Uma Vez Winchester, sempre Winchester escrita por Crica


Capítulo 1
Capítulo 1




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NOTA DA AUTORA: Como de médico, escritor e, principalmente, de louco, todo mundo tem um pouco, segue mais um devaneio de algumas noites de hiato. Sem nenhuma pretensão, só diversão.

Então, façam um esforço e imaginem que nada de trágico aconteceu depois da ‘guerra’ entre o Céu o Inferno, que tudo, de alguma forma, acabou bem e a vida continuou seu rumo. Mas façam um esforço mesmo, porque esse texto só funciona se vocês colaborarem, usando a imaginação.

 

Boa leitura.

 

oooOooo

 

 

Capítulo 1:

 

Era uma manhã ensolarada de domingo no subúrbio.

 

Diante do espelho da sala de estar, um homem observava o reflexo de sua imagem. Corria a mão pelo contorno do rosto e alisava a barriga, tentando medi-la. Pôs-se de lado e amarrou a cara. Encolheu o abdome o quanto o fôlego suportou. Voltou-se novamente e relaxou, deixando os ombros caírem para frente.

 

_Amor...- uma voz suave veio despertá-lo _ O que está fazendo aí?

 

_Sarah, estou ficando barrigudo?

 

_Ora, Sam, o que isso importa, meu bem?

 

_Importa e muito! Nunca fui gordo e depois de velho vou ficar barrigudo? Só me faltava essa...

 

_ Pois fique você sabendo que eu amo cada pedacinho desse velho. – abraçou o marido por trás.

 

_ Como o tempo passou tão depressa? – voltou-se para a senhora e segurou-lhe o rosto entre as mãos.

 

_ Para mim você ainda é lindo, inteligente e o homem mais gentil que já conheci.

 

_ Eu já disse que te amo, Sarah Winchester?   -beijou-lhe os lábios.

 

_ Nos últimos cinco minutos não, mas creio que poderei perdoá-lo por isso.-sorriu.

 

_Dean ligou? – Samuel caminhou ao lado da esposa em direção à ampla e bem equipada cozinha.

 

_ Não.- Sarah apanhou duas xícaras e encheu-as com um chá de aroma adocicado, entregando uma ao esposo _ Mas não se preocupe. Ele virá.

 

_ Com certeza. Meu irmão não perderia comida grátis.

 

Sarah sorriu, concordando.

 

Ambos tomaram seu chá em meio aos preparativos para o evento que ocorreria nos próximos dias.Verificavam catálogos, cardápios, reviam anotações e planejavam os últimos detalhes.

 

o-o-o-o-o

 

_ Ei, Johnny! Onde estão as chaves do carro?! – outro homem um pouco mais velho gritou do andar de cima da casa de onde administrava um ferro-velho.

 

_ Na gaveta da direita, na cômoda, pai! – respondeu o jovem no andar de baixo.

 

_Não estou achando.Tem certeza de que guardou aqui?!- Gritou novamente.

 

_ Não, pai.-respondeu aos berros _Não tenho certeza porque não fui eu quem guardou as chaves. Foi você, está lembrado? 

 

_ Se eu lembrasse de onde coloquei as chaves, não estaria perguntando! - já perdendo a paciência e batendo as gavetas.

 

_Aqui, pai. – o rapaz surgiu, de repente, por trás de seu pai, levantou alguns papéis e entregou-lhe o chaveiro. _ Tem certeza de que quer usar o Chevy nessa viagem? Não acha que o velho Impala merece um descanso? – o jovem alto, de cabelos castanho-claro e sugestivos olhos amendoados, cruzou os braços sobre o tronco, encarando o pai com um sorriso.

 

_ Nah... A minha garota está ótima. – deteve-se diante do espelho preso à parede e mirou-se nele, observando seu reflexo.

 

_ O que foi? – quis saber o jovem. _ O senhor está bem?

 

_ Estou velho, Johnny. Velho. – passou as mãos pela barba grisalha e ajeitou uma jaqueta de couro sobre a camisa.

 

_ Que besteira, pai.- abraçou o outro, conduzindo-o pela escada _ Você só faz 70 em janeiro e, hoje em dia, ter a sua idade não é nenhum  espanto.

 

_ Vamos embora, garoto. – atirou as chaves do carro para o filho e continuou andando para fora da casa.

 

_Você vai me deixar guiar? É isso?! – Johnny estava surpreso, pois se havia uma coisa da qual seu pai tinha ciúmes, era daquele velho carro.

 

_ Alguém tem que aprender as manhas dessa máquina, não é? E onde já se viu um Winchester que não dirija bem? – Parou de repente, com uma lembrança _ O seu tio Sam não conta... – Dean entrou no automóvel e sentou-se no banco do carona.

 

o-o-o-o-o

 

 


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Notas finais do capítulo

Primeiro capítulo curtinho, só pra acostumar com a idéia.