Feitiços Em Meio À Corte De Inazuma escrita por Miyuki Suzuno Oowashi


Capítulo 4
Paixão Inesperada


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem. Boa leitura. =3



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–Você vai ficar aí parado? Sem nos dar explicação nenhuma?- perguntou Suzuno.

–Pra quê explicação?! Pra quê, se nós vimos tudo?!- falou Sandara, com raiva, mas com lágrimas ainda escorrendo pelo seu rosto.

–No final das contas, Sandara está certo. Aconteceu o que vocês viram, nada mais.- falou Nitsuke.

–E mais uma pergunta: você se apaixonou por mim só por causa da promessa que fez áquela Seiko? Ou foi por que eu me parecia até demais com ela?!- perguntou Sandara.

–Não! Jamais! Eu devo adimitir que quando vi você, me assustei muito e me lembrei da Seiko, afinal, vocês tinham o mesmo cabelo, os mesmos olhos… mas eu apenas me lembrei dela! Eu gostei de você de verdade, Sandara!

–Mentiroso!!! Eu sei que você está mentindo!

–Acalme-se Sandara, para o seu bem.- falou Fubuki, tocando no ombro de Sandara. Ela abaixou a cabeça para o lado, com ódio sendo mostrado pelas feições e falou:

–E-Está certo.

–Sei que é fora de hora, mas… o sol já apareceu. Não é melhor continuarmos andando?- falou Lika, sem se importar se iria levar um soco, já que podia se defender com magia.

–Não Lika, você falou no melhor momento.- disse Sandara, começando a andar. Ela olhou por cima dos ombros e falou, com raiva: -Se você ainda não percebeu, Nitsuke, não sou mais sua namorada.

Nitsuke já sabia disso, mas parece que quando Sandara falou isso, ele havia levado uma facada no coração.

Então, sem discutir nada mais, todos começaram a andar. Lika tinha de ir ao lado de Fukuda, já que todos prometeram ao rei e á rainha que ficariam de olho nela. Na frente, vinham Burn, Itzuko e Sakura, conversando sobre os poderes que os bruxos tinham e como poederiam melhora-los. Depois vinham Suzuno e Miyuki. Na frente deles, Sandara e Fubuki. Atrás de todos, Nitsuke, que ficava se culpando por tudo que havia causado na noite passada, se sentindo um lixo.

Depois de um tempo andando, todos conseguiram avistar uma cabana antiga, mas em bom estado. Sandara, sem querer, acabou sorrindo. Ela e Miyuki se olharam e começaram a correr em direção á cabana, sendo seguidas por todos. Ao passarem pela varanda, abriram a porta. Tudo estava como era antes, mas com poeira e algumas teias de aranha nos cantos mais escuros das salas. Sandara andou até uma prateleira e pegou um livro que estava caído no chão, Miyuki foi até um armário e pegou uma katana de uma época quando ainda tinha quatorze anos. Ao entrarem na cabana, Itzuko tocou em Suzuno e perguntou:

–Aqui era a casa delas?

–Antes de serem da Corte, mas depois de terem os pais… mortos.

Miyuki se virou, com um leve sorriso no rosto e falou:

–Sei que pode atrasar um pouco as coisas, mas… podemos passar pelo menos hoje, aqui?

Todos ficaram se entreolhando e acabaram dizendo que “sim”.

O dia inteiro foi praticamente só a arrumação da casa, ao cair da noite, todos aproveitaram para descançar. Itzuko, Sakura e Lika ficaram treinando alguns de seus poderes (para se entreterem com alguma coisa). Burn e Fukuda, como sempre, acabaram brigando. Na varanda, Sandara ficava sentada no parapeito da madeira, olhando para a lua e para a floresta, quase chorando. Na porta, Nitsuke ficava olhando para Sandara, querendo ir e se desculpar, mas ao mesmo tempo, sabendo que não conseguiria e que acabaria levando uma surra. E, dentro da casa, lendo um livro antigo, que parecia ser um diário de família Kiryu, Fubuki.

Fubuki quis ler o livro ao por os olhos na penetrante cor vermelha da capa, e o nome Kiryu na capa.

“10 de Janeiro,

sei que não deveria ter acordado como acordei, principalmete por ser uma moça de uma família nobre, mas… eu estou muito feliz. Este diário é meu e sei que um dia escreverei nele quando estiver casada com o homem ao meu lado. O nome dele é Mitsuo Kiryu. Nos conhecemos em Setembro do ano passado e ele me disse, ontem, que pediu minha mão ao meu pai. Se meu pai me der a notícia que eu quero ouvir, hoje, serei a mulher mais feliz do mundo.

27 de Abril,

este dia é exatamente um ano e 3 meses depois do meu casamento, mas ao mesmo tempo, é semana depois que minha querida filha, Sandara, nasceu. Ela é linda e não posso reclamar dela. Mitsuo, meu marido, trabalha o dia inteiro, mas consegue passar algum tempo com Sandara nos finais de semana, quando saímos para fazer um piquenique. Sei que Sandara é jóvem, mas sei que ela tem uma ‘saúde de ferro’, como falam, então, adoro poder tirá-la de dentro de casa (mas, é claro, apenas ficamos em nosso jardim).

–//-

12 de Julho,

já se passaram 13 anos. Passei muito tempo sem escrever, mas foi por causa de todas as festas e os meus dias cuidando da minha querida Sandara. Eu já deveria ter tido outras crianças, mas sinto como se devesse ter apenas uma filha brilhante. Sei que um dia ela será muito importante para Inazuma, mas ao mesmo tempo, sinto que ela passará por dificuldades ao longo da vida. Não sou bruxa, mas meu ‘sexto-sentido’ me fala que devo avisar á Sandara, que tenho certeza que um dia irá ler este diário: Sandara, seja forte e passe pelas dificuldades da vida tentando superá-las. Sei, sei por que lhe conheço melhor que qualquer outra pessoa, que você terá um belo futuro, e sei que um dia achará alguém, como eu achei o seu pai.”

Mas ao tentar ler algo mais, havia um borrão de tinta azul, misturado com sangue. Fubuki podia perceber que esta fora a ultima anotação da mãe de Sandara. Provavelmente, aquele era seu sangue, quando fora morta por Reika. Fubuki não quis imaginar a cena da morte dos pais de Sandara, então, fechou o diário e o guardou na prateleira. Ao olhar para todos os lados, pôde perceber que todos já haviam ido dormir. E, ao olhar para o relógio, viu que já era madrugada do dia seguinte.

–O que você está fazendo?!- falou uma voz, entre um sussurro e um grito.

Fubuki levou um susto, e acabou batendo de costas na estante e acabou derrubando alguns livros. Ao olhar para frente, viu Sandara. Ela usava um pijama branco (que hoje em dia pareceria um vestido que caía até os joelhos). Sandara estava com as mãos fechadas, formando punhos. Mas, por não gostar de ver livros amassados, ou rasgados, se aproximou e colocou os livros nas prateleiras. Fubuki, assustado, se afastou. Depois disso, Sandara se virou e falou:

–Se você tocar naquele diário de novo, você vai ver o que vai acontecer!- disse Sandara, quase gritando.

–E-Eu não pretendia lhe deixar com raiva. Me desculpe.

–Tudo bem. Nem sei como não levei isso comigo pro castelo…- de repente, Sandara se sentou no sofá e colocou a mão na testa.

–Sandara, está… tudo bem?- perguntou Fubuki, se sentando ao lado de Sandara.

–É que… quando eu encontrei aquele diário, foi logo depois de ver meus pais mortos no meio da entrada da minha primeira casa. Eu não sei como que consegui apenas ficar chorando.

–É por que você é forte.

–C-Como?

–Você é forte. Reika queria você morta, mas você se manteu viva.

–Sabe Fubuki, você é teimoso e me irrita, mas ao mesmo tempo, me ajuda. Obrigada.

–De nada.- disse Fubuki, dando um sorriso. Mas o sorriso dele se desfez, ao ver Sandara, dando um sorriso, mesmo tendo lágrimas caindo pelo seu rosto. Ele levantou a mão e limpou as lágrimas dela. De certo modo, se deixou levar e se aproximou de Sandara, sussurrando no ouvido dela:

–Eu sou seu amigo. Sempre irei te ajudar.

Ao olhar para Sandara, viu que ela estava assustada e ao mesmo tempo feliz. Ele olhou para cada traço do rosto dela, e o leve sorriso que ela fazia. Ele se aproximou mais ainda, chegando bem perto do rosto dela, que não se movia. Ela apenas fechou os olhos, não pensando em mais nada, apenas podendo sentir a respiração dele, cada vez mais perto, ficando cada vez mais próximos. Até que o inevitável aconteceu. Ele a beijou.

No corredor, olhando pelo canto… pôde sentir suas pernas fraquejarem, uma vontade de se tornar um assassino subir pela sua garganta, mas sabia que isso seria loucura. Não iria assassinar Fubuki. Se virou de costas, olhando para o chão, com raiva, e começou a andar em direção ao quarto. Ao entrar, acabou acordando Burn, Suzuno e Fukuda.

–Seu baka! Não dava pra entrar sem fazer barulho?- perguntou Burn, coçando o olho.

–Cala a boca, seu idiota!- disse Nitsuke, se deitando na cama e colocando o travesseiro em cima do rosto.

Burn, Suzuno e Fukuda se entreolharam e foram até Nitsuke.

–O que aconteceu, Nitsuke?- perguntou Suzuno.

–Acho que acabei de descobrir.- falou Fukuda. Quando Burn e Suzuno olharam para Fukuda, viram que ele estava com os olhos arregalados, olhando pela brecha da porta. Os dois olharam pela porta e também se assustaram. Os três fecharam a porta do quarto e olharam para Nitsuke, que estava com os punhos fechados. -Foi assim que eu me senti quando vi você beijando a Miyuki.- falou Fukuda, se virando para Suzuno.

–Pelo menos agora você tem a Reina.- disse Suzuno, cruzando os braços.

Nitsuke, de repente, se levantou e falou:

–Será que vocês não podem voltar a dormir?!

–Nitsuke, fique calmo! Com gritos e raiva, nada vai se resolver!- falou Burn.

–E você sabe como resolver a situação?! A Sandara acha que eu sou um canalha e que não gosto dela!

–E você gosta dela?

CLARO! Eu achei ela parecida com a Seiko, mas foi apenas coincidência! Eu gosto dela não por causa da aparência, mas por ela em si! Eu realmente gosto dela.

–Então, eu posso te ajudar.- disse Burn.

–Eu também.- falou Fukuda. -Não sabe como esse aqui se metia em problema com meninas.- disse, se referindo á Burn.

–O que eu posso fazer? Não vou ficar fora disso.- disse Suzuno. -Também vou te ajudar.

–Obrigada.- disse Nitsuke, ainda com raiva.

Depois disso, Nitsuke pensou, confiante:

Eu vou te ter, Sandara. Sei que você gosta de mim, mas sei que também tem raiva, ao mesmo tempo. Tenho certeza, de que daqui á alguns dias, vou fazer sua raiva ir embora e fazer você muito feliz.



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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Reviews please.