e me soltar no chão, mas acabou derrubando outro objeto.


E, no exato instante em que ia me soltar de Mason, a porta se abriu, as luzes foram acessas e uma pessoa mascarada nos encarou da porta sem nenhuma expressão. Literalmente. Afinal, a máscara tinha sido projetada para ser daquele jeito.


– Ora, veja só o que temos aqui.


Minhas pernas em volta de Mason, sua mão em meu peito, os corpos colados, os rostos próximos, as roupas amassadas.


Como convencer Joey Jordison de que aquilo não era o que ele estava pensando?


– Ok Joey – a voz de Mason soou em meus ouvidos enquanto eu desenlaçava minhas pernas dele. Olhei para seu rosto e vi um sorriso – O que você quer para manter isso em segredo?


Mesmo por trás da máscara inexpressiva, surgiu um sorriso no rosto do baterista.


– Bem, isso é interessante. Acho que vamos ser bons amigos, sabe, Mason? Eu, você e Alexis. Dependendo do que vocês tiverem a oferecer, será nosso segredinho.

– E o que você quer, Joey? – entrei no jogo, sorrindo para o anão. O sorriso dele só pode ter aumentado, porque o tom sacana de sua voz sugeriu isso ao preferir a frase seguinte.

– Simples. Quero a Fiona.


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Notas finais do capítulo

Os capítulos estão ficando meio grandinhos ultimamente, você gostam ou não???
E então, gostaram?
Pois é, acho que será o ultimo postado aqui no Nyah. ACHO, sem certezas, people. Vou começara postar a fic em um blog só com fics de Slipknot, com outras autoras. Será um site para nós, maggots, que ficaremos órfãos das fics aqui no site. Gostaram da ideia? Darei mais informações em breve, sem falta!
Desde já peço que não abandonem nem On The Road nem Play With Fire. Quem não conhece, dê uma olhada, acho que vão gostar.
Erros e sugestões, me informem por favor. Nao tive tempo de revisar.
Beijos!!