Jogos Vorazes - Parte Dois escrita por Katniss e Peeta


Capítulo 1
A garota com as facas


Notas iniciais do capítulo

Bom, olá, meu nome é Gabriela e vou postar esta fic sobre os Jogos Vorazes, espero que gostem, comentem.



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Era uma manhã fria de inverno, uma leve camada de neve cobria a Costura. Levantei e me vesti em uma grossa - mas não suficiente - camada de roupas que eram dedicadas para o dia da colheita. Hoje, dois tributos – um masculino e um feminino – de cada distrito serão escolhidos para participar dos Jogos Vorazes, como me inscrevi às tésseras e tenho 15 anos, meu nome aparecerá mais de dezesseis vezes naquele globo de cristal enorme.

Sou ótima arremessando facas, e como moro com meu pai e mais dois irmãos – Mag e Mike -, tenho que arriscar minha vida indo caçar para alimentar essas três bocas mais a minha.

Abri a porta com cuidado para não acordar ninguém e a fechei com o mesmo cuidado. Corri em pela Campina e passei pela cerca do nosso distrito, o 12, estando no mesmo lugar que vem mantendo minha família viva durante quatro anos, desde que apendi a manusear as facas.

Logo de cara dei uma facada em um peru selvagem, que estava em um galho baixo perto das prímulas e dos morangos, era grande o suficiente para todos nós depois da escolha dos tributos.

Quando eu estava tirando as suas penas, ouvi passos e me esgueirei  no alto de um enorme salgueiro.

Um garoto alto de olhos castanhos que aparentava ter uns dezoito anos aparece com dois esquilos na mão era Dylan Pick, morava perto da nossa casa na Costura. Logo que viu o peru que eu havia caçado solto em uma pedra, o agarrou e começou examiná-lo.

-Sabia que eu posso te matar, não é? Roubar é frequentemente punível com a morte! – rosno para ele, saltando do galho e parando ao seu lado com uma faca em cada mão.

Ele estende a ave rindo e fala:

- Eu estava apenas olhando, pela gravidade do ferimento no alto do pescoço, digo que o esfaqueou de longe. É tão boa assim com as facas?

Atiro outra em um coelho, que logo cai, respondendo a sua pergunta.

- Sou Gabriela, o que faz na floresta? – pergunto limpando a faca em algumas folhas macias.

- Meu nome é Dylan – diz ele me observando -, ah, eu conheço você, é a garota com as facas, isso comprova a habilidade, moramos perto um do outro, não é? – termina Dylan.

- É, moramos. – falo enquanto tiro as entranhas do coelho. – Ainda não respondeu minha pergunta, o que faz na floresta?

- O mesmo que você, Gabriela. – diz ele ainda me encarando.

Nesse momento algo surge da floresta, não surge exatamente, mas eu ouço passos e latidos próximos, devem ser cães selvagens.

- Vá, garoto, suba naquela árvore ou estaremos muito encrencados. – falei alarmante.

Obedientemente, ele escala a árvore com extrema agilidade, se mascarando nas suas sombras. Eu subo com rapidez logo atrás dele, bem quando a matilha aparece esbaforida. Os cães rosnam e se deitam ao pé da nossa árvore.

- Ótimo, agora estamos presos, temos que estar na praça central às três horas. – sussurro indignada.

- No máximo até a uma eles ficam aqui, agora são sete da manhã, apenas mais seis horas se tivermos muito pouca sorte. – sussurra Dylan de volta.

- Seis horas presas aqui com você? E nesse frio? – explodo na cara dele.

- Veja pelo lado bom, aqui tem nozes! – ri ele, comendo um bocado.

O examino da cabeça aos pés, garoto alto, pele clara pouco bronzeada e olhos castanhos despreocupados, mas ao mesmo tempo selvagens e atentos. Cabelos desgrenhados que lhe caem em cachos sobre a testa igualmente da cor dos olhos, o corpo musculoso e ágil, o rosto sem expressão, enquanto ele tira a jaqueta e me oferece.

- Não preciso, eu estou bem. – digo desviando o olhar que ele flagrara.

- Veja só, você está tremendo! – ele fala enquanto coloca a jaqueta de couro macio em minhas costas.

- N-não preciso. – falo tremendo e batendo os dentes.

Ele ergue as sobrancelhas e por fim fala:

- Não precisa?

Viro de lado e me encolho abraçada nos joelhos. Pensando em quando eu iria me livrar do garoto irritante e extremamente encantador que proporcionava aos meus olhos uma distração, a de ficar todo segundo observando suas feições que me conquistavam, enquanto eu tentava tirar as imagens e os pensamentos da memória.

- Garota com as facas? – chama ele. – Feliz Jogos Vorazes! – e sorri comendo mais um punhado de nozes.

- Feliz? Meu nome aparecerá lá mais de dezesseis vezes! – rosno frustrada enquanto tento sem sucesso aquecer minhas mãos geladas.

- Veja bem, o meu aparecerá mais de 28 vezes! – rebate Dylan dando de ombros.

- Você tem quantos anos? Dezoito? – pergunto.

- Está adiantada, tenho dezessete. – diz ele pegando minhas mãos e esfregando nas suas, até deixa-las bem aquecidas.

- Por que fez isso? – pergunto já sem a carranca de antes, mas confusa.

- Porque, digamos, tenho medo de levar uma facada. – ele fala rindo. 

O olho e atiro uma das facas pra ele. Ele tinha um arco com algumas flechas nas costas, mas mesmo assim, lhe entreguei uma faca, recompensa pelo esquentar das mãos e pela jaqueta, assim ficamos quites.

- Pegue, não vou precisar de três. – digo olhando pro nada.

- Obrigado, mas não sei dar facadas por aí! – fala Dylan pra mim examinando a lâmina negra da faca.

- Ah, você aprende! – agarro a lâmina de uma das minhas e a jogo longe cravando entre duas árvores em um salgueiro ainda pequeno.

- Uau, não é por nada que te chamam de A garota com as facas! – diz ele me observando.

                - Os cães já foram embora, venha vamos descer. – falo escalando de volta para o chão.

                Na descida, meus dedos ficam congelados e senti que ia despencar de uma altura de 9 metros quando duas mãos me seguram pela cintura, proporcionando um equilíbrio.

                - Ah, bem, hã... Obrigada! – sorrio um pouco e salto para o chão.

                - Sem problemas. – Dylan desce e pega a faca que antes eu havia cravado no salgueiro, me entregando com um sorriso.

                - Nos vemos hoje de tarde na praça? – Pergunto e ele responde com um balançar afirmativo com a cabeça.

                - Tchau Gabriela. – ele acena rapidamente e eu saio correndo, indo em direção à Campina para chegar em casa e alimentar meu pai e meus irmãos.

                Passo pela cerca, que, novamente está muda e corro para casa, lembrando de colocar a ave e o coelho dentro do saco de caça e deixar as facas embaixo de uma rocha.

                Ao chegar, Mag já está vestida com um vestido de veludo rosa clarinho e Mike colocou sua melhor roupa para a colheita. Meu pai me dá um abraço e cantarola enquanto coloca para cozinhar a caça. Lavo-me na banheira com água fervida e coloco um vestido verde que era de minha mãe, o qual estava em cima da minha cama.

                - Pai, tem certeza que quer que eu vista isso? Você sempre guardou esses vestidos como joias, tem tanto ciúmes deles... – falei apalpando o tecido macio.

                - Eles são como joias, mas você é mais preciosa que eles, está linda. Arrume seu cabelo e vamos para a praça depois de comer um pouco de peru. – diz ele com um sorriso esboçado.

                Faço um rabo no cabelo e coloco uma fita laranja. Comemos enquanto meu pai canta, ele sempre fez isso depois que minha mãe morreu naquele acidente com algumas fórmulas no distrito, ele canta canções de amor, de ninar, há muito tempo já esquecidas pela nossa família.

                Logo depois da ceia, nos encaminhamos para a praça, eu não teria que me preocupar com Mike, ele tinha apenas onze anos, então não seria escolhido para ser um tributo, Mag tinha 12, mas ela com certeza não irá ser escolhida, e eu, bem, aparecerei lá mais de 16 vezes, mas como diz Effie, espero que a sorte esteja sempre ao meu favor.


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Notas finais do capítulo

E aí gostaram do primeiro? Em breve postarei os outros.



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