Descemos em Stockholm. Era nossa escala. O aeroporto estava completamente tumultuado. Eu e Amy desviávamos de milhares de meninas que gritavam e corriam sem parar.
-O que será que está acontecendo aqui? – Amy perguntou preocupada.
-Nem idéia… – disse eu enquanto procurava por alguma lanchonete ao nosso redor. –Ei Amy, vou ver se acho alguma coisa pra comer. Espera ai pelas nossas malas e eu te encontro aqui daqui a pouco.
Ela concordou e eu sai andando. Finalmente encontrei uma barraquinha que vendia alguma coisas pra comer. Tentava pedir em inglês o que eu queria, mas a moça não estava me entendendo. Quando acho que ela tinha ido pegar a coisa para qual eu estava apontando igual uma louca, ela me vem com uma carne meio esquisita com gosto de terra. Estava apavorada demais pra poder discutir. Peguei minha bolsa, paguei e sai em direção aonde tinha combinado de encontrar Amy.
Ela veio correndo em minha direção:
-Lauren, Lauren… você não tem ideia de quem está aqui – ela disse mal conseguindo fazer uma pausa entre as palavras. E ela continuou – Lauren… eu vi o Zayn, Lauren. Ele tá com os meninos tentando entrar no avião naquela muvuca de meninas ali.
-Ah Amy… se você quiser ir lá pode ir. Me desculpa de verdade, eu queria muito mesmo poder ver o Harry, mas agora eu to cansada demais. Acabei de ver meus pais por uma ultima vez pelos próximos um ano e meio e ainda não peguei esse idéia direito. –ela me olhou desapontada – de verdade, pode ir. Eu fico aqui com as coisas. – dei um sorriso amigável pra ela e ela me abraçou.
-Lauren? – eu me afastei e olhei pra ela. –A gente vai tá sempre juntas nessa independente de qualquer coisa. E eu te entendo. Esqueceu que acabou de acontecer isso comigo também? Só não deixe que essa distancia te atrapalhe de fazer as coisas. – ela passou o braço em volta do meu, com a outra mão pegou a mala e seguimos em direção a sala de embarque.
-Poltrona 5-A e 5-B tá aqui Lauren… Onde você tá indo?
-Ah, só vou dar uma passadinha no banheiro. – eu disse enquanto ela guardava sua bolsa de mão e sentava.
Continuei andando enquanto olhava pra baixo. Tentei abrir a porta do banheiro e pelo que parecia alguém estava lá. Sentei na ultima poltrona que estava vazia, apoiei o cotovelo na perna, enterrei o rosto na mão e voltei a chorar.
-Ei, ei. Você está bem? –alguém disse agachando e olhando para o meu rosto.
Era um menino. Eu estava completamente inviável de ser vista. Sério… estava inchada, vermelha, descabelada e toda amarrotada. Então ainda com o rosto apoiado nas mãos eu disse:
-Não, não está bem.
Então ele colocou as mão no meu ombro e ficou me encarando. Fiquei desconcertada e olhei pra ele então. Não sei o que aconteceu comigo então… só sei que meu coração estava batendo muito rápido e eu estava perdendo o ar…