30 Days escrita por nahinthesky


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Tá atrasado mesmo U_U



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Olhou para janela e viu a neve cair lentamente até o chão, seus olhos se prenderam em dois flocos estranhamente próximos, que caiam juntos até atingir o chão coberto de neve.
Aquele seria mais um natal em que passaria com seus primos, mas na verdade só se importava em ver um deles, e se sentia um tanto egoísta por isso.
Pela milésima vez se questionou sobre seus sentimentos pelo primo, Hugo, se questionou sobre se era certo e, novamente chegou a mesma estúpida conclusão de sobre como aquilo era errado, e de que, talvez, aquele sentimento de querer ver o sorriso dele, ou só estar próxima a ele era só algo que normalmente as pessoas sentiam pelos primos.
Mas nunca se sentirá assim por Louis, ou por Fred II, o que tornava as coisas mais estranhas, pois nunca fora normal sentir isso, mas a algum tempo sentia inveja das garotas que Hugo costumava ficar.
Se sentiu mal por gostar tanto assim de seu primo, mas Hugo a entendia de um modo estranho desde que era pequena, e alem do que, não diziam que não importava quem se era quando amava alguém, se esse alguém era seu primo, ou, como no caso de Rose, seu “maior inimigo”.
- Lily? – Ouviu Roxanne chamando seu nome, fazendo-a se desfocar de seus pensamentos. -  Ted chegou.
Sorriu para a prima, se levantando da borda da janela e descendo as escadas conversando sobre Hogwarts e a mudança da prima para a sua escola.
- TED! – Lily gritou assim que viu os cabelos azuis de seu quase-primo refletidos pelas luzinhas da árvore de Natal, logo começando a correr na direção do homem ali parado.
- Lily! – Ele a abraçou de volta.
Talvez estivesse velha demais para esse tipo de coisa, mas realmente não se importava, pois Ted ensinará a fazer mais da metade de todos os seus feitiços, alem de normalmente leva-lá ao centro de Londres para ver teatros e cinemas trouxas, que ela tanto costumava gostar.

Hugo, sentado em um canto da sala, jogava xadrez bruxo com Fred II, que ria de sua cara sempre que errava uma jogada por estar ocupado demais olhando Lily abraçada a Ted e conversando animadamente com o homem sobre o próximo teatro que iriam ir.
Bufou, ouvindo a risada de Lily encher o lugar.
- Xeque-mate. – Fred anunciou, fazendo com que Hugo bufasse de novo, odiava perder para Fred naquela droga de xadrez bruxo, derrubou o próprio rei e se levantou, indo para a varanda.
Sentou na velha cadeira de balanço, e ficou olhando a neve cair.
Odiava ver que Lily parecia ser mais próxima de Ted do que dele, pois sempre foi visto como “o primo preferido de Lily” por toda a família.
Talvez aquilo não fosse o suficiente para ele, como chegará a conclusão a um mês atras.
Ser apenas o primo preferido o cansava, queria ser mais do que aquilo
- Ei. – Ouviu a voz da irmã entrar por seus ouvidos, e abriu um sorriso forçado, olhando para ela, que trazia dois copos de chocolate quente em suas mãos. – Vovó disse para mim trazer um para você.
- Brigado. – Brindei com o nada, ela já estava na metade da xícara.
- Não devia ficar assim por Lily. – Comentou, como se fosse nada, fazendo os olhos do irmão mais novo se arregalarem.
Nunca pensará estar tão na cara o quanto tinha preferência por Lily, nunca pensará que sua irmã desconfiaria que ele sentia se assim por Lily.
- Hm? – Preferia fingir que não sabia do que a irmã falava.
- Qual é Hugo, sempre fui mais esperta do que você, pare de fingir e crie vergonha na cara, admita que a ama, vai ficar mais fácil conviver com seu próprio eu.
Olhou para a irmã com a sobrancelha arqueada, olhe quem falava, a garota que era apaixonada pelo declarado inimigo a mais de cinco longos anos.
Ficou quieto, sabia que sua irmã uma hora desistiria de faze-lo acreditar que era certo admitir isso.
Não parecia certo, e nunca pareceria.
Mas, talvez, contar a Lily, mesmo que isso estragasse sua “amizade” com a garota, parecia uma boa escolha.
Ouviu então, James tocar uma música no violão, o som passava pela porta e era estranhamente calmo, parecia deixar tudo em paz.
E foi aquela música que lhe deu uma idéia de como contar tudo a Lilian, e ainda, se ela não o ama-se (o que ele, secretamente, já esperava), poderia apenas entender que ele a amava como primo e não como... algo mais.
“I'm making a list, hell, I'll check it twice of all the things you've done in my life and I'll send it your way so you see why I love you.”
Então seria isso, faria uma lista com todos os motivos e coisas que o fez amar Lily como amava.
Se levantou, e correu até o antigo quarto de seu pai, ignorou o vampiro resmungando e começou a escrever sua lista.


Um mês se passara e Lilian ainda pensava em Hugo mais de 90% de seu tempo.
O garoto estava mais distante que o normal, ao menos falava  com Lily, a não ser por um “oi” de manhã que vinha acompanhado do sorriso preferido dela.
O Natal seria naquela noite, e todos corriam pelos cantos fazendo as tarefas que Molly passava, típico para o natal na’Toca.

Hugo viu o sorriso da Lily enquanto fazia alguns cupcakes com Rose que falava não só com a boca, mas também com as mãos que faziam gestos exagerados e complementavam a cara de fúria da garota.
Olhou o pergaminho dobrado e preso por uma fita azul de cetim, aquela era a hora perfeita para deixar no quarto de Lily, guardando-o no bolso correu escada a cima até o quarto que uma vez já pertencera a tia, e agora Lily dividia com Rose e Roxanne.
Se lembrava perfeitamente qual era a cama de Lily, uma vez, ela ficara doente e Hugo cuidará da prima como se cuidasse da coisa mais valiosa que possuía.
E de certa forma, era isso que Lily era.
Deixou a carta debaixo do travesseiro da garota e saiu do quarto indo acabar suas tarefas.


Era noite de Natal, Lily sorria para o globo de neve com uma estátua de um hipogrifo que relinchava e voava dentro do pequeno globo que Ted lhe dará.
Observou Hugo rindo apreensivo ao lado de Louis e James, o primeiro ganhará um livro sobre Quadribol e dizia que, naquele ano, faria a Corvinal ganhar a taça do Torneio das Casas.
Obviamente, nem James nem Hugo se sentiam ameaçados,  – a Corvinal nunca foi, nem nunca seria uma ameaça relevante – James tinha a mente tão longe quando podia, pensando no que Emily, sua quase namorada, estaria fazendo e Hugo mantia os olhos distraidamente sobre Lily, esperando o momento certo de ir falar com ela.
Lily, na verdade, não sabia o que fazer, não sabia se aquele bilhete era mesmo para ela, ou se James havia colocado-o lá para ver a reação da irmã, estava apreensiva, com o coração na mão, sem saber o que fazer.
Isso é errado Lily, ele é seu primo, a parte mais sã de sua mente insistia em sussurrar constantemente, a obrigando a desistir de tudo o que quer que tivesse pensado como solução que lhe agradasse.
A cerca de meia hora Hugo tinha plena certeza que Lily o olhava entre intervalos constantes, que cada vez se tornavam menores.
Estava aprensivo, sua risada estava como se presa, ocasionalmente prendia a respiração enquanto olhava Lily, e só a soltava quando James falava com ele, ou Lily o olhava de volta.
Não sabia o que se passava na mente da prima, apenas tinha certeza de que ela já havia lido a carta.
Droga, por que eu fui fazer isso?, se reprendia, pela primeira vez arrependido.
Lily não aguentava mais ficar na mesma sala que Hugo, agora, estavam todos juntos nos sofás e chão da sala.
O cheiro de Hugo era tudo o que seu olfato conseguia capturar, ou sairia de lá agora, ou acabaria brigando com ele sem motivo.
- Eu... vou tomar um ar. - Falou, se levantando, ajeitando o cabelo ruivo cobrindo o pescoço.
Hugo por impulso, assim que Lily saiu pela porta foi atrás, viu os cabelos ruivos refletidos pela sombra lua, o frio do gelo que cobria todo o jardim e da neve que caia lentamente.
Ela estava no meio do jardim, abraçando seu próprio tronco, com frio.
Hugo ao menos se importou com o frio ao tirar a jaqueta grossa e colocar sobre os ombros da prima, que o olhou sorrir.
- Lily, eu... - Começou a falar, sabendo que uma hora ou outra teriam que discutir, mas foi interrompido pelo dedo da prima sobre seus lábios.
- É tudo verdade? - Ele acentiu a cabeça, com medo que viria a acontecer, Lily parecia fria, sem nenhuma expressão no rosto.
Bem, Hugo não estava dentro da mente de Lily, que soltava fogos de artificil como se o Ano-Novo já tivesse chegado.
O canto de sua boca se levantou em um sorriso no momento em que ela abraçou o primo com força, o beijando.


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Notas finais do capítulo

Reviews?
Esse é meu presente de natal, porque todo mundo acredita um pouco em Hugo/Lily assim como no papai noel e... Nossa Natalia, cala a boca.
To repostando a short, porque ela já ta na Sociedade dos Marotos aqui do site e etc.
Tá atrasado mesmo U_U e o meu próximo especial também ta atrasado, deal with it.
Feiz natal e bom ano-novo :3