Entre A Magia E O Sol escrita por LuhEvans


Capítulo 16
Capítulo 16 - Laila




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Laila

Tento me concentrar. Carol, filha de Hécate, ela adora magia e garotos. Vou até um pedaço do cassino onde está tendo uma festa. Minha música preferida. Mas um ponto fraco começo a me sentir mais fraca. Concentre-se consigo ouvir meu pai me dizer. Você consegue, seja forte! Ele diz. Continuo a procura dela. Nada. Vou até o SPA e nada também. Saio em uma parte de games ela não está lá. Finalmente encontro uma piscina e uma academia logo ao lado. Com muitos garotos se exercitando. Garotos. Ela deve estar aqui em algum lugar. Eu a avisto na piscina conversando com um menino. Me aproximo.

- Então eu disse pra ela... – ela conversando com o menino quando a interrompo com um cutuque no ombro ela se vira – o que foi? Não está vendo que estou conversando?

- Precisamos ir embora. – Digo com relutância – Vamos a um... Luau. Vai ser muito divertido!

Eu a levo dali enquanto ela fala de um garoto que ela conheceu e a levo pra fora do cassino. Peço pra Gale a ajudar. E isso é a última coisa que me lembro antes de tudo ficar escuro. Tenho um sonho estranho. Sonho que estou num abismo caindo eternamente. Escuto vozes, pessoas rindo de mim. Continuo caindo e gritando o que não é uma sensação muito boa. Acordo de sobressalto e alguém me diz pra ficar calma e me deito novamente.

- O que aconteceu? Onde eu to? Quanto tempo eu dormi?

- Nossa você realmente tem muitas perguntas! – disse Alexander – Bem vejamos você desmaiou depois de salvar minha namorada, você está num hotel e você dormiu por 3 dias. Ah e você não parava de repetir o nome de um tal de James. Era estranho.

- Você me observou dormir todos esses dias? Cadê todo mundo?

- Sim tive que tomar conta de você já que eles saíram pra ajudar esse tal de James.

- Ele tá bem?

- Está ele ta ótimo bem quem não parece ótima é você. Você precisa comer. Vou pedir serviço de quarto – ele sai

Tenho tantas perguntas em minha mente. Quem é ele? Porque tenho a sensação de que o conheço de algum lugar... Aqueles olhos azuis não me são estranhos... Ele está sendo muito gentil comigo. Mas é claro! Como não me lembrei antes? Ele é o Alexander o mesmo da época de escola. Só que agora com cabelos loiro, mais alto e mais “atlético” digamos assim. Claro! Por isso foi coincidência demais Mari e Carol estavam lá nesse dia. Alexander não é muito comum. Como eu não desconfiei antes. Começo a lembrar daquele terrível dia em que ele me humilhou. Ele volta com comida.

- Aqui está, trouxe uns sanduiches pra gente. – Ele diz com sorriso no rosto que logo desaparece. Ele me encara e pergunta – O que houve? Você tá bem?

- Não! Não estou bem! – Pego o sanduiche e o devoro praticamente

Terminamos de comer e ele me pergunta novamente:

- O que aconteceu? Eu fiz algo errado?

- Fez!

- O que? – diz ele confuso – O sanduiche não tava bom? Ficou zangada por que te observei dormindo? Só fiquei com medo de algum monstro aparecer me desculpe.

- Não foi hoje, nem esse ano. Foram a 4 anos atrás. No baile do colégio quando você apostou com seus amigos que sairia com a menina mais estranha do colégio e a humilharia na frente de todos.

- Espera... Sabia que te conhecia de algum lugar! Você era a menina do baile! Olha eu...

- Esquece olha não sei por que fizeram isso só sei que me magoaram muito. Você não faz idéia de como foi difícil continuar na mesma escola com todos te chamando de desajeitada ou Olha lá! É a menina do vestido manchado! – disse com toda minha raiva

- Olha me desculpa! Não sei por que fiz aquilo mas você está bem melhor agora. Não está mais estranha e desajeitada. Você está... Bonita.

Corei um pouco. Ele estava um pouco mais bonito. E aqueles olhos azuis que hipnotizam qualquer pessoa. Seria ele um filho de Afrodite? Ou Poseidon? Até quem sabe filho de Apolo o que seria muito estranho. Mesmo assim continuo com raiva dele.

- Olha, não adianta me elogiar e pedir desculpas. Agora já era. Aquele foi o pior ano da minha vida.

Ele ficou envergonhado eu acho que pelo o que ele fez. Ele ficou pensativo e saiu do quarto. Ele foi pra varanda. Tentei me levantar pra beber um pouco de água. Minhas pernas doíam, estavam fracas não me obedeciam. Eu estava tonta. Ele se virou e viu minha dificuldade em tentar levantar e veio me ajudar. Ele me segurou e nossos olhos se encontraram. Eu encaro o chão.

- O que você quer? – ele pergunta – Me pede que eu pego, você ainda está fraca. Você precisa descansar – ele diz com os olhos cansados, acho que ele não dormiu nesses últimos dias

- Eu quero um pouco de água – digo por fim. Ele busca um copo e me trás. – Você também precisa descansar. Durma um pouco.

- Não posso. Preciso ficar de olho nos monstros. Preciso que você fique segura. E olha sobre aquele ano, me desculpa, eu era um tolo e fútil. Eu era muito infantil. Me desculpa mesmo.

Ele parecia sincero. Deuses por que ele tem olhos tão lindos? Ele fez um biquinho que queria dizer: ”por favor!” eu ri e assenti com a cabeça. Ele parecia ter mudado muito. Ele me abraça. Nossos olhos se encontram e quando percebo meus lábios se encontram no seu. Quando me dou conta da situação recuo.

- Me desculpa, eu... Não era pra isso ter acontecido. Sinto muito.

Ele sai do quarto e não há tempo de dizer nada. Perco a fala. O Que eu fiz? Ah deuses! Ele mudou bastante e digamos que não me recuperei do nosso passado. Alias, desde daquela noite, eu não paro de pensar no que ele me fez. Mas ele está...diferente. Ele amadureceu ou sei lá. Só sei que isso não devia ter acontecido. Enquanto James está enfrentando monstros, a procura de seu irmão eu estou beijando um desconhecido? Bem ele não é tão desconhecido assim, já que faz parte do meu passado. E o pior de tudo: Ele tem namorada! Como pude fazer isso com Carol? Decido dormir um pouco. Durmo por umas 2 horas. Não consigo descansar com essa historia na cabeça. Preciso conversar com ele. Me levanto e vou até a sala. Lá está ele, dormindo no sofá. Ele parece desconfortável pois se mexe de minuto há minuto. Mas parece estar dormindo profundamente. Decido esperar ele acordar. Me sento na poltrona ao lado. Me sinto exausta. Passam-se algumas horas e acabo dormindo na poltrona onde estava. Quando acordo ele não está mais lá. E nem eu estou na sala. Estou na quarto de volta para a cama. Escuto um barulho me levanto e pego o arco e flecha. Tem uma menina na cozinha com uma faca na mão.

- Larga essa faca agora! – digo apontando meu arco e flecha para ela- Larga agora ou eu atiro.

- Você tá louca? Eu só estou cozinhando!

- Larga! Senão eu atiro.

 ouço o barulho de uma porta se abrindo e imediatamente eu disparo contra a menina que desvia e me chama de louca enquanto pego outra flecha e aponto na direção da porta. Ela se abre lentamente saindo bastante vapor ao abrir e sai um menino de toalha. Ah era só Alexander querendo se exibir. Típico dele.

- Wow! Abaixa isso Laila... É perigoso.

- Eu estava tentando me proteger contra essa intrusa – volto a apontar o arco para a menina que agora estava descascando uma cebola

- Espera, ela é uma semideusa, veio do acampamento para ajudar-nos. Seu nome é Flavia ela é filha de Hades. Agora abaixa o arco e flecha Laila.

Eu o obedeço ainda meio desconfiada olhando a menina que agora percebo que ela está preparando nosso café da manha. Peço desculpas a menina alta, com cabelos castanhos claros e olhos caramelo. Ela entende e continua cozinhando. Chamo Ale para conversarmos na sala:

- Alexander, olha eu sinto muito pelo que o que houve agora... – eu não conseguia encará-lo pelo o que houve ontem ou era pelo fato de ele estar só de toalha apenas alguns metros perto de mim

- Não, tudo bem Laila – ele se aproxima e me encara – Olha, eu teria feito a mesma coisa ou ainda pior, fique calma. Dormiu bem? Por que você veio pra poltrona? Quando acordei você estava toda desconfortável então tomei a liberdade de te por na cama. Tudo bem?

- Claro, tudo ótimo. – disse meio desconfortável

- Hãm... Mas então por que você veio pra sala? – precisei tomar coragem mas enfim falei:

- Eu queria conversar com você. Mas estava dormindo e decidi esperar e acabei pegando no sono – houve um breve silencio e enfim ele perguntou:

- Então o que você queria falar comigo?

- Bem... Queria disser sobre o que houve ontem, sobre...

- O beijo. –Ele enfim disse.

- Isso. Olha não sei o que deu a entender mas eu estou gostando de outra pessoa. E realmente não posso me envolver com você. Até pelo que houve no passado e... Por favor vá se vestir para podermos conversar?

Ele sorri, e assenti e vai para o quarto. Me sento e depois de um tempo Flavia chega com 3 pratos com ovos e bacon. Eles cheiravam muito bem. Acho que devia ser fome já que não comia fazia um tempo. Ele volta com uma calça jeans, uma blusa branca que definia bem seus músculos. Ele pega uma jaqueta e a coloca.

- Pronto já podemos falar agora. Eu entendo que você deve estar com outro garoto afinal como uma menina tão meiga, doce e linda estaria solta por ai? – ele sorri e parece tão sincero! Eu não sei o que deu em mim mas o beijo novamente.

- hum... Me desculpa de novo! Não sei o que deu em mim realmente eu não estou bem.

Saio e me tranco no banheiro. Apenas escuto a conversa de Flavia e Alexander.

- O que houve? – pergunta Flavia – Você parece... triste.

- Nada – ele diz

- Olha pode me contar, eu não conto para Laila ou pra ninguém se for esse o problema – ela diz

- Bem... O que posso dizer é uma longa historia

- Bom temos bastante tempo pra isso. – ela brinca

- Bem... Tudo começou no colegial, quando eu era o menino mais popular.

- Típico né? – há uma pausa – Tudo bem não vou mais te interromper. Continue.

- Eu fiz uma aposta que levaria uma menina não popular para o baile. Essa menina era Laila. Eu a levei para o baile como prometido e fiz ela ganhar rainha do baile. Ate então tudo ótimo só que percebi o quanto era era legal mas já era tarde demais. Algumas meninas jogaram tinta no vestido de Laila e ela Foi humilhada diante da escola toda. Depois nunca mais a vi. Ela saiu da escola e depois tudo aconteceu tão rápido. Houve monstros atrás de mim durantes semanas! Eu entrei no tal cassino há fim de me esconder. Eu estava com Carol e Mariana, minha Irma. Mas elas não entraram no cassino. Elas conseguiram chegar ao acampamento e eu fiquei preso no cassino. Se não fosse por Laila, Carol e Mari eu estaria preso lá até agora. Bem, mas desde do dia do baile digamos que... eu me apaixonei por Laila. Mas ela já conheceu outro garoto. Eu... eu... cheguei tarde demais.

Há um longo silencio e a porta da frente se abre, e se fecha logo em seguida. A que ótimo! Ele está apaixonado por mim! O que eu faço? Dois garotos apaixonados por mim. Um, que está se arriscando pra salvar o acampamento e provavelmente não se concentrando por pensar em mim. E o outro, se arrependeu por me fazer sofrer e agora está tentando me proteger. O que eu faço? Sou surpreendida com uma batida na porta:

- Sou eu Laila, abre a porta precisamos conversar! – diz Flávia

- Eu abro e sou surpreendida


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