O Começo De Algo escrita por Cordelia


Capítulo 2
O Renascimento de Algo.


Notas iniciais do capítulo

Eles estão avançando... ou não?



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Todos se divertiam distraídos, tudo estava normal, quer dizer, quase normal desde aquele dia eu nunca mais fui capaz de me divertir de verdade, às vezes eu esqueço tudo pelo o que passei, mas ao olhar naqueles olhos ou apenas de ver a cor azul, meu mundo novamente desaba, o que ela queria afinal? Após aquilo, ao invés dela se afastar começou a me perseguir, eu fazia o máximo para evitar, porém não adiantava, não importa onde eu estivesse eu ainda sentia sua ‘energia’, parecia até que ela gostava de me ver sofrendo, hunf.
A cada dia que passava ela dominava mais a minha mente, eu mal ligava para as lutas, abriria mão delas pra colocar as minhas mãos nessa pequena garota de cabelos azuis, durante os almoços ela sentava na minha frente me observava e anotava coisas em um pequeno caderno, não consegui me conter e perguntei:
– Ei, você não consegue ser mais discreta? – Resmunguei.
– Hãn? – Ela desviou o olhar e voltou a comer a sua comida.
– Diga-me você finalmente caiu na real e resolveu me amar? – Soltei um sorriso confiante, embora estivesse totalmente inseguro.
Ela me ignorou, continuo comendo, parecia que gostava de me torturar com isso. A tarde ela não me seguiu, eu resolvi ir à biblioteca e quando cheguei lá... Não havia livros, eu encarei a bibliotecária e disse:
– Meus Deuses, mas onde é que foram parar os livros? – Disse indignado.
– A Novata, Mari, os levou embora, ela prometeu que os traria amanhã – Respondeu.
– Mas que Diabos ela pretende fazer com isso? – Eu disse e logo parti.
Chegando ao meu quarto eu me deparei com alguns livros em cima da minha cama: “O segredo dos olhos monocromáticos – Atualizado” e “Descubra como desvendar isso, olhos monocromáticos”. Eu me assustei será que ela queria que eu descobrisse algo, eu abri os livros e passei a noite toda lendo, nem sai para jantar, eu descobri que eu não preciso necessariamente descobrir o que a pessoa sente pelos seus olhos, mas sim também podemos usar outros métodos como reações do corpo. Isso me deixou mais pensativo ainda, talvez eu tenha julgado errado, naquele momento seu corpo dizia uma coisa e a boca outra, eu fiquei em choque, talvez tudo que ela esta fazendo seja por medo de dizer e queira que eu descubra, eu não queria ir novamente para o seu quarto e acabar novamente como aquilo, mas logo alguém bateu a minha porta, eu apenas mandei entrar, era Ruivinha ela logo começou a gritar:
– Sieghart! Leve esses livros para a Mari, o que você pensa que está fazendo com eles? Ela está os procurando. – Eu levantei meu olhar.
– Ruivinha, porque não vai lá fora brincar? Eu já vou levar, pode deixar. – Eu disse com um tom arrongante.
Ouvi o som da porta batendo, levantei-me e tirei o pó da roupa, segui para o quarto dela, bati duas vezes, nenhum som, bati mais duas, nada, avisei que deixaria os livros na porta e parti, eu estava a alguns passos da porta, então ouvi:
–Siegh! – Ohei para atrás.
– OOh, então resolveu me dar um apelido? – Meu coração estava acelerado.
– O-Obrigada pelos livros... – Ela olhava para o chão, eu acho que estava corada.
– Ah, disponha. – Com passos pesados eu levei meu corpo Imortal para longe deste quarto antes que fizesse algo que não se deve.
No outro dia de manhã vi um papel por debaixo da porta escrito com uma letra trêmulha “Por favor, Dia xx, às 22 horas na praça da base. Ass.Novata”. Foi um tanto surpreende, ela me chamando para algum lugar? Eu fiquei ansioso, sabia que não devia ter esperanças, eu sofria, mas só de ver ela meu coração batia mais forte, apenas o seu rosto compensava essa dor, eu agüentaria tudo para vê-la bem, o dia todo foi emocionante tivemos uma pequena missão, até a Ruivinha comentou que eu estava muito feliz.
Voltando à base, um imprevisto a Lothos queria falar comigo, fizemos uma reunião, ela me lembrou que eu não deveria prejudicar aos outros de forma alguma, afinal de contas eles eram mais novos e fracos, por isso eu não devo tirar-lhes a atenção de forma alguma e essa bronca durou até as 23, eu havia perdido o chamado da Novata, eu não me importava nem um pouco se a Lothos não estava de acordo, mas em Roma faça como os Romanos, contando que ela não descobrisse, tudo iria bem.
Eu fui até a praça, encostada em uma árvore, estava ela, com uma pele tão lisa, eu fui acordar ela, empurrei duas vezes, nada, empurrei mais uma vez, ela resmungou ‘Sieghart...’. Eu não pude resistir aquela voz chamando o meu nome, eu a beijei, ela acordou, me empurrou, desta vez eu me recusei a recuar, enfie a minha mão por de baixo de sua camisa, ela ficou vermelha e cedeu, passei minhas mãos para as suas costas e abracei, sussurrei em seu ouvido ‘Vai admitir que me ama?’ Ela não me empurrou nem nada, mas enfiou sua mão gelada na minhas costas, o que acabou com clima que eu havia criado, acabei soltando ela por reflexo, ela bateu as costas no chão, comecei à me desculpar:
– AAAh, Mari me desculpe – Me abaixei.
– Heheh, me lembra aquela vez em que você pediu desculpas – Eu levantei a cabeça e corei.
– Bom, você está bem? Consegue se levantar? – Perguntei.
– Ah... Bati as costas. – Respondeu.
Eu não disse nada, levantei e a peguei no colo, levei a como uma princesa até o seu quarto, o caminho todo ela ficou com as mão no rosto, devia estar morrendo de vergonha, eu segurei o riso, eu a levei até a sua cama a deitei, ela tirou as mãos do rosto, eu estava certo ela estava corada, beijei a sua testa e parti. Sim, foi nesse dia em que a minha esperança renasceu.


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Notas finais do capítulo

Eu gosto cada dia mais dessa fanfic :3
Espero que gostem, comentem !
E acompanhem /o/



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