Um Diário Antes Da Fama escrita por mile_ramos


Capítulo 4
Capítulo 4 : Nathalie apaixonada?




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– É, realmente parece que abandonamos o...a... -  Thaly disse.

– O, a o quê? – Eu falei, tentando descobrir o que ela quis dizer.

– Aquela lanchonete que nós íamos...

– Ah tá! Aquela perto de casa? – Julie estava quase acertando.

– Isso, isso, qual o nome dela mesmo?

– Nossa, Thaly! Já se esqueceu? O nome dela é Rock Food! – Disse Julie respondendo a pergunta.

– Isso mesmo! Não parece que abandonamos ela? Já estamos aqui pela 3ª vez! – Falou a Thaly, já se sentindo em casa.

Logo descobri o motivo pelo qual ela tivesse esquecido: Felipe B. Ele estava vindo anotar os pedidos, e foi isso que a fez esquecer-se da nossa ex (ou não) lanchonete favorita.

Felipe veio, e eu e Julie em sã consciência pedimos uma pizza. Porém Thaly distraída em excesso com o Felipe pediu um cachorro-quente.

– Pra sua sorte, se chama Mac PIZZAS, mas temos hot-dogs sim!

– Sério?! Me traz então um desses, por favor.

Enquanto Felipe foi preparar o pedido, falamos pra Thaly que já estava indo longe demais; esquecer o nome da lanchonete favorita, pedir hot-dog na pizzaria, ficar distraída... Foi aí que resolvemos falar pra Thaly que ela devia esquecer ele logo de início, antes que se iluda.

– Me iludir com o quê?

–Você deve estar pensando que só porque aquele dia ele se preocupou contigo ele gosta de você.

– Na... – Thaly foi severamente interrompida pelo Felipe com os pedidos.

No mesmo instante, Thaly começou a rir do nada. Ela riu tanto que contagiou todos, que começaram, também, a rir loucamente, até que o Felipe perguntou:

– Por que ou de quê estamos rindo? – todos olharam pra Nathalie, o que fez ela ter outro ataque de riso contagiante, mas Felipe teve que ir voltar a atender os outros clientes da lanchonete, e ficamos as 3 lá rindo sem saber do quê, a não ser Nathalie...

Na terça, quando estávamos na escola, reconhecemos que essa foi a melhor ida ao Mac Pizzas.

– É Thaly, pelo visto você fugiu da nossa conversa ontem, né... – Julie disse lembrando-se da noite anterior.

– Ah, eu ia responder, mas fui interrompida naquela hora. O único jeito foi rir loucamente. – Thaly disse explicando a situação.

– Hum, mas voltando ao assunto, responda!

– Tipo... Acho que não gosto como vocês estão pensando, mas acho ele legal ...

– Colega, amigo de escola, amigo íntimo até o namoro... – falou Julie.

– Acho que não... Nada a ver, só amizade.

– Aham, sei... – Eu disse irônica.

Agora que falamos com o Felipe naturalmente no Mac Pizzas, hoje fomos falar com ele no colégio, quando bateu o sinal Felipe se despediu de nós com um beijo no rosto de cada uma. O que fez a Thaly ficar mais distraída ainda na aula.

– Nathalie, algum problema? – A professora chamou-lhe a atenção.

– Oi?! Desculpa, me distraí... Qual a pergunta?

– Perguntei se está tudo bem.

– Ah sim, tudo bem sim! Estou super atenta em sua aula!

– Aham, sei... Então me diz qual é a fórmula para calcular um ano-luz.

– É...

Julie diz corajosamente ao ouvido de Thaly a resposta, e ela responde corretamente:

– 9,5. 10¹²!

Acabou a aula e quando estávamos indo para casa, Nathalie tentou meio que dizer algo.

– Gente... Acho que o que vocês disseram... Ai não sei, será? Mas... Não... Vocês não podem estar certas em relação a isso... Eu e o Fe... Ah, deixa pra lá.

Ficamos olhando pra ela com a cabeça virada, como filhotinhos fofos fazem, tentando assimilar algo. Seria uma confissão tímida? Sério, só de pensar nisso não resisti e comecei a rir, essa foi a forma mais estranha de alguém admitir algo que eu já vi na vida, quando fui percebi estava rolando de rir no gramado da praçinha. Quando parei de rir e me levantei, percebi que havia várias pessoas a minha volta me olhando; Julie e Thaly já não estavam mais lá, devem ter saído de fininho quando perceberam o mico; pus minha mochila sobre meu rosto e vim apressada, cheia de vergonha, até chegar em casa. Logo em seguida a campainha tocou e eu ainda estava ofegante e vermelha por ter corrido tanto...

Quando abri a porta era Kadu, também ofegante, perguntando o que aconteceu, mas eu não consegui responder, estava muito cansada pra isso. O fato de ele vir até minha casa atrás de mim, me fez pensar: “Depois dessa, acho que poderíamos ser até bons amigos, quem sabe?”. Quando já estava com fôlego, convidei-o para entrar e tomar um suco, já que ele estava ali parado e em pé, há tanto tempo. E quando já estávamos descansados de tanto correr, Kadu ia me dizer algo, mas o celular dele tocou e ele teve que ir. Um tempo depois que ele foi, notei o enorme silêncio que estava na casa e fui procurar por minha mãe, daí percebi que a casa realmente estava vazia. Estranho, porque ninguém avisou que ia sair... O que houve?

Subi pro meu quarto correndo – pois é... Isso é o que o medo faz a gente passar – pra ver se tinha alguém online no MSN ou só pra passar o tempo no computador...

Quem tava online era nada mais, nada menos que ele, Kadu. Na verdade, tinha outros 23 online, mas não falo muito com eles. Não que eu tenha olhos só para o Kadu, mas é que ele é o único que eu falo, não, quer dizer... AH, ESQUECE. Mas enfim, o Kadu estava online e eu fui falar com ele... É que tipo, nem terminei de falar com ele aqui em casa, então fui finalizar a conversa. Porém antes que eu fosse clicar nele, ele já veio falar comigo:

– Oi, Tiffany (:

– Oiie, que bom te ver online :3

– Sério?! Tá feliz em me ver on? Bom saber disso, rs.

– É que geral da minha casa saiu, e tipo... Tô me sentindo meio sozinha :/

– Aceita minha companhia?

– Pode ser, rs. Algum assunto?

– Sim. Vc nem respondeu minha pergunta. Pq saiu tão rápido da praça.

– Paguei um “King-Kong” na praça e vim correndo. Natural, não?!

– Quer me contar o mico?

– Não, obrigada. É muito vergonhoso, rs.

O interfone tocou e eu fui atender, era minha família.

Voltando ao MSN:

– Kadu, o povo aqui de casa já chegou, obrigado pela companhia (:

– Nada, o prazer foi todo meu, bjs, se cuida.

Fui falar com meu pai e mãe, queria saber por que sumiram e nem me avisaram. Segundo eles, foram comprar os preparativos pro casamento. Querendo eu ir ou não junto, eles deveriam ter me perguntado, me consultado antes. Mas pelo menos o Kadu me fez companhia enquanto eles estavam fora.

Até que o Kadu é... Normal. Ele não é como aqueles garotos que vivem implicando / zoando com todo mundo; ele é simplesmente legal! Melhor eu parar de falar bem sobre ele, antes que meu cérebro comece a achar ele “legal demais”.

Umas horas depois, vi a solicitação de amizade de Kadu no meu Facebook e Orkut. Como ele tinha feito companhia pra mim, e tem sido um bom “colega”, o aceitei nos dois e deixei ele se sentir um pouco mais amigo virtual meu.


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