Fast And Furious- Miami escrita por Clara B Gomez Sousa


Capítulo 14
Sumiço


Notas iniciais do capítulo

Aqui as coisas ficam BEM tensas, mas, se "resolvem".
Enjoy :)



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14- Sumiço.

Kendall P.O.V.:

Voltei para o QG um pouco bêbado. Um pouco, não muito. Cambaleei pela sala de estar e fui para a cozinha beber um pouco de água. E então vi que passavam das duas e meia da manhã. Selena me surpreendeu quando apareceu na copa, e chamou meu nome, em voz alta.

- Kendall! – Ela gritou. Eu me virei, num susto, e, quando ela viu meu estado, arregalou os olhos. – O que aconteceu com você?!

- Nada. – Falei.

- Por que demorou tanto?

- Eu saí! – Respondi.

- Kendall, parece que você passou por um furacão! – Selena disse, me olhando de cima a baixo. – Ou... – Ela chegou mais perto, e cheirou meu hálito. – Você bebeu! Está bêbado!

- Não! – Gritei.

- Que hálito de álcool é esse, então?! – Ela rebateu. E então eu cedi.

- Pelo amor de Deus, não conte isso para o Justin. – Eu implorei. Ele odiava aquela minha mania, e eu sabia que era meio cretino da minha parte eu fazer a mesma coisa que o pai dele fazia, o grande motivo de muitas das coisas ruins pelas quais ele passou. – Por favor.

- Falando dele, aonde ele está? – Selena perguntou. – Ele desapareceu... Você o viu?

- Não. – Eu falei. – Ele deve ter saído, já, já volta.

Mas ele não voltou. Na manhã seguinte, nenhum sinal de vida dele. Eu comecei a procurá-lo pelo perímetro do QG, mas nada dele. Selena ficava cada vez mais apreensiva, ela dizia que ele podia ter sido raptado, e, aos poucos, eu comecei a me convencer de que algo havia acontecido mesmo a ele. Eu e Selena suspendemos as atividades nas rachas, sem Justin, não havia quase nada que pudéssemos fazer, e, além do mais, estávamos apreensivos. Os dias seguintes se arrastaram lentamente, e, por mais que quiséssemos, não podíamos fazer nada para descobrir aonde meu irmão estava. Contamos a Mirage a péssima notícia, e ela nos prometeu que faria o máximo para localizá-lo. Não funcionou. Ele havia sumido do radar. Quase uma semana depois, o e-mail de Selena havia recebido uma nova mensagem. Era de Justin. Uma luz.

- Ele está vivo! – Selena disse, ao ver o e-mail, depois de dar um grito de alegria e surpresa. – Justin está vivo!!

- O quê? – Perguntei, indo correndo da sala até aonde ela estava.

- Ele me mandou um e-mail!! – Ela disse. Abriu a mensagem, e eu só vi números.

- O que é isso? – Perguntei. Selena analisou a combinação de números e letras por alguns segundos, e, depois de perceber o que era, sorriu.

- Coordenadas! – Ela disse. – São coordenadas! Ele nos deu uma localização!

- E... O que fazemos? – Perguntei. Selena me fitou com um olhar descrente.

- Seu tonto, jogamos no GPS e achamos a localização precisa! – Ela ralhou.

- Então encontra a localização rápido pra podermos encontrá-lo logo, que eu quero vê-lo bem! – Falei, ignorando o meu princípio de Ignorar o Justin. Me surpreendi ao perceber o que eu havia dito. – Esqueça que eu disse isso.

- Claro... – Ela murmurou. – Vamos encontrá-lo logo.

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Justin P.O.V.:

- Tudo bem, eu conto!! – Falei, depois de uma ameaça do homem do cassetete, ele disse que iria baixar o nível mais ainda. E eu agi por impulso, contei a verdade. O homem deu um sorriso cínico.

- Você é mesmo besta, moleque. – Ele disse. Então, tirou seu cinto e começou a me bater com ele. Pareciam chicotadas. Cada uma pior que a outra. Eu gritava alto de dor. Ele só acertava minhas costas com o cinto, que era de couro.

- Você... – Murmurei. – Você disse que eu estaria livre!!

- Precisa parar de confiar nas pessoas. Espero que aprenda a lição agora. – Ele respondeu, me dando mais uma cintada nas costas. Eu gritei. E então, ele começou a me estrangular com o cinto, e com as mãos. Eu pensei que iria morrer, mas, então, ele saiu, e gritou algo sobre uma morte próxima. “A morte desse moleque”, ele disse. E eu engoli em seco. A única coisa a fazer era me deitar e esperar pela morte iminente.

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Kendall P.O.V.:

Em alguns minutos tínhamos uma localização. Pegamos nossas armas, já sabíamos que o seqüestrador era Royalton, eu e Selena fomos para o Mach-6, e corremos em alta velocidade até o lugar indicado pelas coordenadas dadas por Justin. Era um galpão abandonado, com uma casa adjacente, escuro e sombrio. Ótimo lugar para se ter um cativeiro.

- O que faremos? – Perguntei.

- Não sei. – Selena disse. – Esperar a guarda baixar, ou... Atacar.

- Qualquer coisa que seja agora. – Falei. – Não vou deixar aqueles canalhas ficarem nem um minuto a mais com o meu irmão.

- Kendall... É arriscado. – Selena disse.

- Eu sei. – Respondi. – E, na boa, eu nem ligo. Qualquer coisa para vê-lo bem.

Selena suspirou, mas assentiu, e começou a bolar um plano. Saímos do carro, com armas com silenciadores em mãos, e caminhamos sorrateiramente até o galpão. Entramos em silêncio no galpão, ainda caminhando com cuidado. Quando um homem apareceu, Selena lhe deu um headshot. A cabeça do homem praticamente explodiu em sangue, e ele desabou, inerte, no chão. Corremos até a entrada da casa adjacente, e encontramos outros homens. Damos mais tiros, avançando o corredor, até encontrarmos Royalton. Eu lhe dei um soco. Começamos uma briga, e Selena ficou sem saber o que fazer.

- Selena!! – Gritei, entre socos e chutes. – Encontre Justin!!

Ela assentiu, e saiu correndo.

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Selena P.O.V.:

Saí correndo pelo corredor, deixando Kendall e Royalton para trás, atirando nas pessoas que apareciam, no corredor sem portas, até encontrar uma, trancada. Dei socos e chutes na porta, na tentativa de arrombá-la, em vão, até perceber que eu tinha uma arma em mãos. Atirei na fechadura, e a porta se abriu. E eu entrei. Encontrei um quarto escuro e sujo, e, num canto, Justin. Ele estava encolhido, abraçava as próprias pernas, escondia o rosto por entre os joelhos. Eu abri a boca, em choque, ao vê-lo daquele jeito.

- Justin... – Chamei. – Justin!

Fui correndo em sua direção, e caí de joelhos ao seu lado. Justin levantou a cabeça, e eu vi. Ele estava terrível. Hematomas, cortes e marcas vermelhas pelo rosto. Estava com olheiras intensas, e seu rosto estava mais fino. Também estava sujo de poeira e sangue seco.

- Meu Deus... Deus, que bom que você está vivo... – Murmurei, com lágrimas nos olhos. Eu o beijei nos lábios, um beijo suave, e o abracei. Dei-lhe mais beijos, murmurando que o amava, no intervalos dos beijos. Imediatamente quando nos separamos, no último beijo, ouvi a voz de Kendall.

- Vamos logo, – Ele disse. – Royalton está pedindo reforços.

Eu assenti, e levantei Justin. Saímos do quarto, e começamos a correr. Alguns segundos depois, eu olho para trás, e vejo Justin parado, apoiando o braço na parede do corredor. Ele foi escorregando até o chão, e, quando estava sentado, ele baixou a cabeça, e cobriu o rosto com a mão direita. Eu fui correndo até ele.

- Ei, ei, o que aconteceu? – Perguntei. E então comecei a ouvir soluços dele. E percebi que ele tremia.

- E-eu... D-dói muito, Selena... – Justin murmurou, soluçando.

- Consegue andar? – Perguntei.

- Não... – Ele respondeu. – Mal... Consigo ficar de pé...

Eu o fitei por alguns segundos, e achei melhor chamar Kendall. Eu o gritei, e ele voltou até nós. E eu disse a ele que Justin não conseguia andar, e ele não demorou a pegar o irmão no colo e levá-lo embora dali, correndo. Eu o segui, dando cobertura com a arma que eu usava, pelas costas, mas não havia mais ninguém lá. Kendall deitou Justin no banco traseiro de um dos carros dos homens mortos, que estavam com chave engatada, o Mach-6 só cabia duas pessoas. Eu dirigi o carro em que Justin estava, uma Mercedes Benz preta, e Kendall foi no Mach-6 até o QG. Quando chegamos, quase meia hora depois, Kendall levou Justin até o sofá. Kendall o deitou lá, e só então nós percebemos que ele havia desmaiado. Eu peguei gelo, enrolei numa toalha e encostei o “pacote” de leve no canto de sua boca, para limpar o sangue. Mesmo estando Justin inconsciente, ele franziu a testa, sentindo a dor. Eu continuei fazendo aquilo, até a toalha tomar um tom avermelhado de sangue. Cuidei um pouco mais dele, limpei seu rosto totalmente, até ele abrir os olhos lentamente. Estava assustado, eu podia perceber aquilo pelo seu olhar. Havia algo de errado. Algo muito errado.


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Notas finais do capítulo

Comentem!



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