Holiday Pillow Fight escrita por Fabi-Aiyu
Notas iniciais do capítulo
Feliz Natal!
Umi deitou-se na cama, de bruços. Parecia suavemente chateado, com uma dorzinha de lamento, aqui e ali. Cruzou os braços debaixo da cabeça e fechou os olhos, sentindo a cama abaixar ao seu lado.
- Umi...
- Vai embora, Shin... Preciso ficar sozinho...
Shin olhou-o com atenção e suspirou, levantando-se e dando a volta, sentando no chão a frente do outro deitado sobre a cama. As mãos seguravam, ansiosas, um pequeno pacotinho dourado, com um laço branco de fita barata. Foi o melhor que Shin conseguiu.
Os olhos do moreno encararam os do loiro, com aquela expressão irritada de quem diz “O que faz aqui ainda...?”. Mas ele não iria sair.
- Feliz Natal, Umi... Eu vi quando saiu da ceia de Natal, e vi quando ele te seguiu... Então, eu saí e vim até aqui trazer seu presente de Natal.
O loiro ficou apoiado sobre os joelhos e estendeu o pacote dourado para o outro, que foi sentando-se sobre a cama.
Por que será que Shin era bonzinho assim ainda? Quem merecia?
O pacote estava ali na sua frente, brilhante. Nem lembrava quando foi a última vez que ganhou um presente de Natal. Ou melhor, não lembrava de quase nada do Natal, talvez não quisesse de fato lembrar.
A mão abraçou o pacotinho e abriu-o, sobre o olhar atento do loiro, que queria ver cada movimento do outro, com expectativa. Não era nada de mais aquele presente, mas tinha valor. Cada pedacinho.
- Uma folha...?
- É um pingente. Ganhou o pingente da rosa dele, eu te dou a folha. – Shin sorriu levemente – Não quero provar nada pra ninguém, nem demonstrar alguma coisa para alguém... Só quero que você acredite em mim, Umi, quando falo que estou aqui para o que você precisar.
Umi olhou bem para o pingente e sorriu, por mais que estivesse doendo um pouco, ainda, as palavras que ouviu naquela ceia de Natal.
- Por que alguém merece um sorriso seu?
- Só quero te fazer companhia, Umi. Não sorrio por merecimento. Sorrio para tentar deixar as coisas melhores.
- Você não existe.
Umi ria baixo, até ser acertado por algo grande, fofo e macio, bem no rosto. Pegou a almofada na mão e ficou olhando para o loiro, que ria jogado no chão.
- Ah, é? É guerra?
- É, senhor Umi! Ataque com todas as suas forças.
E as almofadas travesseiros e qualquer outra coisa fofa que estavam no caminho viraram nada mais que armas para a guerra de coisas apertáveis que os dois faziam. Algumas penas voavam de um lado para outro, risos podiam ser ouvidos, bem como gritos, quando Umi segurou o outro e ficou batendo nele com seu travesseiro.
Entretanto, a porta logo se abriu e a cara de Hizumi levemente irritado estava estampada nela. Com cabelos bagunçados e penas por todos os lados, os dois pararam e olharam o homem.
- Posso saber o motivo da bagunça?
Silêncio.
- Tudo bem, tudo bem, podem continuar. Só vim até aqui chamá-los para o brinde da meia-noite. Se quiserem descer.
- Está bem, Hizum-san...
Hizumi fechou a porta e os dois se entreolharam, caindo na risada. Sentaram-se sobre a cama e deram mais risadas, quando notaram a situação do quarto de Umi.
- Desastre... – Umi sorriu – Hein, Shin.
- Hum?
- Feliz Natal.
- Obrigado, Umi! Feliz Natal.
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