Evil In Love 2 - Os Segredos Do Passado escrita por LittleSet


Capítulo 17
Capítulo 17




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A noite estava silenciosa, quente e tão abafada que o ventilador de teto do quarto de Leah não dava mais conta de resfriar seu corpo. Ela usava um pijama curto, e tentava pegar no sono. No entanto ela não conseguia, tinha alguma coisa que a incomodava muito naquela noite, e ela não conseguia dizer o que era.

Sua cabeça latejava devido a temperatura do quarto, em um impulso ela decidiu se levantar e ir até a cozinha para tomar um remédio para a dor. E quem sabe até pegar uma brisa mais refrescante na sacada.

A loira vagou pela casa no escuro da noite, com uma arma presa em seu short curto, uma mania que ela tinha ganhado desde que entrara na organização.

Leah foi até a cozinha, tateando na escuridão até achar a gaveta onde elas guardavam os remédios e pegando um comprimido para sua dor ali de dentro. A garota então pegou um copo de água gelada e virou o conteúdo por sua garganta, sedenta para que a dor passasse logo.

No entanto a sacada não lhe trouxe o ar gelado que ela queria, muito pelo contrario a brisa do lado de fora era mais quente do que confortável.

Por isso a garota voltou para dentro, e já ia voltar para seu quarto e tentar voltar a dormir, quando ouviu um barulho estranho na porta.

Algo era inserido na fechadura, talvez um fino pedaço de ferro para que pudessem arrombar a maçaneta. Leah se sentou no sofá, esperando pacientemente o azarado que tentava entrar em sua casa.

Foi quando uma sombra entrou na sala, e acendeu as luzes do cômodo que Leah viu seu próximo alvo. Abigail se assustou ao ver a loira ali, esperando-a. A sobrancelha de Leah estava levantada, encarando a amiga com um olhar cético.

- Ah, Le, querida, que bom que já esta acordada. Assim talvez eu possa ficar com seu quarto essa noite. – Abigail disse, tirando o casaco e o deixando em cima do sofá.

Leah não precisou estar perto dela, para sentir o odor de bebida que ela exalava. Detestável.

- Se você der mais um passo para dentro de minha casa, Abby, eu terei o prazer de atirar em sua cabeça e quem sabe o de sujar o meu tapete novo com a porcaria do seu sangue. – a loira respondeu, rudemente.

Abigail riu o escárnio invadindo de sua voz.

- Que isso, Le, você não faria isso com sua própria amiga, não é? – Abigail falou.

- Você não é minha amiga, é só um grande estorvo. – replicou a loira, se levantando e se aproximando perigosamente de Abigail.

- E você chama quem de amiga agora, Le, aquelas lesadas que moram com você? – a garota perguntou. – Que isso, elas mal te conhecem.

- E você conhece? – a loira respondeu no mesmo tom. – Você algum dia quis alguma coisa comigo sem ser me jogar em cima de algum cara ou se aproveitar de minha hospitalidade?! Apesar de que muitas vezes minha preocupação com você ter sido causada apenas porque eu estava bêbada, coisa que sempre foi sua culpa! Já que eu me lembro muito bem que foi você quem me forçou a beber, em minha primeira festa!

- Qual é Le, não se faça de santa, porque isso é a ultima coisa que você é! – Abigail levantou o tom de voz, e Leah agradeceu silenciosamente por Brianna e Megan terem um sono pesado naquela noite. – Todos sabem o quanto você estava perdida naquele verão, a única coisa que eu fiz foi te salvar de uma coisa que era apenas um problema em sua vida. Alem do que, eu sempre soube que você aceitaria meu conselho e mataria seus pais.

Leah congelou, ouvindo as palavras que saiam da boca daquela garota que em algum momento de sua vida ela já havia chamado de amiga. A loira se arrependeu tanto por ter sido tão idiota e tão fraca a ponto de deixar que algum dia sequer Abigail a influenciasse.

Mesmo assim, aqueles não eram motivos suficientes para puxar uma arma e atirar na cabeça de Abby, já que apesar de ser grotesca ela ainda era um ser humano e Leah ainda tinha compaixão. Foi quando Abigail virou as costas para Leah, e começou a se dirigir para seu quarto, que a loira perdeu a paciência.

- Alem disso, Le, seu namoradinho nem é tão bonito assim. Eu achei aquele ruivo muito mais apetitoso. – Abigail disse. – Mas, de que estou reclamando não é? Eles são apenas brinquedinhos idiotas e inúteis para mim e com certeza para vocês também.

O sangue de Leah ferveu, e sem pensar duas vezes ela sacou a arma e atirou nas costas da garota. Um tiro certeiro onde deveria estar seu coração.

Abigail caiu de cara no chão, com os olhos vidrados e o sangue manchando o tapete novo da loira. Ela gostava tanto daquele tapete persa.

Leah teve a compaixão de retirar o corpo da garota dali, enrolá-lo em seu tapete e levá-lo a um necrotério, mas não esperou que o coveiro queimasse aquele corpo. Já que não queria sentir o cheiro de queimado que ele produziria.

A loira voltou para casa, ficando na varanda pelo resto da noite. Ela não pensava em nada, só deixava sua mente vazia e seus olhos na cidade. A garota só achava estranho, não ter sentido remorso por aquilo, na verdade ela até tinha gostado. Ela podia entender agora o que os matadores profissionais tinham depois de vários anos de carreira.

O sabor de sangue começava a ser bom em suas mãos.

*******

A manhã não tardou a chegar, e Brianna foi a primeira a se levantar, encontrando Leah ainda na sacada. Os olhos carregados de um sentimento obscuro e de olheiras grossas e escuras.

- Leah, você esta bem? – Brianna perguntou.

A loira se assustou um pouco, olhando para Brianna como se até aquele momento não tivesse percebido a presença da amiga ali, ou o fato de que havia outras duas garotas morando com elas naquele apartamento, ou quem sabe até mesmo que estava em seu apartamento.

- Sim... – disse Leah, mas sua voz saiu rouca e baixa, pela falta de uso. Ela pigarreou tentando retomar seu tom normal. – Estou sim.

Brianna concordou, mesmo ainda estando um pouco desconfiada com a atitude da garota.

- Megan pediu para que você entrasse, vocês têm uma missão e eu e Ben iremos junto para auxiliá-los. – Brianna continuou. – Parece que é sobre Lucius.

Leah concordou, levantando-se e seguindo Brianna para dentro da casa. Megan falava no celular, dizendo poucas palavras, e apenas concordando com tudo que lhe era dito.

- Para onde vamos? – Leah perguntou.

- Para o cemitério. – Megan respondeu em um tom vazio. 


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