Evil In Love 2 - Os Segredos Do Passado escrita por LittleSet


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Boom, gente, aqui esta o primeiro capitulo da segunda temporada de Evil In Love...
Olha, eu tenho que avisar, que esse capitulo mostra o que aconteceu no passado dos personagens, e esclarece muitaaa coisa... Mas ta super triste gente, sério, eu usei musicas muito tristes como inspiração... Se quiserem uma pra entrar no clima, eu até posso recomendar.
http://www.youtube.com/watch?v=pY9b6jgbNyc



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Ela o abraçou, misturando seus corpos molhados pela grande tempestade que agora caia pela cidade. O moreno beijou o topo de sua cabeça, e ela se virou em seus braços, caminhando com ele até o corpo estirado ao chão.

Aquele corpo perdia rapidamente seu sangue para a chuva e a terra. Os olhos fechados, o rosto muito parecido com o de Megan, os cabelos e os olhos semelhantes aos dos irmãos. Amélia residia morta agora.

***********

O moreno se sentou na cama, já com as roupas trocadas e um pouco mais protegido do frio que a chuva tinha-lhe trazido. A loira se sentou ao seu lado, abraçando seus joelhos ao olhar para ele.

- Você sussurrou em meu ouvido para que eu lhe seguisse. E eu corri atrás de você, quase recebendo um tiro no meio da minha testa, por apenas um pedido seu. Porque somos parceiros aqui e eu quis te ajudar. – Leah murmurou. – Eu só acho que você me deve uma explicação...

- Tem razão, eu devo. – o moreno respondeu. – Só não sei por onde começar.

- Comece pelo seu passado. – a garota pediu.

Sean tinha medo, naquele momento. Um medo frio, e hipnótico envolvendo-lhe as entranhas e sugando de si toda a coragem que tinha. Tudo pelo simples motivo de que talvez a garota não compreendesse o porquê de ele fazer tudo aquilo. De que quando ele lhe contasse absolutamente tudo o que ela gostaria de saber, ela fosse embora.

- Meu pai sempre foi como você o vê agora. Nunca foi como os outros, que ajudavam os filhos a crescer por sua sombra e seu respeito. Ele viveu em Los Angeles, nossa infância toda, sempre querendo o melhor para a organização que ele teve tanto trabalho para se posicionar como líder. Já minha mãe carregou seu sobrenome por toda a Nova York, nascemos aqui. Lucius nem mesmo ficou feliz com isso. – o moreno riu, com escárnio. – Mentira, ele ficou feliz sim. Apenas por saber que teria mais dois participantes da organização quando chegasse o tempo. Mais dois assassinos na família.

“No entanto, minha mãe não queria isso. Ela queria nossa proteção, nossa saúde e que tivéssemos a escolhe de uma vida normal que ela não teve. Por muito tempo, eu acreditei nela. Vivi a sombra do caminho que ela queria para nós, o caminho que uma pessoa muito especial trilhou comigo. Seu nome era Karen, e nos conhecemos pela cidade. Foi à primeira garota que eu jurei amar, e que tive que esquecer...

Eu não sei, realmente quando minha vida mudou. Só sei que em uma noite, eu estava com Karen em sua casa...” Ele sorriu, mas não pareceu verdadeiro. Era cheio de dor, era algo que lhe machucava a alma. “Nem sei como aconteceu, só sei que quando percebi tinham invadido a casa. Me drogaram, e me prenderam em um dos armários, me forçaram a assistir enquanto abusavam dela e a matavam. Eu não tinha treinamento na época, se não a teria defendido.”

O moreno parou por um momento tragando a saliva que lhe faltava, e secava sua boca. “Tudo o que pude pensar depois de gritar por sua morte, foi em minha irmã e minha mãe, sozinhas em nossa casa. Foi como um pensamento automático e corri o mais rápido que pude até lá. Achei Megan chorando no canto do quarto e o corpo mutilado de minha mãe. Minha irmã tinha apenas 10 anos quando aconteceu apenas uma criança. E eu me vinguei por nós dois, de uma forma lenta e dolorosa.” O garoto pareceu gostar dessa parte da lembrança, como se aquilo pelo menos lhe trouxesse alguma paz.

“Depois que tudo fomos separados. Eu entrei para a organização, e Megan foi para um internato na Suíça. Onde coisas terríveis aconteceram a ela, e a obrigaram a entrar na organização também. Não vou mentir a você e dizer que a organização e o que fazemos é uma maravilha. Mas para mim e para Megan... Esse foi o melhor caminho... Ficamos sabendo de você, quando foi mandada para o reformatório. Percebemos que talvez pudéssemos dar a você a mesma chance que recebemos, então colocaram você nas mesmas salas que eu, Megan e Ryan. E enviaram minha irmã para fazer amizade com você e lhe colocar no grupo.”

Assim que Sean acabou, seu rosto não era mais o mesmo. Estava contorcido em uma dor profunda e agonizante.

Em uma súbita ideia, a garota decidiu então abrir seu coração, como forma de mostrar ao garoto que não era ele o único que tinha um passado ruim.

- Eu nunca fui uma garota boa sabe... Para os meus pais... – Leah começou, respirando fundo e olhando para as mãos depositadas em seu colo. – Eu bebia demais, saia demais, indo sempre em lugares errados com pessoas erradas. Não era o tipo de coisa que deixaria alguém feliz. Já a mim estranhamente fazia com que eu me sentisse bem... Completa.

“Em uma noite, eu sai escondida para uma balada nova que estava sendo inaugurada. Fui sozinha, sem amiga nenhuma de apoio, e eu sei que pareceu burrice, mas eu simplesmente fui.” Naquele momento, lágrimas amargas rolavam o rosto da garota, ela se sentia exposta, mas não parou. Por sentir o alivio que era colocar tudo para fora. “Eu bebi demais, e minha cabeça simplesmente apagou. Eu não me lembro de nada do que fiz, onde passei, por onde fui. Só me lembro de acordar em casa, e sentir algo gelado embaixo de mim. Ao abrir os olhos, vi meus pais mortos embaixo de mim. Tinha tanto sangue, em minhas mãos, em meu corpo. Que por um momento pensei que tivesse feito aquilo. Por um momento achei que os tivesse matado. Eu... Eu simplesmente não pude deixar tudo como estava, e ateei fogo no nosso apartamento. E o problema é que eu não me arrependo!” Ela gritou, encarando o garoto nos olhos. “Não me arrependo de ter saído naquela noite! Porque era difícil demais ficar em casa, difícil demais vê-los brigar! Lustrar as armas que tentavam tanto esconder de mim, e eu sempre via! Ver a vida que eles construíam sem mim! Eu sei que eles me amavam! Sei tão bem disso, porque já me disseram tantas vezes essas palavras! E eu não consigo parar de sentir culpa de mim mesma, e ao mesmo tempo não sentir nada!”

Os soluços da garota se intensificaram, e ela precisou de alguns instantes para se recompor. “E quando vocês me pediram para entrar na organização. Eu pensei que... Pelo menos uma vez eu pudesse ser útil em algo, fazer algo para honrá-los... Viver o que eles viviam, para pelo menos poder entender o que eles estavam fazendo, o porquê de me deixarem... E eu estou tentando muito, continuar... Mas é recente demais, para que eu trate como qualquer outra coisa que aconteceu em minha vida...”

Sean não se conteve, ao passar o braço ao redor dos ombros de Leah, e a puxar para mais perto de seu corpo. Deixando que ela enchesse de lágrimas sua camisa, e que derramasse toda a dor que a estava consumindo há tanto tempo.

Em algum momento, o moreno beijou suavemente o rosto da garota, secando cada lágrima que ela derramava com seus lábios. Parecia ser tudo o que ele poderia fazer.

Para Leah, restava-lhe abraçá-lo e tentar se controlar. Para ao menos tentar passar um pouco do controle e conforto que sentia para ele.

***************

Ela tinha sido tão boba, tinha se deixado levar. Ela sempre se deixava levar... A morena havia acabado de chegar no internato da Suíça, e tudo corria tão bem como em qualquer outro colégio. Ela ia às festas, bebia de vez em quando e tentava esquecer.

Só que nem tudo eram rosas, na vida de Megan, não quando haviam pessoas a observando e cuidando para que nada fosse perfeito.

Em uma das festas, a mais badalada do ano. Megan se arrumou toda, e procurou pelo garoto de quem era apaixonada.

A morena dançou demais, bebeu demais. E só foi acordar no outro dia. Enrolada apenas em seus lençóis, completamente despida. Um bilhete assinado ao lado de sua cama. “A noite foi ótima, vadia. Ass. Owen.”

Se ela estava certa, as coisas não tinham sido tão boas como ele dizia. A morena procurou por suas amigas pelo dormitório, mas não achou nenhuma. Todas estavam em algum lugar, ainda festejando... Ela ainda podia ouvir a música. Ou seria apenas o eco da noite passada?

Então ela fugiu, com lágrimas escorrendo outra vez por sua face, e algo se remexendo em seu ventre. Ela sabia que tinha feito besteira, e embarcou o mais rápido no avião.

Só que era tarde, muito tarde quando a aeronave pousou. Ela desceu, e sentiu algo de errado. Pegou um taxi, e chegou à casa de seu irmão, alguns dias antes de suas aulas voltarem. Sean a levou até a organização, e a deu o remédio para a cura.

Algo que ela jamais se esqueceria, é que tinha perdido seu bebê. Um bebê que ela nunca chegou realmente a ter. Todo aquele sangue, escorrendo-lhe pela perna, ensopando suas roupas. E a dor aguda, que ela tanto conhecia, voltando-lhe a assombrar os pensamentos.

Ela se remexeu na cama, ansiando por algo. Que ainda parecia longe demais para que ela alcançasse.

O teatro era maravilhoso, era clássico e era na medida certa para aqueles que queriam aproveitar com sua família uma peça famosa em cartaz.

Era lá onde a família do ruivo se encontrava. Eles se sentaram no camarote, como era o de costume. Esperaram alguns minutos para que o lugar se enchesse e para que os atores entrassem em cena. Tudo corria tão bem... Bem demais.

Tudo o que ele pode ouvir foi um estalo, e os camarotes ao lado do seu desabando. Caindo sobre a platéia. Do palco irromperam labaredas altas de uma chama viva e quente.

Grandes e pesadas toras de madeira, caíram sobre a porta de entrada, impedindo que as pessoas saíssem de onde estavam que se salvassem. O fogo irrompeu tudo. Totalmente tudo. Queimando muitos inocentes e até a família de Ryan.

Ele pode ouvir os gritos dos pais e o da pequena irmã. Quando o chão ao redor dele rachou e todos caíram para o vermelho que eram aquelas chamas. Parecia o próprio inferno, aparecendo na terra.

Só ele ficou naquele camarote, encostado contra uma das paredes, em um pequeno bloco de madeira ainda salvo pelas colunas grossas de madeira que sustentavam a parte de cima do teatro. No entanto o fogo consumiu rapidamente o objeto que o mantinha vivo.

Transformando rapidamente o restante do camarote em chamas vivas e dançantes que se misturaram com o cabelo ruivo do garoto. Ele gritou, mas não havia mais ninguém vivo que pudesse ouvi-lo. Pelo menos era o que ele achava.

Algo acertou a cabeça do garoto, ele desmaiou. Acordando de novo, na sede da organização, todo enfaixado e com uma dor lacerante na cabeça.

O ruivo se virou no colchão, procurando o que tanto queria naquele momento. O pesadelo o tinha acordado, e ele sentia que a sua companheira também.

Envolveu com os braços fortes o corpo delicado e gelado dela. Cobrindo-os com a manta que estava por perto. Ela o envolveu, fortemente. Deixando que ele acariciasse seus cabelos pretos, enquanto beijava-lhe os ombros.

Não era algo que eles gostavam de reviver. Era algo triste, que os deixava envergonhados, por não terem tido o treinamento ou a força necessária para combater. Eles queriam vingança, e a tiveram. Mas não era o suficiente. Eles queriam uma pausa, um tempo sozinhos. Mesmo que se amassem demais, e se importassem demais uns com os outros. Eles precisavam de férias. 


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Notas finais do capítulo

Bom, é isso...
se vocês gostam da história, ou estão gostando, ou amam, sei la, e querem que eu continue essa segunda temporada, por favor, avisar nos reviews... quanto mais reviews mais rapido o próximo capitulo sai...
bjss