Jogos Vorazes - Parte Dois escrita por Katniss e Peeta


Capítulo 22
Lembranças


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo não ficou muito bom, mas espero que gostem de alguma coisa nele kkkkkk



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/184510/chapter/22

                Eu estava em silêncio, escondida pelas sombras da macieira à noite, enquanto ouvia os gritos dos meus pais logo na frente.

                - Cornelia, estará pondo em risco toda a nossa família. – gritou meu pai segurando as mãos da mulher de pele pálida, olhos negros e cabelos compridos, castanhos e ondulados.

                - Você não entende, eu cansei disso, cansei de pertencer à eles. – fala ela pingando lágrimas.

                - E Gabriela? Ela vai saber que não somos pais dela. – diz meu papai.

                - Francisco, a mantenha segura. – fala Cornelia aos soluços.

                Então meu pai a solta e estreita os olhos.

                - A mantenha segura? É isso que tem a dizer? Você vai sair de casa para dar início a uma rebelião e me fala para mantê-la segura? Ponha em mente que estará sacrificando toda a sua família e todos que você ama fazendo esse levante! – grita ele.

                Ela seca as lágrimas e ergue a cabeça.

                - Desculpe-me, mas eu estou cansada de ter a Capital me vendendo. Eu estou cansada dessa vida. E vou lutar para tudo isso mudar. – diz ela em tom rude.

                - E quanto aos pais da garota? Como vamos sobreviver, Cornelia? – pede papai chorando.

                - Eu a amo, você a ama. Qualquer coisa que acontecer com vocês, leve-a para o pai, a mãe dela morreu quando ele foi para os Jogos. Gabriela vai mantê-los bem, ela tem as facas. – fala ela pondo um arco e algumas flechas nas mãos.

                Então a cena muda e a vejo lutando contra a Capital, vejo os distritos perdendo e um deles ser resumido às cinzas. A cena muda de novo, dessa vez vejo Snow em uma edição dos Jogos Vorazes.

                - E para que todos paguem pelo levante contra a Capital, que a cada ano mandem um tributo e uma tributo para arriscarem sua vida em uma arena, para que lutem até que apenas um fique vivo. – diz ele, o cheiro de rosas impregnava o ar, eu até podia senti-lo. A cena muda e vejo Cornelia com uma faca no abdômen, meu pai ajoelhado ao seu lado chorando.

                - Gabriela, diga a Gabriela para ela não ser quem não é. – diz ela e suas pálpebras se fecham.

                Então eu acordo sobressaltada, Dylan estava deitado comigo na cama do seu quarto, seus olhos me vigiando.

                - Calma, o que foi? – pede ele me abraçando.

                - Nada, acho que desmaiei. – falo.

                - É, você desmaiou, mas está tudo bem agora. – Dylan me puxa para perto dele e me beija.

                - Eu... tive um sonho ruim. – falo lembrando daquilo e de como eu estava invisível ouvindo a conversa de Francisco e Cornelia.

                - Gabriela, nós... entraremos na arena hoje. – fala ele infeliz.

                - O que? – digo de olhos arregalados.

                - Quer dizer, amanhã, são dez horas da noite, amanhã, às três horas da manhã. – diz Dylan.

                Apenas suspiro e deito a cabeça no sei peito nu e musculoso. Passo os braços ao redor da sua barriga e não ouso sair dali por uma meia hora.

                - Dylan, eu estou com medo. – falo chorando.

                - Seria tola se não estivesse. – diz ele me puxando para cima.

                - Mas você não entende, eu tive um sonho esquisito, eu podia ver meus pais, mas eles não podiam me ver, eles não eram meus pais de verdade, meu verdadeiro pai oi para os jogos e mataram minha mãe logo que nasci, foi Cornelia, minha mãe falsa que deu início aos dias escuros, ela estava com uma faca no abdômen, quase morrendo quando disse para Francisco, meu falso pai, que era pra mim não ser quem eu não era. – digo rápido e chorando no seu pescoço.

                - Foi por isso que desmaiou antes? – pede ele me juntando ao seu corpo, me abraçando forte.

                - Foi sim. – falo com um suspiro. – Depois que me disse para não ser quem eu não era, eu desmaiei. – finalizo.

                - Meu amor, eu estou aqui com você, eu sempre vou estar contigo. – diz Dylan beijando meu pescoço. – Eu prometo. – então ele entrelaça seus dedos nos meus e sorri.

                - Vamos nos arrumar, Peter e Nancy deixaram as roupas aqui. – digo me levantando e o puxando pelo braço.

                - Tudo bem, mas antes me dá um beijo. – fala ele sorrindo.

                E depois de meses ainda admiro o quanto ele consegue me fazer rir mesmo estando triste.

                - Não, não, vamos nos arrumar. – digo séria.

                - Primeiro o beijo. – diz Dylan rindo e me puxando pra cima dele.

                - Depois que colocar uma calça e uma camisa. – falo rindo.

                - Ah, qual é? Essas roupas vão ser o início do pesadelo, prefiro antes. – fala ele.

                - Então? Eu vou te tirar do pesadelo te dando um beijo. – digo sorrindo.

                - Não, antes. – insiste ele.

                - Depois. – teimo rindo.

                - Agora. – fala Dylan.

                Então ele se vira rapidamente e fica em cima de mim segurando meus pulsos.

                - Me solta! – grito rindo.

                - Depois que me der um beijo. – fala ele sorrindo.

                - Tudo bem, mas me solta. – digo.

                Ele solta meus pulsos e saio correndo pelo quarto.

                - Ah, não. – ele levanta rindo e corre atrás de mim, até me pegar no closet.

                - Eu te amo. – falo sorrindo.

                - Eu te amo. – diz ele.

                Então eu o beijo, Dylan me pega no colo para que fiquemos um na altura do outro, no momento em que Haymitch entra no quarto. Ele murmura alguma coisa e vejo que está bêbado, sai cambaleando e bate a porta.

                - Agora vamos nos vestir, ok?

                - Chata. Tudo bem.

                Nos vestimos e estou saindo pela porta quando ele me chama.

                - Gabriela, se... alguma coisa acontecer comigo logo no Banho de Sangue, por favor, não desista de lutar.

                - Eu não vou deixar nada acontecer com você. – me viro e corro em sua direção derrubando-o na cama. – Nunca vou deixar ninguém tocar em você. – falo, mas no fundo sabendo que eu ou ele jamais retornaria para casa, ou nenhum.

                Ele sorri e nos levantamos, indo para as nossas respectivas placas, Peter me acompanha e Nancy acompanha Dylan, meu coração se apertando novamente enquanto a minha vida entrava no seu tubo de metal.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

xoxo



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Jogos Vorazes - Parte Dois" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.