On Your Side escrita por Lightweight


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Todos já sabiam que era a Demi KKKKKK'



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- Você só pode está brincando comigo – sussurrei para mim mesma.


- Conheçam minha esposa Mandy, e minha filha Selena – meu pai falou com orgulho.


- Prazer em conhecê-los. Me chamo Dianna – a mulher loira falou ao abraçar minha mãe e depois a mim.


- Demi, filha. Não seja tímida.


Demi tímida? Ok, ela não deve saber o que a filha faz com as novas alunas da escola.


Demi veio até nós, pondo-se lado a lado com sua mãe. Ficamos nos olhando sem dizer nada. Na minha cabeça era como se não restasse mais ninguém na sala, era apenas eu e ela. Não conseguia desviar meus olhos dos seus. E mesmo que eu conseguisse, acho que não o faria.


- Algum problema, garotas? – a mãe de Demi perguntou, passando o olhar de mim para a filha.


- Hm... n-não. É só que... nós já nos conhecemos – falei apontando o dedo indicador para Demi, ainda sem tirar meus olhos dos seus.


Dei uma breve olhada ao meu redor. Nossos pais já não estavam na sala, talvez foram para o  escritório. Esse é o problema de quando estou com Demi, eu nunca tenho certeza de nada. Há sempre um “talvez”, “possivelmente”, “provavelmente”.

- O que? Como? – minha mãe perguntou curiosa, sentando-se em um grande sofá, seguida por Dianna, ao meio, e Demi de seu lado. Sentei-me no braço de uma poltrona.


- Na escola – Demi respondeu, talvez eu tenha demorado tempo demais formulando uma resposta.

- Oh...isso é incrível, garotas. – a mãe de Demi falou


- Talvez vocês possam sair qualquer dia – minha mãe disse, a fuzilei com os olhos, tentando impedi-la de continuar. – Selena não tem saído de casa desde que chegamos, foi apenas para a escola. Você poderia mostrar a cidade pra minha menina, Demi?


- MÃE – falei sem graça


- Demi adoraria, não é Demi? – Dianna cutucou a filha com o cotovelo, forçando-a a aceitar o pedido de minha mãe.


- Claro – sorriu – Já tinha me oferecido pra isso. – seus olhos nunca deixaram os meus, causando-me um pouco de desconforto por seu olhar.


- Obrigada Demi. Será bom pra Selena se divertir um pouco.


- Não precisa agradecer, senhora – Demi sorriu, agora olhando para minha mãe, que sorriu de volta.


- Não me chame de senhora, me sinto velha – riu – Você pode me chamar de Mandy. – Ok, quem é essa mulher no sofá e o que ela fez com minha mãe? Até parece outra pessoa.


- Tudo bem senhora, quer dizer, Mandy – Demi disse


- Selena, por que você não leva Demi pro seu quarto, enquanto eu e Dianna terminamos o jantar?  – minha mãe pediu


Assenti com a cabeça, e levantei da poltrona onde estava sentada. Dei às costas para elas sem dizer nada, e quando meu rosto já não podia ser visto, rolei os olhos em uma demonstração de desgosto.


Demi me seguiu, ficou a apenas alguns passos de mim. Eu podia sentir seus olhos percorrer todo o meu corpo. Essa garota parece um menino excitado.


Abri a porta de meu quarto, e a esperei entrar. Dei um longo suspiro, tenho feito muito isso ultimamente. Entrei e bati a porta com calma.


“Espero que ela não tente nada”, pensei





(...)





- Qual o seu problema? – perguntei à garota sentada na beira de minha cama, de frente para mim, enquanto eu permanecia de pé.


- O que? – disse confusa


- Qual o seu problema? – repeti – Em um momento você está toda em cima de mim, e quase me beijando; e no outro, bem, você está assim – apontei para ela.


- Eu não estava em cima de você – deu de ombros – E por que como eu estou agora te incomoda? Prefere que esteja próxima de você como na escola? – falou levantando-se e caminhando até mim, conseqüentemente me fazendo dar passos para trás, recuando. Até que já não era mais possível, minhas costas bateram de contra com a porta.


- Você gosta de quando meu hálito quente bate em sua pele? – falou enquanto depositava um beijo na cartilagem de minha orelha.


Eu não conseguia pensar em nada coerente para dizer, e talvez fosse melhor não tentar. O ato de abrir a minha boca faria com que sons indesejados saíssem dela, e não seriam palavras.


Sua mão esquerda estava acariciando o meu rosto, a direita estava pressionada a porta, bem ao lado de minha cabeça. Seu corpo estava colado ao meu. Sua boca continuava brincando com minha orelha, mordiscando levemente e descendo até o pescoço, causando-me um pouco de confusão, por seu toque ser tão agradável e irrecusável. Eu precisava criar forças para resistir. Sou apenas um brinquedo para Demi. Apenas uma distração por não ter mais quem ela ama.


- Pare, Demi – falei tentando soar o mais convincente que pude, mas acho que não funcionou.


- Por quê? – falou com a respiração batendo em meu pescoço, causando-me a tremer – Não precisa fingir, Selena. Você quer isso tanto quanto eu.


- Não, eu não quero – falei empurrando-a longe. Não sei de onde tirei forças, ela é bem mais forte que eu.


- Não me faça rir, Selena – gargalhou – toda garota naquela maldita escola me quer, até as que não são bi ou lésbicas. – falou convencida.


- Desculpe por ferir o seu ego, mas você não faz o meu tipo – disse indiferente.


- Eu sou o tipo de todas


- Então, por que não vai atrás delas e me esquece? – falei, acho que alto demais.


Esperei uma resposta sua, mas não veio.


- Está tudo bem aí, garotas? – ouvi minha mãe perguntar atrás da porta fechada.


- Sim, mamãe – respondi


- Ok, o jantar está quase servido. Desçam logo – não respondi. Ouvi o som de seus passos desaparecerem, agora era seguro para retomar a conversa.


- Eu sei o que você está fazendo, Demi – comecei, ela continuou a me olhar com uma expressão que eu não conseguia ler.


- Me falaram sobre o que aconteceu com a sua namorada e...


- Quem falou sobre ela? Foi aquela garota que está sempre com você? – senti a raiva crescendo em sua voz.


- Calma, Demi. – aproximei dela com o objetivo de acalmá-la, mas foi sem sucesso, ela se afastou. – Só me deixa terminar.


Ela apenas assentiu com a cabeça


- Fiquei sabendo que você perdeu sua namorada em um acidente de carro, e...desde então não se compromete com mais ninguém. Ainda se culpa por um acidente que obviamente você não é a culpada.


- Eu não vou falar sobre isso com você – falou pegando sua bolsa que estava em minha cama, mas puxei seu braço quando fez menção de sair do quarto.


- Eu só queria te pedir uma coisa – falei no tom mais calmo que consegui


- Seja rápida – falou impaciente, batendo o pé como uma criança mimada.


- Pare de tentar fazer algo acontecer entre nós duas. Como você já disse, todas as garotas da escola te querem, então pra quê insistir em uma pessoa que não tem interesse nenhum em você e ainda por cima tem namorada? Eu não estou disponível, Demi. Amo minha namorada mais que tudo, ela é o que mais importa pra mim, e não é uma riquinha mimada que tem tudo o que quer, que vai destruir o meu namoro.


Esperei uma resposta vindo dela, mas o quarto estava em total silêncio. Uma tensão quase assustadora.


- Não finja que você não sabe sobre o que é isso. Tudo é um jogo pra você, uma corrida para entrar em minhas calças. Então desista, você não vai conseguir nada de mim. Não é por que seu namoro fracassou, que deve tentar fazer o mesmo com o meu – acho que fui dura demais nessa última parte, mas quando dei por mim, as palavras já haviam pulado de minha boca.


- Você não sabe nada sobre mim, e que essa seja a última vez que fale ou insinue algo sobre o meu namoro com Chloe – falou irritada, puxando o seu braço para longe do meu. Pisquei uma vez e sua figura já não podia mais ser vista.


Desci às escadas e encontrei meu pai conversando com o pai de Demi no sofá. “Ela deve estar na cozinha com nossas mães”, pensei.


- Selena – ouvi meu pai chamar


- Sim? – falei me voltando para ele.


- O que aconteceu com a Demi no seu quarto? – perguntou


- N-nada – disse nervosa – Por que a pergunta?


- Ela saiu um pouco chateada, acho que estava chorando – disse

- Demi nunca chora – O pai de Demi completou


Deus, o que eu fiz? Preciso consertar isso.




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Notas finais do capítulo

To preparando uma OneShot, talvez poste ainda essa semana ;)
Gostei muito do que já escrevi até agora, espero que gostem...